Charge: Venes |
A anunciada decisão dos comandantes militares de deixarem seus cargos antes da posse do presidente eleito, para que não tenham de bater continência a Lula, é – espera-se – o último episódio da aventura suicida em que as Forças Armadas se lançaram desde que acharam que Jair Bolsonaro seria o caminho para uma impossível volta ao mando que tiveram sobre o país durante a ditadura.
Nem tanto pelo destino dos comandantes – que deixam os cargos, rumo a uma confortável aposentadoria, livre dos limites impostos aos civis – mas pelo mau exemplo que dão aos seus comandados, que veem seus chefes, por razões de ordem meramente político-ideológica, recusarem-se à disciplina e à fidalguia indispensáveis a quem deveria ser o espelho de suas tropas.