Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:
O governo Bolsonaro está começando agora.
Calma, que eu explico.
A demissão de Sergio Moro após um longo processo de fritura sinaliza um novo tempo no Planalto.
Chega de “critérios técnicos”.
Chega do verniz civilizatório do ex-juiz da Lava Jato ou de Mandetta e os protocolos da OMS.
É hora do comprometimento com o ideário bolso-olavista, com o projeto.
A palavra chave é lealdade. Não há espaço para relativização, dúvidas ou bom senso.
É profissão de fé. Ficam os ministros militares, os convertidos - Weintraub, Damares, Ernesto Araújo - e os irrelevantes - Nelson Teich, Teresa Cristina.
Não há mais espaço para quem faz sombra para o chefe.
O próximo a cair é Paulo Guedes, humilhado quando o general Braga Netto apresentou um plano econômico pretensioso e “keynesiano” sem ninguém do ministério da Economia.
A escolha de Alexandre Ramagem, amigo de Carlos, para o posto mais alto da PF e de Jorge Oliveira para ministro da Justiça obedece a esses novos ditames.
Oliveira foi assessor jurídico de Jair como deputado federal e de Eduardo, de quem é padrinho de casamento.
É próximo da família há 15 anos e tem demonstrado fidelidade canina.
Com apenas 44 anos, atuou na Polícia Militar do Distrito Federal por duas décadas, de onde saiu major.
É admirador de Olavo de Carvalho.
Fará o que lhe for pedido pelos Bolsonaros e entregará o que estiver ao seu alcance.
Uma fonte que o conhece contou ao DCM que a nova fase do governo foi desenhada em fevereiro numa reunião com Olavo na Virgínia, nos EUA, onde o sujeito mora.
“Olavo não manda fazer nada. Ele traça as linhas gerais”, diz.
Entre essas diretrizes, entra também a relação com o centrão na Câmara. As negociações devem ser encaradas pela tropa com naturalidade e pragmatismo.
A bandeira contra a corrupção é coisa do passado.
“Jair é um cara que veio do baixo clero. Portanto, lidar com esses deputados será fácil”, afirma o interlocutor do DCM.
A ideia de prestigiar o segundo escalão será levada à PF, comenta.
“Há uma disputa antiga entre agentes e delegados. O objetivo é fortalecer os agentes”.
“Um príncipe não deve importar-se por ser considerado cruel se isso for necessário para manter os seus súditos unidos e com fé”, escreveu Maquiavel.
É o que veremos daqui em diante: o bolsonarismo explícito e desavergonhado no poder.
Como detê-lo é a tarefa dos democratas.
O governo Bolsonaro está começando agora.
Calma, que eu explico.
A demissão de Sergio Moro após um longo processo de fritura sinaliza um novo tempo no Planalto.
Chega de “critérios técnicos”.
Chega do verniz civilizatório do ex-juiz da Lava Jato ou de Mandetta e os protocolos da OMS.
É hora do comprometimento com o ideário bolso-olavista, com o projeto.
A palavra chave é lealdade. Não há espaço para relativização, dúvidas ou bom senso.
É profissão de fé. Ficam os ministros militares, os convertidos - Weintraub, Damares, Ernesto Araújo - e os irrelevantes - Nelson Teich, Teresa Cristina.
Não há mais espaço para quem faz sombra para o chefe.
O próximo a cair é Paulo Guedes, humilhado quando o general Braga Netto apresentou um plano econômico pretensioso e “keynesiano” sem ninguém do ministério da Economia.
A escolha de Alexandre Ramagem, amigo de Carlos, para o posto mais alto da PF e de Jorge Oliveira para ministro da Justiça obedece a esses novos ditames.
Oliveira foi assessor jurídico de Jair como deputado federal e de Eduardo, de quem é padrinho de casamento.
É próximo da família há 15 anos e tem demonstrado fidelidade canina.
Com apenas 44 anos, atuou na Polícia Militar do Distrito Federal por duas décadas, de onde saiu major.
É admirador de Olavo de Carvalho.
Fará o que lhe for pedido pelos Bolsonaros e entregará o que estiver ao seu alcance.
Uma fonte que o conhece contou ao DCM que a nova fase do governo foi desenhada em fevereiro numa reunião com Olavo na Virgínia, nos EUA, onde o sujeito mora.
“Olavo não manda fazer nada. Ele traça as linhas gerais”, diz.
Entre essas diretrizes, entra também a relação com o centrão na Câmara. As negociações devem ser encaradas pela tropa com naturalidade e pragmatismo.
A bandeira contra a corrupção é coisa do passado.
“Jair é um cara que veio do baixo clero. Portanto, lidar com esses deputados será fácil”, afirma o interlocutor do DCM.
A ideia de prestigiar o segundo escalão será levada à PF, comenta.
“Há uma disputa antiga entre agentes e delegados. O objetivo é fortalecer os agentes”.
“Um príncipe não deve importar-se por ser considerado cruel se isso for necessário para manter os seus súditos unidos e com fé”, escreveu Maquiavel.
É o que veremos daqui em diante: o bolsonarismo explícito e desavergonhado no poder.
Como detê-lo é a tarefa dos democratas.
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