domingo, 5 de maio de 2024

Investimento estrangeiro: prós e contras

Reprodução da internet
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

O investimento estrangeiro é positivo ou negativo para um país? Como para muitas questões econômicas, a resposta é: depende. Há vantagens e desvantagens. Convém, portanto, examinar o tema um pouco mais de perto.

Não é o que geralmente se faz. Predominam slogans e simplificações. No governo, por exemplo, tem havido muito oba-oba por ocasião da divulgação de alguns novos investimentos do exterior. Novos investimentos estrangeiros são apresentados como um selo de confiança ou bom-comportamento. “O Brasil está de volta”, proclama-se. (Esse slogan, diga-se de passagem, é um dos mais surrados internacionalmente.) Além disso, foi instituído, com certo estardalhaço, um programa que oferece proteção cambial a determinados investidores estrangeiros

Ameaças de Trump aos que abandonarem o dólar

Charge: Chen Xia/GT
Por Jair de Souza

Há poucos dias, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump fez uma severa ameaça a todos os países que andam avançando no debate em relação à retirada do dólar como a moeda padrão para as transações de comércio internacional. Este é um assunto que já abordamos no passado, mas em razão de sua enorme importância e validade para o momento em que estamos, considero oportuno retomar a essência do que já tínhamos procurado ressaltar com anterioridade.

Uma das consequências resultantes dos Acordos de Bretton Woods, pouco antes da conclusão da II Guerra Mundial e em função dos resultados previstos para a mesma, foi o papel adquirido pelo dólar estadunidense como moeda de transação internacional. Nesta primeira fase, havia uma convertibilidade estipulada entre o dólar e o ouro. Ou seja, qualquer país em posse de uma certa quantidade de dólares poderia exigir sua conversão ao ouro em qualquer momento.

A relevância do líder da Revolta da Chibata

Manifesto dos Marinheiros/Fundação Biblioteca Nacional
Por Sílvia Capanema, no jornal Brasil de Fato:

“Um herói do povo”, essas são as palavras de Adalberto Cândido, 85 anos, filho caçula do marinheiro João Cândido, homem que ficou conhecido como almirante negro ao liderar uma revolta de marujos subalternos contra o uso da chibata, em 1910, 2 décadas depois da abolição da escravidão no Brasil.

A frase foi publicada na imprensa brasileira na semana passada, em resposta à carta do almirante Marcos Sampaio Olsen que pediu aos parlamentares brasileiros que não aprovem o projeto de lei de autoria do deputado Lindbergh Farias (PT-SP) e apresentado à comissão da cultura por Benedita da Silva (PT-RJ), inscrevendo o nome do ex-marinheiro no livro de heróis da pátria.

Na missiva, o comandante chama os marujos de “abjetos marinheiros” que quebraram a hierarquia na Marinha para exigir “vantagens corporativas e ilegítimas”.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Extrema direita se articula na Hungria

Marinha açoita memória dos heróis de 1910

Montagem do site FOB
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Para Ailton Benedicto de Souza, in memoriam.

“João Cândido deve ser promovido a símbolo da dignidade do soldado brasileiro. Sua história deve ser conhecida nas fileiras. Sua imagem deve ser exibida com destaque nos estabelecimentos militares de terra, mar e ar” . Manuel Domingos Neto. O que fazer com o miliar.

O oficial que se senta hoje na cadeira de comandante da Marinha sai de seus cuidados e de suas atribuições para imiscuir-se no que não lhe cabe, ao dar palpites injuriosos sobre projeto de lei já aprovado no Senado e presentemente em tramitação na Câmara dos Deputados. Da autoria do deputado Lindbergh Farias, a proposta, apoiada pelo Ministério Público Federal e combatida em termos inaceitáveis pela caserna, manda inscrever “no livro dos heróis da pátria” o marinheiro João Cândido, negro, filho de ex-escravos, líder vitorioso da Revolta da Chibata, em 1910, pois, em plena República, 38 anos passados da abolição da escravatura, o fiador da ordem e da disciplina na Marinha de guerra brasileira era ainda o castigo físico, brutal, ignominioso, covarde e racista: a tortura, a chibatada, a palmatória, a injúria, o aviltamento imposto aos praças, quase todos negros, pelos oficiais, sempre brancos e sempre filhos da classe dominante.

