domingo, 5 de novembro de 2023

Quem é o ‘inimigo’ de Israel?

Ilustração: Omar Bdoor
Por Moara Crivelente, no site do Cebrapaz:


Um hospital que Israel ordenou ser evacuado na sexta-feira, 13 de outubro, ano 75 da Catástrofe palestina, chama-se Al-Awda, “O Retorno”. O exército israelense dera também um ultimato para que um milhão de pessoas fujam para o sul, pois arrasaria o norte do enclave sitiado há 15 anos. A Faixa de Gaza é não só “um campo de concentração”, o “gueto de Varsóvia na Palestina”, ou “a maior prisão a céu aberto”, mas também um grande campo de refugiados das outras fases do genocídio com que se constituiu o Estado de Israel. Não é o Hamas, mas o empenho dos refugiados por retornar e a persistência dos que resistem em permanecer é que são considerados pelos sionistas a maior ameaça ao seu projeto colonial e racista para a Palestina.

Brasileiros viraram reféns de Israel?

Foto: Reprodução
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


Começa a crescer a suspeita de que os brasileiros retidos em Gaza viraram uma espécie de reféns do governo de extrema-direita de Israel.

Com efeito, tal governo poderia estar usando esses brasileiros para fazer um revide político, relativo ao empenho do Brasil em buscar uma pausa humanitária e um cessar-fogo em Gaza, algo que Israel interpreta, equivocadamente, como uma ação em prol dos interesses do Hamas e contra seu direito à autodefesa.

Tal suspeita cresce porque não há nenhum motivo técnico, jurídico ou burocrático para que esses brasileiros não sejam retirados de lá imediatamente.

Em primeiro lugar, esses brasileiros são muito poucos. São apenas 34, muitos deles mulheres, crianças e idosos.

Michelle faz escolhas e marido tenta escapar

Charge: Spacca
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Predomina nos jornalões o recado que o PL passa aos amigos da grande imprensa sobre o desejo de Michelle Bolsonaro de ser candidata ao Senado por Brasília em 2026.

Michelle não gostaria de disputar agora vaga de Sergio Moro no Paraná, se o lavajatista for cassado pela Justiça Eleitoral. Em 2026, serão duas vagas em disputa e a extrema direita acha que Brasília seria molezinha para Michelle, como foi para Damares no ano passado.

Mas tentar montar agora o cenário de 2026 é como planejar o que Bolsonaro fará quando sair da cadeia, porque da cadeia ele não pode escapar.

Não há como uma figura no meio de um vendaval planejar candidatura para daqui a três anos. Michelle está exposta e pode ser arrastada junto com o marido.

Brasileiros em Gaza e a retaliação de Israel

Foto: Ahmad Hasaballah
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Ao todo 571 estrangeiros receberam liberação para deixar Gaza pela fronteira com o Egito. A grande maioria é de países cujos governos apoiam o massacre do povo palestino por Israel: 367 norte-americanos e 127 britânicos.

Também obtiveram permissão de saída cidadãos da Alemanha, Itália, Indonésia, México, Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Jordânia, Japão, República Tcheca, membros da Cruz Vermelha e de ONGs, Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Grécia, Holanda, Hungria, Macedônia, Suíça, Sri Lanka e Chade.

Já são três listas divulgadas até agora sem a presença dos 34 brasileiros que vivem em Gaza, por quem o governo brasileiro vem intercedendo desde o início da guerra. A nossa diplomacia negocia há semanas a liberação com o Egito e com Israel. O próprio presidente Lula já fez diversos apelos. Toda a logística da operação está pronta, com um avião da FAB estacionado no Egito pronto para a operação de repatriação.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Só EUA, Israel e Ucrânia votam contra Cuba

Charge: Jorge/Cuba
Por Altamiro Borges


Estados Unidos, Israel e Ucrânia foram os únicos países que apoiaram a continuidade do bloqueio a Cuba na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira (2). Os dois primeiros – o império ianque e seu protetorado no Oriente Médio – votaram contra o fim do cerco criminoso. Já a marionete belicista do imperialismo na Europa se absteve. A resolução foi aprovada por 187 nações. É a trigésima primeira vez que a ONU exige o fim da sabotagem econômica, comercial e financeira imposta pelos Estados Unidos à ilha rebelde.

