terça-feira, 16 de junho de 2015

Cunha: o nome expressa a função

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Quando um personagem encarna uma correlação de forças adversa e o faz de forma tão desabrida a ponto de soar caricatural, é comum catalisar a resistência e a rejeição do polo oposto.

Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, carrega no nome a função que lhe coube na história. No universo militar, ‘cunha’ define uma ação sabotadora preliminar. ‘Consiste em introduzir em território inimigo soldados, espiões ou comandos especiais’, diz o dicionário Caldas Aulete.

O lugar da mídia no debate político

Por Renata Mielli, no blog Janela sobre a palavra:

Nos últimos anos, as consecutivas vitórias eleitorais de uma coalizão de centro-esquerda no país levaram ao acirramento da disputa política nacional, com a elevação do tom oposicionista que parcela majoritária da mídia no Brasil assumiu diante do governo.

A cada derrota eleitoral e diante de uma direita desorganizada partidariamente, sem um centro político de liderança, a mídia assumiu o papel não de porta-voz dos setores conservadores e da elite econômica nacional, mas de organizadora e liderança da direita, pautando os temas em debate e indo além: editoriais de alguns jornais chegaram, ao longo deste período, a dar recados e passas-moleques em suas próprias lideranças.

Futebol despenca em audiência na Globo

Por Altamiro Borges

O site especializado Notícias da TV, editado por Daniel Castro, registrou nesta segunda-feira (15) que a transmissão do futebol na TV Globo teve sua pior audiência nos últimos três anos. "A partida contra a Chapecoense, no sábado, rendeu ao São Paulo a liderança no Campeonato Brasileiro. Para a Globo, no entanto, foi a pior audiência do futebol nacional em três anos na Grande São Paulo. Os 11,5 pontos do jogo só superam os 10,5 de Cruzeiro x São Paulo, em 30/6/2012". Mantida esta tendência de queda no Ibope, os filhos de Roberto Marinho – que não têm nome próprio, segundo o blogueiro afiado Paulo Henrique Amorim – poderão em breve aprontar ainda mais contra o futebol brasileiro.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Mais de mil jornalistas demitidos

Por Altamiro Borges

Estudo divulgado nesta semana pelo "Volt Data Lab", projeto independente de jornalismo de dados, comprova a dramática crise vivida pela imprensa brasileira. Não para os barões da mídia, que seguem obtendo altos lucros – que o digam os filhos de Roberto Marinho, os maiores ricaços do país segundo o mais recente ranking da Forbes. Mas sim para os trabalhadores, que são demitidos, recebem baixos salários, não têm assegurados os direitos trabalhistas e sofrem brutal assédio moral nas redações. O levantamento mostra que nos últimos três anos, ao menos 1.084 jornalistas foram demitidos em cerca de 50 veículos de imprensa. E ainda tem jornalista que chama o patrão de companheiro!

Demissões na mídia e o "deboche" de Lula

Por Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

Alguém posta no Twitter uma nota do Painel da Folha, e acabo lendo a coluna toda.

Eles sempre destacam uma frase, e foi ela, a deste domingo, que me chamou a atenção.

É de Cássio Cunha Lima, senador do PSDB. Trata-se de um caso raro: mesmo sendo do PSDB ele conseguiu ser cassado quando era governador da Paraíba.

FHC aos ricaços: "Preciso de 30 milhões"

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em 2004, a agenda do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estava carregada. Suas palestras em eventos empresariais haviam se tornado uma sensação, segundo matéria publicada pela revista Exame em 23 de abril daquele ano.

Desde que, havia um ano, entrara no circuito dos “gurus corporativos”, Fernando Henrique já fizera duas dezenas de palestras, a maioria remunerada.

Folha se alinha a Alckmin

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Dois editoriais da Folha, ontem e hoje, mostram o realinhamento de forças do conservadorismo brasileiro.

Ou, falando mais diretamente, o avanço da “opção Alckmin 2018″ em curso, agora que a onda do “coxismo histérico” refluiu, embora tenha deixado marcas na testa de seu recente amor por Aécio Neves.

A nova geopolítica do petróleo

Por Ignacio Ramonet, no site Outras Palavras:

Em que contexto geral desenha-se uma nova geopolítica do petróleo? O país hegemônico, os Estados Unidos, considera a China como a única potência contemporânea capaz, a médio prazo (na segunda metade do século XXI), de rivalizar com ele e de ameaçar sua hegemonia solitária em nível mundial. Por isso, Washington estabeleceu secretamente, desde o princípio dos anos 2000, uma “desconfiança estratégica” com relação a Pequim.

Os doze que odeiam o PT

Comunicação e trabalho em debate

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:



No próximo dia 17 de junho, o Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé SP realizará amplo debate sobre comunicação e o mundo do trabalho. Como convidados, os pesquisadores Roseli Fígaro, professora da Escola de Comunicação da Universidade de São Paulo (ECA/USP); César Bolaño, professor de Economia da Universidade Federal de Sergipe (DEE/UFS); e Paulo Zocchi, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

DNA tucano do petista Delcídio Amaral

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

O deputado federal Fernando Marroni (PT-RS) denunciou em artigo publicado no Viomundo: “DNA do entreguismo está no sangue dos tucanos”.

