quinta-feira, 14 de julho de 2016
A vitória de Temer e sua derrota
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Abelardo Barbosa, o Chacrinha, tinha um bordão genial em sua A Hora da Buzina, programa de calouros: o programa que (só) acaba quando termina.
É bom lembrar disso quando se examinar a inegável vitória de Michel Temer ontem, com a eleição de Rodrigo Maia como presidente da Câmara dos Deputados.
O “pacote de maldades” pós-setembro terá tramitação muito facilitada, porque é o próprio programa da dupla PSDB-DEM: desnacionalização e supressão de direitos trabalhistas.
Abelardo Barbosa, o Chacrinha, tinha um bordão genial em sua A Hora da Buzina, programa de calouros: o programa que (só) acaba quando termina.
É bom lembrar disso quando se examinar a inegável vitória de Michel Temer ontem, com a eleição de Rodrigo Maia como presidente da Câmara dos Deputados.
O “pacote de maldades” pós-setembro terá tramitação muito facilitada, porque é o próprio programa da dupla PSDB-DEM: desnacionalização e supressão de direitos trabalhistas.
quarta-feira, 13 de julho de 2016
Professora é punida por ensinar Karl Marx
Por Marcos Ruy, no site da CTB:
A professora de sociologia Gabriela Viola foi afastada pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná porque pediu um trabalho sobre o que os alunos haviam entendido de sua aula sobre o pensador alemão Karl Marx (1818-1883).
Justamente porque os alunos de primeiro ano B do ensino médio fizeram um vídeo muito criativo com uma paródia do funk "Baile de Favela", do MC João, e o postaram na internet.
A professora de sociologia Gabriela Viola foi afastada pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná porque pediu um trabalho sobre o que os alunos haviam entendido de sua aula sobre o pensador alemão Karl Marx (1818-1883).
Justamente porque os alunos de primeiro ano B do ensino médio fizeram um vídeo muito criativo com uma paródia do funk "Baile de Favela", do MC João, e o postaram na internet.
Temer prepara o maior desmonte do Brasil
Editorial do site Vermelho:
O dia 12 de maio, há exatos dois meses, ficará no calendário como a data aziaga em que o golpe em curso alçou Michel Temer à presidência da República.
Mesmo sendo interino – pois Dilma Rousseff, eleita em 2014 com 54,5 milhões de votos, mantém a titularidade da presidência da República – Temer age com a desenvoltura de um presidente efetivo e deu início ao maior desmonte do Estado já visto na história.
O dia 12 de maio, há exatos dois meses, ficará no calendário como a data aziaga em que o golpe em curso alçou Michel Temer à presidência da República.
Mesmo sendo interino – pois Dilma Rousseff, eleita em 2014 com 54,5 milhões de votos, mantém a titularidade da presidência da República – Temer age com a desenvoltura de um presidente efetivo e deu início ao maior desmonte do Estado já visto na história.
Quanto custa o oligopólio midiático?
Mais um capítulo da campanha do oligopólio midiático contra a mídia alternativa. A batalha “David contra Golias”, conforme cunhou o professor Venício Lima, parece não ter fim.
Na última semana, em uma série de reportagens assinadas pelo jornalista Fernando Rodrigues, o Portal UOL divulgou os números da publicidade federal nos veículos de comunicação.
Um Nuremberg para Bush e Tony Blair
Por Robert Fisk, no site Outras Palavras:
Acho que um julgamento em Nuremberg seria melhor local para analisar as minúcias dos crimes Blair-Bush que todos os britânicos cometemos ao ir à guerra no Oriente Médio. Causamos a morte de mais de meio milhão de pessoas, a maioria das quais muçulmanos, tão completamente inocentes quanto Blair foi culpado. Uma corte semelhante à de Nuremberg poderia concentrar-se mais detidamente no caso das massas árabes vítimas de nossa odiosa expedição criminosa, que na culpa hedionda e na “profunda lástima” – palavras dele, claro – do ex-primeiro-ministro, Lord Blair.
A quem serve a Petrobras?
Por Cláudio da Costa Oliveira, no site Brasil Debate:
Os petroleiros cunharam a frase, quase um grito em defesa da empresa, que diz: “Defender a Petrobras é defender o Brasil".
A frase é verdadeira para a Petrobras que existiu até 2014, quando tínhamos uma empresa “pelo Brasil”. A partir de 2014, com a anuência do governo Dilma, foi iniciada a construção de uma empresa “pelo mercado”.
