domingo, 12 de novembro de 2023

Greve em Hollywood enfrentou a IA

Foto: SAG-AFTRA
Por Altamiro Borges


Após 118 dias de corajosa e criativa paralisação, o Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG) anunciou nesta quarta-feira (8) que finalmente conseguiu fechar um acordo com a entidade patronal, a AMPTP. Com essa vitória, chegou ao fim a histórica greve da categoria, iniciada em 13 de julho. O acordo prevê aumento de 7% nos salários, dois pontos percentuais acima do oferecido inicialmente pelos empresários. E o mais importante: ele garante proteções legais aos artistas diante do uso de suas imagens por Inteligência Artificial, a temida IA.

Bolsonaro chupim atrapalhou as repatriações

Frame/Hassam Rabee
Por Altamiro Borges


Após prolongadas e tensas negociações, finalmente os brasileiros conseguiram cruzar a fronteira entre Gaza e Egito, no Portal de Rafah, neste domingo (12). “O grupo de 32 brasileiros e familiares já se encontra em território egípcio, onde foi recebido por equipe da embaixada do Brasil no Cairo, responsável pela etapa final da operação de repatriação”, oficializou uma postagem do Itamaraty no X (antigo Twitter) nesta madrugada.

Segundo relata a Agência Gov, “após o cruzamento da fronteira, o grupo embarca em um ônibus fretado pelo governo federal. Vão seguir viagem até um aeroporto designado pelo Egito. A aeronave VC2, da Presidência da República, aguarda o grupo para iniciar o décimo voo de repatriação de brasileiros desde o início da crise no Oriente Médio. Quando a aeronave da Presidência tocar o solo da capital federal, a Operação Voltando em Paz terá transportado um total de 1.477 passageiros, além de 53 animais domésticos. Três aeronaves da Força Aérea Brasileira e duas da Presidência da República foram utilizadas”.

Magno Malta e Onyx são dedurados por Cid

Fotomontagem HP
Por Altamiro Borges


O tenente-coronel Mauro Cid, ex-faz-tudo do “capetão”, revelou em delação premiada à Polícia Federal que o senador Magno Malta (PL-ES) e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL-RS) faziam parte do núcleo que incentivava o ex-presidente Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado para impedir a posse de Lula. Eles integravam o “grupo de conselheiros radicais” do fascista, segundo informações da coluna de Bela Megale, no jornal O Globo.

Também faziam parte desse grupo, segundo a delação de Mauro Cid, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), conforme registrou a coluna de Aguirre Talento, do site UOL. Diante de acusações tão graves, todos os envolvidos juraram inocência e apelaram para Deus.

Chico e Caetano processam deputado farsante

Foto: Reprodução
Por Altamiro Borges

Numa atitude que devia ser seguida por todas as vítimas dos difusores de fake news, os consagrados músicos Caetano Veloso e Chico Buarque decidiram se unir para processar o deputado Gilvan da Federal (PL-ES). Em 25 de outubro, o patético bolsonarista rosnou na Câmara dos Deputados contra a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, que prevê repassar R$ 15 bilhões em recursos públicos para o setor até 2027.

Entre outras calúnias, Gilvan da Federal esbravejou que o dinheiro serviria para “seu Caetano Veloso e seu Chico Buarque fumarem a maconha deles e morarem em Miami, nas mansões que eles moram”. O miliciano também atacou a cantora Daniela Mercury como beneficiária da política de fomento à cultura e concluiu: “Para você que fez o L, está aí, dinheiro para a Cultura, para esse pessoal que é milionário fumar maconha”.

A jogada suja de Netanyahu e Bolsonaro

Charge: Emad Hajjaj
Por Moisés Mendes, em seu blog:

A reunião de Bolsonaro com o embaixador de Israel, na Câmara dos Deputados, não teria acontecido se o anfitrião já estivesse preso ou pelo menos se sentisse sem cara e sem forças para aparições públicas.

Mas Bolsonaro anda por aí com desenvoltura e apareceu de terno e gravata para o encontro, dentro do Congresso, com suporte de gente da bancada de extrema direita. Foi assim que deu exposição cerimoniosa ao evento.

Bolsonaro e o embaixador afrontaram Lula, o governo, o Itamaraty, toda a diplomacia, o Ministério Público, o Judiciário, o Congresso, as instituições e o Brasil. Tudo com roteiro e liturgia e numa sala do Parlamento.

Uma afronta com um detalhe só aparentemente insignificante. Assessores e fotógrafos fizeram registros protocolares e foram retirados da sala, porque o resto ninguém poderia ver.

Tem pesquisa para todos gostos na Argentina

Sergio Massa. Foto do site Página 12
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Praticamente não há um dia, neste segundo turno na Argentina, em que não sejam divulgadas pesquisas de intenção de voto. Nelas, ora o candidato da União pela Pátria, Sérgio Massa, aparece na frente, ora o fascista escatológico (li esta definição precisa nas redes, mas não lembro do autor, para dar o crédito) Javier Milei é que lidera.

Mas, em todas a diferença é residual, sempre dentro da margem de erro

Se salta aos olhos que a disputa na Argentina é acirradíssima, voto a voto, também vale destacar que, tal qual aconteceu no Brasil, em 2022, uma boa parte das sondagens eleitorais que inundam o país vizinho são feitas por institutos mambembes, sem tradição no mercado, e realizadas por telefone, o que, dizem os especialistas, reduz o grau de confiabilidade dos resultados.

