quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Apontamentos sobre a crise republicana

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A pauta se oferece rica, e os temas da política internacional são atraentes, ainda que desagradáveis, a começar pelo muito que a onda terrorista nos cobra de reflexão, para além da mediocridade estandardizada de nossa imprensa, neste episódio como em todos, condicionada em sua miopia pelo que lhe dizem suas matrizes norte-americanas e europeias.

A lição de Brizola; e o que mais?

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

É frequente nos golpes.

Depois da largada, a cargo de um personagem síntese dos interesses e da vigarice perfilados na conspiração, entra em campo o pelotão do abrandamento para aspergir lavanda no material que povoa o esgoto da democracia.

A operação ‘abrandamento’ está curso no Brasil nos dias que correm, após a largada de Cunha.

A direita quer golpear a democracia

Editorial do site Vermelho:

A torcida da mídia conservadora e golpista pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff revela o que está mesmo em jogo nesta encruzilhada em que o país foi posto – trata-se de voltar, com maior virulência, à mesma política econômica que favorece a especulação rentista que tem verdadeira alergia contra mudanças sociais e políticas pelo fortalecimento da democracia, desenvolvimento econômico e respeito à soberania nacional.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

"O Globo" demite 30. É o golpe!

Por Altamiro Borges

O jornal O Globo, um dos mais excitados com a trama golpista do achacador Eduardo Cunha, acaba de dar um verdadeiro golpe nos seus funcionários. Segundo reportagem do Portal Imprensa, o diário da famiglia Marinho "iniciou na tarde desta segunda-feira (7) uma série de cortes em seu quadro de funcionários. Cerca de 30 trabalhadores foram cortados, sendo a redação a área mais atingida, com aproximadamente 18 demitidos. Os repórteres com mais tempo de casa foram o alvo do passaralho". 

#NãoVaiTerGolpe. Resistência cresce!

Por Altamiro Borges

A decisão do correntista suíço Eduardo Cunha, de dar a largada no processo ilegal de impeachment da presidente Dilma, acabou gerando forte reação da sociedade. Movimentos sociais, governadores, intelectuais, juristas e igrejas de diferentes matizes, entre outros setores, deflagraram de imediato uma campanha contra a tentativa golpista dos derrotados nas eleições de outubro passado. O próximo passo será a realização de atos massivos e unitários em defesa da democracia. O primeiro já está marcado para 16 de dezembro. A tendência é que a mobilização contra o golpe cresça em todo o país.

Sinal de alerta na América Latina

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A onda golpista no Brasil e as derrotas recentes na eleição presidencial da Argentina e na eleição parlamentar venezuelana soam o alerta máximo para a esquerda latino-americana: afinal, onde foi que erramos? Estaríamos derrotados? Estes questionamentos foram tema de debate entre Breno Altman, diretor editorial do Opera Mundi, e José Reinaldo de Carvalho, diretor do Centro Brasileiro de Solidariedade e Luta pela Paz (Cebrapaz), mediados pela jornalista Maria Inês Nassif. A atividade ocorreu na segunda-feira (7), na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, como parte do Ciclo de Debates Que Brasil é Este?.



Os fascistas mirins voltarão às ruas?

Por Altamiro Borges

Os grupelhos fascistas estão excitados com a decisão do correntista suíço Eduardo Cunha, que ainda preside a Câmara Federal, de deflagrar o processo golpista do impeachment de Dilma. Eles garantem que voltarão a colocar milhares de incautos nas ruas para derrubar o governo eleito democraticamente em outubro passado. Apesar desta aparente valentia, porém, eles não demonstram muito entusiasmo com sua capacidade de mobilização. Em artigo publicado na Folha tucana na semana passada, o líder da seita Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri - já apelidado de "Kimta Katiguria" -, apela por mais tempo para destruir a economia nacional e arregimentar os seus fanáticos seguidores.


Temer é à prova de impeachment?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É bom o vice-presidente Michel Temer pensar bem antes de entrar na onda de um impeachment com base em acusações sem provas.

