sábado, 15 de janeiro de 2022
sexta-feira, 14 de janeiro de 2022
A guerra virtual contra o esgoto bolsonarista
Montagem: Mídia Ninja |
Para entender como as coisas funcionam no Brasil, basta imaginar situações hipotéticas de sinal invertido envolvendo o PT.
Vamos supor que as reportagens da jornalista Patrícia Campos Melo, do jornal Folha de São Paulo, em 2018, contendo fartas denúncias e riqueza de provas sobre uma máquina de calúnias, injúrias e difamações, com financiamento criminoso de empresários, não se referissem à campanha de Bolsonaro, mas sim à de Haddad?
Alguém tem dúvida de que a chapa Haddad-Manuela seria cassada, quem sabe ainda durante a campanha, ou logo em seguida, e caso vencesse, seria impedida de tomar posse?
A revogação da reforma trabalhista
Pedro Sánchez e Lula. Foto: Ricardo Stuckert |
Um tuíte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – com não mais que 29 palavras e 200 caracteres – despertou o primeiro frenesi das elites brasileiras em relação aos temas que serão debatidos neste ano eleitoral. Ao compartilhar em suas redes sociais, em 4 de janeiro, uma notícia a respeito da “revogação” da reforma trabalhista pelo governo espanhol, Lula agregou este breve comentário: “É importante que os brasileiros acompanhem de perto o que está acontecendo na Reforma Trabalhista da Espanha, onde o presidente Pedro Sanchez está trabalhando para recuperar direitos dos trabalhadores”.
Quem fará o discurso da esquerda?
Por Roberto Amaral, em seu blog:
A burguesia aqui operante, desapartada dos interesses do país, vem garantindo o império de sua ordem, nada obstante a periódica troca nominal de governantes que promove e a sucessão de partidos políticos conservadores que no mais das vezes se confundem na mesmice de programas (escritos por mera exigência legal) e na prática comum de vícios, dentre os quais aflora o descompromisso com o que quer que mesmo de longe sugira um projeto nacional, a cuja carência debitamos grande parte de nossas mazelas. O poder pelo poder – a ocupação das sinecuras e os “negócios de Estado”– é o fim e a justificativa do concurso partidário, elevado aos píncaros da biltraria pelo Centrão, conglomerado de reacionários e negocistas de que se vale a classe dominante para manietar o Congresso e, por seu intermédio, impedir reformas e impor retrocessos políticos. Mediante esse controle, custeado pela ingerência do poder econômico nas eleições, asfixia os eventuais governos populares (sempre um episódio fora da curva), impondo-lhes a rendição, como ocorreu com o golpe de Estado parlamentar que sequestrou o mandato de Dilma Rousseff.
A burguesia aqui operante, desapartada dos interesses do país, vem garantindo o império de sua ordem, nada obstante a periódica troca nominal de governantes que promove e a sucessão de partidos políticos conservadores que no mais das vezes se confundem na mesmice de programas (escritos por mera exigência legal) e na prática comum de vícios, dentre os quais aflora o descompromisso com o que quer que mesmo de longe sugira um projeto nacional, a cuja carência debitamos grande parte de nossas mazelas. O poder pelo poder – a ocupação das sinecuras e os “negócios de Estado”– é o fim e a justificativa do concurso partidário, elevado aos píncaros da biltraria pelo Centrão, conglomerado de reacionários e negocistas de que se vale a classe dominante para manietar o Congresso e, por seu intermédio, impedir reformas e impor retrocessos políticos. Mediante esse controle, custeado pela ingerência do poder econômico nas eleições, asfixia os eventuais governos populares (sempre um episódio fora da curva), impondo-lhes a rendição, como ocorreu com o golpe de Estado parlamentar que sequestrou o mandato de Dilma Rousseff.
Bolsonaro ataca Lula e acerta em Moro
Charge: Nando Motta |
Jair Bolsonaro partiu para ataques violentos a Lula, e tem uma razão para isso.
Como se afirmou antes aqui, trata-se de apelar, já agora, para o antilulismo crônico e, com isso, “antecipar” para o primeiro turno o confronto direto com o ex-presidente.
