quinta-feira, 4 de abril de 2019

Por que a Venezuela é um perigo?

Por Jessy Dayane, no jornal Brasil de Fato:

Estamos assistindo diariamente a grande mídia brasileira noticiar uma série de acontecimentos na Venezuela e que são na sua totalidade negativos. Repito: na sua totalidade, o que significa todo e qualquer conteúdo. Por que será que a grande mídia brasileira e o presidente Jair Bolsonaro destinam tanto tempo e tanta atenção aos “problemas venezuelanos”?

Tive a oportunidade de visitar Caracas em fevereiro deste ano e compartilho minhas impressões sobre essas questões.

Empresário não pensa no médio e longo prazo

Da Rede Brasil Atual:

As mudanças nas regras sobre contribuições sindicais previstas na Medida Provisória (MP) 873, proposta pelo governo Bolsonaro, soam como um "absurdo" para o diretor-presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Caio Magri, por rever uma questão consolidada que contraria, inclusive, a própria defesa da atual gestão em prol da desburocratização estatal. "Essa é uma intervenção do Estado nas relações de trabalho altamente prejudicial e muito forte, ao contrário do que se imagina, de que seria uma desregulamentação", afirma, em entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, da Rádio Brasil Atual. Ele analisou também a "reforma" da Previdência e cobrou dos empresários um debate alternativo sobre a proposta e uma agenda voltada ao meio ambiente.

'Conje' e 'Tchutchuca' enterram superministros

Charge: Alexandre Beck
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Adeus, Posto Ipiranga.

Olá, Tchutchuca.

A partir de hoje, Paulo Guedes passará a ser chamado assim.

Tchutchuca.

A audiência do ministro da Economia na CCJ da Câmara foi encerrada após mais de seis horas de bate boca.

Voto bonzinho pode enterrar a Previdência

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os jornais informam que um bom número de deputados pretende criar uma cena teatral para apoiar a reforma da Previdência anunciada por Paulo Guedes e Jair Bolsonaro.

Pretendem votar a favor de todos os itens da reforma, que irão transformar a Previdência num novo investimento a disposição do mercado financeiro. Mas, num esforço para iludir o eleitorado, planejam abrir duas exceções - rejeitar a redução do Benefício de Prestação Continuada para 400 reais e a cobrança de contribuição para a aposentadoria de trabalhadores rurais, que hoje são isentos pela Constituição.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Regina Duarte deu calote em Ilhabela (SP)

Por Altamiro Borges

A atriz Regina Duarte, que se projetou na TV Globo como “a namoradinha do Brasil” e que hoje exerce o papel de “a matriarca dos bolsominions” – segundo a hilária definição de Kiko Nogueira, editor do blog Diário do Centro do Mundo –, está enrolada novamente na Justiça. Ela adora subir em árvores e pegar em vassouras para berrar contra a corrupção, mas parece que não passa de mais uma moralista sem moral. Vale conferir a notinha irônica postada na revista Veja nesta sexta-feira (29):

Bolsonaristas demitem na RedeTV!

Marcelo de Carvalho (RedeTV!)
Por Altamiro Borges

A sinistra RedeTV! foi palanque do “capetão” Jair Bolsonaro quando ele ainda era candidato – como confessou um dos sócios da emissora orgulhoso por sua opção política de ultradireita. Hoje, mais ainda, o canal virou porta-voz do presidente. Famosos por várias sacanagens – calotes trabalhistas, dívidas previdenciárias e sonegação de impostos, ao mesmo tempo em que ostentam luxo –, os donos dessa concessão pública bajulam o governante talvez em busca de publicidade e outras mutretas. Mas a RedeTV! parece caminhar para o desfiladeiro, como relevou na sexta-feira (29) o jornalista Flávio Ricco, em postagem no UOL:

