domingo, 1 de julho de 2018
Uma nação avacalhada por juízes supremos
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Rui Barbosa dizia que a pior de todas as ditaduras é a do Judiciário, porque não se tem a quem recorrer. No Brasil de 2018, arrasado pelo golpe de estado, amplos setores do Judiciário vestem por baixo da toga camisas dos partidos da direita conservadora e golpista. Alguns, é possível prever, se vivessem em outras épocas, ou em outros países, envergariam sem constrangimento as camisas pretas de Mussolini, as marrons de Hitler ou as verdes de Plínio Salgado.
Rui Barbosa dizia que a pior de todas as ditaduras é a do Judiciário, porque não se tem a quem recorrer. No Brasil de 2018, arrasado pelo golpe de estado, amplos setores do Judiciário vestem por baixo da toga camisas dos partidos da direita conservadora e golpista. Alguns, é possível prever, se vivessem em outras épocas, ou em outros países, envergariam sem constrangimento as camisas pretas de Mussolini, as marrons de Hitler ou as verdes de Plínio Salgado.
A ressaca do golpe e o desmonte da nação
Ilustração: Zop |
O rol dos crimes da súcia que tomou de assalto o governo na ressaca do impeachment – instrumento de um golpe de Estado bem mais profundo do que sugerem as aparências – registra a cada dia uma nova façanha. É o coroamento de uma política de terra arrasada cujo objetivo é inviabilizar a reorganização nacional que pode emergir das eleições de outubro próximo como um clamor, se os deuses do Olimpo imperscrutável finalmente se apiedarem deste país falho em lideranças, pobre de sonhos e temente do futuro.
Contra Dirceu, Moro afronta o STF
Por Helder Lima, na Rede Brasil Atual:
O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, determinou nesta sexta-feira (29) que o ex-ministro José Dirceu volte a usar tornozeleira eletrônica e se apresente em Curitiba até terça-feira (3). A decisão foi expedida em despacho com pedido de busca e apreensão, no qual restabelece as medidas cautelares da sentença, anteriores ao habeas corpus concedido pela Segunda Turma do STF. “É uma decisão de ofício, é completamente equivocada, é uma violência contra a Constituição e a dignidade da pessoa humana”, afirma à RBA o jurista Leonardo Yarochewsky.
TV Cultura, mau exemplo de jornalismo
Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:
O programa de entrevistas Roda Viva da última segunda-feira (25) bateu recorde em matéria de baixo nível dos entrevistadores, que queimam a imagem dos jornalistas. Foi a entrevista da pré-candidata à presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, que teve de enfrentar provocadores e não propriamente jornalistas na acepção da palavra.
O recorde de baixo nível ficou com Frederico D’Ávila, que não se cansou de provocar o máximo possível a candidata, mas deixou claro que na sua condição de diretor da Sociedade Rural Brasileira estava na bancada de entrevistadores, não para saber da postulante presidencial o posicionamento em relação ao seu programa de governo propriamente dito, mas para tentar queimá-la diante dos telespectadores.
O recorde de baixo nível ficou com Frederico D’Ávila, que não se cansou de provocar o máximo possível a candidata, mas deixou claro que na sua condição de diretor da Sociedade Rural Brasileira estava na bancada de entrevistadores, não para saber da postulante presidencial o posicionamento em relação ao seu programa de governo propriamente dito, mas para tentar queimá-la diante dos telespectadores.
O gênio universal de Guimarães Rosa
Editorial do site Vermelho:
Guimarães Rosa, que teria completado 110 anos nesta quinta-feira (27), é um dos nomes mais importantes da literatura. Muitos dão-lhe a primazia, no Brasil, honra que ele rejeitaria pois, muito corretamente, nem aceitava julgar seus colegas escritores. Quanto mais classificá-los!