Com isso, “matar” Moro no seu frágil nascedouro, pois o ex-juiz tem no ódio a Lula a sua única bandeira eleitoral.
Jair Bolsonaro não está dando a mínima para o que seria sua obrigação como governante, diante da explosiva onda da Covid no país, que chegou, mesmo sem considerar os dados dos testes feitos fora da rede pública – a 87,5 mil, número só abaixo dos registrados em junho de 2021, no pior momento da pandemia.
A deforma trabalhista de Temer
Charge: Mariano |
Notícias alvissareiras chegadas da Espanha precipitaram aqui, nos mundos político, empresarial e sindical, a discussão sobre o cancelamento da deforma trabalhista de Temer, o que teve a grande virtude de colocar o mundo do trabalho no centro das preocupações com os adversários dos trabalhadores abrindo seu jogo reacionário.
Na busca de informação precisa sobre a iniciativa do governo socialista espanhol ressalte-se a conferência virtual e presencial organizada pela Fundação Perseu Abramo em que participaram políticos daquele país, o ex-presidente Lula e dirigentes das centrais sindicais.
Sobre o ódio nas redes sociais
Por Rudá Ricci, no Diário do Centro do Mundo:
A violência verbal e a tentativa de cancelamento diário que vigoram nas redes sociais sugerem um certo adoecimento e extrema insegurança que se espraia neste século XXI.
Não é algo normal. Mas, é algo frequente.
Chega a ser assustador como alguns poucos – felizmente não se tornou a regra – ingressam numa live ou comentam uma postagem com o nítido intuito de ofender e ameaçar (no caso, de cancelamento). Ameaçam, mas nada fazem além de vociferar.
A intenção é uma declarada desqualificação do outro que, muitas vezes, desconhece.
Não se trata de crítica, mas de um jorro de humilhação para gerar desconforto e exclusão desse oponente imaginário.
A violência verbal e a tentativa de cancelamento diário que vigoram nas redes sociais sugerem um certo adoecimento e extrema insegurança que se espraia neste século XXI.
Não é algo normal. Mas, é algo frequente.
Chega a ser assustador como alguns poucos – felizmente não se tornou a regra – ingressam numa live ou comentam uma postagem com o nítido intuito de ofender e ameaçar (no caso, de cancelamento). Ameaçam, mas nada fazem além de vociferar.
A intenção é uma declarada desqualificação do outro que, muitas vezes, desconhece.
Não se trata de crítica, mas de um jorro de humilhação para gerar desconforto e exclusão desse oponente imaginário.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
Mídia sai em defesa da 'deforma' trabalhista
Desde a manifestação pública do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiando a revogação de diversas medidas da reforma trabalhista da Espanha, implementada em 2012, a mídia tradicional e figuras do meio político reagem contra uma possível reversão de parte das medidas que alteraram a legislação trabalhista em 2017.
“É importante que os brasileiros acompanhem de perto o que está acontecendo na reforma trabalhista da Espanha, onde o presidente Pedro Sánchez está trabalhando para recuperar direitos dos trabalhadores”, tuitou Lula, que recebeu os cumprimentos do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, em postagem na qual afirmou que as novas mudanças são “um exemplo de que, com diálogo e acordos, podemos construir um país mais justo e solidário”.
Revogar a reforma trabalhista no Brasil
Charge: Duke |
Com o avanço do neoliberalismo, o ataque aos direitos dos trabalhadores aconteceu em todo o mundo. As chamadas reformas trabalhistas foram aprovadas em um grande número de países sob a justificativa de que criariam mais empregos e permitiriam o desenvolvimento da economia.
Passados alguns anos, isso não aconteceu em nenhum país. Ao contrário, gerou desemprego, precarização do trabalho, baixos salários e o boom da economia não veio.
Na Espanha, o ano de 2022 começou com uma nova legislação, revogando os efeitos nocivos da reforma trabalhista de 2012, que deixou uma taxa de desemprego de 14,5%. Um dos objetivos é acabar com as abusivas contratações temporárias, responsáveis por mais de um quarto das ocupações naquele país, acabando com as contratações por obra ou serviço. A ideia é dar mais segurança aos trabalhadores e à economia.
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