* Do blog de Adolfo Pérez Esquivel, presidente do Serviço Paz e Justiça da América Latina e Prêmio Nobel da Paz
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Paraguai e a escalada imperialista
* Do blog de Adolfo Pérez Esquivel, presidente do Serviço Paz e Justiça da América Latina e Prêmio Nobel da Paz
PSDB apoia o golpe no Paraguai
O PSDB transformou-se, de fato, no principal partido da direita brasileira e num aliado incondicional das forças reacionárias mundiais. Diante do golpe desfechado no Paraguai na sexta-feira passada, ele acaba de se aliar à oligarquia fascista. Em nota oficial divulgada ontem, o deputado Sérgio Guerra, presidente nacional da sigla, manifestou total apoio dos tucanos aos golpistas e ainda condenou a postura da presidenta Dilma Rousseff em defesa do restabelecimento da democracia na nação vizinha. Confira abaixo a repugnante nota:
Brasileiros são sócios do golpe
Manifestação em Caaguazu contra o golpe |
O meu amigo Daniel Merli, jornalista que atualmente trabalha em Brasília, mas que conhece muito bem o Paraguai, a meu pedido enviou um texto para este blogue que ajuda a entender os interesses que estão por trás do golpe contra o presidente Fernando Lugo. É importante perceber que empresários brasileiros são sócios deste golpe. Segue o texto.
terça-feira, 26 de junho de 2012
Um golpe de novo tipo contra Lugo
Foto: www.paraguayresiste.com |
O que foi tentado contra Lula, na época do chamado mensalão – que por escassa margem de votos não teve o apoio da OAB Federal numa histórica decisão do seu Conselho ainda não revelada em todas as suas implicações políticas - foi conseguido plenamente contra o Presidente Lugo. E o foi num fulminante e sumário ritual, que não durou dois dias. Não se alegue, como justificativa para apoiar o golpe, que a destituição do Presidente Lugo foi feita “por maioria” democrática, pois a maioria exercida de forma ilegal também pode ser um atentado à democracia. É fácil dar um exemplo: “por maioria”, o Poder Legislativo paraguaio poderia legislar adotando a escravidão dos seus indígenas?
Ustra e a muralha dos torturadores
Ilustração: Kirka, Altro-2011 |
A muralha jurídica que protegia o torturador coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra de qualquer punição pelos graves crimes que cometeu quando agente da repressão política da ditadura militar começou a ser demolida ontem (25) com a sentença da juíza de direito 20ª Vara Cível de São Paulo, Cláudia de Lima Menge. Ela condenou o ex-comandante do Doi Codi de São Paulo pelas torturas e pelo assassinato do jornalista e militante da resistência democrática Luiz Eduardo Merlino, em 19 de julho de 1971.
PC paraguaio rechaça os fascistas
Foto: www.paraguayresiste.com |
Toda a perversa montagem articulada em função de um golpe burdo foi consumada com uma roupagem institucional, com o mal-afamado "juízo político" contra Lugo.
Apenas uma semana do primeiro capítulo desta morte anunciada em Curuguaty, com sua marca de luto e sangue, a comunidade internacional foi testemunha de uma farsa grotesca, que situou o Paraguai no mais vergonhoso lugar no certame internacional, só comparável com a ditadura de Stroessner.
Apenas uma semana do primeiro capítulo desta morte anunciada em Curuguaty, com sua marca de luto e sangue, a comunidade internacional foi testemunha de uma farsa grotesca, que situou o Paraguai no mais vergonhoso lugar no certame internacional, só comparável com a ditadura de Stroessner.
EUA de olho na Tríplice Fronteira
Foto: www.paraguayresiste.com |
A moderação dos Estados Unidos, que dizem estranhar a rapidez do processo de impeachment do presidente Lugo, não deve alimentar o otimismo continental. Em plena campanha eleitoral, a equipe de Obama (mesmo a senhora Clinton) caminha com cautela, e não lhe convém tomar atitudes drásticas nestas semanas. Esta razão os leva a deixar o assunto, neste momento, nas mãos da OEA. Na verdade, se as autoridades de Washington não ordenaram a operação relâmpago contra Lugo, não há dúvida de que o Parlamento paraguaio vem sendo, e há muito, movido pelo controle remoto do Norte.
O tiroteio na coligação de Serra
Com chamadas de capa nos jornais e comentários raivosos na
televisão, a mídia demotucana tem superdimensionado as dificuldades de campanha
de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo, principalmente após o
episódio da foto de Lula com Maluf. Mas de forma seletiva, como sempre, a mídia evita dar destaque para os graves problemas enfrentados por José Serra. Até
parece que reina a paz no ninho tucano e na sinistra coligação montada para
apoiá-lo – esta máfia, sim, propiciaria fotos impactantes!
