terça-feira, 14 de novembro de 2017

A vida do trabalhador sem a CLT

Por Guilherme Coutinho, no blog Socialista Morena:

Foi bom enquanto durou, mas acabou. O último sábado, 11 de novembro, será lembrado por ter marcado o fim de uma era no Brasil: a vigência da Consolidação das Leis do Trabalho. Como todo tempo bom, esses 74 anos deixarão saudade – ao menos para a classe trabalhadora, que via nela uma fonte garantidora de direitos. Quem foi beneficiado pela mudança (os patrões) começa agora a colher os frutos de um movimento político iniciado tão logo o resultado das eleições presidenciais de 2014 foi anunciado. Àquela altura já estava mais do que claro que a “reforma trabalhista”, anunciada como solução para a crise financeira, jamais seria sancionada por Dilma Rousseff. Era necessário dar um golpe no povo brasileiro em favor de uma elite empresarial.

Provocação da IstoÉ tem roteiro clássico

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao comparecer a uma delegacia de Copacabana para pedir proteção policial, o jornalista Mario Vitor Rodrigues cumpre a segunda fase - previsível - de uma provocação iniciada com a publicação do seu infame texto "Lula deve morrer" na revista IstoÉ. Pode-se prever um roteiro clássico.

Após lançar o fantasma de um crime no ar, o passo seguinte é assumir a posição de vítima e alegar que tem sofrido ameaças. O terceiro lance é convencer as autoridades policiais começar a busca de "suspeitos". O quarto é enrolar-se na bandeira da liberdade de imprensa e denunciar "petralhas autoritários que apoiam Lula". E assim por diante, na infinita história das operações sujas contra a luta dos trabalhadores.

Mídia poupa Waack, mas criminaliza Dirceu

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Enquanto a imprensa bota panos quentes na afirmação do jornalista William Waack por ter dito, durante uma conversa pouco antes de uma entrada ao vivo, que a suposta "bagunça" na rua que ele ouvira era "coisa de preto" e critica o que chamam de "tribunal da internet", essa mesma mídia divulgou um vídeo em que o ex-ministro José Dirceu foi filmado por um convidado dançando na festa de aniversário de sua mulher, no último sábado (11), em Brasília.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

O ódio deve morrer

Por Marcelo Zero

“Lula deve Morrer”. Este foi o título do artigo de um articulista da IstoÉ. Chocou a muitos.

De fato, o artigo, um somatório mal-ajambrado de clichês antipetistas, choca pela estupidez manifesta e pelo ódio desavergonhado. Mas não surpreende. O golpe abriu a porteira para uma direita tão obtusa quanto violenta. Há muito que o Brasil foi tomado por uma horda de insanos protofascistas.

Liderados por cérebros iluministas como Bolsonaro, Alexandre Frota, Marcos Feliciano, representantes do MBL etc., essa horda se dedica não apenas a destilar seu ódio contra Lula e o PT, mas também a censurar exposições artísticas, agredir palestrantes, impedir professores de darem aula, pedir a volta ditadura, exigir a execução de “bandidos”, manifestar desprezo pelos direitos humanos e se insurgir contra tudo que cheire a “esquerdismo”, “ideologia de gênero”, combate ao racismo e à homofobia e afirmação dos direitos das populações excluídas ou de alguma forma oprimidas. Enfim, tudo que cheire a civilização.

Moniz Bandeira, o golpe e a geopolítica

Por Rubens Diniz, no site da Fundação Maurício Grabois:

A edição 145 da revista Princípios, lançada no final de 2016, trouxe a entrevista exclusiva de Moniz Bandeira a Rubens Diniz, em que ele afirma que "o golpe contra Dilma insere-se no xadrez da política internacional", e justifica seu raciocínio. Por ocasião de seu falecimento, nesta sexta (10), o portal Grabois disponibiliza esta entrevista como uma homenagem a seu espírito de luta e resistência democrática.

Princípios entrevistou o renomado historiador e cientista político Luiz Alberto Moniz Bandeira, que recentemente completou 80 anos e acaba de lançar seu mais recente livro, Desordem Mundial, no qual analisa o atual tabuleiro geopolítico.

A revista IstoÉ e a matilha fascista

Por Eugênio Aragão, no blog Diário do Centro do Mundo:

Fascistas são como lobos: predadores que só se sentem fortes em matilha. Sozinhos são covardes, pois se sabem presas fáceis.

O caso do medíocre, desqualificado e desconhecido jornalistazinho raivoso da revista IstoÉ que pregou a morte de Lula no sábado ilustra bem isso. Falou grosso pensando que a editora comprasse sua briga baixa e, quando se viu sozinho exposto às naturais intempéries de que quem provocou a ira coletiva, foi pedir colinho de mamãe. Registrou ocorrência policial por crime de ameaça. Coitadinho.

