sexta-feira, 2 de agosto de 2019
Bolsonaro e a militarização da juventude
Por Manuel Domingos Neto
Valores e procedimentos que imaginávamos sepultados com a derrota nazifascista em 1945 ressurgem com rapidez e capilaridade admiráveis. Fundamentalismos ganham espaço ao lado de apelos demagógicos ao civismo, ao patriotismo castrense e à falseada meritocracia.
No embate pela formação das almas, a juventude é o supremo objeto de desejo. As jogadas privilegiam os socialmente fragilizados, envolvendo inclusive segmentos de esquerda que acreditaram na concretização de reformas sociais sob o manto do mesmo aparelho de Estado que garantiu o ordenamento escravocrata e a vassalagem ao estrangeiro poderoso.
No Brasil de hoje, uma das faces da contenda é a silenciosa militarização do ensino. A proposição da “Escola Sem Partido” motivou certo debate enquanto nos últimos anos a multiplicação de “colégios militares” avançou sem ruídos, inclusive com apoio de governantes democratas desavisados.
Valores e procedimentos que imaginávamos sepultados com a derrota nazifascista em 1945 ressurgem com rapidez e capilaridade admiráveis. Fundamentalismos ganham espaço ao lado de apelos demagógicos ao civismo, ao patriotismo castrense e à falseada meritocracia.
No embate pela formação das almas, a juventude é o supremo objeto de desejo. As jogadas privilegiam os socialmente fragilizados, envolvendo inclusive segmentos de esquerda que acreditaram na concretização de reformas sociais sob o manto do mesmo aparelho de Estado que garantiu o ordenamento escravocrata e a vassalagem ao estrangeiro poderoso.
No Brasil de hoje, uma das faces da contenda é a silenciosa militarização do ensino. A proposição da “Escola Sem Partido” motivou certo debate enquanto nos últimos anos a multiplicação de “colégios militares” avançou sem ruídos, inclusive com apoio de governantes democratas desavisados.
Impeachment é via ilusória para a esquerda
Por Gilberto Maringoni
Começa a se disseminar nos meios políticos – e nas redes sociais – a ideia do impeachment de Jair Bolsonaro. Quero tecer algumas ponderações a respeito:
1. Bolsonaro ultrapassou todos os limites da civilidade e da convivência democrática, depois de suas declarações sobre o assassinato de Fernando Santa Cruz.
Seu governo significa a propagação da barbárie e da brutalidade na vida social;
2. Com tal demonstração de estupidez, Bolsonaro se isola até mesmo de parcelas de sua base política.
João Dória e Miguel Reale Jr., também partidários da extrema direita, investiram duramente contra o presidente;
Começa a se disseminar nos meios políticos – e nas redes sociais – a ideia do impeachment de Jair Bolsonaro. Quero tecer algumas ponderações a respeito:
1. Bolsonaro ultrapassou todos os limites da civilidade e da convivência democrática, depois de suas declarações sobre o assassinato de Fernando Santa Cruz.
Seu governo significa a propagação da barbárie e da brutalidade na vida social;
2. Com tal demonstração de estupidez, Bolsonaro se isola até mesmo de parcelas de sua base política.
João Dória e Miguel Reale Jr., também partidários da extrema direita, investiram duramente contra o presidente;
Deltan precisa ser preso urgentemente!
Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:
Nova leva de diálogos da Vaza Jato mostram Deltan Dallagnol mandando investigar o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, visto como inimigo da causa.
Dallagnol buscou informações sobre as finanças pessoais do atual presidente do STF e da mulher dele, Roberta Rangel, além de evidências que os ligassem a empreiteiras.
“Caros, a OAS trouxe a questão do apto do Toffoli?”, diz ele, em 13 de julho de 2016, aos procuradores que negociavam com a empresa acordo de colaboração.
“Que eu saiba não”, responde o promotor Sérgio Bruno Cabral Fernandes, de Brasília.
“Temos que ver como abordar esse assunto. Com cautela”, pede Dallagnol.
Bolsonaro dobra a aposta no confronto
Por Bepe Damasco, em seu blog:
As mudanças promovidas por Bolsonaro e pela ministra Damares (uma das representantes da ala manicomial de seu governo) na Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), órgão hoje ligado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, equivalem a mais um tapa na cara dos familiares dos brasileiros e brasileiras assassinados pela ditadura militar.
