sábado, 21 de março de 2015

O pedigree direitista de Aécio Neves

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

O pedigree direitista e oligárquico do tucano Aécio Neves apareceu aos olhos de todos no momento em que o senador mineiro anunciou o projeto de lei para permitir a cassação do registro de partido político que receber propina de empresas privadas.

Partidos – progressista, democrático e de esquerda cujo fortalecimento parece ameaçador para os privilégios conservadores da direita, Aécio Neves repete o mesmo scritpt antidemocrático e discricionário dos conservadores há cerca de 70 anos quando criaram as regras para jogar o Partido Comunista do Brasil na ilegalidade em 7 de maio de 1947. Aquela violência política foi o auge de uma farsa iniciada meses antes. O pretexto foi uma entrevista ao diário comunista Tribuna Popular em 16 de março de 1946, na qual o dirigente e senador constituinte Luiz Carlos Prestes declarou que, em caso de guerra imperialista contra a União Soviética, ele apoiaria a nação socialista.

O mito das redações independentes

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Uma das características mais representativas da imprensa brasileira na última década tem sido a homogeneidade dos pontos de vista que expõe claramente em seu conteúdo ou deixa implícitos na hierarquia de suas escolhas editoriais. A rigor, não há concorrência entre os grandes jornais de circulação nacional – e a liderança do Grupo Globo sobre as outras redes de televisão é aceita passivamente pelo setor, desde que sobrem fatias consistentes do bolo publicitário para todas elas.

Doleiro da Siemens aparece no Swissleaks

Por Fabio Serapião, na revista CartaCapital:

Em reportagem publicada em seu blog, o jornalista Fernando Rodrigues divulgou nomes de oito doleiros flagrados em operações no Brasil que possuem conta na filial suíça do banco HSBC. Eles compõem a lista de 8.667 brasileiros titulares de contas numeradas vazadas pelo ex-técnico de informática Hervé Falciani. Os dados são classificados como o maior vazamento sobre evasão fiscal da história. O ex-funcionário do HSBC é tido como o Edward Snowden do setor bancário.

Mídia fere Código de Ética do jornalista

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

O mínimo que se pode falar sobre a cobertura da mídia eletrônica das manifestações do último domingo (15/3) é que se feriu o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Esse Código em seu artigo 2º, por exemplo, dispõe que como “o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse, razão por que: I – a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independente da linha política de seus proprietários e/ou diretores ou da natureza econômica de suas empresas”.

Jovens organizam protestos contra Globo

Por Dandara Lima, no site da UJS:

Aconteceu na tarde dessa sexta-feira (20) a Plenária Nacional da Jornada de Lutas da Juventude, em São Paulo. Os representantes dos movimentos que formam o núcleo operativo das jornadas pautaram a descomemoração dos 50 anos da Rede Globo, a Reforma Política com fim do financiamento empresarial de campanha, e a defesa da Democracia e da Petrobras.

A plenária reuniu lideranças da UNE, CUT, MST, UJS, UBES, Levante Popular da Juventude, PT, UBM, Fora do Eixo, Barão de Itararé, Marcha Mundial de Mulheres, Nação Hip Hop, Liga do Funk e Juntos. Todos os movimentos reforçaram que é urgente a unidade da esquerda, no momento atual da país.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Globo, Band e Folha na lista do HSBC

Por Altamiro Borges

Agora dá para entender porque jornalões, revistonas e emissoras de rádio e televisão têm feito tanto segredo com as sinistras contas no HSBC da Suíça - a maioria delas fruto das criminosas práticas de sonegação fiscal e evasão de divisas. É que vários barões da mídia estão metidos na falcatrua. Nesta semana, o jornal "O Globo" divulgou alguns nomes - como que se antecipando a um escândalo ainda maior. A lista parcial e marota apresenta 22 empresários do setor de comunicação e sete jornalistas. Aparecem figuras ligadas à própria Rede Globo, à Bandeirantes, ao jornal "Folha" e ao Grupo Abril - aquele que edita a asquerosa "Veja". Até agora, nenhum barão da mídia se pronunciou sobre o caso.

