terça-feira, 17 de maio de 2016
segunda-feira, 16 de maio de 2016
Panelaço contra a panelinha de Temer
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O grave para Michel Temer é que não foi o povão.
Foi a classe média.
A mesma classe média que gritava “Fora Dilma”.
E que grita “Fora Temer”, agora.
E que provavelmente gritaria “fora, qualquer um”.
Não tem nem um mês – só amanhã – que o circo comandado por Eduardo Cunha, com a bênção do austero Ministro Teori Zavascki, que só depois considerou imoral sua permanência no posto, começava o inevitável afastamento de Dilma Rouseff.
O grave para Michel Temer é que não foi o povão.
Foi a classe média.
A mesma classe média que gritava “Fora Dilma”.
E que grita “Fora Temer”, agora.
E que provavelmente gritaria “fora, qualquer um”.
Não tem nem um mês – só amanhã – que o circo comandado por Eduardo Cunha, com a bênção do austero Ministro Teori Zavascki, que só depois considerou imoral sua permanência no posto, começava o inevitável afastamento de Dilma Rouseff.
Do dr. Ulysses ao traidor Temer
Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:
A eleição presidencial de 1989, a primeira disputa direta após a ditadura militar, deixou marcada na história do PMDB a grande traição cometida pelo partido. Ulysses Guimarães, referência política importante da história republicana brasileira, disputou a eleição pela legenda fundada em 1965, batizada então de MDB, e por ele presidida a partir de 1971. Ganharia um “P” com a reforma partidária imposta pela ditadura em 1979.
A eleição presidencial de 1989, a primeira disputa direta após a ditadura militar, deixou marcada na história do PMDB a grande traição cometida pelo partido. Ulysses Guimarães, referência política importante da história republicana brasileira, disputou a eleição pela legenda fundada em 1965, batizada então de MDB, e por ele presidida a partir de 1971. Ganharia um “P” com a reforma partidária imposta pela ditadura em 1979.
Virtudes e erros na questão democrática
Por Tarso Genro
Circulam nas redes e até na imprensa tradicional -nesta em número insignificante- artigos excelentes sobre a conjuntura, que se abriu com a posse interina de Michel Temer na Presidência da República. O golpe institucional engendrado pela grande mídia, articulado com setores rentistas da sociedade brasileira e lideranças políticas oligárquicas (que tanto estavam no Governo Dilma como fora dele), prosperou e o país vive um novo ciclo político. Após a fala de abertura do Presidente interino e da apresentação do seu Ministério, uma reflexão mais de “fundo” pode ser ensaiada. Para ela, quero contribuir com este pequeno texto, supondo que precisamos, não só defender o legado de uma parte da esquerda deste período, mas também reestruturar a nossa visão frentista de forma autocrítica, além de pensarmos rapidamente uma saída concreta para a crise: saída política e econômica, mais além das resistências de rua que, se não tiverem uma correspondência no plano das disputas eleitorais pelo Governo, ou em direção a uma Constituinte, tendem a declinar.
Circulam nas redes e até na imprensa tradicional -nesta em número insignificante- artigos excelentes sobre a conjuntura, que se abriu com a posse interina de Michel Temer na Presidência da República. O golpe institucional engendrado pela grande mídia, articulado com setores rentistas da sociedade brasileira e lideranças políticas oligárquicas (que tanto estavam no Governo Dilma como fora dele), prosperou e o país vive um novo ciclo político. Após a fala de abertura do Presidente interino e da apresentação do seu Ministério, uma reflexão mais de “fundo” pode ser ensaiada. Para ela, quero contribuir com este pequeno texto, supondo que precisamos, não só defender o legado de uma parte da esquerda deste período, mas também reestruturar a nossa visão frentista de forma autocrítica, além de pensarmos rapidamente uma saída concreta para a crise: saída política e econômica, mais além das resistências de rua que, se não tiverem uma correspondência no plano das disputas eleitorais pelo Governo, ou em direção a uma Constituinte, tendem a declinar.
A confissão de Zezé ‘Helicoca’ Perrella
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Os próprios golpistas se incumbiram de desmascarar o golpe.
