quinta-feira, 14 de junho de 2018
Censura: A verdade sobre o terço do Papa
Por Renato Rovai, em seu blog:
A polêmica que se instalou a partir da busca pela “verdade” no episódio do terço entregue a Lula na prisão de Curitiba pelo advogado Juan Grabois, um dos assessores do Papa Francisco, atesta a nossa tragédia como país do ponto de vista do respeito aos princípios básicos que norteiam uma sociedade democrática.
O que está em jogo não é se o Papa gosta do Lula e enviou uma pessoa que goza de sua intimidade (o que o Google imagem pode demonstrar aos incrédulos que não confiarem na entrevista que este blogueiro fez com Pablo Gentili, da CLACSO. Para isso basta colocar na busca Juan Grabois + Papa Francisco) para conversar com ele.
A polêmica que se instalou a partir da busca pela “verdade” no episódio do terço entregue a Lula na prisão de Curitiba pelo advogado Juan Grabois, um dos assessores do Papa Francisco, atesta a nossa tragédia como país do ponto de vista do respeito aos princípios básicos que norteiam uma sociedade democrática.
O que está em jogo não é se o Papa gosta do Lula e enviou uma pessoa que goza de sua intimidade (o que o Google imagem pode demonstrar aos incrédulos que não confiarem na entrevista que este blogueiro fez com Pablo Gentili, da CLACSO. Para isso basta colocar na busca Juan Grabois + Papa Francisco) para conversar com ele.
A corrupção na ditadura militar
Por Ana Carolina Caldas, no jornal Brasil de Fato:
Recentemente a greve dos caminhoneiros trouxe à tona novamente um fato que já vinha acontecendo em protestos de rua, como a dos que se manifestaram contra o fim da corrupção, segurando cartazes e faixas pedindo a volta da intervenção militar. Isso acontece ao mesmo tempo que documentos de arquivos da ditadura militar são revelados com dados estarrecedores, inclusive sobre corrupção, enquanto o Brasil esteve sob este regime.
Recentemente a greve dos caminhoneiros trouxe à tona novamente um fato que já vinha acontecendo em protestos de rua, como a dos que se manifestaram contra o fim da corrupção, segurando cartazes e faixas pedindo a volta da intervenção militar. Isso acontece ao mesmo tempo que documentos de arquivos da ditadura militar são revelados com dados estarrecedores, inclusive sobre corrupção, enquanto o Brasil esteve sob este regime.
As provas contra o demo Agripino Maia
Por Rafael Duarte, no site Saiba Mais:
O voto de desempate do ministro Marco Aurélio de Mello no julgamento da 2ª Turma do STF que aceitou denúncia contra o senador José Agripino Maia (DEM), tornando o parlamentar do Rio Grande do Norte réu pela segunda vez, levou em consideração um rastreamento, obtido a partir da quebra do sigilo fiscal de Agripino Maia, que identificou 12 depósitos online em espécie, realizados de forma fracionada, com origem não declarada, no valor total de R$ 105,5 mil, todos efetuados em duas contas bancárias pessoais do senador potiguar.
A fragilidade do pensamento neoliberal
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Um dos grandes problemas do chamado pensamento neoliberal brasileiro é a absoluta incapacidade de elaborar um projeto de país. Desde os anos 80, essa linha de pensamento abandonou qualquer veleidade de pensar a economia real brasileira, com suas especificidades, características, buscando soluções objetivas para problemas reais ou desenhando um projeto mínimo de futuro.
O conflito economia real x financeira existe desde o Império. Mas, em outros tempos, havia os demiurgos, os pensadores liberais que juntavam conhecimento econômico, busca de soluções para os problemas institucionais, e vocação de homens públicos, como Octávio Gouvêa de Bulhões, Casemiro Ribeiro, Ernâne Galveas.
Um dos grandes problemas do chamado pensamento neoliberal brasileiro é a absoluta incapacidade de elaborar um projeto de país. Desde os anos 80, essa linha de pensamento abandonou qualquer veleidade de pensar a economia real brasileira, com suas especificidades, características, buscando soluções objetivas para problemas reais ou desenhando um projeto mínimo de futuro.