Dengue em alta não é manchete!

Por Altamiro Borges

A epidemia de dengue continua se alastrando pelo país, resultando em milhares de internações e muitas mortes – mas a mídia privada segue sem dar qualquer destaque para a grave situação. O motivo, talvez, é porque a incidência da doença é mais dramática em São Paulo – Estado que é governado há 20 anos pelo PSDB. Estudo do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (12) revela que dos 511 municípios com registro de dengue no país mais da metade se encontra na mais rica unidade da federação. Os tucanos se fingem de mortos e a sua imprensa – sempre tão seletiva na escandalização da política – evita fazer maior alarde. A blindagem do governador Geraldo Alckmin continua inquebrantável.

Janot e o probo Aécio Neves

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Errou o Procurador Geral da República Rodrigo Janot ao não pedir abertura de inquérito contra o senador Aécio Neves.

Primeiro, porque na delação do doleiro Alberto Yousseff havia indícios suficientes para a abertura de inquérito. Conforme o PGR cansou de alertar, pedido de inquérito não significa condenação nem incriminação de ninguém. É apenas um procedimento de levantamento de provas, em cima de indícios. Se nada for encontrado, arquive-se; se forem encontradas provas, proceda-se à denúncia, que poderá ou não ser aceita pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Terceirização: o cerco está se fechando

Por Marcos Verlaine, no site da CTB:

O tempo corre e conspira contra os trabalhadores. Só uma grande e estratégica mobilização sindical, nesse momento, poderá salvar os direitos trabalhistas contidos na CLT.

Uma onda conservadora ronda o Brasil. As eleições parlamentares de outubro de 2014 elegeram um Congresso mais conservador que o anterior. O clima na sociedade é conservador. As manifestações de domingo (15) deixaram isso bem claro!

Youssef, Aécio e o silêncio da mídia

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A única ditadura que existe, mesmo, no Brasil, é a da mídia.

Estamos em tempo de ruas cheias, fervor cívico, indignação popular contra a corrupção, não é?

O que diz Alberto Youssef, o ladrão que virou oráculo da verdade é o bastante para demolir reputações, prender, quase para linchar alguns.

A imprensa na história republicana

Por José Ricardo Figueiredo

Na República Velha, em contraponto à imprensa conservadora, da oligarquia dominante, existia uma imprensa de oposição, onde se destacava a juventude militar, e esta diversidade da imprensa teve importante papel no desenrolar dos acontecimentos até a Revolução de 1930. Nos anos seguintes continuou a florescer uma imprensa plural. Entretanto, após a instalação da ditadura em 1937, o governo Vargas submeteu toda a imprensa à censura do Departamento de Imprensa e Propaganda, além de financiar uma imprensa situacionista.

Os golpes de Estado do Século XXI

Por Victor Farinelli, no site da Fundação Mauricio Grabois:

Houve um tempo em que se defendia no Brasil a ideia de que já não havia espaço para golpes de Estado na América Latina. Supostamente, as ditaduras nos haviam ensinado o que não queríamos, e nos Anos 90, alguns comentaristas políticos diziam isso, com uma segurança contagiante, tanto que me contagiaram na época.

Lembrei desses comentaristas – mas não vou citar nomes, até porque acho que realmente acreditavam nisso – quando, já trabalhando como jornalista, vivi na Argentina e no Chile, e pude constatar que a punição aos crimes dessas ditaduras deixou marcas na sociedade e nas instituições. Porém, no Brasil, onde pouquíssimo criminosos da ditadura foram julgados, e nenhum deles condenado, eu só me lembro deles quando vejo essa nova tendência brasileira de ir às ruas pedir intervenção militar.

