sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Oligarquia golpista e escravocrata

Por Jeferson Miola

O governo golpista acelera temerariamente a agenda de retrocessos.

Na contramão da história e da civilização, a oligarquia escravocrata pretende aumentar a jornada de trabalho para 12 horas diárias, substituir a lei trabalhista [CLT] por contratos diretos entre patrões e empregados e flexibilizar os direitos dos trabalhadores a férias, a horas extras e ao 13º salário.

Essas medidas, que atacam brutalmente os direitos conquistados pela classe trabalhadora na primeira metade do século passado, se somam a outras que já tramitam no Congresso.

TSE sinaliza que pode cassar Temer. Será?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O TSE emitiu um primeiro sinal de que pode cassar o mandato de Temer na ação de impugnação de mandato eletivo (AIME) que corre na corte contra a eleição dele e de Dilma Rousseff em 2014, embora seja impossível prever quando ocorrerá tal julgamento.

A sinalização foi dada pelo tribunal ao prestar informações solicitadas pela Polícia Federal no âmbito de um inquérito que apura irregularidades da campanha da chapa vencedora nas eleições de 2010. No ofício de resposta, assinado por seu presidente, ministro Gilmar Mendes, o TSE aponta como responsáveis pela prestação de contas a própria Dilma, o candidato a vice Michel Temer e o tesoureiro da campanha, José di Filipi Júnior. 


O grave transtorno de Reinaldo Azevedo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O grave transtorno psiquiátrico de Reinaldo Azevedo se revelou no caso do cartaz de Aquarius que usou uma frase negativa sua para promover o filme.

Um homem equilibrado e sensato teria fingido não ter visto. Sabe quando você é criança e percebe que tentam colocar em você um apelido que você detesta?

Finja que não liga.

Azevedo fez o contrário. Saiu berrando não uma, mas duas vezes. Primeiro contra o diretor do filme, e depois contra um repórter da Ilustrada que escreveu sobre o episódio.

Cunha já negocia a delação premiada?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O jornal Valor Econômico diz que Eduardo Cunha há começou as negociações para um acordo de delação premiada.

Segundo a repórter Maíra Magro, os contatos foram bem recebidos pela cúpula da Procuradoria Geral da República e “ainda não houve a redação de anexos com a indicação de políticos, operadores e empresários a serem delatados e nem a assinatura de um acordo de confidencialidade. Tratou-se mais de saber se as portas estariam abertas para Cunha.”

O agente infiltrado de Alckmin

Por Fausto Salvadori e Maitê Berna, no site da Ponte Jornalismo:

Além de provas forjadas, torturas e declarações inventadas, a prisão no domingo (4/9) de 26 manifestantes anti-Temer pela PM do governador Geraldo Alckmin (PSDB) pode ter se valido de uma outra técnica típica dos regimes totalitários: a infiltração de agentes disfarçados do governo com o objetivo de neutralizar movimentos de oposição.

Dos 26 manifestantes presos, 18 foram detidos no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na Liberdade, região central de São Paulo, quando se preparavam para ir à manifestação na avenida Paulista. Eles acreditam que foram denunciados à PM por um participante do grupo que se identificava como Baltazar Mendes, o Balta. Enquanto os demais detidos eram presos e conduzidos ao Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) em duas viaturas e num ônibus, Baltazar foi levado sozinho numa outra viatura e nunca chegou à delegacia. Para os manifestantes, Balta era um P2 - nome dado aos policiais do serviço reservado da Polícia Militar, que atuam em investigações, sem farda e com identidades falsas.

A participação da imprensa no golpe de 2016

Por Iago Montalvão, no site da UJS:

A avaliação sobre a evolução das ferramentas de comunicação em massa e o desenvolvimento tecnológico das corporações da informação, isto é, da mídia e da imprensa, deve ser assunto fundamental para a compreensão das recentes articulações políticas que engendraram em um golpe institucional no estado democrático de direito do Brasil, ou da deposição de uma Presidenta da República por vias conspiratórias.

Os farsantes que definham a democracia

Por Luciana Burlamaqui, no site Carta Maior:

Vivemos uma grande farsa no Brasil encenada por políticos, mídia, juízes, advogados e a sociedade civil de direita.

A TV Globo finge que noticia de forma imparcial, mas não dá voz equilibrada a Dilma, Lula e o Partido dos Trabalhadores, além de diminuir o espaço e o tom quando a denúncia atinge o governo golpista e o PSDB. Muitos jornalistas da emissora agem como atores e atrizes a serviço de seus chefes para preservarem o gordo salário no final do mês.

Economia, o grande complicador de Temer

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Não será tão fácil como alguns pensam implantar o modelo de política econômica ensaiado pelo governo golpista, de consolidação do Brasil como um reduto mundial da especulação institucionalizada e dos negócios de ocasião. É o que mostra o péssimo desempenho do PIB, do emprego e do crédito e as disputas no governo e no Congresso quanto ao ritmo da regressividade social em marcha.

