terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Ofensiva conservadora tenta anestesiar o país

Por Pablo Gentili, no site Carta Maior:

Lula apoia seu rosto sobre a mão esquerda. Não parece cansado, embora todos ao seu redor estejam exaustos depois de semanas de tensão e nervosismo. Faltam algumas horas para que o Tribunal Regional Federal confirme a sentença do juiz Sérgio Moro. Lula se mostra realista e assume a missão de manter o ânimo entre seus familiares, colaboradores e amigos. Sempre foi assim. Nos momentos mais difíceis de sua gestão como presidente, ele chegava ao Palácio do Planalto e quando via alguém abatido dizia: “que cara é essa? Não me diga que você está lendo os jornais”. Logo, soltava uma imensa gargalhada, contagiosa, balsâmica, reparadora. Era o Lula presidente, o que apoiava, consolava e animava todos. Continua sendo assim.

O combate à hipertrofia do Judiciário

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, concedeu entrevista agora há pouco na sede do Barão de Itararé, em São Paulo.

O Cafezinho esteve presente e perguntou sobre quais estratégias a esquerda deverá adotar, em caso de vitória do campo canhoto na eleição presidencial deste ano, para evitar uma nova investida da direita, que certamente buscará inviabilizar o governo ou reprisar o golpe.

Flávio Dino respondeu o seguinte:

Devemos comemorar a queda da inflação?

Por Guilherme Haluska e Guilherme Morlin, no site Brasil Debate:

Pela primeira vez desde a introdução do regime de metas de inflação no Brasil a meta foi descumprida para baixo, ou seja, a taxa de inflação observada foi inferior ao piso estabelecido. A inflação medida pelo IPCA para o ano de 2017 atingiu uma taxa de 2,95%, enquanto a meta de inflação que orienta a execução da política monetária fora de 4,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Temer encontra tom amistoso na mídia

Por José Antonio Lima e Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Com o desejo de ser celebrado "como o sujeito que fez as reformas necessárias para o pais", o presidente Michel Temer tem feito nos últimos dias um périplo por diversos veículos de comunicação brasileiros, como foco em programas populares, para defender a reforma da Previdência, que pode ser votada em fevereiro. Em todas as suas participações, Temer traçou um cenário fiscal catastrófico para o Brasil caso as mudanças não sejam aprovadas.

A capacidade do povo para defender Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Embora a sentença do TRF-4 não tenha sido uma surpresa real para quem acompanha a conjuntura do país, o caráter injusto e absurdo da decisão projeta um novo momento político, mais grave e a ameaçador para a maioria dos brasileiros.

A pena de 12 anos confirma que, além de seguir uma linha aberta de perseguição a Lula, o Judiciário sente-se à vontade para atuar sem freios nem ponderação, sob impulso da pura vontade de condenar e punir, construindo um poder acima da vontade do povo.

Ao agravar a sentença de Sérgio Moro, fechando espaços legítimos para recursos e contestações, o TRF-4 assumiu uma postura que não tem a menor relação com a evidente ausência de provas, a começar pela penhora do triplex que, atribuído a Lula, sempre foi propriedade da OAS.

A hora é de unidade e de resistência

Cai a máscara dos intocáveis da Lava Jato

Charge: Mariana Waechter
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Desde sempre, os brasileiros acostumaram-se a pichar dois dos três poderes da República, o Executivo e o Legislativo, ou seja, presidente da República, governadores, prefeitos, senadores, deputados federais e estaduais e vereadores, mas o Poder restante, o Judiciário, ainda que muitos não saibam, é tão ou mais cheio de vícios que os outros dois.

Apesar de a caixa-preta do Judiciário cheirar mal, é um poder imperscrutável, impermeável à fiscalização da sociedade, o que o torna mais danoso e perigoso para a sociedade, pois fortemente corporativo e controlado única e exclusivamente por si mesmo.

Silvio Santos é garoto-propaganda de Temer

Da Rede Brasil Atual:

O apresentador e empresário-dono do SBT Sílvio Santos recebeu na noite de ontem (28) o presidente Michel Temer (PMDB) em seu programa dominical. O encontro foi anunciado como uma "sabatina", entretanto, a participação do peemedebista não foi recebida, por muitos, com olhos da prática do bom jornalismo. "A dupla ficou fazendo um bate bola ensaiado sobre a 'reforma' da Previdência", disse o deputado federal opositor ao governo Ivan Valente (Psol-SP).