Mundo registra 759 ataques a jornalistas

Ilustração do site Periodismo Hoy
Por Altamiro Borges


Relatório da Organização das Nações Unidas para Ciência, Educação e Cultura (Unesco) divulgado nesta quinta-feira (2), data que marca o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, aponta que a violência contra os profissionais da imprensa que atuam na cobertura de processos eleitorais é um fenômeno global e se alastrou ao longo dos últimos três anos em dezenas de países.

Segundo a agência especializada da ONU, entre 2019 e 2022 foram registrados 759 ataques contra jornalistas que cobriram 89 eleições em 70 países. Os casos de violência incluem agressões, assassinatos, ataques digitais, prisões arbitrárias e a obstrução do trabalho dos profissionais, com ameaças ou destruição de equipamentos. Ao todo, 42% dos ataques foram perpetrados por agentes da lei, e 29% das vítimas foram mulheres.

Justiça manda GM reintegrar demitidos

Foto: Sindmetal SJC
Por Altamiro Borges


Na quarta-feira (1), a Justiça do Trabalho de São Paulo determinou que a multinacional ianque General Motors reintegre os metalúrgicos que foram demitidos de suas unidades de São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, em São Paulo. Um dia antes, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15) também já havia ordenado o cancelamento das demissões na fábrica de São José dos Campos, no interior paulista.

Em sua decisão liminar, a desembargadora Sueli Tomé da Ponte, do TRT-2, afirmou que as dispensas em São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes foram ilegais. Segundo ela, não houve negociação prévia com os sindicatos, o que é obrigatório nos casos de demissões em massa. Além da readmissão, a magistrada determinou que a montadora não realize novas dispensas, sob pena de multa diária de R$ 1.000 por empregado.

Refinaria privatizada vende gás mais caro

Charge: Duke
Por Altamiro Borges

Duas pesquisas recentes confirmaram os prejuízos e riscos causados pela privatização de setores da economia. Infelizmente, elas não tiveram qualquer repercussão na mídia privatista e neoliberal. Não foram capa dos jornalões e revistonas e nem destaque nos telejornais e nas rádios. Os tais “analistas de mercado” das TVs – que mais se parecem como porta-vozes das corporações capitalistas – abafaram totalmente os levantamentos.

Estudo do Observatório Social do Petróleo divulgado nesta semana demonstrou que a Refinaria da Amazônia (Ream), privatizada em dezembro de 2022 – nos estertores do covil de Jair Bolsonaro – hoje pratica o preço mais alto do país na venda do botijão de gás de 13 kg. Ele custa R$ 54, enquanto nas unidades da Petrobras o vasilhame sai por R$ 31. A diferença atual é a maior desde que a refinaria foi desestatizada.

O ‘verde periquito’ Luciano Hang está sumido

Charge: Jota Camelo
Por Altamiro Borges


No julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desta semana que aprovou novamente a inelegibilidade do “capetão” Jair Bolsonaro e declarou inelegível o general Braga Netto, o ministro Alexandre de Moares lembrou uma figura asquerosa que andava meio sumida. Sem citar o nome de Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, ele ironizou o “cabo eleitoral vestido com a sua tradicional vestimenta verde periquito para fazer campanha”.

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Multas de Bolsonaro passam de R$ 1,6 milhão

Charge: Zé Dassilva
Por Altamiro Borges


Após a nova condenação de inelegibilidade julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira (31), o fascista Jair Bolsonaro (PL) foi às redes digitais reclamar da multa imposta de R$ 425,6 mil. De acordo com o jornal Estadão, “somando essa multa a outras já impostas ao ex-presidente, chega-se a um passivo de R$ 1.638.608,40 com a Justiça. Essas dívidas estão divididas entre a Justiça Eleitoral e a Justiça de São Paulo”.