Guimarães Rosa, que se definia como “um sertanejo”, um “homem do sertão” que transformava em escrita aquilo que ao longo da vida pode aprender e viver no interior do Brasil – principalmente nas redondezas da mineira Cordisburgo, onde nasceu.
Guimarães Rosa, que teria completado 110 anos nesta quinta-feira (27), é um dos nomes mais importantes da literatura. Muitos dão-lhe a primazia, no Brasil, honra que ele rejeitaria pois, muito corretamente, nem aceitava julgar seus colegas escritores. Quanto mais classificá-los!
Guimarães Rosa, que se definia como “um sertanejo”, um “homem do sertão” que transformava em escrita aquilo que ao longo da vida pode aprender e viver no interior do Brasil – principalmente nas redondezas da mineira Cordisburgo, onde nasceu.
Lula e a prisão sem crime
Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:
O tempo urge, mas ainda há sobra para libertar o ex-presidente Lula, figura fundamental no julgamento que o eleitor fará, em outubro, nas eleições presidenciais. Este é o julgamento mais importante do que qualquer outro. É a voz povo. Quem perder perdeu.
Execrado e odiado pelos golpistas, o petista é o único líder político do Oiapoque ao Chuí. Mas é também um cidadão brasileiro como todos os outros. É, entretanto, um preso sem crime.
Lula apaixonou-se pelo povo. O povo apaixonou-se por Lula. Talvez seja ele o único político em condições de pacificar o País. Embora um tanto atrasado, o Supremo Tribunal Federal, com a liberdade dada agora a José Dirceu, abriu um caminho destinado a acabar com o autoritarismo do juiz Sergio Moro, encoberto até agora, como se sabe, pela Operação Lava Jato. Tudo feito em conluio com procuradores e policiais federais.
Execrado e odiado pelos golpistas, o petista é o único líder político do Oiapoque ao Chuí. Mas é também um cidadão brasileiro como todos os outros. É, entretanto, um preso sem crime.
Lula apaixonou-se pelo povo. O povo apaixonou-se por Lula. Talvez seja ele o único político em condições de pacificar o País. Embora um tanto atrasado, o Supremo Tribunal Federal, com a liberdade dada agora a José Dirceu, abriu um caminho destinado a acabar com o autoritarismo do juiz Sergio Moro, encoberto até agora, como se sabe, pela Operação Lava Jato. Tudo feito em conluio com procuradores e policiais federais.
Pence, o Brasil e os EUA
Por Mauro Santayana, em seu blog:
Está explicado porque a viagem do vice-presidente dos EUA à América do Sul, dessa vez incluiu o Brasil em sua “agenda”.
Nada a ver com alguma mudança de postura na atitude dos EUA de mostrar ao resto do continente que o Brasil tem que ficar, diplomaticamente, onde está, na berlinda, por ser justamente o país que nos governos anteriores estava tentando contrabalançar na América do Sul a influência norte-americana.
Nada a ver com alguma mudança de postura na atitude dos EUA de mostrar ao resto do continente que o Brasil tem que ficar, diplomaticamente, onde está, na berlinda, por ser justamente o país que nos governos anteriores estava tentando contrabalançar na América do Sul a influência norte-americana.
sexta-feira, 29 de junho de 2018
Sem Lula, 41% não têm em que votar!
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Novo levantamento Ibope/CNI, a 100 dias das eleições, mostra que 41% dos eleitores ainda não têm em que votar quando o nome do ex-presidente Lula não está incluído na pesquisa.
Quando está, Lula continua liderando com 33%, o que representa quase a soma de todos os adversários (36%) e pode decidir a eleição no primeiro turno.
Sem ele na pesquisa, Bolsonaro ainda lidera, com 17%, e Marina Silva aparece em seguida, com 13%, a mesma pontuação da pesquisa anterior.