A íntegra da entrevista com Flávio Dino

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

O "esoterismo judicial" contra Lula

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão Itararé:

O espetáculo midiático que culminou na condenação em segunda instância de Lula pelo Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4), no dia 24 de janeiro, criou uma nova categoria para o Direito: o ‘esoterismo judicial’. A crítica foi feita pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em entrevista coletiva a blogueiros e meios alternativos realizada nesta segunda-feira (29), na sede do Barão de Itararé, em São Paulo.


Foto: Cadu Bazilevski

domingo, 28 de janeiro de 2018

Mídia mundial critica farsa contra Lula

Por Altamiro Borges

A imprensa internacional, que não depende da publicidade do covil golpista para sobreviver e que não está tão contaminada pelas visões fascistas da direita nativa, demonstra cada vez maior preocupação com os rumos da democracia no Brasil. A condenação do ex-presidente Lula pelo Tribunal Federal Regional da 4ª Região, na quarta-feira (24), parece ter acendido o sinal de alerta. Vai se formando um consenso de que o “julgamento” foi uma farsa e que visou apenas inviabilizar a candidatura do líder petista, disparado nas pesquisas, nas eleições deste ano. O jornal ianque “New York Times”, considerado a bíblia por alguns jornalistas com complexo de vira-lata, foi o primeiro a registrar esta conclusão no artigo “Uma estratégia para sepultar Lula”. Agora é o diário francês Le Monde que publica outro texto contundente de crítica ao processo político em curso no país.

Trabalho escravo é incentivado por Temer

Por Altamiro Borges

A Agência Brasil, que pertence à EBC e foi transformada pelos golpistas em um diário oficial da quadrilha de Michel Temer, informa neste domingo que “ações do governo marcarão a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo”. Conforme lembra o texto, 28 de janeiro marca o evento. “A data foi criada em 2009 para homenagear os auditores fiscais Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados em 28 de janeiro de 2004, durante vistoria para apurar denúncias de trabalho escravo em fazendas de Unaí, em Minas Gerais, em um episódio que ficou conhecido como Chacina de Unaí”.

Os abutres festejam a condenação de Lula

Editorial do site Vermelho:

As reações do FMI e do mercado financeiro à confirmação da condenação de Lula pelo TFR4, em Porto Alegre, são reveladoras dos interesses da especulação financeira envolvidos naquele julgamento: o objetivo de afastar Lula da eleição de 2018, para atender aos interesses da ganância especulativa, que abocanha quase metade do orçamento da União, na forma de juros e rolagem da dívida do governo e, para isso, pressiona pelo corte nas despesas públicas, como por exemplo na Previdência Social. A especulação financeira quer ter as mãos livres para agir na pilhagem dos recursos públicos. E pretende manter o programa de austericídio econômico de Michel Temer e Henrique Meireles.

Moro corre a levar mais lenha a Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A manchete de O Globo, hoje, anuncia o timing da direita.

Daqui a um mês, provavelmente com a ruína do governo Michel Temer mais – perdoem – arruinada ainda, com a provável frustração da derrota da reforma previdenciária – o calendário do antilulismo tem mais duas datas “festivas’: o esgotamento dos recursos ao TRF-4 e a onda de discussões sobre a prisão de Lula e a condenação do ex-presidente, de novo, por um apartamento que é dele, mas não é dele, e por um terreno que “ia ser”, mas não foi, do Instituto Lula.

Os "jornalistas" da selfie no TRF-4

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um retrato do jornalismo brasileiro foi feito no TRF 4 por um grupo exultante com a condenação de Lula por unanimidade.

