domingo, 24 de abril de 2016

A pinguela para o inferno de Michel Temer

Por Raul Carrion, no site da Fundação Maurício Grabois:

No último domingo, 17 de abril, a Câmara dos Deputados votou a admissibilidade do processo de impedimento da Presidenta Dilma Roussef, em uma sessão conduzida por um malfeitor corrupto – Eduardo Cunha – e em benefício de um traidor sem escrúpulos – Michel Temer –, sem qualquer preocupação com a existência ou não de algum “crime de responsabilidade”, sem o que qualquer impedimento é inconstitucional, configurando um golpe contra o Estado Democrático de Direito.

O Brasil inventou o golpe machista

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Após cerca de duas horas batendo papo com Dilma Rousseff e colegas blogueiros na última quarta-feira (20), formei convicção de que não surpreende esse processo que ameaça destituir um governo eleito pelo voto popular com base em pesquisas de opinião levadas a cabo por empresas privadas simplesmente por conta de este país ser tão machista.

"O golpe é contra os pobres"

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Economista formada pela Universidade Federal de Uberlândia, Tereza Campello participou da criação do programa Bolsa Família, em 2003. Desde 2011 é ministra do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome. Ela conversou com o 247 sobre mudanças que podem ocorrer no Bolsa Família caso Dilma Rousseff seja afastada da presidência. Sua entrevista:

O que a senhora tem a dizer aos 50 milhões de brasileiros que recebem benefícios do Bolsa Família depois que a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff?

sábado, 23 de abril de 2016

O mundo inteiro denuncia o golpe

Por Jeferson Miola

A democracia brasileira está ameaçada de um golpe de Estado. O impeachment da Presidente Dilma Rousseff, segundo a imprensa internacional, foi aprovado por “uma assembléia de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha fazendo a destituição de uma Presidente sem qualquer base jurídica nem constitucional”.

O impeachment está numa etapa avançada: o Senado Federal deverá decidir, dentro de poucas semanas, se continua ou se arquiva o processo aprovado na “assembleia de bandidos”. Caso o Senado prossiga o processo, a Presidente Dilma, que foi eleita para governar o Brasil até 31 de dezembro de 2018, será afastada por até 180 dias até a decisão final. Na prática, porém, praticamente equivale à sua destituição.

O efeito bumerangue do 17 de abril

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O vergonhoso dia 17 de abril já é uma marca histórica do novo tipo de golpe de Estado, expressão do DNA da direita, constante na história política do Brasil. O espantoso enredo que culminou neste dia fatídico descobriu na atualidade as entranhas do conservadorismo de direita no Brasil, sua ideologia e seus métodos políticos enraizados desde a origem da casa grande, passando pelo selo do período histórico do capitalismo “retardado”, resultando no sistema político predominantemente elitista, patrimonialista e umbilicalmente subordinado ao poder econômico dominante. Nem os ares democráticos que bafejaram a Constituição de 1988, derrotando o autoritarismo ditatorial, alcançaram reverter essas dominâncias.

A imprensa brasileira e seus dilemas

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Professor de Ética e Filosofia Política na Universidade de São Paulo, Renato Janine Ribeiro tem há muitos anos contato frequente com jornalistas. Durante cinco meses, em 2015, ele experimentou essa convivência sob outra ótica, como ministro da Educação. Antes disso, de 2011 a 2013, ministrou curso de Ética na Imprensa na pós-graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing, e acumulou reflexões sobre esse universo, que começou a conhecer de casa: seu pai, Benedicto Ribeiro, foi presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo entre 1959 e 1961.

O escracho na casa de Temer em Brasília

Da revista Fórum:

Um grupo de manifestantes realiza, nesta tarde de sábado (23), um protesto em frente ao Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), em Brasília. De acordo com os organizadores, o ato tem como objetivo alertar a população sobre o golpe executado por Temer junto ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra a democracia e a presidenta Dilma Rousseff.

