segunda-feira, 23 de abril de 2012
Veja e as ações ilegais de Cachoeira
Por Raoni Scandiuzzi, na Rede Brasil Atual:
Depois de subir à tribuna da Câmara e dizer que a revista Veja é “o próprio crime organizado fazendo jornalismo”, o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) afirmou em entrevista à Rede Brasil Atual que o veículo de comunicação "fomentou, incentivou, financiou esses delinquentes a terem esse tipo de comportamento", referindo-se à rede ilegal de atuação do contraventor Carlinhos Cachoeira.
A CPI e o fim do jornalismo de araque
http://www.editoracontexto.com.br/produtos.asp?cod=268 |
Há oito anos, escrevi um livrete chamado “Jornalismo Investigativo”, como parte do esforço da Editora Contexto em popularizar o conhecimento básico sobre a atividade jornalística no Brasil. Digo “livrete” sem nenhum desmerecimento, muito menos falsa modéstia, mas para reforçar sua aparência miúda e funcional, um livro curto e conceitual onde plantei uma semente de discussão necessária ao tema, apesar das naturais deficiências de linguagem acadêmica de quem jamais foi além do bacharelado. Quis, ainda assim, formular uma conjuntura de ordem prática para, de início, neutralizar a lengalenga de que todo jornalismo é investigativo, um clichê baseado numa meia verdade que serve para esconder uma mentira inteira. Primeiro, é preciso que se diga, nem todo jornalismo é investigativo, embora seja fato que tanto a estrutura da entrevista jornalística como a mais singela das apurações não deixam de ser, no fim das contas, um tipo de investigação. Como é fato que, pelo prisma dessa lógica reducionista, qualquer atividade ligada à produção de conhecimento também é investigativa.
Aécio, Bresser e a privataria tucana
A Folha de hoje traz dois artigos que tratam das
privatizações. Aécio Neves, o provável presidenciável tucano em 2014, defende
de forma apaixonada a venda das estatais no reinado de FHC. Já o economista Bresser
Pereira, que recentemente se desfiliou do PSDB, elogia a atitude corajosa da
presidenta Cristina Kirchner de reestatizar a empresa de petróleo da Argentina,
a YPF.
domingo, 22 de abril de 2012
Ariel Palacios e a reestatização da YPF
Ariel Palacios, articulista do Estadão e comentarista da TV
Globo, nunca gostou de Cristina Kirchner, a quem rotula de “populista”, “autoritária”,
“demagoga” e outros adjetivos tão comuns contra os governantes que não seguem a
cartilha dos EUA na América Latina. Mas hoje ele mesmo foi obrigado a reconhecer que a
reestatização da petrolífera YPF conquistou o amplo apoio da população do país vizinho.
A falta de ética da revista Veja
Policarpo Jr., o editor da Veja que mantinha perigosas ligações
com o mafioso Carlinhos Cachoeira, ainda pode dormir sossegado. É o que sugere
o artigo do seu chefe, Eurípedes Alcântara, publicado no sítio da revista. O
texto, que estranhamente não saiu na edição impressa, é um arrazoado teórico sobre a “ética
no jornalismo”. Ele visa unicamente limpar a barra da Veja, acusada de se associar ao crime
organizado.
Todos somos argentinos
Por Mauro Santayana, em seu blog:
O Brasil e a Argentina, sendo os dois maiores países da
América do Sul, têm sido alvos preferenciais do domínio euro-americano em nosso
continente. A Argentina, sob Cristina Kirchner, depois de anos desastrados de
ditadura militar, e do governo caricato e neoliberal de Menen, se confronta com
Madri, ao retomar o controle de suas jazidas de petróleo que estava com a
Repsol. Quando um governo entrega, de forma aviltante, os bens nacionais ao
estrangeiro, como também ocorreu no Brasil, procede como quem oferece seu corpo
no mercado da prostituição. Assim, as medidas de Cristina buscam reparar a
abjeção de Menem.
Sobre Arthur Virgílio e Lula
Por Evando Peixoto, no blog Viomundo:
Esse Arthur Virgílio tem credibilidade tanto quando Demóstenes, o grande vestal da República. Não teve voto para se reeleger, mas mantém-se empedernido na tagarelice, com o discurso tucano para lá de desgastado.
Mas vamos ver aqui algumas coisinhas sobre o que ele diz. Afirma que “se Lula agisse de boa fé, não mentiria dizendo que nunca houve mensalão. Afinal, ele mesmo, à época do escândalo, foi à televisão pedir desculpas à nação”.
Esse Arthur Virgílio tem credibilidade tanto quando Demóstenes, o grande vestal da República. Não teve voto para se reeleger, mas mantém-se empedernido na tagarelice, com o discurso tucano para lá de desgastado.
Mas vamos ver aqui algumas coisinhas sobre o que ele diz. Afirma que “se Lula agisse de boa fé, não mentiria dizendo que nunca houve mensalão. Afinal, ele mesmo, à época do escândalo, foi à televisão pedir desculpas à nação”.
Capo da Veja terá como fugir da lei?
