quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Bolsonaro cogita pedir fim de atos em quartéis

Charge: Zepa
Por André Cintra, no site Vermelho:


Jair Bolsonaro (PL) decidiu recuar, ao menos por enquanto. O medo de ser condenado à prisão após o fim de seu governo – e do foro privilegiado – levou o presidente a vislumbrar um aceno ao Judiciário, em especial ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, ele já cogita pedir aos bolsonaristas o fim dos atos golpistas nas portas dos quartéis do Exército.

Ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Bolsonaro afirmou que falará publicamente em breve sobre o assunto, “em alguma ocasião pública ou mesmo em uma live” nas redes sociais. “A questão, porém, é o que ele deve dizer e quando fazê-lo”, registra Malu.

Lula manda e as Forças Armadas obedecem

1º de janeiro de 2003
Por Jeferson Miola, em seu blog:

A expectativa a respeito da escolha do ministro da Defesa e dos comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica está no mesmo nível da ansiedade – e da histeria – do mercado financeiro acerca da definição dos ministros da área econômica.

Na montagem do governo Lula I [2003/2006], a definição do ministro da Defesa transcorreu com naturalidade; sem sobressaltos. O anúncio do titular da Pasta, embaixador José Viegas, somente aconteceu em 23 de dezembro de 2002, no último lote de anúncios do ministério.

No contexto brasileiro atual, contudo, a questão militar e a gestão econômica são os dois assuntos mais sensíveis do processo de transição do governo eleito.

Lula organiza e monta seu terceiro governo flanqueado, por um lado, pelas cúpulas militares; e, por outro lado, por setores poderosos do capital. E é, ainda, restringido pelo esquema corrupto do orçamento secreto do Congresso Nacional.

Mal-estar na indicação de Múcio para Defesa

Charge: Fredy Varela
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


A candidatura de José Múcio para o Ministério da Defesa ameaça transformar-se no primeiro grande conflito político do governo Lula.

Num universo habituado a se mover em silêncio, as tensões provocadas pela indicação são crescentes.

Quadro experiente do conservadorismo brasileiro, que passou o regime de 64 nas asas do PFL e adjacências, Múcio tem sido apontado como o gerente ideal para administrar uma das mais delicadas questões políticas da República -- o lugar dos comandantes militares em nossa democracia.

A questão é complexa, porém.

Sabemos que no artigo 142 a Carta de 1988 consagra subordinação das Forças Armadas ao poder civil ao dizer que elas constituem "instituições nacionais, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente da República".

Tempo certo da questão trabalhista

Foto: Cláudio Kbene/Divulgação
Por João Guilherme Vargas Netto


Ao reler os contos de Machado de Assis temos as mesmas sensações de um avarento ao recontar as moedas de seu tesouro. Cada um deles, assim como cada uma delas, é um novo deslumbramento.

É o que acontece com o conto “Tempo de crise”, de 1873, em que se narram as especulações políticas sobre uma troca de governo. Com exceção do dito “lamber os vidros por dentro”, que à época queria dizer o mesmo que “trocar as meias sem tirar os sapatos”, de hoje, o conto é de uma atualidade e precisão surpreendentes ( o que se passava na Rua do Ouvidor passa-se agora aceleradamente nas redes sociais).

Cabem todas as dúvidas e opiniões de quem participa ou de quem apenas comenta, que são muitas.

A linguagem e o autoengano bolsonarista

Por Jair de Souza

O povo brasileiro está vivenciando um momento crucial para a história de toda a humanidade. O porvir dos embates que estão se desenrolando em nosso país vai ser também, em grande medida, determinante para o desenlace da luta global contra o ressurgimento do nazismo.

A análise da evolução histórica do capitalismo nos mostra que o fascismo é um dos recursos extremos ao qual as forças do grande capital apelam em seus intentos de aniquilar a resistência popular em períodos de sérias crises existenciais para esse sistema de exploração social. As peculiaridades adotadas pelo fascismo sofrem variações em função das especificidades presentes em cada povo, região ou momento em que o mesmo aparece.