sábado, 10 de setembro de 2022

EBC: 248 denúncias de censura e governismo

Comunicação sindical e mídias digitais

Com Bolsonaro o Brasil sofre

O sequestro da Independência do Brasil

O 7 de Setembro não acabou

Ignorância é aliada do desmonte da cultura

Muito barulho por nada em 7 de setembro

Política de vida x política de morte

Micareta fascista paga com dinheiro público

Apoiador de Lula é morto por bolsonarista

Constituição e os novos desafios do Chile

7 de Setembro: não cabe ao democrata relaxar

Datafolha e IPEC: ecos do 7 de Setembro

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Tensão, tensão e mais tensão

Charge: Jefferson Portela
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Em 1989, e pela primeira vez em vinte e nove anos, os brasileiros puderam votar para presidente. Durante todo esse período imperou a ditadura militar, que impôs quem quis na poltrona presidencial.

De lá para cá foram eleitos cinco candidatos, sendo que três deles – Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff – conseguiram a reeleição.

Houve, é verdade, momentos de tensão nas campanhas. Mas nada, nem de longe, que possa ser comparado ao que estamos vendo este ano.

E qual a fonte dessa tensão crescente? Jair Messias e seu bando.

Oficialmente, a campanha eleitoral começou nas ruas no dia 16 de agosto e no rádio e na televisão dez dias depois.

A impotência que atormenta Bolsonaro

Charge: Carol Cospe Fogo
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Bolsonaro tira complexidade de que tudo o que diz e faz, para que seus atos tenham, pelo público que o idolatra, a interpretação mais direta, singeleza e óbvia possível.

Não há meios tons nas falas dos fascistas e por isso eles prosperam no mundo todo. Mas quando ele diz que é imbrochável, o que está transmitindo é mais do que uma frase retórica de quem se apresenta como modelo de macho.

Também é muito mais do que, na leitura de quem entende das carências de héteros fragilizados, a insegurança diante da ameaça ou da convivência com a impotência.

Ao repetir cinco vezes que é imbrochável, no ato do 7 de Setembro em Brasília, Bolsonaro estava pedindo socorro, mas não como o homem ameaçado pelo fracasso na cama.

O show de horrores do 7 de Setembro

Charge: Brum
Por Jeferson Miola, em seu blog:


As celebrações do 7 de setembro foram transformadas numa esdrúxula maratona militar de propaganda eleitoral. O evento, repleto de crimes eleitorais e bancado com dinheiro público, foi transmitido ao vivo pela televisão horas a fio.

Assistimos comícios eleitorais preparados pelas Forças Armadas para seu candidato Jair Bolsonaro. Na data cívica sequestrada pelos militares, não houve menção ao bicentenário da independência; somente discursos toscos e radicalizados dirigidos às hordas fanáticas.

As cúpulas das Forças Armadas se exibiram abertamente como facção partidária de extrema-direita. Oficiais da ativa subiram no palanque eleitoral trajando uniforme de gala militar. Com esta demonstração de força e poder bolsonarista, o partido militar patrocinou o enterro da já baixa credibilidade que as Forças Armadas ainda possuíam.

Lula destrona Bolsonaro no YouTube e TikTok

A sujeira de Bolsonaro no 7 de Setembro

Charge: Quinho
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Infelizmente, tudo indica que serão empurrados para debaixo do tapete os crimes eleitorais cometidos por Bolsonaro no 7 de Setembro. Reportagem publicada pelo site UOL, do Grupo Folha, nesta sexta-feira (9), mostra que, em geral, processos de abuso de poder econômico e político levam anos a fio para serem julgados.

E justiça tardia não é justiça. Ainda mais quando o autor se beneficia dos delitos, como é o caso em questão. Trocando em miúdos: a forte tendência é de que Bolsonaro siga em campanha como se nada tivesse acontecido.

Também não dá para deixar de citar os dois pesos e duas medidas do TSE e da mídia comercial. Basta imaginar como o país estaria em polvorosa, caso Lula ou Dilma, na presidência da República, afrontassem a legislação eleitoral em proporção até bem menor do que fez Bolsonaro.

Más notícias no movimento sindical

Trabalhadores e trabalhadoras na Mercedes-Benz
aprovam paralisação. Foto: 
Adonis Guerra/SMABC
Por João Guilherme Vargas Netto


O sequestro das comemorações e desfiles do bicentenário da Independência pelo bolsonarismo, que os transformou em imensos comícios (principalmente em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo), ao mesmo tempo que demonstrou força, escancarou o profundo desprezo pelo significado maior da data nem mesmo mencionada e ainda assim vilipendiada.

Cabe agora aos partidos de oposição contestarem o desrespeito à Justiça Eleitoral e às instituições (com os militares aceitando submissos participarem da farsa) e reforçarem suas campanhas, estas sim válidas e legais.

Enquanto isso duas péssimas notícias preocupam o movimento sindical e ensejam reações efetivas.

Brasil: 200 anos de independência incompleta