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Apesar da afetação de arrogância de seus paus-mandados, o italiano Roberto Civita, dono da revista Veja, está perdendo noites de sono com a disposição de cerca de metade do Congresso Nacional de convocá-lo a dar explicações na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que terá início na semana que entra.
STF: Os juízes e o juízo da história
Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:
Quando os políticos falam como juízes a democracia se eclipsa; quando os juízes falam pelos políticos, ela se desmoraliza. Nos dois casos o Judiciário deixa de ser o que promete.
Quando os políticos falam como juízes a democracia se eclipsa; quando os juízes falam pelos políticos, ela se desmoraliza. Nos dois casos o Judiciário deixa de ser o que promete.
No Estado de Direito a Justiça figura, teoricamente, como o abrigo dos compromissos e valores compartilhados de um ciclo histórico;a Constituição é a expressão máxima desse período e o Supremo Tribunal Federal sua extensão mediadora nas pendências e conflitos que as demais instâncias da lei e do Direito não puderam solucionar.
Uma CPI para a revista Veja
Por Luis Nassif, em seu blog:
O delegado Paulo Lacerda tinha tudo para ser um ícone do funcionalismo público. Funcionário exemplar, foi responsável pela transformação da Polícia Federal em uma organização eficiente e peça chave na luta contra a corrupção e o crime organizado.
Datafolha e o desespero demotucano
Por Altamiro Borges
A pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (22) representou uma
ducha de água fria nas pretensões da oposição demotucana, que vive o seu inferno
astral e teme pela extinção. Apesar da artilharia midiática da operação “derruba-ministro”,
a presidenta Dilma Rousseff bate recordes de popularidade e, pior para a
direita, o ex-presidente Lula confirma sua posição de liderança inconteste.
Editor da Veja no comando de Serra
Sem maior estardalhaço – talvez para não apimentar ainda
mais a CPI do Cachoeira, que poderá desnudar as promíscuas relações da mídia no
país –, a Folha noticiou nesta semana que o editor de Brasil da Veja, Fábio
Portela, deixou o seu régio cargo para integrar o comando de campanha de José Serra
à prefeitura paulistana. Ele assumirá a coordenação de imprensa do candidato
tucano.
sábado, 21 de abril de 2012
Um novo ciclo político na França?
Por Altamiro Borges
O chamado “deus-mercado” está preocupado com o resultado das
eleições presidenciais na França neste domingo (22). Das cinco pesquisas divulgadas
nesta semana, quatro apontam uma vitória apertada do social-democrata François
Hollande (PS). Ele deverá disputar o segundo turno, marcado para 6 de maio, com
o direitista Nicolas Sarkozy. Já o candidato das forças de esquerda, Jean Luc Mélenchon,
surpreendeu na reta final da campanha e desponta em terceiro lugar – tornando-se
o fiel da balança no pleito.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Intensificar as lutas do sindicalismo
Por Altamiro Borges
14- Apesar dos enormes estragos causados pelo
neoliberalismo, com a explosão do desemprego, da informalidade e do trabalho
precarizado, o movimento sindical brasileiro demonstrou invejável capacidade de
recuperação nos últimos anos. Ele se tornou um importante ator político,
contribuindo para derrotar as forças de direita e para eleger o primeiro
presidente oriundo de suas lutas. Mantendo a sua autonomia, o sindicalismo
pressionou o governo Lula para arrancar expressivas conquistas. Pela primeira
vez na história deste país, conforme o bordão do ex-presidente, as centrais
sindicais foram legalizadas, firmou-se um acordo inédito de valorização do
salário mínimo, o processo de privatização das estatais foi freado, entre
outras vitórias. Aproveitando-se da maré de crescimento da economia, que gerou
emprego e elevou o poder de barganha dos trabalhadores, os sindicatos na base
também arrancaram reajustes salariais acima da inflação e outras conquistas
sociais. Neste rico e contraditório processo de retomada, os índices de
sindicalização voltaram a crescer – pularam de 16% no triste reinado de FHC
para 26% nos dias atuais. Estes avanços, entretanto, não negam as debilidades
ainda existentes nem ofuscam os enormes desafios futuros do sindicalismo
brasileiro.
A falta de ousadia do governo Dilma
Por Altamiro Borges
8- O Brasil se enquadra numa moldura internacional marcada pela grave crise do sistema capitalista, pela emergência dos Brics e pela guinada à esquerda na América Latina. A vitória de Lula, em 2002, deu início a um ciclo político progressista no país, que foi confirmado pela eleição da primeira mulher para presidenta da República. No terreno político, o cenário atual é mais favorável às lutas dos trabalhadores. As forças de direita, comprometidas com a regressão neoliberal, foram derrotadas nas urnas em 2010 e perderam o rumo. O DEM, que reúne os velhos oligarcas, elegeu 43 deputados no último pleito, menos da metade dos eleitos no reinado de FHC, e ainda foi golpeado pelo racha do PSD, que garfou 17 deputados, um governador e uma senadora. Para piorar, suas três principais lideranças nacionais sucumbiram. Arruda, o ex-governador do Distrito Federal cotado para ser o “vice-careca” de Serra, foi preso por corrupção; Demóstenes Torres, escolhido na recente convenção da sigla para disputar a presidência da República em 2014, está prestes a ser cassado por seu envolvimento com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira; e Gilberto Kassab abandonou o barco à deriva, liderando a criação do PSD. Na prática, os demos caminham para a extinção, rumam para o inferno. Já o PSDB, que agrega os neoliberais, segue dividido e sem propostas. O paulista José Serra, que passou aperto nas prévias para ser candidato em São Paulo, não desistiu da sua ambição presidencial e pode atropelar o mineiro Aécio Neves. As bicadas entre os tucanos são cada vez mais sangrentas. Seu falso discurso moralista, que já havia naufragado com a ex-governadora Yeda Crusius, agora é abalado pelas denúncias de corrupção que atingem o governador Marconi Perillo (GO). O enfraquecimento da direita favorece a luta dos trabalhadores. Daí a importância das eleições municipais deste ano, que podem acelerar este processo.
