quarta-feira, 20 de novembro de 2019
Verdadeiro legado de Jesus está em disputa
Por Jair de Souza
É impossível continuar assistindo de modo impassível o que está acontecendo no Brasil, no resto da América Latina e em outras partes do mundo menos desenvolvido. Estamos diante de um fenômeno que parece inexplicável por vias racionais.
Todos os relatos referentes à trajetória da vida de Jesus apresentam-no como um ser oriundo do seio das camadas mais humildes de sua sociedade naqueles tempos. E se isso não bastasse, em todas as circunstâncias em que Jesus aparece interatuando com outras pessoas, ele sempre se mostra profundamente vinculado aos interesses da gente mais humilde, da gente mais necessitada, da gente oprimida. Não há nenhuma passagem relativa à vida de Jesus na qual o encontramos aderindo às posições e aos interesses dos ricos e poderosos. Já os exemplos de seu comprometimento com as lutas dos mais vulneráveis são abundantes e permeiam todo o transcorrer de sua vida terrenal.
É impossível continuar assistindo de modo impassível o que está acontecendo no Brasil, no resto da América Latina e em outras partes do mundo menos desenvolvido. Estamos diante de um fenômeno que parece inexplicável por vias racionais.
Todos os relatos referentes à trajetória da vida de Jesus apresentam-no como um ser oriundo do seio das camadas mais humildes de sua sociedade naqueles tempos. E se isso não bastasse, em todas as circunstâncias em que Jesus aparece interatuando com outras pessoas, ele sempre se mostra profundamente vinculado aos interesses da gente mais humilde, da gente mais necessitada, da gente oprimida. Não há nenhuma passagem relativa à vida de Jesus na qual o encontramos aderindo às posições e aos interesses dos ricos e poderosos. Já os exemplos de seu comprometimento com as lutas dos mais vulneráveis são abundantes e permeiam todo o transcorrer de sua vida terrenal.
terça-feira, 19 de novembro de 2019
“Marcão do Povo” e outros crimes na mídia
Marcão do Povo |
As baixarias nas emissoras privadas de tevê e rádio – que exploram concessões públicas – seguem produzindo tragédias no Brasil. Na terça-feira passada (12), o apresentador Marcos Paulo Ribeiro de Morais, o “Marcão do Povo”, humilhou de forma cruel um rapaz de Londrina (PR) no seu programa “Primeiro Impacto”, do SBT.
Ele exibiu um vídeo no qual um “homem se pendura numa fiação e diz que quer morrer. Ele cai e vai embora. Marcão do Povo disse, rindo: ‘Chifre é que nem consórcio: a qualquer momento você é contemplado’. Nesse mesmo dia, o homem ridicularizado foi encontrado morto. O boletim de ocorrência atesta que foi suicídio”, relata indignado o jornalista Mauricio Stycer, no UOL.
O golpe na Bolívia e o papel da OEA
Por Rafael da Silva Barbosa, no site Brasil Debate:
O domingo do dia 10 de novembro de 2019 é o marco do retorno dos golpes de Estado de cunho militar na América Latina do século 21, cuja base é a extrema violência da direita latino-americana. Tudo se deu, a título de pretexto, a partir do Relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Secretaría para el Fortalecimiento de la Democracia (SFD), intitulado “Análisis de Integridad Electoral Elecciones Generales en el Estado Plurinacional de Bolivia 20 de octubre de 2019” , que abriu caminho para o golpe militar no fatídico 10 de novembro.
O domingo do dia 10 de novembro de 2019 é o marco do retorno dos golpes de Estado de cunho militar na América Latina do século 21, cuja base é a extrema violência da direita latino-americana. Tudo se deu, a título de pretexto, a partir do Relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Secretaría para el Fortalecimiento de la Democracia (SFD), intitulado “Análisis de Integridad Electoral Elecciones Generales en el Estado Plurinacional de Bolivia 20 de octubre de 2019” , que abriu caminho para o golpe militar no fatídico 10 de novembro.
Chile e Bolívia: o povo como poder
Por Luiz Alberto Gomez de Souza, no site Carta Maior:
Esses dois países trazem uma grande lição. A pressão popular encurrala um governo direitista lá e uma presidente racista e ilegítima ali.