Aliada de Agripino desiste em Natal
Por Altamiro Borges
Com 92% de reprovação na sociedade, segundo recente pesquisa,
a prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), anunciou ontem que não concorrerá à
reeleição neste ano. A notícia representa mais um duro baque para a oposição
demotucana. A “prefeita verde” foi uma invenção do senador José Agripino Maia,
presidente nacional do DEM, e revelou-se um verdadeiro desastre.
Mercosul deve isolar os golpistas
Por Altamiro Borges
Os golpistas do Paraguai, apoiados pela mídia de lá e de cá,
estão desesperados com a possibilidade do Mercosul adotar medidas mais duras em
defesa da democracia na América do Sul. A reunião dos países membros começa na
quinta-feira (28), em Mendoza, na Argentina. Ele discutirá as sanções previstas
nos protocolos deste organismo de integração sul-americana.
Mídia se une para salvar golpistas
Por Altamiro Borges
Num primeiro momento, a mídia brasileira ficou confusa e dividida diante do golpe relâmpago no Paraguai. Colunistas amestrados da direita, como
Reinado Azevedo e Augusto Nunes, da Veja, e Merval Pereira, da Globo, aplaudiram os
golpistas e até justificaram a deposição “democrática” de Fernando Lugo. Já nos
editoriais, mesmo sem usar o termo “golpe”, jornais e emissoras de televisão estranharam
a rapidez do impeachment e foram mais cautelosos. Agora, porém, a mídia se uniu
para socorrer os golpistas.
Crise na segurança desmascara Alckmin
Por Altamiro Borges
Na propaganda, São Paulo é um paraíso. Na vida real, é um inferno.
Dominado pelo PSDB há quase duas décadas, o estado sofre com apagões nos transportes,
privatização da saúde, precarização na educação e, agora, aumento da violência.
Em recente anúncio na televisão, Geraldo Alckmin se jactou de ter melhorado a
segurança pública. Mas a farsa marqueteira não resiste aos fatos!
O golpe, a democracia e a viralatice
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Em nota, o Itamaraty chamou o impeachment relâmpago de Fernando Lugo, agora ex-presidente do Paraguai, de “ruptura da ordem democrática”, o que é uma expressão diplomática para designar um golpe de Estado.
Em nota, o Itamaraty chamou o impeachment relâmpago de Fernando Lugo, agora ex-presidente do Paraguai, de “ruptura da ordem democrática”, o que é uma expressão diplomática para designar um golpe de Estado.
É possível reverter golpe no Paraguai
Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:
Nas primeiras horas de domingo, o presidente eleito pelos paraguaios, Fernando Lugo, abandonou a postura de resignação que mantinha desde sexta-feira, quando deposto, e tomou uma atitude que pode mudar o futuro imediato do país. Lugo dirigiu-se à rua Alberdi, no centro de Assunção, onde centenas de manifestantes haviam ocupado a TV Pública, em protesto contra ameaças de censura. Dirigiu-se a eles e à imprensa internacional sem meias palavras: “Sem dúvidas, foi um golpe. Um golpe parlamentar contra a cidadania e a democracia, e isso precisa ser denunciado aos quatro ventos”.
Paraguai e Honduras. Há diferenças?
Por Breno Altman, no sítio Opera Mundi:
A resposta a essa pergunta pode ser dada de bate-pronto: nenhuma. Ao menos no que diz respeito à sua natureza política. Nos dois casos, a derrocada de um presidente constitucional ocorreu através de processo sumário e operado pela via das instituições. Em ambas situações, esse modelo foi possível porque havia uma crise de poder nascida de uma mudança política incompleta: a conquista do governo pelos setores progressistas não se fez acompanhar por uma maioria parlamentar de esquerda e por reformas no sistema judiciário.
A resposta a essa pergunta pode ser dada de bate-pronto: nenhuma. Ao menos no que diz respeito à sua natureza política. Nos dois casos, a derrocada de um presidente constitucional ocorreu através de processo sumário e operado pela via das instituições. Em ambas situações, esse modelo foi possível porque havia uma crise de poder nascida de uma mudança política incompleta: a conquista do governo pelos setores progressistas não se fez acompanhar por uma maioria parlamentar de esquerda e por reformas no sistema judiciário.
Bolsa Família e seus inimigos
Por Marcos Coimbra, na CartaCapital:
O pensamento conservador brasileiro – na política, na mídia, no meio acadêmico, na sociedade – tem horror ao Bolsa Família. É só colocar dois conservadores para conversar que, mais cedo ou mais tarde, acabam falando mal do programa.
O pensamento conservador brasileiro – na política, na mídia, no meio acadêmico, na sociedade – tem horror ao Bolsa Família. É só colocar dois conservadores para conversar que, mais cedo ou mais tarde, acabam falando mal do programa.
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