O conflito economia real x financeira existe desde o Império. Mas, em outros tempos, havia os demiurgos, os pensadores liberais que juntavam conhecimento econômico, busca de soluções para os problemas institucionais, e vocação de homens públicos, como Octávio Gouvêa de Bulhões, Casemiro Ribeiro, Ernâne Galveas.
Michel Temer e os frangos canibais
Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:
Estamos na véspera do início da Copa do Mundo, a temperatura do noticiário político encontra-se entre morna e fria.
Parece o momento ideal para analisarmos uma declaração do sr. Michel Temer, nosso querido e estimado presidente da República, no auge da crise gerada pela greve dos caminhoneiros:
Os frangos estão morrendo. Eu nem sabia que eles podiam canibalizar-se. Eles estão se canibalizando.
Golpe de Estado e as políticas de guerra
O economista José Álvaro de Lima Cardoso tem peregrinado de de cidade em cidade, com o apoio de sindicatos e movimentos sociais, para fazer lançamentos de seu livro “Golpe de Estado e imposição da política de guerra no Brasil”. O livro reúne uma coletânea de artigos publicados no período de 2013 a fevereiro de 2018 e apresenta, em sua narrativa, a construção e consolidação do golpe de estado em curso no país, especialmente dos pontos de vistas econômico e político. “Além de ser referência no aspecto da formação, o livro é uma síntese do processo golpista”, afirma José Álvaro Cardoso, que é também supervisor técnico do Dieese/SC (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)
Copa do Mundo: “Pessimistas, uni-vos!”
Por Luciana Santos
Daqui a pouco, ao meio dia desta quinta, 14/06, acontecerá a cerimônia de abertura da Copa 2018. É de surpreender, no entanto, que o “país do futebol” esteja mergulhado em tamanha apatia. Às vésperas desse evento, que junto com o Carnaval e o São João, é um dos períodos de maior festa e celebração da inata alegria dos brasileiros nos vemos imersos numa epidemia de desânimo.
Ao contrário de anos anteriores, não se vê massivamente nas ruas o tradicional verde e amarelo, ancorado em bandeirinhas, pinturas, fitilhos. Pior, não se vê no rosto da nossa gente o sorriso esperançoso, a ansiedade da torcida, a fé na conquista de mais um campeonato.
Daqui a pouco, ao meio dia desta quinta, 14/06, acontecerá a cerimônia de abertura da Copa 2018. É de surpreender, no entanto, que o “país do futebol” esteja mergulhado em tamanha apatia. Às vésperas desse evento, que junto com o Carnaval e o São João, é um dos períodos de maior festa e celebração da inata alegria dos brasileiros nos vemos imersos numa epidemia de desânimo.
Ao contrário de anos anteriores, não se vê massivamente nas ruas o tradicional verde e amarelo, ancorado em bandeirinhas, pinturas, fitilhos. Pior, não se vê no rosto da nossa gente o sorriso esperançoso, a ansiedade da torcida, a fé na conquista de mais um campeonato.
Às ruas contra o fascismo
Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:
Um vídeo absolutamente dantesco está circulando nas redes sociais. Um menino, dez anos no máximo, pobre e negro, é impedido de comer em um shopping de Salvador, Bahia. Um cliente que havia se oferecido a pagar a refeição da criança é hostilizado pelo segurança que afirma: “aqui ele não come”, chegando ao ponto de agredir o garoto, segurando-o pelos braços. Outros seguranças foram chamados e somente após muita humilhação, o menino conseguiu seu prato de comida. Confiram o vídeo aqui.
Um vídeo absolutamente dantesco está circulando nas redes sociais. Um menino, dez anos no máximo, pobre e negro, é impedido de comer em um shopping de Salvador, Bahia. Um cliente que havia se oferecido a pagar a refeição da criança é hostilizado pelo segurança que afirma: “aqui ele não come”, chegando ao ponto de agredir o garoto, segurando-o pelos braços. Outros seguranças foram chamados e somente após muita humilhação, o menino conseguiu seu prato de comida. Confiram o vídeo aqui.
Moro e seus X-9. “Eles são meus”
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Daniela Lima e Ricardo Balthazar, na Folha de hoje, publicam a escandalosa informação de que, por meio de um despacho mantido em sigilo, Sérgio Moro proíbe que órgãos públicos utilizem provas colhidas nos processos da Lava Jato para impor sanções e pedir indenização ao Estado pelos atos de corrupção e pelos sobre preços cobrados pelas empreiteiras cujos dirigentes tenham firmado acordo de delação premiada.