Os números anunciados pelo IBGE na quarta-feira, 30, anularam o esforço do governo e da mídia para maquiar a situação real da economia sob o comando de Temer. A crise prossegue, grave e crua, mostra a queda de 0,6% do PIB no segundo trimestre, o sexto seguido de retração. A taxa de investimento correspondeu a 16,8% do PIB, muito inferior aos 18,4% do mesmo período no ano anterior. O desemprego atingiu 11,6% nos três meses até julho, equivalentes a 11,85 milhões de trabalhadores sem emprego.

Cunha e a troca de Dilma por Temer

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Marcado para segunda-feira, o julgamento de Eduardo Cunha marca um episódio que exige mais do que um minuto de reflexão.

Ninguém tem o direito de questionar a punição de Cunha, com base em provas indiscutíveis, sustentadas por várias testemunhas e documentos, inclusive internacionais.

A questão é outra. A contrapartida para a investigação de Cunha foi o golpe parlamentar que derrubou Dilma, um golpe à margem da lei – sem crime de responsabilidade – que serviu como tiro de misericórdia contra um governo acuado, sob ataque desde a posse, em minoria no Congresso, mas com a legitimidade dos 54,5 milhões de votos recebidos em outubro de 2016.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Temer quer jornada diária de 12 horas

Por Altamiro Borges

Até o mais tacanho 'midiota', que foi às ruas manipulado pela imprensa patronal para esbravejar pelo impeachment de Dilma, já deve estar preocupado. Aos poucos, os objetivos do "golpe dos corruptos" ficam evidentes. Não têm nada a ver com o combate à corrupção, mas sim com o desejo do capital de impor violenta regressão nos direitos. Na reforma previdenciária, a proposta de aumento do tempo de aposentadoria para 65 ou 70 anos. Já na reforma trabalhista, as maldades começam a aparecer. Nesta quinta-feira (8), o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, informou que o covil golpista quer impor a jornada diária de até 12 horas de trabalho. Só faltou propor o fim da Lei Áurea!

Geddel Vieira, o "boca de jacaré"

Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca tem feito um baita esforço, mas está difícil ocultar a sujeira que infesta o covil de Michel Temer. Nesta semana, a insuspeita revista Época postou mais uma denúncia envolvendo um dos chefões do "golpe dos corruptos". Segundo a matéria, assinada pelo repórter Filipe Coutinho, o ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, "tem boca de jacaré para receber" propina. A acusação tem como base as mensagens em celular do lobista Lúcio Funaro apreendidas pela Polícia Federal. Vale conferir alguns trechos da reportagem:

Míriam Leitão: a urubóloga surtou!

Por Altamiro Borges

A colunista Míriam Leitão, que rala em quase todos os veículos da famiglia Marinho - TV Globo, GloboNews, jornal O Globo, rádio CBN -, surtou de vez! Talvez seja o cansaço. Em seu comentário nesta quinta-feira (8) na CBN - a rádio que toca mentira -, ela afirmou que as vaias ao Judas Michel Temer são injustas. "Críticas ao presidente são por insatisfação com decisões tomadas antes de sua posse. População ainda vive com inflação e desemprego, o que são os motivos das vaias. Medidas que serão tomadas pelo novo governo terão solução em longo prazo". Coitadinho do Michel Temer e da famosa "urubóloga", agora convertida a otimista de plantão da Globo.

#ForaLadrão reforça o grito de #ForaTemer

Por Altamiro Borges

O marqueteiro Elsinho Mouco, do PMDB, deve ser um infiltrado no covil golpista - ou, no mínimo, um aloprado. Segundo revelou a jornalista Mônica Bergamo, da Folha, ele decidiu criar "um novo slogan para se contrapor ao 'Fora, Temer'. Será o 'Fora, ladrão', diz ele. O publicitário afirma não haver 'vacina melhor contra os desaforos da oposição'. A ideia é lançar o slogan nas redes sociais". Mouco deu uma de louco e pode até ser defenestrado nos próximos dias. Nem bem a notícia circulou e os criativos internautas partiram para a galhofa. Hilário! Vários sugeriram juntar as duas hashtags: #ForaLadrão e #ForaTemer". A proposta bombou nas redes sociais nesta quinta-feira (8).

Qual ajuste fiscal?

Por Paulo Kliass, na revista Caros Amigos:

Como era de se esperar, o governo Temer tem insistido cada vez mais no tema do ajuste fiscal. A ameaça catastrofista tem por base as informações relativas ao descompasso entre receitas e despesas no Orçamento da União para o ano em curso e as expectativas para o desempenho das contas públicas em 2017.