Dois casos são notáveis.
Um deles é o do dono do helicoca, o senador José Perrella. Numa entrevista à BBC, Perrella disse que as pedaladas fiscais não foram a razão do afastamento de Dilma.
Ora, ora, ora.
Mas não era aquela a base – mentirosa, cínica, é verdade – do pedido do impeachment?
Os próprios golpistas se incumbiram de desmascarar o golpe.
Dois casos são notáveis.
Um deles é o do dono do helicoca, o senador José Perrella. Numa entrevista à BBC, Perrella disse que as pedaladas fiscais não foram a razão do afastamento de Dilma.
Ora, ora, ora.
Mas não era aquela a base – mentirosa, cínica, é verdade – do pedido do impeachment?
Globo se lança ao colo do Meirelles!
O Fantástico exibiu nesse domingo, 15/maio, cenas de constrangedora subserviência.
Não bastasse uma "entrevista" de 25' com o Temer Puft, que provocou ensurdecedora reação, a "apresentadora" do Fantástico ofereceu um espetáculo degradante!
Ao final de uma "entrevista" inútil, em que o Meirelles não disse nada que preste, ela, Poliana Abritta, se projetou para cima do Ministro da Fazenda, em direção ao seu colo, agarrou-lhe as duas mãos e, curvada para a frente, disse:
Michel Temer quer rebaixar a cultura
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
“A única certeza de Temer sobre a Cultura é que deve ser rebaixada.'' A avaliação é de João Brant, secretário executivo do Ministério da Cultura até a saída do ministro Juca Ferreira e o rebaixamento da área pelo novo governo na última quinta (12). “Isso parece ter menos a ver com economia de custos e mais com a combinação de um fetiche pela diminuição de ministérios e de um desprezo pela pauta.''
Uma das primeiras ações tomadas pelo presidente interino Michel Temer foi extinguir o Ministério da Cultura, subordinando-o ao da Educação. A repercussão negativa junto ao setor conseguiu unir nas críticas artistas favoráveis e contrários ao impeachment de Dilma Rousseff. Com isso, o novo governo estuda dar mais peso político à pasta e até atrelá-la diretamente à Presidência da República.
Uma das primeiras ações tomadas pelo presidente interino Michel Temer foi extinguir o Ministério da Cultura, subordinando-o ao da Educação. A repercussão negativa junto ao setor conseguiu unir nas críticas artistas favoráveis e contrários ao impeachment de Dilma Rousseff. Com isso, o novo governo estuda dar mais peso político à pasta e até atrelá-la diretamente à Presidência da República.
Volta do colunismo chapa-branca da era FHC
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
Preparem os estômagos: vem aí o famigerado – e nauseante – colunismo chapa-branca que elevou o jornalismo brasileiro ao ridículo a partir de meados da última década do século XX. A autoproclamada grande imprensa do eixo São Paulo-Rio certamente voltará a ser, de longe, a pior, a mais sabuja.
O que veremos nos próximos meses será a reedição de um fenômeno muito bem descrito por uma das expressões máximas do jornalismo brasileiro, o jornalista Janio de Freitas, quem, apesar de hoje ser um estranho no ninho Folha de São Paulo, mantém-se como integrante do Conselho Editorial desse veículo por força de suas credenciais éticas e profissionais.
Temer e o sinistro diplomata dos EUA
Do blog Viomundo:
Em 2006, o cônsul dos Estados Unidos em São Paulo, Christopher McMullen, teve o privilégio de ouvir do então presidente do PMDB, Michel Temer, pelo menos duas análises de conjuntura, em 11 de janeiro e 19 de junho.
Não se sabe se isso cobre toda a extensão do contato entre o então deputado federal e o diplomata dos Estados Unidos.
Era início de ano eleitoral, o presidente Lula concorreria à reeleição e Temer mantinha distância do Planalto.
Em 2006, o cônsul dos Estados Unidos em São Paulo, Christopher McMullen, teve o privilégio de ouvir do então presidente do PMDB, Michel Temer, pelo menos duas análises de conjuntura, em 11 de janeiro e 19 de junho.
Não se sabe se isso cobre toda a extensão do contato entre o então deputado federal e o diplomata dos Estados Unidos.
