segunda-feira, 14 de junho de 2021

O tal do Queiroga e a Seleção genocida

Por Jorge Gregory, no site Vermelho:


Como qualificou um colega nas redes sociais, a manifestação da Seleção Brasileira, pela qual aguardamos por mais de uma semana, não passou de um “pum”. E malcheiroso, acrescentaria eu. Obviamente não se esperava do atual elenco posições políticas mais contundentes, até porque Sócrates, Vladimir e Casagrande são personagens do passado, mas no mínimo um posicionamento coerente com a grave situação sanitária que o país vive. Queiram ou não, ao aceitar participar da Copa América, jogadores e comissão técnica assumiram o lado de Bolsonaro. A nota divulgada não passa de um manifesto pífio que, com muita boa vontade, podemos qualificar como um desencargo de consciência diante das quase 500 mil mortes.

O desfile de motocicletas com Bolsonaro

Por Luis Felipe Miguel


As análises que vi sobre o desfile de motocicletas com Bolsonaro oscilaram entre sobre ou subdimensioná-lo.

Não dá para dizer que tinha pouca gente.

Tinha bastante.
É verdade que dez pessoas aplaudindo aquele genocida já seriam indício de uma doença social grave, mas sábado, em São Paulo, teve muito motoqueiro.

Por outro lado, foi bem menos do que o bolsonarismo sonhava.

A comparação com as manifestações da esquerda no dia 29 são difíceis, porque gente é uma coisa, moto é outra - e para mim é óbvio que Bolsonaro optou por esse tipo de demonstração exatamente para evitar comparações.

Unidade antifascista para derrotar Satã

Por Tarso Genro, no site Sul-21:


Em diversos textos defendi a necessidade de uma voz unificada da oposição para combater a emergência do fascismo. O fascismo é a exceção permanente e ele não emerge suavemente, como um parto normal da democracia política. Ele surge como um vírus que infecta o tecido da democracia e perverte os seus fundamentos, fazendo-o pela denúncia da não entrega das suas promessas de igualdade e pela naturalização do mal, como necessário à sobrevivência de uma parte da espécie.

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A história do Jornal Nacional da TV Globo

domingo, 13 de junho de 2021

Pazuello, Mayra e Araújo têm sigilo quebrado

Por Altamiro Borges

O general Eduardo Pazuello, o ex-chanceler "Beato" Ernesto Araújo e a "capitã Cloroquina" Mayra Pinheiro terão seus sigilos telefônico e telemático quebrados nos próximos dias. A decisão pode ajudar a esclarecer quem ganhou grana com o "tratamento precoce" e a venda do Kit-Covid e quantas mortes estas maluquices causaram no Brasil, principalmente com o atraso na compra de vacinas.

A decisão foi tomada no sábado (12) pelos ministros Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles negaram os pedidos do ex-ministro da Saúde, do ex-ministro das Relações Exteriores e da secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde para suspender determinação da CPI do Genocídio de quebrar seus sigilos.

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Surge uma nova geração anticapitalista?

Ilustração: AnnaPa
Por Paul Mason, no site Outras Palavras:

Eles passaram por provas, testes, julgamentos e avaliações desde crianças; disseram-lhes que precisavam se destacar, competir e ter sucesso. Mas, por causa da covid-19, toda uma geração de estudantes que deixou a escola e a faculdade enfrenta um presente sombrio e um futuro incerto na Europa.

Quando o The Guardian perguntou aos jovens europeus - entre a adolescência e os pouco mais de vinte anos - como a pandemia fazia-os se sentirem, era de se esperar um excesso de frustração: empregos perdidos, amizades distanciadas à força, encontros amorosos cancelados. Mas o que surgiu foi uma crítica ao capitalismo.

Assim como seus predecessores nos levantes que se seguiram à crise de 2008, esta geração de jovens está pronta para tirar conclusões sistêmicas da maneira como as elites políticas administraram a pandemia. Eles sabem que pagarão impostos mais altos e que vão carregar dívidas pessoais maiores, além de enfrentar mais incertezas do que qualquer outra geração desde a Segunda Guerra Mundial.

Os militares e o Plano Bolsonaro

Por Vinicius do Valle, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O anúncio de que o Exército brasileiro absolveu o general Eduardo Pazuello acendeu o sinal amarelo de muitos analistas políticos. Ao dizer que acataria os argumentos do general, o Exército assumiu a constrangedora posição de considerar o ato político de 24 de maio no Rio de Janeiro como apenas um “passeio de motocicleta”, e não um evento partidário, porque Bolsonaro, apesar de todo o discurso fortemente eleitoral, não é filiado a nenhum partido. A absolvição, ainda mais com base em justificativas tão esdrúxulas, tem como consequência abrir as portas para a quebra da hierarquia militar, dando aos militares da ativa – das mais distintas patentes – a possibilidade de se posicionar e, mais do que isso, se articular politicamente, de forma explícita.

Não tem conversa com bolsonarista

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Não quero papo com bolsonarista. Pode ser até parente próximo, pai, filho ou mesmo o espírito santo. Sem chance. A expressão “troca de ideias” padece de uma crença na capacidade do outro em trazer algo novo para o horizonte, que mereça até mesmo ponderação ou mudança de ponto de vista. Não é o caso dos minions: não tem como ser um deles sem deixar de ser gente. Pelo menos o que entendo por gente. Tem conversa que não vale a pena.

Crescimento do PIB e desigualdade de renda

Editorial do site Vermelho:


As projeções e os dados do crescimento da economia brasileira têm servido de maquiagem para as ilusões que o governo Bolsonaro tenta vender. O país segue com baixo investimento – público e privado –, o que afeta, além da infraestrutura, o emprego e a renda, componentes básicos do desenvolvimento nacional associado ao progresso social. O persistente crescimento do desemprego em níveis elevados, por exemplo, decorre, basicamente, do baixo investimento, a causa fundamental da inconsistência da retomada do crescimento.

Com que finalidade induziram à morte?

Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:


Com que finalidade o deputado e médico Osmar Terra propagou com insistência no ano passado, com a cumplicidade de parte da imprensa, a informação de que a epidemia da Covid-19 não mataria nem mil pessoas no Brasil?

Com que finalidade?

Esta é a pergunta que abre as portas para muitas respostas.

Com que finalidade Terra, no começo da epidemia (que ainda não era pandemia), saiu a alardear que as pessoas não precisariam se proteger, que nem de vacina o Brasil precisaria, porque morreria pouca gente e em pouco tempo todos estariam imunizados pelo contágio de rebanho?