8- O Brasil se enquadra numa moldura internacional marcada pela grave crise do sistema capitalista, pela emergência dos Brics e pela guinada à esquerda na América Latina. A vitória de Lula, em 2002, deu início a um ciclo político progressista no país, que foi confirmado pela eleição da primeira mulher para presidenta da República. No terreno político, o cenário atual é mais favorável às lutas dos trabalhadores. As forças de direita, comprometidas com a regressão neoliberal, foram derrotadas nas urnas em 2010 e perderam o rumo. O DEM, que reúne os velhos oligarcas, elegeu 43 deputados no último pleito, menos da metade dos eleitos no reinado de FHC, e ainda foi golpeado pelo racha do PSD, que garfou 17 deputados, um governador e uma senadora. Para piorar, suas três principais lideranças nacionais sucumbiram. Arruda, o ex-governador do Distrito Federal cotado para ser o “vice-careca” de Serra, foi preso por corrupção; Demóstenes Torres, escolhido na recente convenção da sigla para disputar a presidência da República em 2014, está prestes a ser cassado por seu envolvimento com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira; e Gilberto Kassab abandonou o barco à deriva, liderando a criação do PSD. Na prática, os demos caminham para a extinção, rumam para o inferno. Já o PSDB, que agrega os neoliberais, segue dividido e sem propostas. O paulista José Serra, que passou aperto nas prévias para ser candidato em São Paulo, não desistiu da sua ambição presidencial e pode atropelar o mineiro Aécio Neves. As bicadas entre os tucanos são cada vez mais sangrentas. Seu falso discurso moralista, que já havia naufragado com a ex-governadora Yeda Crusius, agora é abalado pelas denúncias de corrupção que atingem o governador Marconi Perillo (GO). O enfraquecimento da direita favorece a luta dos trabalhadores. Daí a importância das eleições municipais deste ano, que podem acelerar este processo.
Um mundo de incertezas e oportunidades
Por Altamiro Borges
1- O Brasil não é uma ilha apartada do mundo. Ele reflete e interfere – cada vez com mais força – no cenário internacional. A crise capitalista, as mudanças políticas em curso e as guerras imperialistas, entre outros fatores, têm impacto em nosso país e ajudam a determina sua política interna. Neste sentido, analisar o cenário mundial tem grande significado para a definição das estratégias de luta dos trabalhadores brasileiros. De imediato, o que chama atenção é que o planeta atravessa um período de incertezas e de enormes perigos. Ao mesmo tempo, novas oportunidades se abrem para o avanço das conquistas dos que vivem do trabalho.
1- O Brasil não é uma ilha apartada do mundo. Ele reflete e interfere – cada vez com mais força – no cenário internacional. A crise capitalista, as mudanças políticas em curso e as guerras imperialistas, entre outros fatores, têm impacto em nosso país e ajudam a determina sua política interna. Neste sentido, analisar o cenário mundial tem grande significado para a definição das estratégias de luta dos trabalhadores brasileiros. De imediato, o que chama atenção é que o planeta atravessa um período de incertezas e de enormes perigos. Ao mesmo tempo, novas oportunidades se abrem para o avanço das conquistas dos que vivem do trabalho.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Movimentos sociais na América Latina
Por Edmilson Costa, no sítio português O Diário:
Os anos 90 do século passado e os primeiros dez anos deste século foram marcados por intenso debate entre as forças de esquerda sobre o papel dos movimentos sociais, das minorias, das lutas de gênero e das vanguardas políticas nos processos de transformação econômica, social e política da sociedade. Colocou-se na ordem do dia a discussão sobre novas palavras de ordem, novos agentes políticos e sociais, novas formas de luta, novas concepções sobre a ação prática política.
Os anos 90 do século passado e os primeiros dez anos deste século foram marcados por intenso debate entre as forças de esquerda sobre o papel dos movimentos sociais, das minorias, das lutas de gênero e das vanguardas políticas nos processos de transformação econômica, social e política da sociedade. Colocou-se na ordem do dia a discussão sobre novas palavras de ordem, novos agentes políticos e sociais, novas formas de luta, novas concepções sobre a ação prática política.
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