Era início de ano eleitoral, o presidente Lula concorreria à reeleição e Temer mantinha distância do Planalto.
A estratégia da direita para dar o golpe
Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:
A longa crise brasileira, que alguns consideram que surgiu com as manifestações de junho de 2013, enquanto outros acreditam que foi com o fim das eleições de 2014, ganha contornos definidos, conforme desemboca em um golpe de feições pretensamente legalistas. Não se pode dizer que tudo foi meticulosa e friamente calculado, mas é certo que esses fatores terminaram sendo pedras da arquitetura de uma estratégia golpista com o objetivo de, como fosse, com quem quer que fosse, tirar o PT do governo.
Temer, o ilegítimo, sofre resistências
Editorial do site Vermelho:
Dois atos ocorridos na quinta-feira (12) indicam o que será a vida política brasileira durante a interinidade de Michel Temer que, ilegitimamente, ocupa a presidência da República desde aquele dia.
Um daqueles atos foi a reação popular ante o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff. Ela saiu do Palácio do Planalto aclamada por milhares de pessoas que foram até lá manifestar sua solidariedade e repúdio ao golpe midiático-judicial-parlamentar que a afastou temporariamente do cargo.
Dois atos ocorridos na quinta-feira (12) indicam o que será a vida política brasileira durante a interinidade de Michel Temer que, ilegitimamente, ocupa a presidência da República desde aquele dia.
Um daqueles atos foi a reação popular ante o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff. Ela saiu do Palácio do Planalto aclamada por milhares de pessoas que foram até lá manifestar sua solidariedade e repúdio ao golpe midiático-judicial-parlamentar que a afastou temporariamente do cargo.
Temer deleta a reforma política
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Muitos assuntos antes palpitantes vão morrer ou sair de cartaz, agora que tudo foi consumado. Um deles é a reforma política, que foi muito pregada pelo presidente interino Michel Temer, quando falava de suas prioridades caso assumisse a Presidência. O PSDB incluiu-a no documento com 15 propostas apresentado ao ainda vice-presidente no dia 3 de maio como premissas para apoiar seu futuro governo. Temer agora assumiu e loteou seu ministério entre 11 partidos, tal como fizeram todos os seus antecessores desde que a proliferação partidária e o viés parlamentarista da Carta de 1988 nos impuseram o tal presidencialismo de coalizão.
Muitos assuntos antes palpitantes vão morrer ou sair de cartaz, agora que tudo foi consumado. Um deles é a reforma política, que foi muito pregada pelo presidente interino Michel Temer, quando falava de suas prioridades caso assumisse a Presidência. O PSDB incluiu-a no documento com 15 propostas apresentado ao ainda vice-presidente no dia 3 de maio como premissas para apoiar seu futuro governo. Temer agora assumiu e loteou seu ministério entre 11 partidos, tal como fizeram todos os seus antecessores desde que a proliferação partidária e o viés parlamentarista da Carta de 1988 nos impuseram o tal presidencialismo de coalizão.
domingo, 15 de maio de 2016
Gilmar Mendes, Aécio e os fichas-sujas
Por Altamiro Borges
Na semana passada, a mídia privada deu destaque para a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de apurar as denúncias de que o cambaleante Aécio Neves, presidente do PSDB, recebeu propinas da estatal mineira Furnas. O pedido de abertura de inquérito seria analisado pelo ministro Gilmar Mendes, informou o noticiário. O escarcéu talvez tenha visado reduzir as duras críticas à cumplicidade do STF na criminosa votação do impeachment de Dilma, vendendo a falsa imagem de que o Judiciário nativo é um poder neutro e imparcial. A encenação, porém, não durou um dia. Logo na sequência, o próprio Gilmar Mendes, líder dos tucanos do STF, informou que arquivaria o processo.