No Chile, desde 18 de outubro, multidões saem à rua. Lembremos a previsão de Allende: “Volverá el pueblo a las grandes alamedas”. Piñera, encurralado, propõe que o atual Congresso se torne poder constituinte. As multidões não aceitam. Querem um plebiscito e então convocar um novo legislativo como poder constituinte. Já agora o povo é, de fato, um poder constituinte em ação. Os partidos, do comunista ao democrata cristão, apoiam o clamor das ruas, mas a iniciativa é deste.
Esses dois países trazem uma grande lição. A pressão popular encurrala um governo direitista lá e uma presidente racista e ilegítima ali.
No Chile, desde 18 de outubro, multidões saem à rua. Lembremos a previsão de Allende: “Volverá el pueblo a las grandes alamedas”. Piñera, encurralado, propõe que o atual Congresso se torne poder constituinte. As multidões não aceitam. Querem um plebiscito e então convocar um novo legislativo como poder constituinte. Já agora o povo é, de fato, um poder constituinte em ação. Os partidos, do comunista ao democrata cristão, apoiam o clamor das ruas, mas a iniciativa é deste.
EUA: Os campos de detenção da Era Trump
Por Marianna Braghini, no site Outras Palavras:
Todos os anos dezenas de milhares latinos, frente a pobreza e a violência, acabam se lançando em perigosas viagens para atravessar a fronteira dos EUA. Eles vêm de países que há décadas estão sob alguma forma de dominação política e econômica dos EUA, cuja agenda de política externa é voltada a garantir as condições de subdesenvolvimento e dependência econômica a que são submetidos os países latino-americanos – e isso o fazem até mesmo por meio da desestabilização de governos via violência armada, gerando crises políticas e conflitos civis.
Todos os anos dezenas de milhares latinos, frente a pobreza e a violência, acabam se lançando em perigosas viagens para atravessar a fronteira dos EUA. Eles vêm de países que há décadas estão sob alguma forma de dominação política e econômica dos EUA, cuja agenda de política externa é voltada a garantir as condições de subdesenvolvimento e dependência econômica a que são submetidos os países latino-americanos – e isso o fazem até mesmo por meio da desestabilização de governos via violência armada, gerando crises políticas e conflitos civis.
Brasil tem mais de 300 células nazistas
Da Rede Brasil Atual:
O Brasil contém 334 células nazistas em atividade no Brasil, de acordo com uma pesquisa feita por Adriana Abreu Magalhães Dias, antropóloga da Unicamp. A maioria dos grupos se concentra nas regiões Sul e Sudeste e se dividem em até 17 movimentos distintos, entre hitleristas, supremacistas/separatistas, de negação do Holocausto ou seções locais da Ku Klux Klan.
A pesquisa mostra que há registros de grupos localizados em cidades como Fortaleza, João Pessoa, Feira de Santana (BA) e Rondonópolis (MT). Porém, o estado com mais células é São Paulo, com 99 grupos, sendo 28 só na capital. Santa Catarina vem logo atrás com 69 células, seguido por Paraná (66) e Rio Grande do Sul (47). Há exemplos também de estados que estavam sem registros de atividades até pouco tempo, mas começam a ganhar corpo, como Goiás, que já possui seis grupos nazistas. As células são compostas por três a 40 pessoas.
A pesquisa mostra que há registros de grupos localizados em cidades como Fortaleza, João Pessoa, Feira de Santana (BA) e Rondonópolis (MT). Porém, o estado com mais células é São Paulo, com 99 grupos, sendo 28 só na capital. Santa Catarina vem logo atrás com 69 células, seguido por Paraná (66) e Rio Grande do Sul (47). Há exemplos também de estados que estavam sem registros de atividades até pouco tempo, mas começam a ganhar corpo, como Goiás, que já possui seis grupos nazistas. As células são compostas por três a 40 pessoas.
O antipetismo da mídia é covarde
Ilustração: Jianan Liu |
Estive no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo no sábado 9. Tinha passado lá dois dias em abril de 2018, durante a prisão de Lula. Queria estar também na sua liberdade. Tenho críticas ao PT, várias, e a Lula também, várias, mas nunca deixo de me surpreender com o tamanho político dele. Forte, física e psicologicamente, com paixão, com firmeza, Lula sai da cadeia maior do que entrou.