Ocorre que os porta-vozes governamentais nada mencionam a respeito das causas que têm contribuído para provocar a redução da capacidade arrecadatória ao longo dos últimos tempos. Em última instância, o diagnóstico equivocado a respeito da crise foi incorporado como avaliação oficial e a sugestão da terapia do austericídio continuou a ser implementada no dia-a-dia da política econômica.

O duplo desafio depois do golpe

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Este artigo ainda não é uma análise. É uma exposição inicial dos motivos pelos quais a esquerda e a frente progressista precisam de muita análise e, principalmente, de ações que deem consequência a tais reflexões.

O golpe de estado de agosto de 2016 abre um novo período para a luta política no Brasil. Nada será como antes amanhã ou depois de amanhã.

O que tivemos nessa decisão do Senado foi a confirmação do que vinha sendo planejado pelos poderes de fato há bastante tempo. Não se trata apenas de interromper um mandato. Trata-se de mudar o regime político, cassando a soberania popular e substituindo-a pela “opinião dos homens de bem”, isto é, pelos homens de bens. Acabou aquilo que se conquistou há mais de 30 anos, acabou a escolha dos governantes pelo voto direto. Não mais “diretas-já”, nem mesmo aquelas que tivemos até aqui, corrompidas pelo dinheiro das empresas. Eleição só vale se tiver o resultado desejado pelos homens de bens.

Jovens e mulheres: destaque nos protestos

São Paulo (08/9/16). Foto: Eduardo Figueiredo/Mídia Ninja
Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                    

Os movimentos sociais , centrais sindicais e partidos políticos organizam as manifestações e marcam presença com suas lideranças, bandeiras, faixas e palavras de ordem. Mas, a ampla maioria dos que estão nas ruas protestando contra o golpe e pelo resgate da democracia é formada por jovens e mulheres.

E, aqui entre nós, um movimento tão fortemente protagonizado por rapazes e moças que dedicam sua juventude ao país está "condenado" ao sucesso. A combatividade e a sensibilidade das mulheres qualifica a resistência democrática, ao mesmo tempo em que fortalece o empoderamento feminino, requisito fundamental na luta contra contra a opressão machista e sexista.

Mesóclises, mediocridade e ameaça fascista

Por Fran Alavina, no site Outras Palavras:

Não é apenas um golpe. Não é somente a sanha neoliberal que transformada em logística estatal precariza o trabalho e transforma direitos em bens de consumo. É tudo isso, mas além da faceta golpistae neoliberal há também o caráter fascista. O mais horrendo dos três âmbitos, com certeza. É golpe; é a volta do neoliberalismo ao poder; e, é também o começo da institucionalização de práticas fascistas. Aí reside a diferença com momentos anteriores: na perigosa passagem do campo da prática e do pensamento privado para o âmbito público da institucionalização.

Oposição a Temer será permanente

Por Antônio Augusto de Queiroz, no site Vermelho:

Engana-se quem pensa que a oposição ao governo Temer irá esfriar após passar o calor da votação do impeachment, assim como supostamente teria acontecido entre o início e o desfecho do processo de impeachment, em que o volume e o ritmo das manifestações pró-Dilma foram diminuindo ao longo do tempo.

Pode parecer contraditório, mas para os movimentos sociais, parcela importante de partidos como o PT e o PCdoB, e até parte da esquerda é mais confortável protestar contra o governo Temer, acusando-o de ter patrocinado um golpe e ter assumido a agenda do mercado, do que promover mobilizações em defesa do governo Dilma, especialmente no segundo mandato, quando ela acenou com uma agenda na eleição e adotou outra no governo, inclusive levando Joaquim Levy para implementá-la.

"Fora Temer" poderá desequilibrar o jogo

São Paulo (08/9/16). Foto: Eduardo Figueiredo/Mídia Ninja
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A campanha “Fora Temer” está crescendo em uma velocidade surpreendente. Não se trata mais de mero esperneio. Caminha para se tornar elemento relevante, capaz de desequilibrar o jogo político.

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O golpe político encaixa-se perfeitamente na estratégia denominada de “teoria do choque” - desvendado pela escritora e ativista Naomi Klein.

A estratégia foi desenvolvida pela Escola de Economia de Chicago e consiste em se valer de grandes tragédias – terremotos, guerras, golpes de estado, hiperinflação – para trabalho de desconstrução do passado, desarticulação do normal político para impor rapidamente um receituário radical, como se fosse a única rota de salvação.

Grito dos Excluídos denuncia o golpe

Brasília (07/9/16). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

"Como podemos comemorar a independência da pátria se sofremos um golpe?", questiona Maria dos Remédios, que saiu cedo de casa, em São Mateus, zona leste da capital paulista, para reivindicar a saída de Michel Temer da presidência da República, novas eleições e a manutenção de todos os direitos civis e trabalhistas. Com ela, cerca de 15 mil pessoas protestaram na Avenida Paulista, na manhã de hoje (7), durante o 22° Grito dos Excluídos. A estimativa é dos organizadores.