Aumenta o desespero da direita contra Lula

Por Marcus Ianoni, no site Brasil Debate:

No meio do caminho da direita há uma pedra: Lula. Obstinada na remoção desse obstáculo político e eleitoral de grande monta, a revista IstoÉ, porta-voz midiático do conservadorismo de mercado e das forças pró-restrição do desenvolvimento democrático, deu guarida a uma matéria, assinada por Mario Vitor Rodrigues, intitulada: “Lula deve morrer”. A perseguição contra o ex-presidente e liderança maior do PT, implementada por uma coalizão no mínimo tácita de atores institucionais, posicionados nos setores público e privado, mediante ações que se encadeiam sistemicamente, alcança níveis aberrantes de irracionalidade e sectarismo pró-exceção contra a esquerda.

A estupidez no ciberespaço

Por Raphael Silva Fagundes, na revista Caros Amigos:

Quem viu o último filme do Planeta dos Macacos pode observar o processo invertido da evolução. Os seres humanos vão perdendo a fala na medida em que os macacos vão desenvolvendo a linguagem humanizada. No início, Cesar era um macaco que queria a paz, enquanto os seres humanos, embrutecidos, resolviam tudo através da violência. Os macacos passaram a defender suas causas por meio de argumentos, sentimentos e emoções, enquanto que os seres humanos, de um modo geral, permaneceram presos aos atos violentos. Inclusive, os macacos violentos se aderiram aos seres humanos, e os seres humanos amorosos, por sua vez, se juntaram aos macacos.

Muito além do cidadão Waack

Por Alex Hercog, na revista CartaCapital:

Um dos principais assuntos compartilhados nas redes sociais na última semana foi o vazamento do vídeo de William Waack e sua manifestação racista. Uma gravação feita em 2016, quando o jornalista se preparava para entrar no ar durante gravações para o Jornal da Globo, revela o âncora cochichando injúrias raciais.

O vídeo mostra William Waack comentando com seu entrevistado, Paulo Sotero: “Tá buzinando por que, seu merda do caralho? Não vou nem falar, que eu sei quem é. Sabe quem é, né? Preto, né!? Isso é coisa de preto, com certeza”, diz, se referindo aos motoristas que buzinavam na rua, próxima à transmissão externa gravada nos Estados Unidos.

Este é um país que vai pra trás

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Enquanto a Folha dá uma manchete bem de acordo com a série “Agora a coisa vai”que você já se acostumou a ler nos jornais depois do golpe que levou Michel Temer ao Planalto, destacando um crescimento pífio de 1,1% nas receitas públicas (verdade capenga, porque ancorada numa correção inflacionária menor e na adoção de impostos novos, como o PIS/Cofins dos combustíveis), a BBC chama a atenção sobre onde e com que vem sendo feita a “economia” que, ainda assim, nos deixa com um rombo de R$ 159 bi.

A Justiça Trabalhista dos Boers

Por Hamilton Pereira/Pedro Tierra, no site da Fundação Perseu Abramo:

Devemos todos render homenagens ao jurista Ives Gandra Martins Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho, pela limpidez com que defendeu a Reforma Trabalhista que entra em vigor nesses primeiros dias de novembro, em entrevista a um diário paulista. Respondeu às questões levantadas com clareza de fazer inveja a seus pares que, ao longo de século 20, defenderam o regime do Apartheid, na África do Sul.

William Waack e o racismo como "deslize"

Por Ruben Berta, no site The Intercept-Brasil:

Num mundo cada vez mais radicalizado e polarizado das redes sociais, o excesso de opinião cansa. Concordo. Por isso, sempre penso duas vezes antes de entrar na melhor polêmica dos últimos tempos da última semana. Desta vez, achei que tinha algo importante a dizer. Resolvi arriscar.

Na última quarta (8), como todos já sabem, um vídeo com comentários RACISTAS (perdoem o clichê da caixa alta) do então apresentador do “Jornal da Globo”, William Waack, gravado no ano passado durante a cobertura da campanha eleitoral americana, foi publicado na internet. Ainda bem, as reações foram imediatamente negativas. E levaram a própria emissora a suspender o jornalista.

Em seguida, a polêmica chegou na página 2. Veio a turma do “deixa disso”:




Haraquiri tucano e os reflexos na sucessão

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Até aqui, o que enxergávamos na disputa presidencial era Lula na liderança, apesar do empenho em sua inabilitação, Bolsonaro em segundo lugar e um candidato tucano que dificilmente não seria Geraldo Alckmin, tentando viabilizar-se como alternativa de centro à polarização direita X esquerda. Com o agravamento da crise interna do PSDB, dificilmente o partido marchará unido em torno de um candidato e é de sua provável cisão, depois do confronto interno de dezembro, que pode surgir um quarto nome, reunindo forças do centro-conservador e, por inverossímil que pareça, contando com o apoio do governo.

Serra está com febre amarela?

