Por Gilberto Maringoni
Acabo de assistir 'Democracia em vertigem', de Petra Costa, no Netflix. Quando a tela escurece e começam os créditos finais, me pego em estado catatônico na poltrona. A cabeça lateja, enquanto, por alguns minutos, encaro o nada diante do nariz.
Petra mistura crônica pessoal e familiar com as monumentais turbulências nacionais dos últimos anos. É o traço maior de sua narrativa: combinar intimismo - em sua voz quase infantil - com imagens absolutamente bestiais de esperança e tragédia, numa costura que recua e avança, ao longo de quatro décadas. Ela vai das greves de São Bernardo à posse de Bolsonaro, numa toada magnética que nos suga por pouco mais de duas horas.
Acabo de assistir 'Democracia em vertigem', de Petra Costa, no Netflix. Quando a tela escurece e começam os créditos finais, me pego em estado catatônico na poltrona. A cabeça lateja, enquanto, por alguns minutos, encaro o nada diante do nariz.
Petra mistura crônica pessoal e familiar com as monumentais turbulências nacionais dos últimos anos. É o traço maior de sua narrativa: combinar intimismo - em sua voz quase infantil - com imagens absolutamente bestiais de esperança e tragédia, numa costura que recua e avança, ao longo de quatro décadas. Ela vai das greves de São Bernardo à posse de Bolsonaro, numa toada magnética que nos suga por pouco mais de duas horas.