Porque ele estaria admitindo que se depusesse uma governante que não tem contra si, sequer, alguma acusação de desvio de dinheiro público.

O impeachment e a divisão da oposição

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Quando ainda se fazia política no país, antes do vale tudo em que se transformou a luta pelo poder nesta nação, havia um velho homem público mineiro que, no rastro de Salomão, gostava de dizer que a política é como as estações do ano.

Há o tempo de semear e o tempo de ceifar.

O tempo de colher e o tempo de moer.

O tempo de misturar e bater a massa.

E o de acender o forno para assar e comer o que se preparou.

A vitória da ultradireita na França

Do site Opera Mundi:

A líder da FN (Frente Nacional), Marine Le Pen, comemorou neste domingo (06/12) os resultados obtidos por seu partido nas eleições regionais da França e convocou os franceses a se unirem em torno da ultradireita no segundo turno da votação, que será realizado na próxima semana. Seu partido obteve maioria em seis das 13 regiões na França.

A ascensão da esquerda em Portugal

Por Jorge Amorim, na revista Caros Amigos:

Quase dois meses após as eleições legislativas de outubro, o presidente da República, Cavaco Silva, contra sua vontade, acabou tendo de indicar o líder do Partido Socialista (PS), Antonio Costa, como primeiro ministro de um governo com apoio parlamentar de uma maioria de esquerda formada pelo Partido Comunista Português, Bloco de Esquerda e Partido Ecologista “Os Verdes”. O novo governo eleito nas urnas pôs fim a um ciclo político marcado por uma forte contestação popular contra as medidas de austeridade impostas pela Troika e seguidas à risca pelo então governo direitista.

Alckmin fez “operação abafa” na mídia

Por Pedro Zambarda de Araujo, no blog Diário do Centro do Mundo:

Jornalistas da Folha de S.Paulo e do Estado de S. Paulo falaram com o DCM na condição de anonimato sobre uma visita de Geraldo Alckmin às empresas onde trabalham.

O governador esteve no Estadão na segunda-feira, 30 de novembro, para uma reunião de mais de duas horas. No dia seguinte foi almoçar na Folha, informação confirmada pela própria coluna Painel do jornal.

A grossura do homem-bomba do PMDB

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O PMDB quer assumir o governo para implantar um projeto econômico que, nas palavras do senador petista Lindbergh Farias, “nenhum candidato ao Planalto teria condições de apresentar aos eleitores”.

É o desmanche de direitos sociais garantidos pela Constituição de 1988, conforme denuncia o senador Roberto Requião. Isso, com um mandato obtido sem um voto sequer, ou seja, através de uma “eleição indireta” no Congresso - se vingar o afastamento de Dilma.

Aliado a ele, o PSDB faria sua segunda reforma neoliberal - esta com a mão do gato. O que poderia dar em troca? Sumiço da Lava Jato do noticiário? Apoio a um novo engavetador-geral da República?

Canalhice e corrupção no Golpe Cunhaguaio

Por Marcelo Zero, no site Brasil Debate:

A tentativa de golpe iniciada por Cunha é de tal forma cínica, hipócrita, suja e inconsistente que precisa de um neologismo: cunhaguaio. Uma mistura, em doses iguais e cavalares, de canalhice e corrupção com inconsistência jurídica e atitude antidemocrática.

Cunha acusar Dilma é, como já se disse alhures, um sujeito acusado de tudo acusar uma presidente acusada de nada. É como se o Estado Islâmico acusasse o Dalai Lama de terrorismo. É como se Hitler acusasse Roosevelt de genocídio. É como se Judas acusasse Jesus Cristo de traição. É uma total e surreal inversão de valores.

O terrorismo da lei antiterror

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Os recentes atentados em Paris frustraram as expectativas dos grupos que reivindicam a retirada do regime de urgência do projeto de lei para tipificar o crime de terrorismo no Brasil. Aprovado pelo Senado no fim de outubro, o texto é criticado por especialistas por ter uma definição ambígua e demasiadamente ampla de conduta terrorista. De quebra, há o temor de que a nova lei, caso chancelada pela Câmara e sancionada por Dilma Rousseff, possa ser usada para perseguir movimentos sociais e manifestações políticas reivindicatórias, como ocorreu em outras nações da América Latina.