A ponte para o passado dos golpistas

Por Luiz Gonzaga Belluzzo e Gabriel Galípolo, no site Carta Maior:

Os neurônios dos impichadores emitem certezas dos maníacos-obsessivos: todos os males se encerram com o fim deste governo.

Cosmopolitas desconectados do resto do mundo, reapresentam as recomendações que comandavam as políticas sociais e econômicas desde os anos 80 do século XX. Os remédios estão com a validade vencida e a caducidade ocorreu ainda antes da Grande Recessão de 2008.

A polarização entre o individualismo xenófobo de Donald Trump e o socialismo democrático de Bernie Sanders e as manifestações contra a reforma trabalhista que tomaram as ruas na França atormentam o mundo desenvolvido.

Golpistas envergonham o Brasil no mundo

Ilustração: http://www.cartoonmovement.com/
Editorial do site Vermelho:

A inquietação da direita e dos golpistas brasileiros ante a viagem da presidenta Dilma Rousseff a Nova York, para a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na sede da ONU, revela justamente aquilo que eles tentam desmentir: o impeachment que açulam contra a presidenta ofende a legalidade e a ordem constitucional e, depois da vexatória sessão da Câmara dos Deputados no domingo (dia 17), aos bons costumes. É um golpe, e o mundo está convencido disso.

O que pesa contra Temer na Lava-Jato

Da revista CartaCapital:

No domingo, 17, a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Por 367 votos a 137, os deputados entenderam que as acusações de crime de responsabilidade procedem e impedem Dilma de continuar a governar.

O vice-presidente Michel Temer, que deve assumir a presidência da República caso o Senado confirme a decisão da Câmara, não deve ter vida fácil, entretanto. Ao contrário de Dilma, ele é citado como beneficiário nos escândalos de corrupção investigados na Lava Jato.

O significado da cuspida de Zé de Abreu

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A cuspida de Zé de Abreu num imbecil que o xingou num restaurante em São Paulo é muito mais que uma mera cuspida.

É um símbolo do Brasil que a plutocracia predadora criou. (Aqui, você pode ver o vídeo.)

Pela imprensa, a voz da plutocracia, milhões de midiotas foram manipulados brutalmente nos últimos anos e estimulados a agredir petistas onde quer que os encontrassem.

FNDC rechaça golpe e denuncia a mídia

Foto: Felipe Bianchi
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A defesa da democracia e o rechaço ao golpe midiático ditaram o tom da abertura da XIX Plenária Nacional do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), nesta quinta-feira (21). O deputado federal Orlando Silva e o professor João Sicsú alertaram para o horizonte de retrocessos que o processo ilegal do impeachment de Dilma Rousseff deve trazer para os campos social, econômico e político.

O direito de resposta da Globo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

João Roberto Marinho enviou resposta ao jornal inglês The Guardian, onde suas Organizações Globo são apontadas como parte das forças que promovem e apoiam a derrubada de Dilma Rousseff.

Basicamente, contra um parágrafo:

Na verdade, a maioria dos maiores meios de comunicação de hoje – que aparecem respeitáveis para pessoas de fora – apoiou o golpe militar de 1964, que marcou o início de duas décadas de ditadura de direita e e enriqueceu mais os oligarcas do país.Este evento histórico chave ainda lança uma sombra sobre a identidade e política do país. Estas corporações – liderados pelos braços múltiplos de mídia da organização Globo – anunciam um golpe como uma ação nobre contra um governo liberal corrupto, democraticamente eleito. Soa familiar?

