quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Venezuela cria comando antigolpe

Do blog Resistência:

O presidente Nicolás Maduro acusou nesta terça-feira (10) a maioria opositora da Assembleia Nacional (AL) de desrespeitar a Constituição, estimular a desestabilização e tentar um golpe parlamentar.

“A Mesa da Unidade Democrática viola as leis, vulnera os direitos dos venezuelanos e está empenhada em destruir a Revolução Bolivariana, em inundar de sangue a nossa pátria”, declarou o chefe de Estado na sala presidencial do aeroporto de Maiquetía Simón Bolívar.

Quando a burrice está no poder

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                        
O desempenho do governo golpista, além de reafirmar o caráter tacanho, mesquinho, antipopular, antinacional e entreguista da direita brasileira, traz à tona outra não menos importante faceta do pensamento conservador brasileiro: a burrice.

Com as exceções de praxe que confirmam a regra, a indigência intelectual da nossa elite, e de seus representantes nos governos e parlamentos, é de dar dó.

Só mesmo um candidato a se alimentar de alfafa pode achar que desfrutará das delícias da vida de privilegiado com o corte de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários da maioria de pobres que compõem a população de um país campeão em desigualdade social.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Furioso, Dr. Moro liga pra Globo

O que Merval Pereira faz é jornalismo?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O advogado Cristiano Zanin, da equipe de defesa de Lula, acusou esta semana Merval Pereira de não fazer algo digno de ser chamado de jornalismo.

É uma discussão fascinante: Merval faz jornalismo ou propaganda política?

Tenho para mim que Merval milita numa categoria intermediária entre o jornalismo e a propaganda política.

A multiplicação do patrimônio de Aécio Neves

Por Maria Fernanda Arruda, no blog Cafezinho:

Montezuma é um município mineiro no norte de Minas Gerais com um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Deputados, governadores e senadores mineiros poderiam desenvolver boas políticas públicas para elevar o desenvolvimento local, tais como incentivar as pequenas propriedades rurais familiares. No entanto o município é palco de uma triste história do patrimonialismo de oligarquias políticas do Brasil.

Temer nomeia grileiro para o Incra

Por Lizely Borges, no site do MST:

O presidente do diretório do PMDB em Cuiabá, Clóvis Cardoso, passará a responder pela Diretoria de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamento do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra). A nomeação ocorreu por meio de decreto, publicado no Diário Oficial do dia 06 de janeiro. Nesta terça (10), o novo diretor assume o cargo em Brasília-DF.

A indicação de Clóvis ao cargo resulta da articulação realizada pelos deputados federais Carlos Bezerra e Valtenir Pereira, ambos do PMDB, junto ao Incra e Casa Civil. A Casa Civil, sob administração de Eliseu Padilha (PMDB), responde pelo Incra desde 30 de maio, quando o então presidente interino Michel Temer transferiu para esta instância, por meio do Decreto 8780, o Incra e as cinco secretarias da Reforma Agrária anteriormente vinculadas Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Previdência privada lucra com Temer

Por Altamiro Borges

Os poderosos grupos econômicos que controlam a previdência privada estão felizes da vida com o quadrilha de Michel Temer. Em 2016, com a orquestração e concretização do “golpe dos corruptos”, os brasileiros aplicaram 10% a mais dos seus parcos recursos neste setor temendo o perigo iminente da reforma da Previdência. O número de pessoas com esse tipo de “investimento”, cujo objetivo é garantir uma vida mais digna na aposentadoria, também cresceu. Já são quase 13 milhões de brasileiros com aplicação em algum fundo de previdência privada, de acordo com a federação das empresas do setor – a Fenaprevi.

Google viola dados pessoais

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

O Ministério Público Federal (MPF) no Piauí ingressou com uma ação civil pública conta a companhia de tecnologia Google. O processo foi motivado pelo escaneamento das mensagens de usuários do servidor de e-mails da empresa, o Gmail, utilizado para serviços de publicidade dirigida.

“Depois do Marco Civil da Internet, ficou claro na legislação brasileira que, para se fazer qualquer tratamento de dado pessoal, é preciso uma autorização específica, expressa, do usuário. É um direito. O Google, no entendimento do Ministério Público, não está atendendo à legislação”, diz Alexandre Assunção e Silva, procurador da República responsável pelo caso.