Germano Oliveira postou o momento nas redes sociais com o seguinte texto:

Os cinco jornalistas que fizeram a diferença na cobertura da Lava Jato, que acabará levando Lula para trás das grades. Da esquerda para a direita: Vladimir Neto, da TV Globo; Ricardo Brandt, do Estsdao; André Guilherme, do Valor; este que vos fala Germano Oliveira, da ISTOE; e Flávio Ferreira, da Folha de S.Paulo. Faltaram outros grandes repórteres como Fausto Macedo, do Estadao, Cleide Carvalho, do Globo. Essa turma eh da pesada e se reuniu hoje na sede do TRF4, em Porto Alegre, quando os desembargadores condenaram Lula por 3 a 0 a 12 anos e 1 mês de cadeia. Ainda da psra confiar na Justiça.

STF não se moverá por Lula, mas pelo sistema

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Eis que, depois do golpe assestado, com Lula condenado a 12 anos e um mês de prisão e já tornado inelegível pela decisão do TRF-4, o STF faz circular a informação de que pode rever sua própria decisão de 2016, que autoriza a prisão a partir da condenação em segunda instância, tal como já determinado pelo relator de Porto Alegre. Paira porém uma pergunta: o que move o STF, a quem mesmo quer salvar e com que objetivo, quando cogita de uma medida que pode ser assim resumida: “Agora que ele não pode mais ser candidato, evitemos os aborrecimentos que viriam com uma prisão imediata”. O que está chegando ao STF não é o clamor contra a condenação de Lula. É o temor de seus algozes quanto ao que virá depois.

Eletrobras paga R$ 400 mi a lobista dos EUA

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

(Essa foto é uma das minhas preferidas. Da esquerda para direita: Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute e comentarista da Globonews e CBN; Anthony Harrington, presidente do Brazil Institute, presidente do conselho de administração da Albright Stonebridge e ex-senior da Hogan Lovells; Jane Harman, presidenta do Wilson Center e conselheira nos órgãos máximos dos serviços de inteligência dos EUA; Sergio Moro, mercenário da Globo e agente norte-americano; o juiz Peter Jo Messitte, um medíocre sem biografia, que o Wilson Center contratou para participar de todos os seminários do Brazil Institute; é ele que fica repetindo elogios à “democracia” brasileira, especialmente ao judiciário; e… Joaquim Levy, o neoliberal que a Dilma, pressionada pelo “mercado”, nomeou para o ministério da Fazenda).

Lula condenado. O que fazer, agora?

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Como estava escrito (nem o reino mineral foi surpreendido), o Poder Judiciário, agora por intermédio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, anunciou a sentença de há muito lavrada pelos articuladores, mantenedores e beneficiários do golpe de Estado de 2016.

Distante do modelo anacrônico das quarteladas clássicas, dessas muitas que já povoaram a história das repúblicas e republiquetas latino-americanas, sempre vimos no impeachment de Dilma Rousseff a efetivação de um ‘golpe de Estado permanente’, mantido mediante operações continuadas, ou seja, um golpe em processo, de implantação gradual e sempre inconcluso.

Assassinato de líder do MST foi encomendado

Reprodução do Facebook de Márcio Matos
Por Pedro Rafael Vilela, no jornal Brasil de Fato:

Foi enterrado na tarde de 26 de janeiro, em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, o corpo de Márcio Matos, 33 anos, dirigente do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no estado. Marcinho, como era conhecido, foi assassinado na última quarta-feira (24), em sua própria casa, no assentamento Boa Sorte, em Iramaia, na região da Chapada Diamantina.

Em vídeo gravado durante o velório do morto, pela manhã, cujo teor foi confirmado pela assessoria, o governador da Bahia, Rui Costa, afirma que se trata de um crime de mando e informa aos presentes as providências tomadas para solucionar o caso.

A democracia risonha de Raquel Dodge

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Cena 1 – de onde nada se espera

Nos últimos dias, o dito comum “de onde nada se espera, nada vem” foi desmentido.

Em Londres, a Procuradora Geral da República Raquel Dodge, de quem se esperava algo, dizia, sobre a democracia brasileira: "O Brasil experimenta o período de mais longa estabilidade institucional e democrática desde a proclamação da República. As instituições brasileiras estão funcionando bem. Há uma fundamentação que é contestável e a possibilidade dessa contestação tem sido livremente garantida e exercida no Brasil", disse (https://goo.gl/dGFqE20). Em Davos, Michel Temer ensaiava o dueto: “As instituições no Brasil estão funcionando e isso aumenta a confiança no Brasil”.