Esta é a questão com os grandes momentos de crises nacionais, que algumas figuras públicas se engrandecem, ganham maiores proporções, e outras figuras se apequenam, ficam minúsculas, como apagadas, desvanecidas. Neste caso, aquelas de Fernando Henrique Cardoso e, sem dúvida, para mim, Ciro Gomes, que não tiveram a mínima dignidade de postar nas suas redes sociais uma mensagem de alegria no dia da soltura do ex-presidente. Gestos mesquinhos que não passam despercebidos aos olhos da História.
Esta é a questão com os grandes momentos de crises nacionais, que algumas figuras públicas se engrandecem, ganham maiores proporções, e outras figuras se apequenam, ficam minúsculas, como apagadas, desvanecidas. Neste caso, aquelas de Fernando Henrique Cardoso e, sem dúvida, para mim, Ciro Gomes, que não tiveram a mínima dignidade de postar nas suas redes sociais uma mensagem de alegria no dia da soltura do ex-presidente. Gestos mesquinhos que não passam despercebidos aos olhos da História.
A "marcha" diante da estátua da Havan
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
A melhor imagem da demência que tomou conta do Brasil desde a chegada dos bolsominions ao poder, ao som de uma marcha militar, foi o desfile de um bando de patos amarelos diante da estátua da Havan, em Araçatuba, neste final de semana.
Batendo continência e pisando firme no chão, como se estivessem num quartel do recruta zero, dezenas de aloprados de todas as idades deram um espetáculo grotesco de falta de noção durante um protesto contra o STF em que pediam a cabeça do ministro Gilmar Mendes.
De que toca saiu essa gente estranha, um gado humano perdido no tempo e no espaço?
Os desafios de Lula livre
Festival com Lula livre, Recife, 17/11/19 Foto: Ricardo Stuckert |
A soltura de Lula, nas condições conhecidas, deve ser considerada como um ponto de luz numa grande batalha que ainda está longe de sugerir seu apogeu, e cujos desdobramentos pertencem às artes das pitonisas. Não é um ponto de chegada, mas certamente assinala um salto de qualidade no processo político como oportunidade nova que se oferece à reorganização popular, que agora tem um líder em condições de exercer papel estratégico e unificador.
Comércio exterior despenca outra vez
Por Fernando Brito, em seu blog:
Como se tem antecipado aqui, é muito preocupante o desempenho das contas externas do Brasil.
Além da saída de capitais financeiros (só na Bolsa, R$ 34,5 bilhões), o desempenho do setor exportador é tão fraco que já nem se discute mais a queda no saldo da balança de pagamentos, mas já agora o seu déficit.
O acumulado do mês, até o final da semana passada indica um valor negativo de 430 milhões de dólares, o que dá uma média de – US$ 43 milhões diários, contra o um superavit médio de perto de US$ 2o4 milhões diários do ano passado.
Como se tem antecipado aqui, é muito preocupante o desempenho das contas externas do Brasil.
Além da saída de capitais financeiros (só na Bolsa, R$ 34,5 bilhões), o desempenho do setor exportador é tão fraco que já nem se discute mais a queda no saldo da balança de pagamentos, mas já agora o seu déficit.
O acumulado do mês, até o final da semana passada indica um valor negativo de 430 milhões de dólares, o que dá uma média de – US$ 43 milhões diários, contra o um superavit médio de perto de US$ 2o4 milhões diários do ano passado.
Um programa contra os retrocessos do governo
Do site Vermelho:
Centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de oposição apresentaram ontem (18) propostas para se contrapor à política do governo, que segundo eles vai na contramão do necessário para fazer o país voltar ao caminho do crescimento com redução da desigualdade. O foco é o Congresso Nacional: é ali, avaliam, que os projetos têm avançado e continuarão sendo aprovados, se não houver reação na rua e articulação política, com maior quantidade de forças – talvez além da esquerda tradicional.
Centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de oposição apresentaram ontem (18) propostas para se contrapor à política do governo, que segundo eles vai na contramão do necessário para fazer o país voltar ao caminho do crescimento com redução da desigualdade. O foco é o Congresso Nacional: é ali, avaliam, que os projetos têm avançado e continuarão sendo aprovados, se não houver reação na rua e articulação política, com maior quantidade de forças – talvez além da esquerda tradicional.