Gilmar Mendes não se constrange com nada

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Nada foi capaz de abalar o tour de Temer pela Europa, para onde embarcou ontem (9): recebido com protestos no Rio Grande do Sul, onde foi entregar ambulâncias (compradas por Dilma, que não teve tempo de entregar por ter sofrido golpe), assistiu a Brigada Militar (a PM gaúcha) lançar gás lacrimogêneo contra servidores públicos e população em geral; a crise no sistema prisional – rebeliões no Amazonas e em Roraima que resultaram não apenas na morte de quase 100 presos, como causaram a demissão do secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio (PMDB), que defendeu a chacina em entrevista; nem mesmo a reprovação de sua gestão pelos brasileiros, a recessão da economia e as dezenas de citações de seu nome em delações na Operação Lava Jato.

Quando a mídia incita a violência de gênero

Por Rachel Moreno, no site Outras Palavras:

O artigo de Carol Patrocínio, replicado pelo Ópera Mundi, faz uma excelente análise dos diversos trechos da carta de Sidnei Ramis de Araújo, que matou a mulher, o filho de 8 anos, dez convidados de uma festa de fim de ano – oito delas mulheres – e depois se suicidou, em Campinas.

Pela análise de Carol, e pelo conteúdo da carta deixada, o que parece difícil é justamente a percepção dos homens sobre a violência de gênero e os estereótipos de gênero. E isso nos remete a um terreno que convém repisar, para tentar avançar na mudança da cultura que naturaliza a violência de gênero e a submissão das mulheres – ainda que tenhamos prosperado tanto nos últimos anos, ocupando todos os espaços e tornando transversal a questão de gênero.

Trabalho desregulado matou milhares na Ásia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Depois que a empolgação dos empresários pela queda de Dilma Rousseff levou o presidente da CNI Robson Andrade a falar na criação de uma jornada de 12 horas diárias de trabalho, numa declaração que repercutiu tão mal que foi rapidamente desmentida, é bom prestar atenção a uma notícia divulgada pela agência Nikkei, a mais importante do Japão, reproduzida nas páginas do Valor Econômico (1/1/2017).

Conforme o Ministério do Trabalho japonês, no ano fiscal encerrado em março de 2016 ocorreram 96 mortes decorrentes de "males oficialmente relacionados ao excesso de trabalho." No mesmo período, diz a agência, ocorreram 93 suicídios ou tentativas de morte voluntária provocadas pelo excesso de trabalho - no Japão, a terceira maior economia do mundo, onde já surgiu uma palavra, "karoshi", para designar a morte por excesso de trabalho.

A propaganda mentirosa de Temer na TV

A cloaca do MP emana seus gases

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Num comentário sobre a desembargadora suspeita de ligação com a facção criminosa FDN (Família do Norte), que seria a responsável pelo massacre do presídio de Manaus, o promotor paulista Rogério Zagallo, publicou no Facebook, segundo a Folha, que a magistrada “Pela carinha, quando for demitida poderá fazer faxina em casa. Pago R$ 50,00”.

Bem, a Dra. Encarnação das Graças Salgado não é ré, não é condenada e, como qualquer ser humano deveria ter o direito à presunção da inocência, ainda mais aos olhos de um operador do Direito, ainda mais alguém que tem o dever de ser fiscal da lei, como um promotor, porque isso está na lei.

2017 nada fácil para a direita neoliberal

Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:

O ano de 2016 não foi nada bom para as esquerdas na América Latina. O golpe jurídico-parlamentar no Brasil e a subsequente vitória das direitas nas eleições municipais foram os mais severos, mas também se viu a eleição de um presidente neoliberal e um Congresso fujimorista no Peru, a derrota em referendo de um muito aguardado plano de paz para a Colômbia, mais um governo conservador na República Dominicana e a derrota da Concertación para a direita na maioria das eleições municipais do Chile, fora reveses menores.

