segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

BBB: estupro não cassa concessão?

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Se o Brasil fosse a Argentina, quem ia ao Projac ter uma conversinha com o Boninho e o Bial – “o amor é lindo!“, disse ele, diante da cena – seriam representantes do Ministro Bernardo e do Zé.

Do Bernardo, da Comunicação, para estudar a cassação da concessão da Globo para explorar um bem público, o espectro eletro-magnético.

Estupro no BBB? É o amor, diz Bial

Por Altamiro Borges

Crime? Jogada de marketing? Ou mais uma “pegação”? Para o patético Pedro Bial, âncora do Big Brother Brasil, a cena que rolou na madrugada deste domingo, que muitos fanáticos pelo BBB interpretaram como “estupro”, é mais uma prova de que “o amor é lindo”. O assunto promete render nos próximos dias, gerando mais pontos no Ibope e mais grana nos cofres da famiglia Marinho.

"Privataria tucana" derrota a mídia



* Lista dos livros mais vendidos da revista Veja.


* Lista dos mais vendidos do jornal O Globo.


* Lista dos mais vendidos do jornal Folha de S.Paulo.


* Lista dos mais vendidos do jornal O Estado de S.Paulo.


* Lista dos mais vendidos do jornal Agora.

Por Altamiro Borges

O livro "A privataria tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr., é um fenômeno editorial. Lançado em 9 de dezembro, ele já alcançou o posto de mais vendido nas maiores listas deste fim de semana, como das revistas Veja, dos jornais Folha, O Globo, Estadão e nas redes Saraiva, Laselva, Cultura e Fnac.

Segundo a Geração Editorial, responsável pela publicação, "o fenômeno continua deixando vendedores de queixo caído". Afinal, o livro foi sabotado descaradamente pela maior parte da velha mídia. Não foi alvo de resenhas nos jornalões e revistonas e, até agora, não obteve qualquer destaque na TV Globo.

A força das redes sociais

A obra, que detalha os esquemas criminosos de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito do processo de privatização das estatais na era FHC, não agradou os barões da mídia. Eles preferiram o silêncio para ocultar o envolvimento de tucanos de alto plumagem, principalmente para blindar José Serra.

O sucesso de vendas, segundo a Geração Editorial, tem uma única explicação. "Esse resultado foi devido ao trabalho das redes sociais, blogs e afins, já que a chamada 'grande mídia' ignorou ou simplesmente criticou A Privataria Tucana. Nestes últimos 30 dias foram 120 mil exemplares impressos".

CPI da Privataria Tucana

Esse fenômeno fez com que o livro alcançasse rapidamente o topo dos mais vendidos e desbancou grandes best-sellers, como a biografia de Steve Jobs e o novo romance do Jô Soares. Ele também "provocou o pedido de abertura da CPI da Privataria, requerida pelo deputado federal Protógenes Queiroz".

Em tempos de internet, a mídia alternativa "conseguiu mostrar sua força e mobilizou em cadeia nacional milhares de pessoas que esperavam por um livro como este. Uma obra que exibe 140 páginas de documentos oficiais e 200 de textos que mostram a promíscua relação entre o público e o privado, especialmente durante as privatizações realizadas durante os governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e as relações dos familiares do ex-ministro José Serra".

Cracolândia: Alckmin e Kassab mentiram

Por Altamiro Borges

A operação higienista desencadeada na Cracolândia, na região central de São Paulo, ainda vai dar muito que falar. Desencadeada com objetivos políticos (seduzir o eleitorado mais conservador) e econômicos (evacuar a região para a especulação imobiliária), ela se mostrou um completo desastre. Um grave “erro de cálculo”, segundo análise da jornalista Maria Inês Nassif.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Dilma: da tortura à vitória

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Acabei de ler agora um dos melhores livros lançados no Brasil nestes últimos anos: A vida quer é coragem - A trajetória de Dilma Rousseff, a primeira presidenta do Brasil, escrito pelo jornalista Ricardo Batista Amaral e publicado pela Editora Sextante.