Daniela Lima e Ricardo Balthazar, na Folha de hoje, publicam a escandalosa informação de que, por meio de um despacho mantido em sigilo, Sérgio Moro proíbe que órgãos públicos utilizem provas colhidas nos processos da Lava Jato para impor sanções e pedir indenização ao Estado pelos atos de corrupção e pelos sobre preços cobrados pelas empreiteiras cujos dirigentes tenham firmado acordo de delação premiada.
Agências de checagem, 'fake news' e censura
Ilustração: Sergio Olivier |
O episódio sobre o terço abençoado pelo papa Francisco entregue a Lula na segunda-feira (11) levou a esfera jornalística a questionar o alcance do poder das agências de checagem (fact checking). Após o PT e a assessoria de imprensa do ex-presidente informarem que o presente teria vindo do próprio sumo pontífice, agências de checagem, como a Lupa e a Aos Fatos, cravaram o status de fake news para portais que noticiaram o fato.
O Brasil não quebrou
Por Paulo Nogueira Batista Jr., na revista CartaCapital:
O governo Temer caminha para um fim melancólico. O golpismo desmoraliza-se cada dia mais. Posso arriscar, leitor, algumas previsões eleitorais? É uma temeridade, bem sei. Em política, vale com força especial a advertência de Keynes: “The expected never happens; it is the unexpected always” (O esperado nunca acontece; é o inesperado sempre).
Em todo caso, mantidas as regras do jogo (ressalva crucial), diria que o cenário hoje sugere o seguinte. Nenhum candidato remotamente associado a Temer e ao golpe de 2016 tem chances de vencer a eleição presidencial de outubro.
O governo Temer caminha para um fim melancólico. O golpismo desmoraliza-se cada dia mais. Posso arriscar, leitor, algumas previsões eleitorais? É uma temeridade, bem sei. Em política, vale com força especial a advertência de Keynes: “The expected never happens; it is the unexpected always” (O esperado nunca acontece; é o inesperado sempre).
Em todo caso, mantidas as regras do jogo (ressalva crucial), diria que o cenário hoje sugere o seguinte. Nenhum candidato remotamente associado a Temer e ao golpe de 2016 tem chances de vencer a eleição presidencial de outubro.
Os protegidos de Sergio Moro
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
O apelido “república de Curitiba” nunca foi tão adequado à Lava Jato como nesta última demonstração da onipotência do juiz Sérgio Moro, revelada pela Folha de S. Paulo. Em um despacho de abril, que só teve o sigilo levantado ontem, ele proibiu organismos federais de controle, como CGU, TCU, AGU e Receita Federal, de usarem as provas obtidas pela Lava Jato, em acordos de delação premiada, para impor sanções administrativas aos criminosos delatores.
O apelido “república de Curitiba” nunca foi tão adequado à Lava Jato como nesta última demonstração da onipotência do juiz Sérgio Moro, revelada pela Folha de S. Paulo. Em um despacho de abril, que só teve o sigilo levantado ontem, ele proibiu organismos federais de controle, como CGU, TCU, AGU e Receita Federal, de usarem as provas obtidas pela Lava Jato, em acordos de delação premiada, para impor sanções administrativas aos criminosos delatores.
quarta-feira, 13 de junho de 2018
A carta do assessor do Papa enviada a Lula
Do site PT na Câmara:
O argentino Juan Grabois, consultor do Papa Francisco para assuntos de Justiça e Paz, foi impedido de visitar o ex-presidente Lula na última segunda-feira (11). Grabois, que é amigo do Papa Francisco, trouxe um rosário abençoado pelo Sumo Pontífice, para ser entregue a Lula. Além de Grabois ser proibido de entregar o presente em mãos a Lula, a chamada ‘grande mídia’ brasileira distorceu os fatos, ao publicar que ‘o Papa não teria enviado o rosário a Lula’.
A lambança da Lupa sobre o Papa Francisco
Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:
O episódio em que a agência de checagem Lupa tenta corrigir notícia divulgada sobre uma tentativa de entrega de um rosário a Lula levanta duas discussões:
Quem checa o checador?
Quem checa o checador?
A que (ou a quem) servem essas agências?
