quarta-feira, 15 de junho de 2016

Ato em defesa do pré-sal e da Petrobras

Do site da FUP:

Petroleiros da FUP, FNP e Aepet realizaram nesta terça-feira, 14, em Brasília um ato político em defesa da Petrobrás e do Pré-Sal, com participação de trabalhadores da educação (CNTE) e do campo (MAB, MPA, MCP), de estudantes (UNE e UJS) e de outros movimentos sociais. A manifestação foi chamada pela Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás, tendo como foco o enfrentamento ao Projeto de Lei 4567/16, que visa tirar da Petrobrás a função de operadora única do Pré-Sal, bem como acabar com a participação mínima de 30% que a empresa tem garantida nos processos licitatórios para exploração dessas reservas.

Quem não cabe no Orçamento do Brasil?

Por Laura Carvalho, no site Outras Palavras:

No levantamento realizado pelos pesquisadores Pablo Ortellado, Esther Solano e Lucia Nader em São Paulo, durante as manifestações pró-impeachment do dia 16 de agosto de 2015, dois temas chamaram a atenção. Entre os manifestantes, 97% concordaram total ou parcialmente que os serviços públicos de saúde devem ser universais, e 96% que devem ser gratuitos. Já sobre a universalidade e a gratuidade da educação, o apoio foi de 98% e 97% dos manifestantes, respectivamente. “Isso é um resquício de junho de 2013”, afirmou Pablo Ortellado a uma reportagem do El País de 18/08/2015.

Plebiscito 2 – A mudança dos mutantes

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Membro de uma das inúmeras famílias brasileiras que deixaram o norte do Paraná para construir a vida na Amazônia, o senador Acir Gurcacz (PDT-RO) é um dos votos cobiçados no plenário de 81 votos que terá a palavra final sobre o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Nos debates cotidianos do Congresso, Gurcacz é visto como um aliado fiel de Dilma, “muito mais leal do que muitos que se dizem nossos”, afirma um assessor graduado na bancada do Partido dos Trabalhadores.

Serra, PSDB e o clientelismo dos outros

Ofício entregue no gabinete de Serra no Itamaraty
Por Theo Rodrigues, no blog O Cafezinho:

Os partidos políticos possuem muitos papeis fundamentais para o funcionamento de uma democracia. Mas talvez possamos dizer que a mais importante de suas funções seja a de selecionar quadros da sociedade civil para a ocupação de cargos no Executivo e no Legislativo.

Não há de se criminalizar, portanto, a política e os partidos quando indicam seus quadros para ocuparem importantes postos no Estado brasileiro, caso dos ministros, por exemplo.

Um golpe contra a ciência nacional

Por Luciano Rezende, no site da Fundação Maurício Grabois:

A extinção do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) não foi o maior dos golpes desfechados pelo governo Temer contra o desenvolvimento nacional. Mas é muito provável que seja o mais simbólico.

Simboliza bem a política subalterna recém retomada, que reforça a idéia de um mundo dividido em aqueles países capazes de produzir ciência de ponta, situada na fronteira do conhecimento, e aqueles outros que no máximo conseguem copiar alguma coisa. E para os golpistas o nosso lugar é eternamente nesta segunda categoria.

Aécio Neves, o senador evanescente

Por Henrique Beirangê, na revista CartaCapital:

O senador Aécio Neves anda sumido dos microfones, dos vídeos, das páginas impressas. Já foi herói da propaganda midiática, sempre pronto a ganhar a ribalta. Desde a votação do impeachment pela Câmara dos Deputados, prefere caminhar nas sombras.

Como explicar comportamento tão comedido? Cálculo político, para preservar a possibilidade de sua candidatura em 2018? Ou “medo” das consequências de investigações a seu respeito, como suspeito de falcatruas pregressas?

Reforma trabalhista incendeia a França

Do site Opera Mundi:

O governo francês ameaçou, nesta quarta-feira (15/06), proibir novos protestos contra a proposta de reforma trabalhista em Paris, um dia após manifestações que deixaram dezenas de pessoas presas e feridas na capital francesa.

O primeiro-ministro do país, Manuel Valls, exigiu que central sindical CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores da França) não organize mais protestos em Paris contra a proposta de reforma, que flexibiliza leis trabalhistas.

Começou a hora do homem-bomba!