O perigo é contaminar os que se aproximam dele
(Créditos: Bruno Rocha/Folha de S. Paulo)
Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

A donataria hereditária de São Paulo, controlada desde Martim Afonso de Souza pelos tucanos, sofre, no momento, de uma epidemia de febra amarela.

Mortos se multiplicam e parques florestais são trancados.

Nesse mesmo ambiente tropicalmente infestado, realizou-se uma convenção de tucanos para promover "unidade e união"- eles são um prodíjio.

domingo, 12 de novembro de 2017

Tucanos gritam “fora, Aécio”. Hilário!

Por Altamiro Borges

A crise no PSDB é tão violenta que tem produzido cenas hilárias. Neste domingo (12), durante a convenção estadual da sigla golpista em São Paulo, um dos coros mais repetidos pelos tucanos foi “fora, Aécio”. Nem os apelos pela unidade partidária, proferidos pelo picolé de chuchu Geraldo Alckmin e por outros caciques da legenda, conseguiram conter a bronca dos filiados paulistas contra o cambaleante senador mineiro Aécio Neves, que na semana passada patrocinou mais um golpe – o que já virou sua especialidade – contra o próprio presidente do PSDB, Tasso Jereissati. O convescote apenas confirmou que a briga no ninho é sangrenta e não será facilmente estancada, como registrou a própria Folha tucana:

‘IstoÉ’ deve morrer. Pelo bem do jornalismo

Por Altamiro Borges

A revista IstoÉ – também conhecida nos meios jornalísticos como “QuantoÉ” devido às práticas mercenárias dos seus donos – perdeu qualquer compostura e agora decidiu incitar abertamente o crime. Na cavalgada golpista pelo impeachment de Dilma Rousseff, ela foi uma das mais histéricas com suas capas terroristas e suas “reporcagens” babando ódio. Após o assalto ao poder pela quadrilha de Michel Temer, ela virou um veículo chapa-branca, bajulando o usurpador – o que lhe rendeu um aumento de mais de 1.300% nas verbas publicitárias. Concretizado o golpe dos corruptos, ela hoje concentra a sua artilharia contra o ex-presidente Lula, temendo o seu retorno ao governo e o fim das maracutaias que tentam salvar a falida e decrépita revista da extinção.

Os três governos anões da América do Sul

Por Túlio Ribeiro, no blog Cafezinho:

Infelizmente começou depois de 200 anos um passo decisivo para os Estados Unidos oficializar o seu objetivo de poder sobre Amazônia. Desde 1817 os americanos do norte acham legítimo dominar a grande floresta do sul.

Entre 6 e 13 de novembro, 1533 militares brasileiros, 150 colombianos ,120 peruanos e 30 estadunidenses realizam exercícios militares na Amazônia. A proporção está certa, afinal o comando (mesmo não oficialmente), não necessita ser majoritário em numerário em relação aos comandados. O Brasil convida um ambicioso pretendente para visitar suas reservas de recursos naturais e uma biodiversidade estratégica para o planeta.

Os muito ricos sonegam sem culpa

Por Nick Hopkins, no site Outras Palavras:

A maioria das pessoas não compreende as complexidades do sistema de aplicações offshore. Elas não têm necessidade – porque não têm dinheiro suficiente para considerar os esquemas e arranjos que são oferecidos nos paraísos fiscais. O mundo “ordinário” e o mundo “offshore” vêm coexistindo há décadas, separados pelo sigilo que se mantém como uma das mais importantes atrações do setor. Esse sigilo – e fiscalização frouxa – lhe tem servido muito bem.

Temer, Maia e a ‘pauta bomba’

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

Em um movimento ainda pouco compreendido pela maior parte das bancadas partidárias do governo e da oposição, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente da República, Michel Temer tentam uma reaproximação. Nos últimos dias, têm afirmado publicamente que há apoio mútuo, embora vez por outra um dos dois escorregue em alguma declaração desastrosa.

Segundo um senador muito ligado ao Palácio do Planalto, na última terça-feira (7), após reunião de Temer com líderes, o presidente e Maia tiveram uma conversa a portas fechadas. Horas depois, o deputado afirmou que sua missão, daqui por diante, será atuar institucionalmente no cargo que exerce e também, como integrante da base aliada, ajudar o governo na votação de matérias que o Planalto considera importantes.

Reforma trabalhista precariza, mutila e mata

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

A aprovação da Reforma Trabalhista em 13 de julho de 2017, que entrará em vigor no dia 11 de novembro, pode inaugurar uma nova fase na história das relações de trabalho no país.

Com a modificação de mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), muitos direitos deixam de existir condenando a classe trabalhadora à condições precárias e de risco.

Essa proposta brutal, que tem como líder Michel Temer, tem como objetivo retirar direitos sociais consagrados. Não é por outra razão que o golpe de Estado de 2016, um golpe do capital contra o trabalho cujo principal objetivo é a restauração do neoliberalismo no Brasil, fez da classe trabalhadora e dos sindicatos seus principais alvos e vítimas.