quinta-feira, 16 de junho de 2022
Bolsonaro deve pagar por crimes na Amazônia
Charge: Aroeira |
O Brasil acompanha estarrecido as notícias sobre o brutal assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips na região do Vale do Javari, em Atalaia do Norte, no Amazonas. O fato de um deles ser estrangeiro jogou luz sobre um problema recorrente na região. Muitos dos que lutam pelos direitos dos indígenas e pela preservação da floresta desaparecem, são mortos e fica por isso mesmo.
Hoje, até o primeiro ministro britânico, Boris Jonhson, manifestou preocupação com o desaparecimento de Dom. Inúmeras organizações e governos pelo mundo, não só pedem um esclarecimento sobre os fatos, mas apelam por uma política de proteção aos povos da floresta e defesa do meio ambiente.
A descoberta do pré-sal e o golpe de 2016
Charge: Latuff |
Estudos científicos indicam que as reservas petrolíferas mundiais estão se esgotando. Segundo os números divulgados, a manter-se o quadro de consumo da atualidade, as jazidas comprovadas e os estoques disponíveis alcançariam para pouco mais de 46 anos.
Por mais que se fale em fontes alternativas de energia, ainda não existe nenhuma possibilidade de que, a curto prazo, a atual matriz energética mundial venha a ser substituída com equivalente produtividade. E, enquanto isto não acontece, passa a ser de vital importância para as grandes potências exercer o controle dos estoques de derivados de petróleo, das reservas comprovadas existentes, assim como ter o poder para impor a orientação de seu uso.
A linha golpista
Charge: Nando Motta |
Há meses pairam dúvidas sobre a posição das forças armadas diante de eventual golpe ou tumulto antes ou depois das eleições.
Agora, todas as dúvidas se dissiparam. Se levarmos em conta recente manifestação do ministro da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o alinhamento daquelas com a linha golpista do presidente parece ter se consolidado.
E se o general achar que o ministro Edson Fachin não prestigia suficientemente o ego das Forças Armadas, o que vai fazer o ministro da Defesa?
Cassar os ministros? Fechar o TSE?
Na realidade, ao assumir todas as bandeiras negacionistas do presidente em relação às urnas eletrônicas, o ministro, numa linguagem melíflua, ensaia um “pronunciamento” bem no estilo das banana republics do continente em que militares dão ultimatos a cortes supremas.
Na realidade, ao assumir todas as bandeiras negacionistas do presidente em relação às urnas eletrônicas, o ministro, numa linguagem melíflua, ensaia um “pronunciamento” bem no estilo das banana republics do continente em que militares dão ultimatos a cortes supremas.
O salário de fome
Charge: Brum |
Matéria de destaque no Valor, assinada por Sergio Lamucci e Marsilea Gombata (dia 14/06), denuncia que o salário mínimo é insuficiente para comprar uma cesta básica.
Um sociólogo poderia dizer que a cesta básica é um conceito abstrato que mede se o poder de compra do salário mínimo consegue suprir as necessidades alimentares básicas de uma pessoa durante um mês.
E então, como ficamos? O Cesta Básica Futebol Clube venceu o Unidos do Salário Mínimo para desencanto de ambas as torcidas com uma derrota tão mais acachapante se considerarmos a tragédia do desemprego quando uma cesta básica deve alimentar (por exemplo) uma família com pelo menos três pessoas (uma delas com rendimento do trabalho e as outras duas sem).
quarta-feira, 15 de junho de 2022
Bruno e Dom eram alvos da política de terror
Ilustração: CrisVector |
Bruno Pereira e Dom Philips foram vítimas das estruturas econômicas criminosas que se expandiram e se infiltraram livremente sob os auspícios do governo militar do Bolsonaro.
O macabro assassinato deles é consequência lógica das escolhas do governo dos generais, que haverão de ser responsabilizados nos tribunais nacionais e internacionais por mais um crime pavoroso contra a humanidade.
Bruno e Dom eram entraves ao genocídio dos povos originários e à devastação das florestas e territórios indígenas, onde florescem com fecunda facilidade a pesca e a caça ilegal, o narcotráfico, o garimpo, a mineração, a pistolagem e o desmatamento.
Em razão disso, Bruno e Dom viraram alvos que algum dia, mais cedo ou mais tarde, deveriam ser exterminados. E este dia finalmente chegou, em 5 de junho, na Terra Indígena do Vale do Javari.
O desenvolvimentismo de Petro na Colômbia
Comitê Presidente Petro e Vicepresidenta Francia - Villavicencio |
“O Estado exercerá suas funções de liderança para promover um processo de industrialização democrático e responsável, capaz de gerar capacidades para aumentar a produtividade, o emprego, a renda e as cadeias produtivas necessárias para uma transição social e ecológica que estimule a produção de e para a vida”.
O compromisso desenvolvimentista é prioridade no programa de Gustavo Petro e Francia Márquez, candidatos da coalizão oposicionista Pacto Histórico à presidência e à vice-presidência da Colômbia, que lideram até mesmo as “pesquisas” de opinião de voto - tradicionalmente manipuladas pelos monopólios de mídia e pelo governo - para o segundo turno das eleições do próximo domingo (19).
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