As mudanças promovidas por Bolsonaro e pela ministra Damares (uma das representantes da ala manicomial de seu governo) na Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), órgão hoje ligado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, equivalem a mais um tapa na cara dos familiares dos brasileiros e brasileiras assassinados pela ditadura militar.
Sindicalistas com Bolsonaro: desabafo!
Por João Guilherme Vargas Netto
Sindicalmente falando alguém pode ter ilusões com o governo Bolsonaro?
Um governo que em seu primeiro dia extinguiu o ministério do Trabalho e transferiu suas principais atribuições ao patronato sob a batuta do famigerado Rogério Marinho.
Um governo que cavalgou para sua eleição o desarranjo provocado pela recessão e por Temer, pela terceirização anarquizada e pela deforma trabalhista e anda escondendo sua incapacidade em criar empregos e garantir salários.
Um governo que patrocinou a PEC contra a aposentadoria, lesiva aos trabalhadores mais pobres, às mulheres e aos idosos.
Sindicalmente falando alguém pode ter ilusões com o governo Bolsonaro?
Um governo que em seu primeiro dia extinguiu o ministério do Trabalho e transferiu suas principais atribuições ao patronato sob a batuta do famigerado Rogério Marinho.
Um governo que cavalgou para sua eleição o desarranjo provocado pela recessão e por Temer, pela terceirização anarquizada e pela deforma trabalhista e anda escondendo sua incapacidade em criar empregos e garantir salários.
Um governo que patrocinou a PEC contra a aposentadoria, lesiva aos trabalhadores mais pobres, às mulheres e aos idosos.
A luta em defesa da cultura e da liberdade
Foto: Felipe Bianchi |
Diante do atual governo instalado no Brasil, que traz Jair Bolsonaro como principal representante, o ator e ex-dirigente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) Sérgio Mamberti, somado ao escritor, jornalista e ex- secretário de Cultura e Educação do Estado de São Paulo Fernando Morais, debateram os caminhos que a cultura percorre no país.
O debate encerrou o 4º Curso Nacional de Comunicação, promovido pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, com o tema "Os desafios políticos e comunicacionais na era Bolsonaro”.
quinta-feira, 1 de agosto de 2019
‘Vaza-Jato’ desmascara Moro e a mídia
Por Altamiro Borges
Há muito tempo já se sabia que a midiática Operação Lava-Jato, com toda sua seletividade e seus abusos de autoridade, não tinha como objetivo combater a corrupção – como a mídia falsamente moralista alardeava para milhões de “midiotas”. Seu intento era eminentemente político em um contexto de guerra híbrida para assaltar o poder. Na essência, a judicialização da política visava derrubar governos democrático-populares, com seu reformismo brando e seu republicanismo ingênuo. Essa manobra resultou no golpe do impeachment de Dilma Rousseff, na prisão política do ex-presidente Lula, na breve ascensão da gangue de Michel Temer e no avanço do neofascismo no país, com a corrompida eleição do miliciano Jair Messias Bolsonaro em 2018.
Há muito tempo já se sabia que a midiática Operação Lava-Jato, com toda sua seletividade e seus abusos de autoridade, não tinha como objetivo combater a corrupção – como a mídia falsamente moralista alardeava para milhões de “midiotas”. Seu intento era eminentemente político em um contexto de guerra híbrida para assaltar o poder. Na essência, a judicialização da política visava derrubar governos democrático-populares, com seu reformismo brando e seu republicanismo ingênuo. Essa manobra resultou no golpe do impeachment de Dilma Rousseff, na prisão política do ex-presidente Lula, na breve ascensão da gangue de Michel Temer e no avanço do neofascismo no país, com a corrompida eleição do miliciano Jair Messias Bolsonaro em 2018.
Como funciona a ética fascista
Por Rodrigo Perez Oliveira, no site de Jornalistas Livres:
O vocabulário político é formado por conceitos que se transformam ao longo do tempo, sem que com isso percam seu significado básico. Não é apenas de transformações que se faz a história. Há as continuidades também;
O conceito “fascismo” é prova disso.