É sobre o pré-sal. Marroni trata de dois projetos - um do deputado federal Jutahy Júnior (PSDB/BA) e outro do senador José Serra (PSDB-SP) -, que propõem o fim da obrigação de a Petrobras participar com, no mínimo, 30% na exploração do pré-sal e de atuar como operadora única no setor.

Lula mostra o DARF. Quem falta mostrar?

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Dia 13 de junho de 2015. Do início do ano até o momento, a sonegação no Brasil chegou a 232 bilhões de reais.

Ou seja, com o valor de 5 meses e meio de sonegação, daríamos para cruzar o país com trens de alta velocidade, e construir ou expandir os sistemas de metrô de todas as capitais brasileiras.

O tamanho do ódio ao PT

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Nestes tempos em que a intolerância, o preconceito e o ódio se tornaram parte de nosso cotidiano político, é fácil se assustar. É mesmo tão grande quanto parece a onda autoritária em formação?

Quem se expõe aos meios de comunicação corre o risco de nada entender, pois só toma contato com o que pensa um lado. Será majoritária a parcela da opinião pública que se regozija ao ouvir os líderes conservadores e assistir aos comentaristas da televisão despejar seu ódio?

Uma aliança estratégica a partir do Sul

Por Monica Bruckmann e Theotonio dos Santos, no site da Adital:

A conjuntura latino-americana contemporânea, que mostrou grandes avanços nos processos de integração regional a partir de um novo ciclo das forças progressistas e de esquerda na região, se mostra, atualmente, como um amplo espaço de disputa entre dois projetos antagônicos.

De um lado, estão os objetivos dos interesses hegemônicos dos Estados Unidos, articulados a um crescente processo de militarização e à estratégias multidimensionais de desestabilização política dos governos democráticos na região.

A mídia e a pauta de 140 caracteres

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Funcionava assim: os jornalistas abordavam os políticos nos corredores do Congresso para colher declarações. Repassavam as falas aos editores, que faziam a compilação mais conveniente para compor um contexto que podia ser chamado de notícia. Esse era o modelo clássico do jornalismo declaratório que predominava nas redações dos principais veículos de comunicação do Brasil.

Réus graúdos escondem a Zelotes

Por Hylda Cavalcanti, na Revista do Brasil:

A investigação de crimes praticados por grandes empresários, detentores de fatia considerável do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, caminha relegada ao desinteresse por falta de associação a um escândalo que reverta em dividendos ou prejuízos políticos. O tratamento dado por parte do Judiciário e da imprensa à Operação Zelotes é uma amostra disso, se comparado à Lava Jato. Essa tem sido a constatação de parlamentares, representantes do Ministério Público, analistas econômicos e profissionais do meio jurídico, que se debruçam sobre a elucidação de um escândalo que pode chegar R$ 19 bilhões desviados do Tesouro Nacional.

Alckmin, os professores e os derrotados

Por Altamiro Borges

Na sexta-feira (12), após 89 dias em greve, os professores da rede pública de São Paulo aprovaram em assembleia o retorno ao trabalho. Neste longo período, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esbanjou truculência, recusando-se a negociar com o sindicato, cortando o ponto dos grevistas e fazendo inúmeras ameaças. Recém-lançado na convenção estadual do PSDB como presidenciável para as eleições de 2018, o “picolé de chuchu” mostrou mais uma vez como despreza a educação e como trata os trabalhadores. A mais longa greve da categoria também serviu para desmascarar de vez a postura da mídia chapa-branca, que abocanha volumosos recursos em publicidade do Palácio dos Bandeirantes. No sábado, toda a imprensa patronal festejou “a derrota dos professores”.

PSDB-SP lança Alckmin; Aécio virou pó?

Por Altamiro Borges

O cambaleante Aécio Neves parece estar com seus dias de glória contados no PSDB. E haja ressaca! Neste domingo (14), o convescote da legenda em São Paulo lançou oficialmente a candidatura do governador Geraldo Alckmin à Presidência da República. "Ele é o nosso candidato ao Planalto. E nós temos que começar a trabalhar por isso já", conclamou o deputado Pedro Tobias, presidente da sigla paulista. Alguns aecistas até tentaram disfarçar o impacto do atropelamento, afirmando tratar-se de "algo natural", mas o boato interno é de que o senador mineiro-carioca está prestes a virar pó!


domingo, 14 de junho de 2015

O ponto fora da curva no Congresso do PT

Por Bepe Damasco, em seu blog:

As decisões da plenária final do V Congresso do PT refletem a preocupação da cúpula do partido em não melindrar e criar constrangimentos para o governo da presidenta Dilma. Também com esse objetivo foi nítida a intenção da direção de baixar a temperatura dos debates ao longo de todo o congresso, talvez receosa de perder o controle do processo. Ficou a impressão de que os dirigentes optaram por não correr os riscos provenientes de um evento com forte ebulição política.

O resultado final do Congresso do PT

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Meu comentário na véspera da abertura dos trabalhos terminava assim:

"Para o PT, o melhor que pode acontecer em Salvador é não acontecer nada".

E foi exatamente o que se viu nos três dias do 5º Congresso Nacional do PT, em Salvador, na Bahia. Terminou tudo em zero a zero.