O impeachment e a bomba atômica

Por Flavio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Imaginemos uma cena patética. Os cientistas que trabalharam no Projeto Manhattan, nos Estados Unidos, fabricando a bomba atômica, olham para as fotos de Hiroshima e Nagasaki, e dizem: “Nossa bomba não merecia este tratamento”.

Essa é exatamente a situação de um dos juristas que preparou o pedido de impeachment da presidenta, comentando sua aceitação pelo deputado e presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. O jurista – e um dos outros dois que o ajudaram na inglória tarefa – já rasgaram seus currículos. Mas o comentário foi patético: “Ele (o pedido) não merecia este tratamento”. O outro jurista foi mais coerente: “(Cunha) não fez mais que a obrigação”. Já que rasgou o seu currículo, assumiu de vez o rasgado. Já a terceira signatária do pedido nada mais fez do que confirmar o seu: é reconhecida arquiconservadora.

Carta de Temer revela mesquinharia

Por Renato Rovai, em seu blog:

A carta que segue, divulgada pela Globonews, teria sido enviada pelo vice-presidente Michel Temer para a presidenta Dilma. É uma peça para a história e revela o nível de mesquinharia a que estamos submetidos.

Temer reclama que não foi convidado para uma reunião com o vice-presidente dos EUA, reclama que Dilma não renomeou seu amigo Moreira Franco e diz que ficou chateado porque ela falou diretamente com o líder do seu partido na Câmara ao invés de negociar com ele.

Ombudsman conclui: A Folha só erra!

Por Altamiro Borges

Com a tresloucada partidarização da Folha de S.Paulo, a ombudsman Vera Guimarães Martins está tendo muitas dores de cabeça. Toda semana, a jornalista aponta um “erro” do diário. Ela não explicita os motivos de tantos “erros”, mas sabe que eles decorrem dos interesses políticos e econômico-comerciais da famiglia Frias. Neste domingo (6), por exemplo, ela criticou a estranha operação do site do jornal, que retirou um vídeo sobre as ocupações das escolas em São Paulo. Mesmo se esforçando para ser “neutra”, a ombudsman estranhou os “dois tropeços na mesma pedra” do veículo que lhe garante emprego.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Impeachment é golpe, afirmam juristas

Por Altamiro Borges

Mais de 30 representantes do movimento “Juristas pela Democracia” se reuniram nesta segunda-feira (7) com a presidenta Dilma, no Palácio do Planalto, para discutir as ações contra o golpismo instalado pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. Após o encontro, alguns deles concederam entrevista coletiva em que afirmaram que a abertura do processo de impeachment é inconstitucional e imoral.

Como realçou o jurista Francisco Queiroz Cavalcante, professor titular da Universidade Federal de Pernambuco, a iniciativa da oposição “é um ardil com a pretensão de terceiro turno eleitoral”. Já para o doutor em direito Luiz Moreira Gomes Júnior, integrante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), não há qualquer fundamento jurídico ou constitucional que viabilize um impedimento da presidenta. Ele também criticou a falta de “credibilidade e idoneidade” de Eduardo Cunha. “Ele submeteu todas as instituições da República e a sociedade civil aos seus caprichos”.

O reality show do golpe na TV Câmara

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O processo de impeachment aberto na semana passada pelo gangster que ora ocupa a Presidência da Câmara dos Deputados faz fé nos baixos índices conjunturais de popularidade do governo Dilma Rousseff, gerados por problemas na economia decorrentes de literal sabotagem e não, como dizem, de má gestão.

Antes de prosseguir, vale explicar que o problema de desequilíbrio fiscal que adentrou 2015 era absolutamente contornável e já poderia ter sido solucionado se politicagem barata e uma visão míope da gestão pública não tivessem sido edificados em torno do problema, impedindo que fosse atacado pelo ajuste das contas públicas proposto pelo governo.