Dos impasses da solidão em rede

Zygmunt Bauman, Foto: Toni Albir
Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Zygmunt Bauman concedeu recentemente entrevista ao El País (09/01), publicada sob a designação “As redes sociais são uma armadilha”. O título da matéria não faz justiça ao seu verdadeiro conteúdo, que refere ao 15-M da Espanha dos “indignados”, de maio de 2011. À época, estes movimentos, através de mecanismos de democracia direta, ainda exploravam exclusivamente esta forma de participação, não de forma combinada, mas “contra” as instâncias políticas tradicionais.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Fernando Morais entrevista Assange

Por Fernando Morais, no blog Nocaute:

Foi quase um ano de espera. Desde o começo de 2016 amigos europeus e latino-americanos tentavam me ajudar a conseguir uma entrevista jornalística com o cyber ativista australiano Julian Assange, exilado desde 2012 na elegante e modesta embaixada do Equador, em Londres.

Cheguei a ter um contato enviesado e impessoal com Assange, ao tentar armar um encontro dele com o ex-presidente Lula, que viajaria a Londres em abril de 2013. Lula topou, Assange topou, o pessoal diplomático equatoriano na Inglaterra também apoiou a iniciativa, mas circunstâncias que não vêm ao caso acabaram por frustrar a visita de Lula.

Âncora da Record destila ódio contra índios



Da revista Fórum:

Um vídeo divulgado pelo De Olho nos Ruralistas mostra o incômodo que uma parcela da sociedade e alguns setores da imprensa vêm sentido com o tema do samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense (RJ) deste ano: “Xingu, o Clamor que Vem da Floresta!”. A música da escola de samba carioca enaltece a luta dos índios para resistir ao avanço do agronegócio, em especial na região do Xingu.

Na abertura do programa “Sucesso no Campo”, da Record de Goiás, no último domingo (8), a apresentadora Fabélia Oliveira expressa toda a sua indignação com o tema, desafiando os compositores e defendendo os latifundiários, pecuaristas e produtores rurais em geral, a quem ela se refere como “homem do campo” e “heróis”.

O juiz Gilmar pega carona com o réu Temer

Por Eugênio Aragão, no Jornal GGN:

Vamos todos fingir que é normal o presidente do Tribunal Superior Eleitoral pegar carona com um sedizente presidente da república (com letras minúsculas mesmo) para ir a Lisboa, supostamente para participar das cerimônias funerais do maior democrata português da contemporaneidade. É normalíssimo, porque o tal presidente do tribunal é quem vai pautar um processo que pode significar o fim do que se usou chamar, na mídia comercial, de “mandato” do sedizente presidente da república. O tal presidente de tribunal é inimigo notório da companheira de chapa do sedizente presidente que urdiu um golpe para derrubá-la. Mas, claro, tem toda isenção do mundo para julgar ambos.“Nada haverá de suspeito”, como diria o insuspeito jornalista Ricardo Noblat. Quem ousaria dizer o contrário?

Temer garfou recursos para os presídios

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Em 30 de dezembro escrevi neste blog: “MP de Temer ampliará o caos nas prisões”. http://www.brasil247.com/pt/blog/terezacruvinel/272713/MP-de-Temer-ampliara-o-caos-nas-prisoes.htm. Falava da MP 755, editada em 20 de dezembro, que agora, depois do banho de sangue nos presídios do Norte, o governo Temer tenta faturar como prova de que fez sua parte, liberando R$ 1,2 bi do Fundo Penitenciário para os estados. Com a hipocrisia de que tem se valido neste episódio, o governo tergiversa duas vezes sobre esta MP, que na verdade, subtraiu 30% dos recursos do Funpen (Fundo Penitenciário Nacional), ao invés de ampliar recursos para o sistema prisional. Um estranho esquecimento cobriu este aspecto da MP que agora o governo tenta faturar.

Um sistema carcerário contra os pobres

Editorial do site Vermelho:

O ano de 2017 começou com uma contabilidade trágica. As rebeliões da primeira semana do ano em prisões de Manaus e Roraima deixaram quase 100 mortes.

É o retrato veemente do desprezo do Estado pelo povo pobre, e na maioria negra que está relegada às franjas mais humildes da sociedade. Cuja cidadania é tratada a bala e encharcada de sangue. O Estado e os governos federal e estaduais não cumprem sua responsabilidade pela segurança e integridade dos brasileiros, inclusive os que estão sob sua custódia nos presídios. Responsabilidade estatal que não cessa mesmo quando – cúmulo dos absurdos – a liberdade humana se torna mercadoria para o lucro empresarial quando os presídios são privatizados. Como é o caso do Compaj, em Manaus, administrado por uma empresa envolvida em negócios nebulosos que geram a ela lucros de centenas de milhões de reais.