Acuada, mídia dá sinais de desespero

Por Thiago Takamoto, no blog O Cafezinho:

A grande imprensa brasileira não consegue mais disfarçar o desespero que veio à tona após a descoberta, pelo mundo, da trama na qual está envolto o pedido de impeachment apresentado contra a Presidenta Dilma, pedido esse que foi meticulosamente desenhado e construído pelas famílias que controlam os grandes conglomerados midiáticos em conluio com os políticos oportunistas que apenas ocupam espaço no Congresso Nacional.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Câmara censura por ordem de Cunha

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Eu já tinha denunciado aqui o PIG de Eduardo Cunha: a mão-de-ferro com que o presidente da Câmara passou a gerir os órgãos de comunicação da Casa, sobretudo a TV Câmara, sem nenhum republicanismo, favorecendo a si mesmo. Esta semana, após o impeachment da presidenta Dilma passar no plenário, uma matéria de 2014 da agência Câmara começou a circular nas redes sociais, mostrando que apenas 36 dos 513 deputados se elegeram de fato com votos próprios, uma demonstração de que precisamos urgente fazer uma reforma política.

Mais um golpe: querem cortar a Internet!

Por Manuela D´Ávila e Fabricio Solagna, no site Sul-21:

Nas últimas semanas as operadoras de telecomunicação anunciaram uma mudança na forma de cobrar pelo uso de Internet banda larga fixa, essa que utilizamos em nossas casas, empresas e escolas. Além da velocidade de navegação, teremos que optar também pelo limite de dados das franquias, como já ocorre no celular, e quando atingirmos o limite previsto, a Internet será cortada. Para continuar navegando teremos que desembolsar mais e comprar um pacote adicional.

Crise brasileira e a geopolítica mundial

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Seria errôneo pensar a crise do Brasil apenas a partir do Brasil. Este está inserido no equilíbrio de forças mundiais do âmbito na assim chamada nova guerra fria que envolve principalmente os EUA e a China. A espionagem norte-americana, como revelou Snowden atingiu a Petrobrás e as reservas do pre-sal e não poupou até a presidenta Dilma. Isto é parte da estratégia do Pentágono de cobrir todos os espaços sob o lema:”um só mundo e um só império”. Eis alguns pontos que nos fazem refletir.

O dia da vergonha e a democracia

Por Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo e Marcelo da Silveira Campos, no site Brasil Debate:

No dia 17 de abril de 2016, a Esplanada em Brasília amanheceu dividida por um muro de metal. A proposta era impedir que os dois lados em confronto se enfrentassem fisicamente, evitando assim consequências piores do conflito político instalado no país. Quando a sessão que votaria o início do processo de impeachment contra a Presidenta começou, se percebeu que o muro físico era apenas uma pequena representação concreta de um muro muito maior e mais antigo, erguido pelas velhas oligarquias, e atualizado com a forma das bancadas da bala, do boi e da bíblia.

A falácia do decano Celso de Mello

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há 157 dias está no Supremo o pedido de julgamento do presidente da Câmara Eduardo Cunha. O decano nunca se pronunciou.

No domingo, mais de 300 deputados deram o mais indigno show público já registrado na Câmara Federal. O decano se calou.

O país está prestes a ser governado por um vice-presidente envolvido na Lava Jato e por um presidente de Câmara que só não vai preso por leniência do Supremo. O decano se resguarda e nada diz.

O STF fugirá como lebre

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog Segunda Opinião:

Avalio como inoportuna, inviável, e ilegal, exceto se por decisão do Superior Tribunal Eleitoral, a sugestão à esquerda de que reivindique “eleições, já”. Inoportuna porque lançada em meio ao processo decisório, primeiro, do Senado da República, e depois, se for o caso, do Supremo Tribunal Federal; inviável porque a Câmara, os partidos que votaram de forma truculenta a favor do impedimento de Dilma Rousseff, não irão introduzir tal mudança na Constituição; e ilegal porque se trata de mudança na regra do jogo ao fim do segundo tempo. Perder a bandeira da legalidade é presentear os golpistas com o argumento de que não dispõem e buscam desesperadamente forjar: o de que a presidente Dilma comete crime de responsabilidade, atentando contra a letra da Carta Magna. E sem ele não há justa causa para a violência impeditiva.