Democracia para uns, escravidão para outros

Ilustração: Latuff
Por Jair de Souza


Tenho a impressão de que todos nós já nos deparamos com a seguinte situação: Ao tecermos alguma crítica à maneira como o Estado de Israel trata a população palestina, recebemos como resposta uma retrucação do tipo: “Israel é a única democracia do Oriente Médio. Ali, há eleições, as pessoas podem assumir sua sexualidade com liberdade, etc.”

Porém, aqueles que nos respondem desta maneira parecem não levar em conta as condições de vida de uma parcela significativa dos habitantes daquele espaço, o povo palestino. Para estes, a tão decantada democracia está longe de existir. Muito pelo contrário, em realidade, os palestinos vivem muito mais próximos da escravidão do que da democracia.

sábado, 11 de novembro de 2023

O ex-sócio indigesto de Flávio Rachadinha

TSE pode atingir em cheio o bolsonarismo

Cid entrega sujeira de Michelle e Eduardo

Brasileiros seguem em Gaza. Retaliação?

O desmonte do setor elétrico brasileiro

Globo corta jornalistas do Valor, CBN e Extra

Charge: Ivan Cabral
Por Altamiro Borges

O Portal Imprensa revela que “ao menos 20 jornalistas foram demitidos no dia 6 de novembro de três veículos ligados às Organizações Globo: jornal Valor Econômico, rádio CBN e Editora Globo. Com o objetivo de enxugar os custos, os cortes atingiram profissionais que atuavam em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal”.

Ainda de acordo com a nota, “o ‘passaralho’, como é popularmente conhecida a dispensa numerosa de funcionários de uma mesma empresa, atingiu profissionais renomados, como o jornalista Carlos Andreazza, apresentador do CBN Rio e comentarista da CBN São Paulo, e a colunista Berenice Seara, que comentava os bastidores da política no jornal Extra e na CBN”.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

O ex-sócio indigesto de Flávio Rachadinha

Charge: V.T.
Por Altamiro Borges


Com o título “Os segredos do sócio”, o site Metrópoles postou nesta quinta-feira (9) uma reportagem bombástica contra o senador Flávio Bolsonaro – também apelidado de Flávio Rachadinha. Ela traz as ameaças de Alexandre Santini, ex-sócio do filhote 01 do “capetão” em uma loja de chocolates no Rio de Janeiro. “Se eu quiser, ponho o Flávio na cadeia. Com o que eu tenho na mão, ele vai preso. Sei tudo da vida dele”, detona o empresário. De acordo com a apuração do colunista Rodrigo Rangel, as denúncias têm consistência.

Carla Zambelli vai depor na PF sobre hacker

Israel quer arrastar o Brasil para a guerra

A falácia do déficit zero

Foto: Sergio Lima/AFP
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


Em primeiro lugar, convém esclarecermos alguns entendimentos básicos relativos aos conceitos que transitam no debate atual que os grandes meios de comunicação, e mesmo os representantes do governo, promovem a respeito da política fiscal. Na verdade, a grande imprensa permanece com a mesma postura conhecida de defesa intransigente dos interesses do financismo. Assim, abre suas páginas e telas para criticar a postura do Presidente Lula e para elogiar a conduta conservadora de seu Ministro da Fazenda.

A Folha e o jornalismo de guerra contra Lula

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Dia sim e outro também a Folha de São Paulo leva a cabo o jornalismo de guerra contra o presidente Lula e o governo dele.

Por dois dias consecutivos o jornal dedicou a prestigiada página A4, da política nacional, para bombardear gratuitamente Lula e, de maneira sórdida, implicá-lo com milícias e corrupção.

Na edição de 5ª feira, 9/11, a matéria da página A4, ao lado do Painel da Folha, tinha como manchete: “PF vê relação criminosa em mensagens entre ministro de Lula e empresário”.

A reportagem se refere à apuração da Polícia Federal sobre envolvimento do ministro Juscelino Filho em esquemas de corrupção com verbas do orçamento secreto.

Não há, em toda reportagem, a menção a um único fato que possa vincular o presidente Lula e seu governo com as maracutaias do Juscelino, que é bancado no cargo pelo bando extorsionário chefiado por Arthur Lira.

Lula e os riscos do imobilismo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:

Há exatamente um ano a república afastava de sua intimidade a ameaça do projeto protofascista, representada pela possibilidade concreta da reeleição do capitão Bolsonaro. Como a república de 1946 com seu liberalismo weimariano era a resposta lógica da democracia à ditadura do “Estado Novo”, o retrocesso encaminhado em 2018 (desdobramento, por seu turno, do golpe de 2016), seria o reverso da plenitude democrática oferecida pelo regime da Constituição de 1988, vencidos os 21 anos da ditadura militar instaurada em 1º de abril de 1964, cuja ideologia, contudo, renascera como chorume.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Bolsonaro leva surra na reforma tributária

Senadores comemoram a votação da reforma tributária.
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Por Altamiro Borges


O Senado aprovou nesta quarta-feira (8) o projeto de reforma tributária que funde alguns impostos e simplifica o sistema de cobrança. Ele não enfrenta as graves distorções existentes no Brasil – em que proporcionalmente os trabalhadores pagam mais impostos do que os ricaços –, mas representa um passo positivo após quase 40 anos de paralisia sobre o tema. A votação representou uma vitória do governo Lula e, principalmente, uma dura derrota do “capetão” Jair Bolsonaro e de suas milícias no parlamento.