O governador-forasteiro Tarcísio de Freitas (Republicanos) até tentou ajudar o seu dono. Ele enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para anistiar o genocida que sabotou as medidas de prevenção durante a pandemia da Covid-19. O PL foi aprovado em 17 de outubro e beneficiou o “capetão” Jair Bolsonaro, que deixará de pagar mais de R$1,1 milhão aos cofres públicos.

Palestina e o dilema do presidente Lula

Por Ana Prestes, no site Vermelho:


Desde antes da posse para seu terceiro mandato, o presidente Lula deixou evidente sua preocupação com o sistema de governança global e a necessidade de uma reforma urgente. Tomei trechos de apenas quatro momentos em que ele abordou o tema em seus pronunciamentos internacionais:

“Voltamos para propor uma nova governança global. O mundo de hoje não é o mesmo de 1945. É preciso incluir mais países no Conselho de Segurança da ONU e acabar com o privilégio do veto, hoje restrito a alguns poucos, para a efetiva promoção do equilíbrio e da paz” (COP 27 no Egito, novembro de 2022).

“O hiato entre esses desafios e a governança global que temos continua crescendo. A falta de reforma do Conselho de Segurança é o componente incontornável do problema” (G7 no Japão, maio de 2023).

Ucrânia e Gaza, a paz no vácuo

Ilustração: Grant Jurius
Por Marcelo Zero, no site Viomundo

O ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder confirmou, em entrevista recente ao jornal Die Zeitung, que um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia esteve bem perto de ser alcançado, quando os negociadores se reuniram em Istambul, na primavera passada.

Este acordo previa o fim da “longa marcha” da Otan para o Leste, a neutralidade ucraniana, garantias de segurança internacional para ambas as partes do conflito e arranjos internos para reintegrar os territórios separatistas no Donbass.

No entanto, o acordo foi abandonado na última hora, por pressão direta dos EUA e Reino Unido sobre o governo ucraniano.

À época, o jornal ucraniano Ukrainskaya Pravda – insuspeito de qualquer apoio à Rússia – chegou a informar que um acordo de paz havia sido obtido, mas que fora abandonado, no último minuto, após a intervenção do então primeiro-ministro britânico Boris Johnson.

Após Braga Netto, falta o elo empresarial

Reprodução da internet
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Se for compartimentada, a estrutura do bolsonarismo estará bem representada pelos personagens alcançados até agora pelo sistema de Justiça. Mas está faltando, além do núcleo dos grandes chefes, um elo decisivo para o desmonte das bases do fascismo pós-2018.

Os instrumentadores, os operadores, os ajudadores, os prestativos, os financiadores dos níveis intermediários, os manés e os terroristas. Todos têm representantes enquadrados.

Já foram presos, muitos foram indiciados e já há condenados a até 17 anos de cadeia, quase todos por envolvimento com o golpe tabajara de 8 de janeiro.

Braga Netto, condenado pelo TSE e tornado inelegível, não foi alcançado por participação no golpismo, mas pelo uso ilegal da estrutura de Estado para propaganda de campanha no 7 de setembro.

O acórdão do STF e suas consequências

Charge: Mário/Contee
Por João Guilherme Vargas Netto


Agora que foi publicado o acórdão do STF que confirma a constitucionalidade da cobrança de uma taxa negocial a todos os trabalhadores (sindicalizados ou não) beneficiados pela convenção coletiva ou pelo acordo reunidos em assembleia, os dirigentes sindicais devem estudar com atenção o texto para melhor agirem, sem estardalhaço ou precipitação.

Uma contribuição relevante para tal comedimento é o Termo de Autorregulação das Centrais Sindicais – TACS – sobre a Contribuição Negocial, de 28/09/2023.

Ambos os documentos – o acórdão e o TACS – embora sejam, para nós, vantajosos, não eliminam a necessidade de uma estratégia coerente, ampla e efetiva, capaz de garantir na realidade das relações de trabalho e no Legislativo o objetivo almejado.