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| Charge: Geuvar |
Com os choques armados rolando soltos na Ucrânia neste preciso momento, temos uma boa oportunidade de verificar como se expressam na prática aquelas teorias linguísticas que debatíamos em nossos tempos de estudos acadêmicos.
Para alguém com algum embasamento em análise crítica do discurso, chegou a ocasião de confrontar as teorias e proposições tantas vezes estudadas em livros e artigos com aquilo que estamos vivenciando na realidade.
Para começar, quero deixar patente que está se comprovando muito válida aquela tese que costumávamos encontrar nos escritos do linguista holandês Teun Van Dijk de que a linguagem dos meios de comunicação refletem, em última instância, a base ideológica de quem a sustenta. Em outras palavras, não se pode esperar neutralidade de seres humanos quando abordam confrontações entre os próprios seres humanos. Somente estamos em condições de manter neutralidade e isenção em questões onde não existam interesses sociais em jogo.