O improvável Bolsonaro paz e amor

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Não se cultiva impunemente uma base de fanáticos. Por isso, Jair Bolsonaro preocupou-se, também em Israel, em reanimar seus seguidores mais fiéis – agora visivelmente acabrunhados – com uma dose extra de disparates. “Não há dúvidas” de que “o nazismo foi de esquerda”, disse ele na terça-feira (2/4), ecoando seu chanceler. Horas mais tarde, assegurou que o desemprego, novamente em alta, deve-se a um “erro de cálculo” do IBGE. Nesta fala, foi capaz de cometer “três erros em menos de um minuto”, segundo computou a Agência Lupa. Mas esta era a parte previsível, o teatro para a torcida. O novo, na viagem, foi a trama, por enquanto provisória, de um acordo. O presidente e os integrantes do consórcio heterogêneo de forças no poder deram-se conta de que não poderão seguir em completo desarranjo – e, pior, atacando-se uns aos outros. Costurou-se um entendimento mínimo, que visa impor à sociedade a Contrarreforma da Previdência. Os primeiros atos já foram encenados – mas ninguém sabe se funcionará.

Olavo de Carvalho e a sina a dos militares

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É deprimente ver generais que, até há pouco ocupavam os mais altos postos nas Forças Armadas e agora ocupam os mais altos postos do Governo, terem de permanecer num silêncio obsquioso diante dos ataques e das ofensas pessoais que sofrem no “guru” do clã Bolsonaro, Olavo de Carvalho.

“A gente tem de tomar muito cuidado quando está lidando com uma personalidade histérica”, disse ontem o General Santos Cruz, de quem o guru disse que “não presta”, a mesma atitude do vice, General Hamilton Mourão, chamado de “idiota” e “covarde”.

O buraco em que a economia se meteu

Editorial do site Vermelho:

Empresários desconfiam de melhorias na economia. Mercado já estima crescimento da economia abaixo de 2% neste ano. Economia definha na desordem política. Eis algumas manchetes do noticiário que indicam o tamanho do buraco no qual o Brasil se meteu, cavado desde que a marcha golpista se pôs em movimento. Não há como negar que a agenda econômica adotada desde que Michel Temer ocupou o Palácio do Planalto, usurpando a cadeira presidencial, é a grande responsável por esse desastre.

Bolsonaro confessa que seu governo acabou

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Quem viu a guerra suja que Bolsonaro travou para se eleger presidente, sendo seu apoiador ou crítico certamente ficou estarrecido com o que ele acaba de dizer sobre governar o Brasil ser um “abacaxi” e sobre estar apenas empurrando o governo com a barriga. Que tal, então, o Congresso Nacional providenciar a aposentadoria precoce dele para aliviá-lo desse fardo?

Matéria do jornal espanhol El País veiculada durante a eleição presidencial do ano passado revela que a campanha de Bolsonaro apelou a “difusão de mentiras camufladas como notícias, vídeos que tentavam desmentir publicações negativas da imprensa, desconfiança das pesquisas e falsos apoios de celebridades à candidatura Jair Bolsonaro”.


Napoleões de hospício e o nazismo de esquerda

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Bolsonaro deve achar que todo mundo é idiota, não só os que votaram nele.

Quando ignorância, cinismo e má-fé se juntam, é um perigo.

Dá nisso que estamos vendo.

Em Israel, perguntado sobre a nova teoria de Ernesto Araújo, o chanceler aloprado, para quem o nazismo foi um movimento de esquerda, o capitão respondeu de bate pronto:

“Não há dúvida. Partido Socialista… Como é que é? Da Alemanha (alguém lhe assoprou no ouvido). Isso: Partido Nacional Socialista (com ênfase no socialista)”.

A aliança de Moro com a indústria do tabaco

Qual crise fiscal atinge o Brasil?

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O governo do capitão continua insistindo na tecla da chamada crise fiscal. Para além de todas as translouquices e das trapalhadas dos integrantes de seu primeiro escalão, existe um time sério e perigoso no comando do Ministério da Economia. Não devemos nos deixar enganar pelas inimagináveis propostas e ações que terminam por depor contra a própria imagem do nosso País no exterior. O governo Bolsonaro não se resume a Ernesto Araújo nas Relações Exteriores, a Damares na Família, a Velez na Educação, aos filhos irresponsáveis ou a Olavo Carvalho infernizando a vida de todos por aqui a partir de torpedos disparados lá dos Estados Unidos.

