terça-feira, 22 de setembro de 2020

Liberalismo é tragédia para os trabalhadores

Por Jair de Souza

Foi tão somente há alguns dias que vimos se formar um enorme fuzuê quando, inesperadamente, Caetano Veloso declarou publicamente seu rompimento ideológico com o liberalismo.

Se tivesse sido feita aos cochichos e para apenas um punhado de amigos no escondidinho de algum bar, esta insólita revelação poderia ter sido abafada e teria se desvanecido rapidamente sem maiores transtornos para ninguém. Mas, o desbocado do Caetano resolveu fazê-la justo durante uma entrevista para a rede Globo que estava sendo vista por milhões de pessoas pelo Brasil afora. E como se isto por si só já não significasse um violento choque que atordoaria muita gente, ele fez questão de informar que sua mudança radical de opinião aconteceu por influência do jovem comunista Jones Manoel, quem lhe tinha apresentado os trabalhos do filósofo e historiador italiano Domenico Losurdo.

A governabilidade da boçalidade

Por Lincoln Penna, no site do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos (Idep):

A presidência de Jair Messias Bolsonaro se aproxima da metade de seu mandato. O que dele dizer senão registrar as manifestações extremas, isto é, a dos que o cultuam ou dos que o combatem pela inépcia, truculência e absoluto desprezo pela vida de seus semelhantes? Situar-se nesse ambiente é um convite a tomar partido, mas inócuo do ponto de vista de quem se propõe a examinar esse panorama político, dado que todas as dúvidas estariam de acordo com os posicionamentos já existentes, favoráveis em absoluto ou terrivelmente críticos na hipótese contrária.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

"Levante neoliberal" e efeitos da pandemia


Entrevista com Leda Paulani, professora titular da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP), secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão da cidade de São Paulo (gestão do prefeito Fernando Haddad), autora do livro "Brasil Delivery", e integrante Projeto Brasil Nação

Os presentes de Bolsonaro para os EUA

Celso Furtado, o maior economista brasileiro

Os grandes crimes de imprensa dos anos 90

História do tempo presente

Volkswagen e a ditadura militar no Brasil

A política digital do bolsonarismo

Cada vez mais, Brasil é colônia dos EUA

Pantanal em chamas? A culpa é do DiCaprio!

Crimes, abusos e perseguições na Bolívia

domingo, 20 de setembro de 2020

Milhões de famintos e 10 ricaços brasileiros

Por Altamiro Borges


O IBGE divulgou na quinta-feira (17) parte da Pesquisa de Orçamentos Domiciliares que aponta que quatro em cada dez famílias brasileiras sofrem "insegurança alimentar". Para ser mais direto, passam fome! O estudo mostra ainda que os lares chefiados por mulheres e negros são os que mais sofrem.

No relato adocicado da Folha, a pesquisa revela que "quatro em cada dez famílias não têm acesso regular e permanente a quantidade e qualidade suficiente de comida. Isso significa que essa parcela da população precisa limitar o tipo ou a porção de alimentos que vão à mesa, ou até passa fome".

Desemprego e miséria crescerão no Brasil



Entrevista com Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), que analisa os graves erros do rentista Paulo Guedes

As estratégias para a reindustrialização

A volta do servidor público de cabresto

Por Rafael da Silva Barbosa, no site Brasil Debate:


O pai da sociologia e um dos maiores teóricos do Estado, Max Weber (1864-1920) identificou que uma das principais linhas divisórias que definem as nações é o modelo de Estado adotado pelos países. Segundo o intelectual, o poder do Estado moderno não se manifesta exclusivamente pela coação direta e ou nos discursos e declarações dos monarcas, como em estágios anteriores de organização e dominação das sociedades. Em suas palavras, o domínio efetivo no Estado moderno “encontra-se, necessária e inevitavelmente, nas mãos do funcionalismo”.

As batalhas perdidas do general Pazuello

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A confirmação do general Eduardo Pazuello como titular do Ministério da Saúde não chegou a surpreender. Ela reafirma o descaso com a pandemia, o vazio de quadros competentes na órbita bolsonarista e a concepção ultrapassada de que tudo no mundo pode ser traduzido em guerra. Para tal situação, nada melhor que um soldado, capaz de obedecer sem questionar e mandar sem saber muito bem do que está falando.

A submissão de Bolsonaro ao senhor da guerra

Editorial do site Vermelho:


A recepção por parte do governo brasileiro ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, em Boa Vista, capital do estado de Roraima, com uma comitiva chefiada pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, é uma prova de total subserviência ao imperialismo estadunidense. Esse périplo do representante da Casa Branca começou pela Guiana e se estende à Colômbia, países que fazem fronteira com a Venezuela.

Bolsonaro muda em função da reeleição

Por André Singer, no site A terra é redonda:


Jair M. Bolsonaro disse, no decorrer da semana, que irá dar cartão vermelho a quem, dentro de sua equipe de governo, falar em corte de benefícios.

Podem-se inferir desta afirmação algumas indicações sobre as intenções do presidente.

A primeira coisa que cabe notar é o estilo da linguagem, a escolha de uma metáfora ligada ao futebol visando uma forma de comunicação de fácil compreensão, a opção por um discurso que é muito direto e talvez efetivo.

Bolsonaro está se referindo às notícias de que havia na equipe econômica estudos que propunham como fonte de recursos para o programa Renda Brasil o congelamento de benefícios tanto das pessoas carentes com necessidades especiais como dos idosos que recebem aposentadorias, medida que produziria uma economia nos próximos dois anos de 10 bilhões de reais.

Brasil em chamas

Por Frei Betto, em seu site:


Muito antes de a revista “The Economist” qualificar o presidente do Brasil de BolsoNero, eu já havia cunhado a antonomásia. O que não esperava é que os fatos comprovariam a semelhança de atitudes entre o imperador romano, conhecido por tocar lira enquanto Roma pegava fogo, e o principal ocupante do Palácio do Planalto.

O Brasil é incendiado pelo descaso do governo, enquanto o presidente ignora o desastre ambiental e econômico, assim como faz com o genocídio sanitário que já ceifou a vida de quase 140 mil vítimas da Covid-19.

Na primeira quinzena de setembro, houve mais queimadas na Amazônia do que em todo o mês de setembro de 2019. Até o dia 15 foram registrados 20.485 focos de calor no bioma amazônico pelo programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No mesmo período do ano passado foram 19.925 focos.