Dor, sofrimento e erro de cálculo

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

Por qualquer ângulo que se analise, a tal política de combate ao crack pela "dor e sofrimento", inaugurada pelo governo do Estado de São Paulo (aparentemente de forma coordenada com a prefeitura paulista), é mais um capítulo da política higienista que foi a marca dos governos José Serra e Gilberto Kassab na prefeitura da capital, nos últimos quase oito anos; e é mais um episódio da opção preferencial do governador Geraldo Alckmin pelo uso da força policial, a exemplo do que aconteceu nas suas gestões anteriores (2001-2002 e 2003-2006).

Globo "esquece" Aécio e Serra

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

A semana não foi nada boa para o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), marcada por duas desastradas ações policiais, com ampla desaprovação popular – a continuação da ocupação policial da cracolândia e a agressão de um estudante negro da USP –, sem falar do desabamento de um laje de uma obra da secretaria estadual de cultura, em que um operário morreu.

Impactos da terceirização do trabalho

Por Marcio Pochmann, na revista Fórum:

A terceirização do trabalho expressa uma das maiores alterações no modo de produção e distribuição de bens e serviços verificados durante a passagem para o século XXI nas economias capitalistas. Mesmo assim, preponderam diferenças importantes e inegáveis no movimento geral de terceirização do trabalho entre países.

Uma lei contra a “escravidão digital”

Editorial do sítio Vermelho:

O uso das novas tecnologias de comunicação pelas empresas tem sido um importante fator da precarização do trabalho. Nas últimas décadas o uso de e-mails, celulares ou outros equipamentos de comunicação remota passou a permitir a execução de tarefas profissionais fora da empresa, na residência dos funcionários ou em qualquer local onde se encontrem ao alcance desses modernos meios de comunicação.

Blackwater, Monsanto e Bill Gates

Por Silvia Ribeiro, no jornal mexicano La Jornada:

Uma reportagem de Jeremy Scahill publicada em The Nation (Blackwater`s Black Ops, 15/09/2010) revelou que o maior exército mercenário do mundo, Blackwater (agora denominado Xe Services), vendeu serviços clandestinos de espionagem à multinacional Monsanto. A Blackwater mudou de nome em 2009, depois de tornar-se famosa em todo o mundo pelas denúncias sobre seus abusos no Iraque, incluindo os massacres de civis. Continua sendo o maior contratante privado do Departamento de Estado dos Estados Unidos em “serviços de segurança”, ou seja, para praticar o terrorismo de estado dando ao governo a possibilidade de negar sua autoria.

O esgotamento do modelo policial

Por Maurício Caleiro, no blog Cinema & Outras Artes:

Em um intervalo de dois dias a polícia militar protagonizou cenas de brutal violência em três diferentes estados brasileiros: em Teresina (PI), a repressão aos jovens que protestam contra o aumento da passagem dos ônibus municipais reviveu cenas típicas de ditaduras, com a polícia do governador Wilson Martins (PSB) e do prefeito Elmano Férrer (PTB) demonstrando despreparo e sadismo, como pode-se constatar no vídeo abaixo.



O impasse, que completa uma semana, é grave e crescem os relatos de agressão gratuita por parte das forças oficiais (sendo que um policial declarou lamentar estar de folga justamente no dia em que seus companheiros de corporação “quebraram os estudantes”).

Teotônio Vilela e as privatizações

Por Mauro Santayana, em seu blog:

As circunstâncias políticas levaram o governador Teotônio Vilela Filho a inscrever-se no PSDB – assim como muitos outros de seus companheiros de geração. Quando o fizeram, o partido surgia como uma grande esperança de centro-esquerda, animada, ainda, de proclamada intenção de saneamento dos costumes políticos. Provavelmente, se seu pai não tivesse morrido antes, ele, durante o governo do Sr. Fernando Henrique Cardoso, teria mudado de legenda. O intrépido e arroubado patriota que foi Teotônio Vilela pai teria identificado, nos paulistas que, desde então, controlam o partido, os entreguistas que, na herança de Collor, desmantelaram o Estado e venderam, a preços simbólicos, os bens nacionais estratégicos aos empresários privados, muitos deles estrangeiros, e teria aconselhado o filho a deixar aquele grupo.