A tragédia anunciada nas eleições de 2018
Por Marcos Verlaine, no site do Diap:
A quatro meses das eleições de outubro já é possível antecipar uma tragédia anunciada. A grande possibilidade de recorde de votos brancos, nulos e abstenções que poderão produzir muitíssimas surpresas desagradáveis no pleito. Da eleição para presidente da República, até deputados estaduais tudo pode acontecer. Inclusive o nada!
Explico: eleger candidato ou candidata que poderá, ao invés de ajudar resolver os problemas, aprofundá-los e/ou ampliá-los, reproduzindo as políticas do atual governo ou reeleger a maioria do atual Congresso. Só para ficar no plano federal.
A quatro meses das eleições de outubro já é possível antecipar uma tragédia anunciada. A grande possibilidade de recorde de votos brancos, nulos e abstenções que poderão produzir muitíssimas surpresas desagradáveis no pleito. Da eleição para presidente da República, até deputados estaduais tudo pode acontecer. Inclusive o nada!
Explico: eleger candidato ou candidata que poderá, ao invés de ajudar resolver os problemas, aprofundá-los e/ou ampliá-los, reproduzindo as políticas do atual governo ou reeleger a maioria do atual Congresso. Só para ficar no plano federal.
A manipulação na 'suprema corte do Brasil'
Por Jeferson Miola, em seu blog:
“Estou aqui há 28 anos e nunca vi manipulação da pauta como esta” – denunciou Marco Aurélio Mello, o segundo juiz mais antigo do stf.
O assombroso desta grave denúncia é que não atinge algum grêmio estudantil ou sindicato patronal ou laboral, mas nada menos que a suprema corte do Brasil.
A denúncia foi dirigida contra Carmem Lúcia, sua colega e presidente do stf que manipula a pauta da suprema corte para obstruir o julgamento da inconstitucionalidade que representa a prisão antes do trânsito em julgado de sentença condenatória [inciso LVII do Art. 5º da CF].
O encarceramento do voto popular
Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:
O ostensivo espetáculo de transgressões jurídicas para impedir a presença do ex-presidente Lula no escrutínio que definirá o futuro do país dentro de apenas quatro meses, acaba de galgar mais um degrau constrangedor.
O salto reflete o clima de últimos dias de Pompéia vivido no quadro de um golpe que já jogou a toalha em todas as dimensões.
Exceto uma.
Impedir que o maior líder popular brasileiro --o único, ainda, com capacidade para superar o estilhaçamento político da nação-- deixe o cárcere e ouse construir um novo pacto da democracia social com o desenvolvimento na oitava maior economia da terra.
O ostensivo espetáculo de transgressões jurídicas para impedir a presença do ex-presidente Lula no escrutínio que definirá o futuro do país dentro de apenas quatro meses, acaba de galgar mais um degrau constrangedor.
O salto reflete o clima de últimos dias de Pompéia vivido no quadro de um golpe que já jogou a toalha em todas as dimensões.
Exceto uma.
Impedir que o maior líder popular brasileiro --o único, ainda, com capacidade para superar o estilhaçamento político da nação-- deixe o cárcere e ouse construir um novo pacto da democracia social com o desenvolvimento na oitava maior economia da terra.
A economia do industrialismo liberal
Por Antônio Carlos Diegues, no site Brasil Debate:
O esgotamento do padrão de crescimento que caracterizou a economia brasileira na primeira década dos anos 2000 tem trazido questionamentos sobre os limites da contribuição da indústria para a retomada do dinamismo e principalmente para a construção de um ciclo de longo prazo de transformação estrutural que combine investimento, crescimento da produtividade e aumento de emprego e renda.
O esgotamento do padrão de crescimento que caracterizou a economia brasileira na primeira década dos anos 2000 tem trazido questionamentos sobre os limites da contribuição da indústria para a retomada do dinamismo e principalmente para a construção de um ciclo de longo prazo de transformação estrutural que combine investimento, crescimento da produtividade e aumento de emprego e renda.