Termo criado para designar os governos autoritários que ascenderam na Europa na década de 1930, especialmente na Itália e na Alemanha. “Fascismo” se tornou uma daquelas palavras constantemente evocadas no debate político, sempre com o objetivo de desqualificar o adversário.
“Fascista” é sempre o outro.
O conceito “fascismo” é prova disso.
Termo criado para designar os governos autoritários que ascenderam na Europa na década de 1930, especialmente na Itália e na Alemanha. “Fascismo” se tornou uma daquelas palavras constantemente evocadas no debate político, sempre com o objetivo de desqualificar o adversário.
“Fascista” é sempre o outro.
Quando veremos a autocrítica da velha mídia?
Por Almir Felitte, no site Outras Palavras:
Autocrítica é uma palavra que foi bastante repetida desde outubro de 2018. Geralmente usada para críticas ao petismo, a palavra acabou virando mantra na boca de quem assiste de camarote ao estrago que a direita liberal faz ao país e consegue ter o cinismo de escrever textos e mais textos sobre como a esquerda seria a grande culpada por isso. E é assim, com a culpa sempre sendo dos outros, que a classe jornalística brasileira que trabalha nas grandes mídias vai colocando o país cada dia mais perto do abismo autoritário bolsonarista.
Autocrítica é uma palavra que foi bastante repetida desde outubro de 2018. Geralmente usada para críticas ao petismo, a palavra acabou virando mantra na boca de quem assiste de camarote ao estrago que a direita liberal faz ao país e consegue ter o cinismo de escrever textos e mais textos sobre como a esquerda seria a grande culpada por isso. E é assim, com a culpa sempre sendo dos outros, que a classe jornalística brasileira que trabalha nas grandes mídias vai colocando o país cada dia mais perto do abismo autoritário bolsonarista.
Sociedade se move em defesa da democracia
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Quarta-feira, 31 de julho de 2019.
Esta data, no dia em que se completam 7 meses de desgoverno Bolsonaro, poderá ser lembrada pelos historiadores do futuro como o marco do movimento que começa a se organizar em defesa da democracia e das liberdades públicas, ameaçadas mais do que nunca pelo capitão, que planejava jogar bombas nos quartéis do Exército, foi preso, processado, e depois virou deputado.
Há quanto tempo não se ouvia mais falar em sociedade civil, o conjunto de entidades e instituições, que teve papel fundamental na redemocratização do país nos anos 80 do século passado?
Esta data, no dia em que se completam 7 meses de desgoverno Bolsonaro, poderá ser lembrada pelos historiadores do futuro como o marco do movimento que começa a se organizar em defesa da democracia e das liberdades públicas, ameaçadas mais do que nunca pelo capitão, que planejava jogar bombas nos quartéis do Exército, foi preso, processado, e depois virou deputado.
Há quanto tempo não se ouvia mais falar em sociedade civil, o conjunto de entidades e instituições, que teve papel fundamental na redemocratização do país nos anos 80 do século passado?
O capitão, a tortura e o sadismo
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Nada do que está ocorrendo na política brasileira, por mais desalentadora que seja ela, pode ser motivo de surpresa, pois estamos diante de uma tragédia didaticamente anunciada pelo seu principal personagem. O fato objetivo e grave resulta do escancaramento de uma obviedade: temos um sádico no poder, eleito pelo voto popular, e nele permanece pajeado por generais, pela Bolsa de Valores e pela Fiesp, cuja representação social não excede aquele 1% da população rica e branca que vive da especulação financeira. Mas, e este é o elemento preocupante, conta ainda com o apoio de segmentos populares expressivos, presentes nas redes sociais e mesmo nas manifestações de rua.
Bolsonaro e sua “esperteza” amazônica
Por Fernando Brito, em seu blog:
Numa entrevista sem pé nem cabeça, na presença de Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, e Ricardo Salles, diante do chefe, voltaram a desancar os dados sobre desmatamento do Instituto de Pesquisas Espaciais, que há mais de 30 anos monitora o desmatamento no Brasil.
Os números estão errados, disseram – Bolsonaro chegou a dizer que foram “espancados” – e fazem, claro, parte de uma conspiração para difamar o Brasil no exterior.
Os números estão errados, disseram – Bolsonaro chegou a dizer que foram “espancados” – e fazem, claro, parte de uma conspiração para difamar o Brasil no exterior.
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