Aproveitando a constatação de corrupção dentro da empresa, levantada pela operação Lava Jato, que expôs e enfraqueceu a imagem da Petrobras junto à opinião pública, iniciou-se uma campanha sistemática por parte da mídia, com informações falaciosas de que a empresa estaria quebrada, com uma dívida impagável e problemas de caixa, sem que a direção da companhia viesse em sua defesa, demonstrando as inverdades que estavam sendo divulgadas.
Os petroleiros cunharam a frase, quase um grito em defesa da empresa, que diz: “Defender a Petrobras é defender o Brasil".
A frase é verdadeira para a Petrobras que existiu até 2014, quando tínhamos uma empresa “pelo Brasil”. A partir de 2014, com a anuência do governo Dilma, foi iniciada a construção de uma empresa “pelo mercado”.
Aproveitando a constatação de corrupção dentro da empresa, levantada pela operação Lava Jato, que expôs e enfraqueceu a imagem da Petrobras junto à opinião pública, iniciou-se uma campanha sistemática por parte da mídia, com informações falaciosas de que a empresa estaria quebrada, com uma dívida impagável e problemas de caixa, sem que a direção da companhia viesse em sua defesa, demonstrando as inverdades que estavam sendo divulgadas.
Orloff, Cunha e a dor de cabeça
Por Renato Rovai, em seu blog:
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, não poderia ser mais claro do que foi na sessão de hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Letra por letra, disse: “eu sou vocês amanhã”.
O slogan da “poderosa e potente” vodca Orloff reinou nas décadas de 80 e 90 principalmente para explicar a relação Argentina e Brasil nos planos da economia e da política.
Os hermanos saíram da ditadura com Alfonsin e nós com Sarney. Ambos fizeram governos fracos e mal avaliados ao seu final. Mas também fizeram sucesso por um tempo com dois planos econômicos. O Austral na Argentina foi a base que gerou o Plano Cruzado.
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, não poderia ser mais claro do que foi na sessão de hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Letra por letra, disse: “eu sou vocês amanhã”.
O slogan da “poderosa e potente” vodca Orloff reinou nas décadas de 80 e 90 principalmente para explicar a relação Argentina e Brasil nos planos da economia e da política.
Os hermanos saíram da ditadura com Alfonsin e nós com Sarney. Ambos fizeram governos fracos e mal avaliados ao seu final. Mas também fizeram sucesso por um tempo com dois planos econômicos. O Austral na Argentina foi a base que gerou o Plano Cruzado.
A lógica da demissão de Villa da 'Veja'
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Pessoas como Marco Antonio Villa infestaram as redações das grandes empresas jornalísticas desde que o PT ascendeu ao poder.
Elas foram recrutadas com um único propósito: ajudar os barões da mídia a tirar o PT do poder.
Isto conseguido, elas perdem a valia. Já não servem para nada. É mais ou menos como Cunha: ele foi protegido pela imprensa - e pelo STF - enquanto teve serventia, até o dia da admissão pela Câmara do processo de afastamento de Dilma.
Pessoas como Marco Antonio Villa infestaram as redações das grandes empresas jornalísticas desde que o PT ascendeu ao poder.
Elas foram recrutadas com um único propósito: ajudar os barões da mídia a tirar o PT do poder.
Isto conseguido, elas perdem a valia. Já não servem para nada. É mais ou menos como Cunha: ele foi protegido pela imprensa - e pelo STF - enquanto teve serventia, até o dia da admissão pela Câmara do processo de afastamento de Dilma.
Lava-Jato: A delação compensa
A Lava Jato e suas infindáveis fases são desdobramentos involuntários de investigações contra um núcleo de quatro doleiros responsáveis por esconder e movimentar dinheiro criminoso de políticos e até mesmo de traficantes.
Nesse novelo, abriu-se uma das frentes de apuração, batizada oportunamente de Dolce Vita, alusão à ostentação da doleira Nelma Kodama. Acostumada a dirigir seu carro Porsche Cayman e andar com grandes quantias de dinheiro, ficou famosa após ser presa com 200 mil euros na calcinha, quando tentava embarcar para a Itália.
terça-feira, 12 de julho de 2016
A mídia e o jogo malandro da Lava-Jato
Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
Estávamos na Cinelândia, há pouco mais de um mês, num dos eventos contra o golpe, eu já tinha tomado algumas cervejas, e disse ao amigo, que ouviu com olhos horrorizados, que eu não estava lendo mais nada da imprensa brasileira.