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Eduardo Cunha sempre soube que se o pedido de cassação de seu mandato chegasse ao plenário, não conseguiria barrá-lo. Por isso jogou pesado no Conselho de Ética ao longo dos últimos oito meses e ainda tentará, com poucas chances, anular a decisão desta terça-feira, a favor da cassação. No calor da notícia, o Planalto dissimulou. Uns diziam que o desfecho será bom, trará estabilidade à Câmara. Outros diziam-se preocupados com o andamento das votações mas o que todos devem sentir é temor pela reação da fera ferida. Em reunião com os líderes na Câmara hoje Temer vai tomar o pulso da Casa. Na vertigem da crise vai sendo esquecido o fato de que Dilma Rousseff só foi afastada e enfrenta o impeachment porque o PT se recusou a votar contra a abertura do processo de cassação de Cunha no Conselho de Ética. Ato contínuo, ele acolheu o pedido de impeachment.

A ofensiva raivosa de desmonte do SUS

Por Amélia Cohn, no site Brasil Debate:

Em pouco mais de três décadas o SUS mostrou-se não só viável como essencial. É um pilar da garantia dos direitos sociais em contraposição ao mercado. É responsável (até hoje) por 90 a 95% das cirurgias de coração, tratamentos oncológicos e transplantes de órgãos. Realiza um milhão de internações/mês, 3,5 bilhões de atendimentos/ano, e a assistência primária cobre 60% da população com a Estratégia de Saúde da Família.

Merval põe a faca no pescoço do STF

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Foi no melhor estilo do “estou falando com os meus capangas do Mato Grosso”.

Merval Pereira entra de sola sobre o STF dizendo que se a corte mudar o entendimento sobre a pena ser executada a partir da segunda instância, “a opinião pública vai achar que há um conluio, de alguma maneira, com os políticos ameaçados pela Lava-Jato, especialmente agora que o ex-presidente Lula foi para a primeira instância.”

Dilma e a polêmica sobre o plebiscito

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                    

De cara, é preciso sublinhar que o maior patrimônio político da luta contra o golpe, a mobilização da sociedade que envolve trabalhadores, jovens, mulheres, sem-teto, sem-terra, intelectuais, artistas, LGBTs e negros, deve ser preservado a todo custo.

Primeiro porque é essencial para pressionar os golpistas, não reconhecendo o governo usurpador e criando toda sorte de dificuldades para a implantação de seu programa obscurantista e anticivilizatório. Depois porque o movimento de resistência democrática projeta o futuro da esquerda.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Cunha ligará o ventilador no esgoto?

Por Altamiro Borges

Após oito meses de engodo, finalmente a Comissão de Ética da Câmara Federal aprovou nesta terça-feira (14) o pedido de cassação do mandato do correntista suíço Eduardo Cunha. Por 11 votos a nove, os deputados acataram o parecer do demo Marcos Rogério que afirma que o lobista quebrou o decoro parlamentar ao mentir sobre as suas contas no exterior. "Estamos diante do maior escândalo que este colegiado já julgou. Não se trata apenas de omissão, de mentira, mas de uma trama para mascarar a evasão de divisas, a fraude fiscal", justificou o deputado do DEM - a mesma legenda que sempre deu sustentação ao golpista na sua missão fraudulenta pelo impeachment da presidenta Dilma.

As decisões tardias do STF e o golpe

Por Jeferson Miola

Teori Zavascki havia demorado 126 dias quando finalmente decidiu, em 5 de maio de 2016, pela suspensão do mandato parlamentar de Eduardo Cunha e pelo seu afastamento da Presidência da Câmara, ainda que a extensa ficha criminal de Cunha, que formou a base para tal decisão, era do conhecimento deste juiz do STF desde 15 de dezembro de 2015.

No relatório que orientou a decisão unânime do STF contra Cunha, Teori foi duro:


EBC e o valor da comunicação pública

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

No intervalo entre um programa e outro no rádio ou na televisão, ou mesmo no meio dos programas, tem sempre alguém querendo vender alguma coisa para a gente ou pedindo para dar algum dinheiro para uma igreja. Parece natural, porque no Brasil ouvintes e telespectadores acostumaram-se a isso achando que a publicidade, seja de um carro ou de uma religião, faz parte da programação das emissoras.