Bolsonaro e Guedes apostam na desigualdade
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Em 16 de outubro de 2019 o IBGE informou que os 1% mais ricos do Brasil têm uma renda 33,8 vezes superior aos 50% mais pobres. Conforme os números divulgados, 104 milhões de brasileiros e brasileiras sobrevivem com até R$ 413 por mês - ou 13 reais por dia -, enquanto 2,1 milhões sobrevivem com R$ 16.297 mensais.
A diferença entre o andar de cima e o patamar debaixo não para de crescer, confirmou-se no mesmo levantamento.
Em apenas um ano o rendimento do 1% mais rico elevou-se 8,4%, enquanto os 5% mais pobres perderam 3,4%.
Conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas, esse processo se repete, mês a mês, sem intervalo, há 14 trimestres seguidos - período politico inaugurado pelo golpe que derrubou Dilma Rousseff.
Em 16 de outubro de 2019 o IBGE informou que os 1% mais ricos do Brasil têm uma renda 33,8 vezes superior aos 50% mais pobres. Conforme os números divulgados, 104 milhões de brasileiros e brasileiras sobrevivem com até R$ 413 por mês - ou 13 reais por dia -, enquanto 2,1 milhões sobrevivem com R$ 16.297 mensais.
A diferença entre o andar de cima e o patamar debaixo não para de crescer, confirmou-se no mesmo levantamento.
Em apenas um ano o rendimento do 1% mais rico elevou-se 8,4%, enquanto os 5% mais pobres perderam 3,4%.
Conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas, esse processo se repete, mês a mês, sem intervalo, há 14 trimestres seguidos - período politico inaugurado pelo golpe que derrubou Dilma Rousseff.
Lula, Bolsonaro e o "desastre passageiro"
Por Manuel Domingos Neto
Lula disse que Bolsonaro é um "desastre passageiro".
Seriam passageiras também a atuação das forças que o guindaram?
Refiro-me aos agentes estadunidenses que trabalharam em seu favor financiando e orientando movimentos reacionários no Brasil.
E também às igrejas evangélicas, com suas poderosas redes de comunicação disseminando cotidianamente o ódio contra o reformismo democrático.
E os numerosos golpistas que integram o aparelho de Estado. Juízes, procuradores, policiais, militares logo deixarão de manobrar suas corporações em prejuízo da Lei e passarão a respeitar o jogo democrático? Tornar-se-ão republicanos por obra e graça do Espírito Santo?
Lula disse que Bolsonaro é um "desastre passageiro".
Seriam passageiras também a atuação das forças que o guindaram?
Refiro-me aos agentes estadunidenses que trabalharam em seu favor financiando e orientando movimentos reacionários no Brasil.
E também às igrejas evangélicas, com suas poderosas redes de comunicação disseminando cotidianamente o ódio contra o reformismo democrático.
E os numerosos golpistas que integram o aparelho de Estado. Juízes, procuradores, policiais, militares logo deixarão de manobrar suas corporações em prejuízo da Lei e passarão a respeitar o jogo democrático? Tornar-se-ão republicanos por obra e graça do Espírito Santo?
Sem o apoio d@s trabalhador@s, nada feito
Por João Guilherme Vargas Netto
Quando um grupo é atacado por um adversário poderoso que agride seus interesses, sua coesão e sua experiência há nas respostas possíveis uma gradação que vai desde a aceitação, passa pela contenção de danos e pela resistência e chega à contestação, tudo junto e misturado.
Neste embate as direções do grupo, para se preservar, procuram fazer uma criteriosa análise da correlação de forças, principalmente da disposição do grupo em enfrentar a agressão.
De todo modo a grande virtude das direções deve ser a de saber orientar o grupo em defesa de seus interesses, de sua coesão e de sua experiência e colocá-lo no melhor caminho para obter aquilo que se compreende como o possível, o desejado e o alcançável.
Quando um grupo é atacado por um adversário poderoso que agride seus interesses, sua coesão e sua experiência há nas respostas possíveis uma gradação que vai desde a aceitação, passa pela contenção de danos e pela resistência e chega à contestação, tudo junto e misturado.
Neste embate as direções do grupo, para se preservar, procuram fazer uma criteriosa análise da correlação de forças, principalmente da disposição do grupo em enfrentar a agressão.
De todo modo a grande virtude das direções deve ser a de saber orientar o grupo em defesa de seus interesses, de sua coesão e de sua experiência e colocá-lo no melhor caminho para obter aquilo que se compreende como o possível, o desejado e o alcançável.
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
Assinar:
Postagens (Atom)