A resistência popular no Pinheirinho



* Do sítio do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP)

Veja homenageia "xerifão" da USP

Por Antônio David, no blog Viomundo:

Quem acessa o site da USP desde o dia 3 de janeiro dá de cara com esta manchete.




Em nada surpreende a homenagem, dada a notória afinidade entre o reitor e a dita revista, tão notória que não me darei ao trabalho de falar sobre.

O Saci e a luta anticolonial

Por Elaine Tavares, no blog Palavras Insurgentes:

Até os anos 60 a vida da gente era completamente imbricada com a natureza. As grandes cidades ficavam muito distantes e as crianças vivenciavam toda a beleza de conhecer e compartilhar as figuras míticas, moradoras das florestas e dos cantos escuros do lugar. Desde pequenos, os meninos e meninas aprendiam que no meio da noite vagava um negrinho, pastoreando uma boiada, e que se alguma coisa se perdesse dentro de casa era só acender uma vela, e o negrinho ajudava a encontrar. O negrinho do pastoreio era visto nas noites de chuva, quando os relâmpagos riscavam o céu, imponente, no seu baio, cavalgando no rumo das estrelas.

Churrascão no Vestíbulo do Inferno

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O “Vestíbulo do Inferno” aparece na primeira parte da Divina Comédia, obra monumental do escritor, poeta e político italiano Dante Aligheri (Florença, 1265 — Ravenna, 1321). As outras duas partes são “Purgatório” e “Paraíso”.

Divina Comédia versa sobre odisséia do Poeta no inferno conceitual da Idade Média. O périplo de Dante Aligheri pelos nove círculos infernais é guiado pelo poeta romano Virgílio, que vivera quase dois mil anos antes.

O valor do salário mínimo

Por João Guilherme Vargas Netto, no sítio da Agência Sindical:

O diretor de pesquisa e estudos econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, listando os ingredientes para a retomada econômica em 2012 destaca “o aumento significativo do salário mínimo”.

Hoje, tal constatação é voz corrente e os que sistematicamente se opunham a tal elevação (por interesses mesquinhos ou por cálculo rentista) preferem o silêncio constrangido.

Bahia inaugura uma nova etapa

Por Venício Lima, no sítio Carta Maior:

O setor de comunicações inicia 2012 fazendo História (com H maiúsculo).

Criado pelo artigo 277 da Constituição Estadual (1989) e regulado pela Lei n. 12.212 de 4 de maio de 2011, tomou posse o primeiro Conselho Estadual de Comunicação Social (CECS) brasileiro no estado da Bahia, em solenidade no auditório do Ministério Público de Salvador, no último dia 10 de janeiro.

Fórum Social Mundial 2012

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Porto Alegre abrigará, de 24 a 29 deste mês de janeiro, o FSM (Fórum Social Mundial) centrado no tema "Crise capitalista – justiça social e ambiental”. O evento é uma das atividades preparatórias da Cúpula dos Povos da Rio+20, que se reunirá na Cidade Maravilhosa entre 20 e 21 de junho de 2012.

O FSM se realiza no momento em que vários povos se movimentam por liberdade e democracia, como ocorre no mundo árabe. No Ocidente, a crise do capitalismo suscita o movimento Ocupem Wall Street. As duas manifestações têm em comum clareza quanto ao que não se quer, sem, no entanto, apresentar propostas alternativas viáveis.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Piqueteiros lançam TV na Argentina

Por Pedro Carrano, no jornal Brasil de Fato:

O movimento piqueteiro na Argentina, que ganhou força na primeira década do século 21, conta com um meio de divulgação de suas demandas e de disputa de hegemonia no campo das comunicações, a Barricada TV. Desde o ano passado, o movimento transmite programas na internet e no canal 5, junto com os trabalhadores da fábrica ocupada IMPA. Confira a entrevista com Natalia Vinelli, da Barricada TV.