"Estou relendo Shakespeare", eu disse.
Diante do pesadelo que se tornou a política brasileira, ou melhor, diante do pesadelo que se tornou o noticiário político nacional (que é diferente da política propriamente dita), a melhor maneira de entender a conjuntura é simplesmente não ler e não ver nada produzido pela grande imprensa corporativa.
Estávamos na Cinelândia, há pouco mais de um mês, num dos eventos contra o golpe, eu já tinha tomado algumas cervejas, e disse ao amigo, que ouviu com olhos horrorizados, que eu não estava lendo mais nada da imprensa brasileira.
"Estou relendo Shakespeare", eu disse.
Diante do pesadelo que se tornou a política brasileira, ou melhor, diante do pesadelo que se tornou o noticiário político nacional (que é diferente da política propriamente dita), a melhor maneira de entender a conjuntura é simplesmente não ler e não ver nada produzido pela grande imprensa corporativa.
O golpe ruralista e o preço do feijão
Por Alan Tygel, no site Opera Mundi:
Na última semana, fomos bombardeados pelas notícias sobre a alta no preço do feijão. O povo, chocado em ver o quilo passando de R$10, ouviu as mais diversas explicações dos analistas: geada e muita chuva no sul, falta de chuva em outras regiões, e até o boato de que uma pequena doação para Cuba feita em outubro de 2015 teria sido a causa da escassez. A solução mágica apresentada pelo ministro interino da agricultura, o Rei da Soja, foi zerar a taxa de importação para facilitar a entrada de feijão estrangeiro.
Paulo Freire, ‘fome e sede’
Por Roberto Malvezzi (Gogó), no site da Adital:
Nem no túmulo Paulo Freire deixará seus inimigos em paz. Eles o veem pela janela, pelas palavras, no vento, no sol, nos sonhos e pesadelos, inclusive o governo aí posto.
Não é sem razão. A leitura de mundo que ele tanto defendia é radicalmente diferente do letramento. Ler a sociedade brasileira, sua construção histórica, o papel das classes, de cada etnia, o significado da cor no Brasil, traz efetivamente desconforto para muitas pessoas, inclusive para cada um de nós.
Nem no túmulo Paulo Freire deixará seus inimigos em paz. Eles o veem pela janela, pelas palavras, no vento, no sol, nos sonhos e pesadelos, inclusive o governo aí posto.
Não é sem razão. A leitura de mundo que ele tanto defendia é radicalmente diferente do letramento. Ler a sociedade brasileira, sua construção histórica, o papel das classes, de cada etnia, o significado da cor no Brasil, traz efetivamente desconforto para muitas pessoas, inclusive para cada um de nós.
O Brasil na camisa de força
Por Mauro Santayana, em seu blog:
Seguindo a linha de criação de factoides adotada por setores do governo interino – exibe-se a bandeira da “austeridade” com a mão e aumenta-se, com a outra, em mais de R$ 60 bilhões as despesas, proventos e contratações. Uma das novidades da equipe econômica interina é a criação de um “teto” para as despesas do setor público para os próximos 20 anos. A principal desculpa para engessar ainda mais o país – e até mesmo investimentos como os de saúde e educação – é, como sempre, o velho conto da dívida pública. Segundo jornais como O Globo, a dívida bruta do Brasil somou R$ 4,03 trilhões em abril, o equivalente a 67,5% do Produto Interno Bruto (PIB) – e pode avançar ainda mais nos próximos meses por conta do forte déficit fiscal projetado para este ano e pelo nível elevado da taxa de juros (14,25% ao ano).
Seguindo a linha de criação de factoides adotada por setores do governo interino – exibe-se a bandeira da “austeridade” com a mão e aumenta-se, com a outra, em mais de R$ 60 bilhões as despesas, proventos e contratações. Uma das novidades da equipe econômica interina é a criação de um “teto” para as despesas do setor público para os próximos 20 anos. A principal desculpa para engessar ainda mais o país – e até mesmo investimentos como os de saúde e educação – é, como sempre, o velho conto da dívida pública. Segundo jornais como O Globo, a dívida bruta do Brasil somou R$ 4,03 trilhões em abril, o equivalente a 67,5% do Produto Interno Bruto (PIB) – e pode avançar ainda mais nos próximos meses por conta do forte déficit fiscal projetado para este ano e pelo nível elevado da taxa de juros (14,25% ao ano).