Na semana passada, a mídia privada deu destaque para a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de apurar as denúncias de que o cambaleante Aécio Neves, presidente do PSDB, recebeu propinas da estatal mineira Furnas. O pedido de abertura de inquérito seria analisado pelo ministro Gilmar Mendes, informou o noticiário. O escarcéu talvez tenha visado reduzir as duras críticas à cumplicidade do STF na criminosa votação do impeachment de Dilma, vendendo a falsa imagem de que o Judiciário nativo é um poder neutro e imparcial. A encenação, porém, não durou um dia. Logo na sequência, o próprio Gilmar Mendes, líder dos tucanos do STF, informou que arquivaria o processo.
Movimentos sociais na mira dos golpistas
Foto: Jornalistas Livres |
É sabido no mundo inteiro que o neoliberalismo nunca combinou com democracia. Para impor o seu receituário de desmonte do Estado, da nação e do trabalho, os governantes a serviço das oligarquias rentistas precisam agir com violência contra os movimentos sociais. A britânica Margaret Thatcher e o ianque Ronald Reagan não vacilaram em "quebrar a espinha dorsal" do sindicalismo para inaugurar este projeto no chamado primeiro mundo. No triste reinado de FHC, a truculência contra as lutas dos trabalhadores também foi a tônica - é só lembrar da ocupação das refinarias da Petrobras pelas tropas do Exército e das chacinas dos sem-terra. Se neoliberalismo não combina com democracia, imagine-se em um governo fruto de um "golpe dos corruptos", sem qualquer legitimidade.
Os privilégios do “delinquente” Cunha
Por Altamiro Borges
Tachado de "delinquente" pelo procurador-geral da República e afastado do mandato e da presidência da Câmara dos Deputados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o correntista suíço Eduardo Cunha segue mantendo seus privilégios e sua influência política. Em entrevistas neste final de semana, ele se jactou de "conversar bastante" com o Michel Temer, que assaltou o Palácio do Planalto graças às suas tramas golpistas. Há quem garanta que a confissão é pura bravata do chantagista, visando mostrar sua ligação com o Judas para intimidá-lo. De qualquer forma, o "vice-afastado" não tem do que reclamar da sua atual situação. Segundo a imprensa, o "delinquente" até agora não sofreu qualquer represália.
Tachado de "delinquente" pelo procurador-geral da República e afastado do mandato e da presidência da Câmara dos Deputados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o correntista suíço Eduardo Cunha segue mantendo seus privilégios e sua influência política. Em entrevistas neste final de semana, ele se jactou de "conversar bastante" com o Michel Temer, que assaltou o Palácio do Planalto graças às suas tramas golpistas. Há quem garanta que a confissão é pura bravata do chantagista, visando mostrar sua ligação com o Judas para intimidá-lo. De qualquer forma, o "vice-afastado" não tem do que reclamar da sua atual situação. Segundo a imprensa, o "delinquente" até agora não sofreu qualquer represália.
Michel Temer, o presidente decorativo
Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:
Desfechado o golpe em 12 de maio, o show de horrores que está ocorrendo no Brasil desde o fim das eleições de 2014 completou seu primeiro ciclo: a derrubada – sem qualquer base legal – da presidente eleita democraticamente, o que significa ceifar a democracia.
Os próximos ciclos serão: a) impedir que Dilma retorne – daí a antecipação de seu “julgamento” formal em menos dos seis meses regulamentares –, liquidar o PT e notadamente Lula; b) alterar substantivamente o vetor econômico, o que implica amplo processo de privatização – a começar pela Petrobras, antigo desejo tucano –, diminuir ao máximo os direitos sociais e exterminar a CLT no bojo dos direitos trabalhistas; c) alterar radicalmente a política externa, até então baseada nas relações Sul/Sul, em que o Mercosul, a Unasul, o G-20 e os Brics (arranjo político, fundo e banco) tendem a ser enfraquecidos ou mesmo abandonados pelo Brasil; d) criminalizar os movimentos sociais e todos os que se opõem ao golpe com vistas a estabelecer nova hegemonia no país. É claro que a luta política poderá alterá-los, mas esses parecem ser os propósitos dos golpistas.
Desfechado o golpe em 12 de maio, o show de horrores que está ocorrendo no Brasil desde o fim das eleições de 2014 completou seu primeiro ciclo: a derrubada – sem qualquer base legal – da presidente eleita democraticamente, o que significa ceifar a democracia.