A comemoração do 1º de Maio em São Paulo

Foto: Roberto Parizotti/CUT
Por João Guilherme Vargas Netto

Merece leitura atenta e reflexiva o texto publicado na Folha, ontem, assinado por oito dirigentes de centrais sindicais em comemoração do Dia do Trabalhador reivindicando democracia e direitos.

A publicação pela Folha reconhece a importância das entidades e das posições assumidas e efetivadas pelo movimento sindical dos trabalhadores no esforço unitário para comemoração do 1º de Maio.

Comemoração que contou com manifestações em todo o país, agregadoras, festivas e de luta ainda que com baixo comparecimento de trabalhadores e trabalhadoras das bases sindicais.

O evento em São Paulo com a presença do presidente da República, do vice-presidente, de oito ministros de Estado, de muitas outras autoridades convidadas e de participantes que suportaram o verdadeiro forno em que se transformou o local e ouviram os dirigentes das centrais expressarem novamente as ideias reproduzidas no texto da Folha.

A estrutura lavajatista no Ministério Público

História da privatização da energia no Brasil

Agronegócio afronta as áreas indígenas

Big Techs prejudicam o debate público

Mídia tenta construir um 'Tarcísio de centro'

Xandão manda soltar Mauro Cid

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Record demite vítimas de assédio e gera medo

Por Altamiro Borges


O site de entretenimento Notícias da TV postou nesta segunda-feira (29) que a Rede Record, pertencente ao “bispo” Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), tem demitido vítimas de assédio que denunciaram chefões da emissora. Essa conduta gera insegurança entre os profissionais da empresa.

Segundo a reportagem, “uma sequência de denúncias de assédio tem causado desconforto nos bastidores da Record. Funcionários se sentem inseguros não só pelo risco de serem alvos de abuso, mas também de demissão. O fato é que as vítimas que levaram adiante nos últimos anos as suas reclamações acabaram demitidas da empresa”.

A origem e o significado do 1º de Maio

Divulgação
Por Altamiro Borges


“Se acreditais que enforcando-nos podeis conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperais salvar-vos e acreditais que o conseguireis, enforcai-nos! Então vos encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo”. Augusto Spies, 31 anos, diretor do jornal Diário dos Trabalhadores.

“Se tenho que ser enforcado por professar minhas ideias, por meu amor à liberdade, à igualdade e à fraternidade, então nada tenho a objetar. Se a morte é a pena correspondente à nossa ardente paixão pela redenção da espécie humana, então digo bem alto: minha vida está à disposição. Se acreditais que com esse bárbaro veredicto aniquilais nossas ideias, estais muito enganados, pois elas são imortais''. Adolf Fischer, 30 anos, jornalista.

“Em que consiste meu crime? Em ter trabalhado para a implantação de um sistema social no qual seja impossível o fato de que enquanto uns, os donos das máquinas, amontoam milhões, outros caem na degradação e na miséria. Assim como a água e o ar são para todos, também a terra e as invenções dos homens de ciência devem ser utilizadas em benefício de todos. Vossas leis se opõem às leis da natureza e utilizando-as roubais às massas o direito à vida, à liberdade e ao bem-estar”. George Engel, 50 anos, tipógrafo.

Fascistas espalham discurso de ódio nas redes

Charge: Duke
Por Altamiro Borges


A Agência Pública postou nesta semana uma longa reportagem mostrando que grupelhos de extrema direita têm espalhado o discurso de ódio nas redes digitais sem qualquer moderação das plataformas. Assinada pelo repórter Danilo Queiroz, ela denuncia que mais de 20 grupos fascistas estão ativos e organizados no Brasil e difundem seus discursos preconceituosos com a cumplicidade das poderosas big techs.

A matéria teve como base mapeamento realizado pelo Global Project Against Hate and Extremism (GPAHE – Projeto Global Contra o Ódio e o Extremismo), uma organização mundial de defesa de direitos humanos. A reportagem teve acesso ao estudo e localizou vários grupos de extrema direita em atuação no país, que “usam as redes sociais para disseminar mensagens de ódio, violência e discriminação”.