A reforma política que despolitiza

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

O debate da reforma política ganhou impulso de novo no Congresso, com a Câmara e o Senado discutindo mudanças nos sistemas eleitoral e partidário, porém numa perspectiva de despolitização.

Na Câmara, a Comissão Especial da Reforma Política está em fase de audiência pública, ouvindo autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil, mas já se sabe que os dois temas mais caros ao PT e aos movimentos sociais – o sistema eleitoral e o financiamento de campanha – terão um conteúdo diferente do defendido por eles.

Aécio prepara ataque à democracia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao anunciar projeto para cassar o registro de partidos que recebem propina de empresas privadas, Aécio Neves não consegue esconder qual é a etapa final da Operação Lava Jato - a cassação do registro do Partido dos Trabalhadores. Não que o pagamento de propinas ao PT já esteja provado ou seja fácil de demonstrar pelas regras da Justiça, com respeito aos rituais jurídicos e direitos de defesa. Simplesmente, pode ser a cena final do espetáculo Lava Jato, que o país assiste sem que as instituições responsáveis pela defesa das garantias individuais se manifestem, como se poderia imaginar.

O direito divino à publicidade estatal

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

As empresas de mídia têm direito divino ao dinheiro da publicidade do governo federal?

Você pode ser levado a pensar isso, se ler as repercussões a uma alegada declaração de Rui Falcão sobre o tema.

Quer dizer: a sociedade está condenada a subsidiar eternamente as famílias Marinhos, Civitas, Frias etc, segundo este raciocínio cínico e anticapitalista.

A intolerância ocupou a Avenida Paulista

Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:

As manifestações do domingo, dia 15 de março, tiveram o dom de revelar o DNA da elite brasileira. Os cartazes nas ruas, a forma como os manifestantes lidaram com as divergências, a rebeldia contra o resultado de eleições livres, limpas e populares revelam mais do que uma crise de poder. O Brasil vive uma quase crise civilizatória.

Quem é contra tributar os milionários

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Não é novidade. Somos um país extremamente injusto quanto ao sistema tributário.

Aqui, quem tem carro popular, paga anualmente IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores. Já dono de avião particular, helicóptero ou lancha, não é taxado.

Assim como a nossa massa trabalhadora paga proporcionalmente mais impostos do que um milionário.

Inundar as ruas para pautar os avanços


Por Anderson Bahia, no site da UJS:

O acirramento da luta política no país ganhou as ruas. Dois dias após a bela manifestação dos movimentos sociais aumentando o coro pela defesa da democracia e por mais direitos, o Partido da Imprensa Golpista (PIG) mostrou que ainda tem fôlego e induziu milhares de pessoas a ir às ruas com os mais estranhos clamores. Muito já foi dito sobre ambas as datas, limito-me a dar uns pitacos sobre o que está surgindo e o que seria bom surgir.

Youssef e o "mensalão" de Aécio Neves

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Por muito menos, o Jornal Nacional deu infinitos minutos a denúncias similares, e os grandes jornais deram manchetes garrafais.

O doleiro Alberto Youssef, cujas delações, assim como a de outros delatores, foram consideradas verdades absolutas quando mencionavam o PT, entregou também Aécio Neves.

Segundo Youssef, Aécio Neves recebia de 100 a 120 mil dólares por mês, num esquema que durou durante quase todo o governo FHC e envolvia a empresa Baruense e a estatal Furnas.

A batalha está nas redes sociais

Do site Vermelho:

O renomado jornalista e cientista político franco-espanhol, Ignacio Ramonet, conclamou os governos progressistas a usarem as redes sociais para enfrentar as campanhas midiáticas da oposição. “Hoje a batalha está nas mídias social”, disse.

Depois de esclarecer que é perfeitamente legítimo que a oposição use as novas tecnologias, como WhatsApp, Twitter ou Facebook, para espalhar a sua mensagem e mobilizar seus seguidores, Ramonet considerou que governos progressistas também devem refletir sobre como eles podem usar essas ferramentas.