Os ventríloquos e a “buceta rosa”
Por Marcia Tiburi, no site da revista Cult:
O melhor jeito de desmistificar uma palavra ou expressão é usá-la sem preconceitos. Há que se tomar o cuidado de não banalizá-las, pois todas elas merecem respeito, afinal carregam conceitos que podem sempre nos fazer pensar melhor.
Há poucos dias o Brasil viveu um momento de extrema vergonha com alguns torcedores que viajaram à Rússia para a Copa do mundo. Merece análise o ato envolvendo homens brasileiros e mulheres russas em torno da expressão “buceta rosa”, arma de um dos espetáculos mais machistas vividos pela cultura brasileira nos últimos tempos.
Há poucos dias o Brasil viveu um momento de extrema vergonha com alguns torcedores que viajaram à Rússia para a Copa do mundo. Merece análise o ato envolvendo homens brasileiros e mulheres russas em torno da expressão “buceta rosa”, arma de um dos espetáculos mais machistas vividos pela cultura brasileira nos últimos tempos.
quinta-feira, 28 de junho de 2018
Sindicalistas debatem comunicação no RJ
Do site da CTB:
Pensando na comunicação como uma ferramenta estratégica para as lutas do movimento sindical, e visando melhorar a forma como a nossa central e nossos sindicatos dialogam com suas bases, a CTB Rio de Janeiro irá promover, nos próximos dias 29 e 30 de Junho, seu I Encontro Estadual de Comunicação da CTB Rio de Janeiro.
Pensando na comunicação como uma ferramenta estratégica para as lutas do movimento sindical, e visando melhorar a forma como a nossa central e nossos sindicatos dialogam com suas bases, a CTB Rio de Janeiro irá promover, nos próximos dias 29 e 30 de Junho, seu I Encontro Estadual de Comunicação da CTB Rio de Janeiro.
Os jornalistas sob tutela no Brasil
Por Paulo Zocchi, no site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:
Uma matéria informativa publicada em 13 de outubro de 2017, na “Folha de S.Paulo”, sobre o filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, levou o humorista Danilo Gentili, protagonista, produtor e roteirista da história, a desencadear um inferno em rede social contra o seu autor, o jornalista Diego Bargas, demitido do jornal no mesmo dia, ainda antes do final do expediente. O episódio teve ampla repercussão no ambiente da imprensa. Além de se somar como mais um exemplo de agressão e desrespeito à atividade jornalística em rede social, chamou a atenção para um problema chave do exercício do jornalismo no Brasil de hoje: a limitação à liberdade de expressão, e até à cidadania, para o grosso dos assalariados que exercem a profissão.
Saída de capital estrangeiro só deve piorar
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Juliana Machado e Victor Aguiar, no Valor, publicam o preocupante balanço das entradas e saídas de capital estrangeiro na Bolsa de Valores, que acumula um déficit de pouco mais de R$ 15 bilhões desde maio.
“Os ingressos recordes de recursos registrados no começo do ano agora se converteram na maior retirada líquida em um primeiro semestre na história da bolsa. A última vez que uma fuga dessa magnitude aconteceu foi na crise financeira de 2008, quando o saldo negativo anual foi de R$ 24,6 bilhões. No primeiro semestre daquele ano, a retirada foi de R$ 6,66 bilhões.”
Juliana Machado e Victor Aguiar, no Valor, publicam o preocupante balanço das entradas e saídas de capital estrangeiro na Bolsa de Valores, que acumula um déficit de pouco mais de R$ 15 bilhões desde maio.
“Os ingressos recordes de recursos registrados no começo do ano agora se converteram na maior retirada líquida em um primeiro semestre na história da bolsa. A última vez que uma fuga dessa magnitude aconteceu foi na crise financeira de 2008, quando o saldo negativo anual foi de R$ 24,6 bilhões. No primeiro semestre daquele ano, a retirada foi de R$ 6,66 bilhões.”
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