Como se recorda, na segunda-feira o advogado Juan Grabois, professor universitário na Argentina e ativista social, foi à Superintendência da PF em Curitiba para tentar visitar Lula.
Como se recorda, na segunda-feira o advogado Juan Grabois, professor universitário na Argentina e ativista social, foi à Superintendência da PF em Curitiba para tentar visitar Lula.
Moro dá cavalo de pau na Lava-Jato
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Na surdina, de uma só canetada, o juiz Sergio Moro deu um cavalo de pau na Lava Jato, no último dia 2 de abril, depois de a operação atingir seus principais objetivos.
Neste dia, recorrendo à legislação dos Estados Unidos, país que visita com frequência, Moro proibiu o uso de provas obtidas pela Lava Jato por outros órgãos de controle do Estado brasileiro para blindar delatores e empresas que colaboraram com a operação.
Em seu despacho, que é sigiloso, Moro determina: “É proibido o uso da prova colhida através da colaboração premiada contra o colaborador em processos civis e criminais”.
Cabe perguntar, sem ofender: por que o sigilo?
O Processo, a mídia e as reações estrangeiras
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Repleto de episódios absurdos e surreais, o episódio que culminou no impeachment da presidenta democraticamente eleita Dilma Rousseff virou obra de cinema e está em cartaz, no país, desde o dia 17 de maio. Trata-se do documentário O Processo, dirigido por Maria Augusta Ramos. A cineasta esteve no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé nesta terça-feira (12) e teve a oportunidade de dialogar sobre o filme com o público presente.
Repleto de episódios absurdos e surreais, o episódio que culminou no impeachment da presidenta democraticamente eleita Dilma Rousseff virou obra de cinema e está em cartaz, no país, desde o dia 17 de maio. Trata-se do documentário O Processo, dirigido por Maria Augusta Ramos. A cineasta esteve no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé nesta terça-feira (12) e teve a oportunidade de dialogar sobre o filme com o público presente.
Indígenas e quilombolas na mira de Temer
Por Emílio Rodriguez, no site Jornalistas Livres:
O governo Temer já fez diversas crueldades, entre elas o aumento abusivo para o gás de cozinha e combustíveis que condenou mais de 1 milhão de brasileiros a voltarem a usar lenha. Agora, mais um passo para expulsar os pobres das universidades públicas.
Temer cortou o pagamento e as inscrições para o Programa Bolsa Permanência, que pagava R$ 900 para custear a sobrevivência de estudantes de origem indígena e quilombola em universidades públicas.
Este programa foi criado em 2013, ainda no governo Dilma, e já beneficiou 18 mil pessoas.
Temer cortou o pagamento e as inscrições para o Programa Bolsa Permanência, que pagava R$ 900 para custear a sobrevivência de estudantes de origem indígena e quilombola em universidades públicas.
Este programa foi criado em 2013, ainda no governo Dilma, e já beneficiou 18 mil pessoas.
Fernando Morais enfrenta o "juiz" Moro
Do blog Nocaute:
Na manhã desta segunda-feira, 11, o jornalista e escritor Fernando Morais, editor do Nocaute, prestou depoimento ao juiz Sergio Moro, na condição de testemunha de defesa do ex-presidente Lula. Minutos antes, na mesma condição, depusera o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ambos os depoimentos foram realizados sob a forma de videoconferência entre São Paulo e Curitiba.
Em pelo menos dois momentos o juiz obstruiu o direito à palavra do jornalista. No primeiro ao declarar que a testemunha estava fazendo “propaganda” de Lula. Morais foi impedido de retrucar, e mal pôde responder: “Não faço propaganda, faço jornalismo…”
Na manhã desta segunda-feira, 11, o jornalista e escritor Fernando Morais, editor do Nocaute, prestou depoimento ao juiz Sergio Moro, na condição de testemunha de defesa do ex-presidente Lula. Minutos antes, na mesma condição, depusera o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ambos os depoimentos foram realizados sob a forma de videoconferência entre São Paulo e Curitiba.
Em pelo menos dois momentos o juiz obstruiu o direito à palavra do jornalista. No primeiro ao declarar que a testemunha estava fazendo “propaganda” de Lula. Morais foi impedido de retrucar, e mal pôde responder: “Não faço propaganda, faço jornalismo…”
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