Não é bem assim. Existem outras formas de fazer rádio ou TV sem a contaminação do comércio ou das igrejas, uma comunicação dirigida ao cidadão e não ao consumidor. Falo da comunicação pública, consagrada há décadas em vários países, mas desconhecida por aqui. No Brasil, os espaços por onde transitam as ondas do rádio e da TV foram ocupadas, desde a década de 1930, por empresas comerciais impedindo o surgimento de uma comunicação pública forte, capaz concorrer com o modelo privado.

Rua cobra resposta crível contra o arrocho

Foto: Katia Passos/Jornalistas Livres
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A resistência democrática consolidou um enorme avanço no dia nacional de luta da última sexta-feira (10/06)

Com menos de um mês de iniciativas e mobilizações esparsas, as frentes progressistas provaram sua capacidade de articulação, ao realizarem um protesto massivo contra o golpe em todo o país.

Milhares de pessoas tomaram as ruas do Brasil, com ecos notáveis no exterior e a consolidação de um sentimento que adicionou uma nova legenda ao vocabulário político e cultural da sociedade: ‘Primeiramente, fora Temer’.

Eleições devem ampliar guerrilha na rede

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A proibição de doações de pessoas jurídicas a campanhas, que passará pelo seu primeiro teste nas eleições municipais deste ano, tem potencial para contribuir com a mudança no cenário político brasileiro, diminuindo a influência de grandes empresas que, na prática, “contratavam'' políticos através de polpudos financiamentos. Boa parte dos escândalos de corrupção no país nasceram dessa relação de luxúria e lascívia, sem medo de dar beijo na boca e deixar marcas no pescoço, entre corporações e seus candidatos. Ou seja, há uma boa expectativa para a medida decidida pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado.

Liberdade de Cunha versus prisão de Dirceu

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A mais cruel demonstração da justiça iníqua brasileira está no seguinte.

José Dirceu apodrece na prisão enquanto Eduardo Cunha janta em restaurantes finos no Rio, em São Paulo e em Brasília.

A diferença essencial entre eles: Cunha é um serviçal da plutocracia. Ganha gorjetas para defender criminosamente os superricos. Na Câmara, impediu por exemplo que fosse discutida a regulação da mídia e deu todo o apoio à terceirização.

Serra e os lacaios do imperialismo

Globo e a crise do futebol brasileiro

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

"A Globo é a única que transmite gratuitamente em TV aberta, como também fazemos com o futebol brasileiro há 40 anos. Mas protestar é direito do cidadão". Galvão Bueno, na TV Globo, em 02.03.2016, ao falar sobre protesto de torcedores do Corinthians

"2015 vai entrar na história do futebol brasileiro como um grande ano. O ano em que há poucas semanas o presidente José Maria Marin passou o bastão para o presidente Marco Polo. Presidente Marin, em nome do grupo Globo, em meu nome, eu gostaria de agradecer todo o carinho, toda a atenção com a qual o senhor sempre nos brindou, sempre aberto a discutir os temas que interessam ao futebol brasileiro, dos quais me permito destacar, o novo formato da Copa do Brasil, que deu mais charme a essa competição promovida pela CBF, que é a verdadeira competição do futebol brasileiro". Marcelo Campos Pinto, ex-todo poderoso da Globo Esportes, discursando em evento em 2015


A frase de Galvão Bueno, dita durante uma partida entre Corinthians e Santa Fé, no Itaquerão, pela Libertadores da América, foi uma resposta às várias faixas que a Gaviões da Fiel exibiu na arquibancada. Futebol refém da Globo, dizia uma delas. Globo manipuladora, dizia outra.

Lavar e enxaguar a lambança de Temer

Editorial do site Vermelho:

Há sinais fortes de que a conjuntura política mudou. A presidenta Dilma Rousseff, afastada para o julgamento do processo de impeachment, saiu das cordas, ao mesmo tempo em que – às vésperas de completar um mês de interinidade – o vice-presidente que ocupa ilegitimamente a Presidência da República, Michel Temer, se vê cada vez mais isolado, no Brasil e no mundo.

São dois os sinais da mudança na conjuntura – o primeiro foi a entrevista com a presidenta Dilma Rousseff na TV Brasil (exibida nesta quinta-feira, dia 9); o outro foram as enormes manifestações pelo “Fora Temer” desta sexta-feira (10).