terça-feira, 7 de agosto de 2018

Os 12 anos da Lei Maria da Penha

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

Isadora Mariá Pereira Lima, Nelly Venite, Daniela Marques, Gabrielly Marcossi, Evellyn Silvestre e tantas outras mulheres anônimas, mortas dentro ou fora de casa pelo próprio companheiro ou por estranhos, não passam de mais um dígito nas estatísticas sobre violência ou feminicídio. Para lembrá-las e cobrar providências das autoridades, familiares, parentes e amigos se reuniram hoje (7), em todo o país, dia em que a Lei Maria da Penha completa 12 anos.

A estratégia Lula para as eleições

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A estratégia da direita consiste em jogar vários candidatos no ventilador e apostar no que tiver a melhor largada. Confiam que a Justiça e o Ministério Público impeçam a corrida dos adversários.

Já a estratégia do PT é complicada pois tem que levar em conta diversos fatores.

Fator 1 – mídia e Judiciário

Basta se mencionar um candidato do PT, para o Ministério Público e a Polícia Federal sacarem do supermercado das delações premiadas uma delação qualquer, induzida ou espontânea, mas em geral apenas declaratória, para fuzilar o atrevimento.


Manuela quer tirar Temer do Jaburu

Foto: Ricardo Stuckert
Por Cezar Xavier, no site da Fundação Maurício Grabois:

Em sua primeira aparição pública desde que foi escolhida para ser vice na chapa do PT que disputará a Presidência, a deputada estadual Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) explicou, nesta terça-feira (7), sua decisão de desistir de sua candidatura ao Planalto afirmando que "essa é a saída que mais reúne condições de vencer a eleição".

Segundo ela, seria "um luxo" manter sua candidatura a presidente sendo que a esquerda precisaria vencer a eleição de outubro.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Como a mídia vai lidar com Bolsonaro?

O imponderável no pleito de outubro

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Termina hoje, com as últimas convenções, a chamada pré-campanha.

A escolha dos candidatos clareia o quadro mas continuamos a navegar no nevoeiro.

Observamos e analisamos a campanha com olhos do passado, segundo padrões, tendências e costumes que não terão agora o mesmo valor, em função das singularidades da disputa, da psicologia de um eleitor desiludido com a política e de mudanças culturais/comportamentais ditadas pelas tecnologias.

O tão valorizado tempo de televisão acirrou as disputas por aliados na reta final desta etapa.

Seis perguntas para Jair Bolsonaro

Por Jean Wyllys, no site Mídia Ninja:

Em diversas entrevistas, o deputado Jair Bolsonaro foi questionado pela imprensa sobre tudo o que o país inteiro já sabe sobre ele. Sim, todos nós sabemos que Bolsonaro é homofóbico, machista, racista, que defende a tortura e a pena de morte, que reivindica a ditadura militar, que despreza a democracia. Tudo isso é muito grave, mas não é novidade.

De fato, o candidato fascista usa esse discurso caricato para gerar polêmicas, conseguir que as pessoas falem sobre ele e evitar qualquer chance de ter que expor sua absoluta incompetência e falta de ideias e propostas concretas para a economia, o emprego, a educação, a saúde, o meio ambiente, as relações internacionais, etc.

A maior herança política de Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A oficialização, neste sábado, da sexta candidatura presidencial de Lula à presidência, terá a utilidade de construir uma oportunidade - talvez a mais dramática - para o país encontrar a porta de saída de uma crise de amargura infinita para a construção de um futuro favorável a maioria dos brasileiros e brasileiras.

Ao contrário da visão convencional, construída pelos adversários ao longo de 40 anos e reforçada nos últimos meses numa tentativa de minar sua formidável demonstração de resistência, aos 72 anos Lula é uma liderança que concentra o melhor e o mais moderno das esperanças políticas - aquelas que se apoiam em dados objetivos, fatos e números que os adversários já desistiram de contestar.

Coligação PT-PCdoB, uma aliança pela vitória

Foto: Ricardo Stuckert
Do site do PCdoB:

Reunida neste sábado (4) e domingo (5), na sede do Comitê Central na capital paulista, a Comissão Executiva Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) lança nota nesta segunda-feira (6) em que esclarece o processo de decisão da direção nacional que optou pela coligação com o Partido dos Trabalhadores (PT) na chapa que tem o ex-presidente Lula como candidato à presidência da República e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, candidato a vice.

De acordo com o documento do PCdoB, em qualquer circunstância, Manuela será candidata a vice-presidente, seja com Lula ou Haddad.

Alckmin, Bolsonaro e os sintomas da doença

Por Glenn Greenwald e Victor Pougy, no site The Intercept-Brasil:

No Brasil, os setores midiático, legal, judiciário e corporativo passaram os últimos três anos insistindo enfaticamente que a corrupção política sistêmica é o problema mais grave do país. Esses setores estavam tão revoltados com a corrupção que se uniram – quase sem espaço para dissidência – em favor da ação mais drástica que pode ser tomada em uma democracia: a remoção de um presidente eleito antes do término de seu mandato.

Proposta para fortalecer a mídia alternativa

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Na luta por uma comunicação mais democrática, a proposição de políticas para a mídia alternativa deve ocupar um lugar central. Por isso, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé preparou uma plataforma para candidatos e candidatas nas eleições de 2018, intitulada "Uma proposta para o fortalecimento da mídia alternativa".

Fascismo judicial para banir Lula da TV

Por Jefferson Miola, em seu blog:

Se impedir Lula de participar do debate na Band no próximo 9/8, o judiciário de exceção estará cassando os direitos políticos do Lula, realidade típica a um prisioneiro político.