Por que os reaças têm medo dos comunistas?
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
É impressionante o pavor histórico que os capitalistas têm do comunismo. Basta mencionar a palavra “comunista” que alguns direitistas entram em pânico. Interessante que a recíproca não é verdadeira: comunistas e socialistas não têm nem nunca tiveram o menor medo dos capitalistas. Nossa reação diante do capitalismo sempre foi de desprezo e de luta, jamais de covardia.
O medinho que os reaças sentem do comunismo é tão grande que agora querem proibir que se mencione em sala de aula o nome de Karl Marx, um dos filósofos mais importantes da história da humanidade. Recentemente, uma brincadeira feita por estudantes no Paraná, que transformaram as ideias marxistas em um funk, causou chiliques na direita brasileira ao ponto de a professora que ensinava a matéria ser suspensa.
É impressionante o pavor histórico que os capitalistas têm do comunismo. Basta mencionar a palavra “comunista” que alguns direitistas entram em pânico. Interessante que a recíproca não é verdadeira: comunistas e socialistas não têm nem nunca tiveram o menor medo dos capitalistas. Nossa reação diante do capitalismo sempre foi de desprezo e de luta, jamais de covardia.
O medinho que os reaças sentem do comunismo é tão grande que agora querem proibir que se mencione em sala de aula o nome de Karl Marx, um dos filósofos mais importantes da história da humanidade. Recentemente, uma brincadeira feita por estudantes no Paraná, que transformaram as ideias marxistas em um funk, causou chiliques na direita brasileira ao ponto de a professora que ensinava a matéria ser suspensa.
A diferença entre interino e usurpador
Por Jeferson Miola
Segundo o dicionário Houaiss da língua portuguesa, interino é um adjetivo que significa “passageiro, provisório, temporário”; “que ou aquele que ocupa provisoriamente função ou cargo público, na ausência ou impossibilidade de seu titular”. O antônimo de interino é “permanente”.
Também de acordo com o Houaiss, usurpador é um adjetivo e um substantivo masculino que significa “1 que ou aquele que usurpa; 1.1 que ou aquele que se apodera por violência ou meios injustos daquilo que não lhe pertence ou a que não tem direito”. Segundo Houaiss, os sinônimos e variantes de usurpador são: “intruso, invasor, ladrão, roubador, tirano”.
Segundo o dicionário Houaiss da língua portuguesa, interino é um adjetivo que significa “passageiro, provisório, temporário”; “que ou aquele que ocupa provisoriamente função ou cargo público, na ausência ou impossibilidade de seu titular”. O antônimo de interino é “permanente”.
Também de acordo com o Houaiss, usurpador é um adjetivo e um substantivo masculino que significa “1 que ou aquele que usurpa; 1.1 que ou aquele que se apodera por violência ou meios injustos daquilo que não lhe pertence ou a que não tem direito”. Segundo Houaiss, os sinônimos e variantes de usurpador são: “intruso, invasor, ladrão, roubador, tirano”.
"O desmonte da EBC é iminente"
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
À frente da Empresa Brasil de Comunicação de 2007 a 2011, a jornalista Tereza Cruvinel vê como "iminente" o processo de desmonte da EBC, inclusive com a possível constituição de outra empresa, "um arremedo da Radiobrás, piorada", para resolver juridicamente o impasse atual, com o presidente Ricardo Melo mantido no cargo por força de liminar. "Eles estão esperando consolidar o golpe em agosto", afirmou Tereza, durante debate realizado ontem (11) à noite, na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, na região central de São Paulo.
As pautas conservadoras no Congresso
Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:
O roteiro de pautas contrárias aos direitos dos trabalhadores no Congresso Nacional é extenso. Segundo levantamento feito pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), atualmente 59 projetos de lei voltados à flexibilização de direitos trabalhistas tramitam nas casas legislativas federais. Para militantes, movimentos populares e sindicais em geral, as articulações estão em sintonia com o processo político que resultou no afastamento da presidenta Dilma Rousseff, em maio.
O roteiro de pautas contrárias aos direitos dos trabalhadores no Congresso Nacional é extenso. Segundo levantamento feito pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), atualmente 59 projetos de lei voltados à flexibilização de direitos trabalhistas tramitam nas casas legislativas federais. Para militantes, movimentos populares e sindicais em geral, as articulações estão em sintonia com o processo político que resultou no afastamento da presidenta Dilma Rousseff, em maio.
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