Ele foi fazer boca de urna para o Netanyahu

Fome dispara na Argentina de Macri

Foto do site: El Ciudadano
Por Martín Fernández Lorenzo, no blog Socialista Morena:

Na semana passada, o INDEC (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina) publicou índices de pobreza e indigência em nossos vizinhos: 32,2% e 6,7%, respectivamente. O presidente de direita Mauricio Macri, que usou durante toda sua campanha o slogan “Pobreza Zero”, desde que assumiu o cargo teve o cuidado de fazer exatamente o oposto com suas políticas econômicas.

O dado mais preocupante sobre o aumento da pobreza em geral na Argentina da era Macri é o seguinte: 46,8% das crianças menores de 14 anos são pobres e representam 10,9% dos indigentes. Em comparação com 2017, a pobreza entre as crianças cresceu 18% e a indigência, 43%.

Bolsonaro insiste em nazismo de esquerda

terça-feira, 2 de abril de 2019

Modelo de negócios da Globo está falido?

Por Altamiro Borges

Duas matérias publicadas na semana passada confirmam que a poderosa TV Globo passa por um período de muitas dificuldades – o que reforça a tese de que seu modelo de negócios está em crise. A primeira nota foi postada no site R-7, da rival Record:

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Corte de gastos? Globo perde doze jornalistas famosos em um ano

Por Keila Jimenez

A dança de cadeiras do jornalismo da Globo parece não ter fim. Agora foi a vez da jornalista esportiva Cristiane Dias deixar o canal. Em um ano, a Globo perdeu mais de doze de seus maiores nomes do jornalismo, que não tiveram contratos renovados. Trata-se quase sempre de funcionários renomados, experientes, com muitos anos de casa e muitas vezes com salários mais altos.



MEC à deriva e o caos na educação

Por Flávia Calé

O Ministério da Educação é das instituições brasileiras de maior relevância para a construção da nação. Tem o segundo maior orçamento da Esplanada, com previsão de cerca de 122 bilhões para 2019, e é um dos mais capilarizados nos estados, através de universidades e institutos federais que têm enorme papel não apenas na formação de jovens, mas também na pesquisa de ponta que ajuda a transformar as potencialidades locais em dinamismo econômico.

Sindicalismo: A saída é a entrada

Por João Guilherme Vargas Netto

É claro que o movimento sindical precisa continuar resistindo para garantir sua sobrevivência enfrentando as adversidades. As entidades sindicais (principalmente os sindicatos) devem realizar fortes campanhas de ressindicalização e oferecerem aos associados e às categorias neosserviços úteis, modernos, atraentes e remunerados.

É óbvio também que devem atuar de modo incisivo e judicialmente para garantir os acordos e convenções em vigência que determinam descontos em folha aprovados por assembleias (que não podem ser retroativamente impugnados por nenhuma medida provisória).

Israel e os líderes da Terra Plana

Por Marcelo Zero

Lula foi o único presidente do Brasil que teve efetiva projeção internacional, tornando-se liderança mundial muito respeitada no planeta. No planeta esférico e concreto, acrescente-se.

Tentando emular Lula, Bolsonaro e o chanceler mitômano de delírios pré-iluministas também pretendem ser lideranças mundiais.

Porém, ao que tudo indica, renunciaram a um lugar de destaque no planeta esférico e concreto e almejam ser líderes da Terra Plana, esse curioso mundo medieval ptolomaico recentemente ressuscitado pela imaginação fértil de astrólogos políticos.

O governo brasileiro vive hoje numa Terra Plana, geopoliticamente unidimensional e unipolar, na qual só cabem os interesses de coisas como o trumpismo e o Ocidente medieval vislumbrado por mentes gestadas por uma mistura implausível da Suma Teológica com generosas doses de LSD.