Os próximos ciclos serão: a) impedir que Dilma retorne – daí a antecipação de seu “julgamento” formal em menos dos seis meses regulamentares –, liquidar o PT e notadamente Lula; b) alterar substantivamente o vetor econômico, o que implica amplo processo de privatização – a começar pela Petrobras, antigo desejo tucano –, diminuir ao máximo os direitos sociais e exterminar a CLT no bojo dos direitos trabalhistas; c) alterar radicalmente a política externa, até então baseada nas relações Sul/Sul, em que o Mercosul, a Unasul, o G-20 e os Brics (arranjo político, fundo e banco) tendem a ser enfraquecidos ou mesmo abandonados pelo Brasil; d) criminalizar os movimentos sociais e todos os que se opõem ao golpe com vistas a estabelecer nova hegemonia no país. É claro que a luta política poderá alterá-los, mas esses parecem ser os propósitos dos golpistas.
Globo e Temer iniciam ofensiva contra blogs
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
O governo interino de Michel Temer, em conluio com a Globo, iniciou uma ofensiva contra os blogs políticos independentes.
Não esperaram nem 48 horas. Estavam ansiosos!
O ataque é, em primeiro lugar, narrativo: ou seja, é liderado pela Globo.
Em matéria do jornal publicada hoje, os blogs políticos progressistas são chamados, no título, de "pró-governo", o que é uma inversão completa da realidade.
O governo interino de Michel Temer, em conluio com a Globo, iniciou uma ofensiva contra os blogs políticos independentes.
Não esperaram nem 48 horas. Estavam ansiosos!
O ataque é, em primeiro lugar, narrativo: ou seja, é liderado pela Globo.
Em matéria do jornal publicada hoje, os blogs políticos progressistas são chamados, no título, de "pró-governo", o que é uma inversão completa da realidade.
Os trabalhadores são as maiores vítimas
Por José Eduardo Bernardes, no jornal Brasil de Fato:
O afastamento da presidenta Dilma Rousseff do governo foi definido pelo Senado na quinta-feira (12), em votação que durou 21 horas. Foram 55 votos favoráveis à abertura do processo de impeachment e 22 votos contrários. Com a saída de Dilma, Michel Temer assume o governo interinamente. Para o professor da Faculdade de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp), Aldo Fornazieri, um governo do peemedebista significará um “peso brutal no ombro dos trabalhadores”.
O afastamento da presidenta Dilma Rousseff do governo foi definido pelo Senado na quinta-feira (12), em votação que durou 21 horas. Foram 55 votos favoráveis à abertura do processo de impeachment e 22 votos contrários. Com a saída de Dilma, Michel Temer assume o governo interinamente. Para o professor da Faculdade de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp), Aldo Fornazieri, um governo do peemedebista significará um “peso brutal no ombro dos trabalhadores”.
O "temível" articulador do golpe
Por Lilian Primi, na revista Caros Amigos:
“Se Jesus Cristo viesse para cá e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão”. A fala do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2009, véspera do pleito que elegeria Dilma Roussef como sua sucessora, ganha novo sentido com a conturbação que hoje afeta o governo da presidente. Na época, Lula respondia aos questionamentos de Kennedy Alencar, então repórter na Folha de S. Paulo, sobre os acordos que fez durante seus dois mandatos. Hoje, no entanto, soa como uma sombria premonição, com a figura de Judas se projetando sobre o vice-presidente Michel Temer, há pouco menos de um ano escolhido por Dilma para harmonizar as relações do governo com o Congresso.
“Se Jesus Cristo viesse para cá e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão”. A fala do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2009, véspera do pleito que elegeria Dilma Roussef como sua sucessora, ganha novo sentido com a conturbação que hoje afeta o governo da presidente. Na época, Lula respondia aos questionamentos de Kennedy Alencar, então repórter na Folha de S. Paulo, sobre os acordos que fez durante seus dois mandatos. Hoje, no entanto, soa como uma sombria premonição, com a figura de Judas se projetando sobre o vice-presidente Michel Temer, há pouco menos de um ano escolhido por Dilma para harmonizar as relações do governo com o Congresso.
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