Lula, como todos os demais candidatos convidados pela Band, foi legalmente indicado pelo PT em convenção partidária que cumpriu todos os ritos da legislação eleitoral.

O registro formal das candidaturas no TSE se encerra no dia 15/8, quando então se abre o prazo para impugnações no âmbito da justiça eleitoral.

As demissões em massa na Editora Abril


Na manhã desta segunda-feira (6), a Editora Abril realizou uma demissão em massa de cerca de 100 jornalistas e anunciou o fechamento de títulos, entre os quais as revistas Arquitetura e Construção, Boa Forma, Casa Claudia, Cosmopolitan, Elle e Minha Casa. Há informações ainda não confirmadas sobre a demissão de outras centenas de trabalhadores e trabalhadoras administrativos e gráficos.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) procurou os representantes da Abril na última quinta-feira (2) e a direção da editora negou a dispensa em massa, promovida neste 6 de agosto sem qualquer diálogo ou negociação prévia com o SJSP.

Desembargadora "fake" apoia Bolsonaro

Da revista Fórum:

A desembargadora carioca Marília de Castro Neves, que ganhou notoriedade por espalhar informações falsas sobre a vereadora carioca Marielle Franco, assassinada há dois meses atrás, e por atacar uma professora com síndrome de Down em post no Facebook, voltou a usar as redes sociais de forma polêmica nesta semana.

Investigada pela Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) por manifestações em redes sociais, Marília publicou várias mensagens de apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), o que é vedado pelo conselho. Numa das postagens, sugere que o Conselho Interamericano de Direitos Humanos deve “chupar um parafuso até ele virar prego”, ao criticar a reabertura das investigações sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975.

A greve de fome por justiça no STF

Por Vanessa Gonzaga, no jornal Brasil de Fato:

No último dia 31, um grupo de seis militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Central de Movimentos Populares (CMP) entrou numa greve de fome para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à prisão do pré-candidato à presidência e preso político Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o grupo, a greve só acabará quando Lula for solto.

domingo, 5 de agosto de 2018

Quem é o general Mourão, vice de Bolsonaro?

Da revista CartaCapital:

Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pelo PSL, anunciou seu vice neste domingo 5. Após negociações frustradas com a advogada Janaína Paschoal e sondagens ao 'príncipe' Luiz Phillipe, descendente da família imperial, o deputado confirmou a escolha do nome do general da reserva Hamilton Mourão como integrante de sua chapa.

A indicação foi confirmada em nota pelo PRTB e a oficialização ocorrerá em convenção nesta tarde. Ao jornal Estado de S.Paulo, Mourão afirmou ter aceito o convite e se disse "honrado".

Gabeira é o novo ídolo dos bolsominions

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um dos momentos mais bonitos da sabatina de Bolsonaro na Globo News se deu quando o candidato disparou: “Você sabe que sou apaixonado por você, né, Gabeira?”

Ao final, se animou mais: “Vou dar um abraço hétero no Gabeira agora!”

Conquistou o coração dos bolsominions. Mas Fernando Gabeira é ídolo da extrema direita há algum tempo.

Vou repetir o que escrevi aqui:

As mulheres e a sombra do golpe

Por Jandira Feghali, no Blog do Renato:

Este ano comemoramos os 12 anos da Lei Maria da Penha sob a sombra de um golpe que sequestrou, não apenas os 54 milhões de votos que elegeram Dilma Rousseff, mas qualquer possibilidade de avanço para as políticas de combate à violência contra a mulher.

O governo ilegítimo compôs uma equipe de homens brancos, retirou o status de Ministério da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e vem, sistematicamente, cortando recursos para a área. Já se vão quase 2 anos que Michel Temer ocupa, sem votos, o cargo máximo do país, e a pasta já passou por 3 subordinações: começou pelo Ministério da Justiça, foi para a Secretaria de Governo e agora integra o Ministério dos Direitos Humanos.

A guerra na direita pelo discurso do ódio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não tem mais centro-direita no Brasil.

Essa é a impressão que fica dos movimentos dos dois principais candidatos da direita, Jair Bolsonaro e Geraldo Alckmin, depois de “resolvida” a indicação de seus candidatos a vice.

Bolsonaro, depois de suas viagens espaciais por estações lunáticas e delírios imperiais, escolheu o General Hamilton Mourão, numa escolha que a ele soma bem pouco e, infelizmente, é terrível para o Exército Brasileiro, seja porque o general será o ordenança do ex-capitão, seja porque estimula atos de indesejável indisciplina como os que o próprio Mourão protagonizou.

PT-PSB, o jogo prático

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

No primeiro momento haverá choro e ranger de dentes, gente chateada no PT e no PSB.

A militância, hoje, reprova os acordos pragmáticos, mas os dois partidos fizeram o que os outros gostariam de fazer: uma aliança informal, baseada na troca de apoios estaduais, com ganhos bilaterais.

Depois desse acordo, depois da aliança do Centrão com Geraldo Alckmin e do consequente isolamento de Marina, Bolsonaro, Ciro Gomes e demais, crescem as chances do irônico retorno da polarização PT-PSDB no segundo turno.

O debate no STF sobre o direito ao aborto

Da Rede Brasil Atual:

O primeiro dia de audiência pública promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ação que pede a descriminalização do aborto, nesta sexta-feira (3), mesclou argumentos técnicos com depoimentos pessoais emocionados. A Corte irá julgar, ainda sem data definida, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, proposta em 2017 pelo Psol.

A ação pede aos ministros para excluir da incidência de dois artigos do Código Penal (124 e 126) os casos de abortos praticados até a 12ª semana de gestação. A segunda parte da audiência será realizada na segunda-feira (6), quando serão ouvidas mais 26 entidades, mesmo número de hoje. A relatora é a ministra Rosa Weber.