domingo, 23 de fevereiro de 2020

Miriam Leitão e os recursos do BNDES

Por Arthur Koblitz, na Rede Brasil Atual:

A nova intervenção da jornalista Miriam Leitão sobre o BNDES (A verdade não cabe numa caixa-preta, artigo publicado nas edições online e impressa do jornal O Globo, no dia 30 de janeiro) é uma importante oportunidade para trazer o debate público sobre o banco e suas políticas para um foco mais racional e construtivo. Isso é fundamental não apenas para a instituição, mas para o debate sobre estratégias para o desenvolvimento do país.

Desfile do crescimento medíocre de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

Jair Bolsonaro entra no segundo ano de governo na condição de estelionatário eleitoral. Já que o carnaval começou, nada mais apropriado do que demonstrar essa verdade no ritmo da passarela. Ele representa ideias econômicas que vieram ao mundo nas décadas de hegemonia do neoliberalismo, e pareciam mortas, que ressurgiram com nova roupagem, agora com outros estribilhos e outras cantilenas.

Ainda candidato, Bolsonaro entrou na marcha de Paulo Guedes prometendo fazer o país voltar a crescer, mas, a julgar pelo zunzunzum da mídia, a evolução tende a chegar à fase da dispersão sem ter passado direito pela fase da concentração.

Bolsonaro pede passagem: o bicho vai pegar

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Mais cedo do que se temia desde a sua posse, o capitão Jair Bolsonaro resolveu ir à guerra contra tudo e contra todos ao mesmo tempo: o Congresso, os governadores, a imprensa, a cultura, a ciência, os direitos humanos, os índios, as mulheres, os negros, o meio ambiente e o que mais encontrar no caminho rumo ao caos.

Como se previa, não restará pedra sobre pedra quando esta barbárie chegar ao fim, se um dia chegar.

“Tem que entender que o pessoal verde está chegando, e o bicho vai pegar”, ameaçou o presidente da República em sua “live” semanal das quintas-feiras, ao anunciar o envio de tropas das Forças Armadas para o Ceará. “Se é pra tratar com flor essa galera, não fiquem enchendo nosso saco”, acrescentou com sua finesse habitual.

Bolsonaro, sem pesos e medidas na demagogia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Jair Bolsonaro disse que vai “implodir o Inmetro”.

Pode ser até que seja um populismo primário, misturando história de tacógrafos – que os táxis não precisam ter – com a renovação gradual dos taxímetros, provocadas por mudanças tecnológicas – os sistemas e freios ABS, agora obrigatórios, implicaram mudanças em sensores da caixa de marchas, para evitar fraudes.

Mas, como adverte Luís Nassif, no GGN, é um caminho aberto para lobbies e fraudes no mecanismos de certificação.

Bernie Sanders, um estranho no ninho

Por Sebastião Velasco e Cruz, no site Carta Maior:

Bernard Sanders é um desmentido cabal do adágio que anuncia, no jovem radical, o velho conservador. Nascido em uma família de trabalhadores judeus, de origem polonesa, moradores do Brooklin, Sanders — ou melhor Bernie, como então era chamado — ingressou na idade adulta em um período dramático da história dos Estados Unidos, e viveu intensamente as lutas que marcaram sua geração. Tendo estudado no College de Brooklin e depois na Universidade de Chicago, onde se graduou em Ciência Política, Bernie Sanders – como hoje o conhecemos – participou ativamente dos movimentos dos direitos civis e contra a guerra do Vietnã.

Desprovido de dotes excepcionais de orador, destacava-se, porém, por seu grande talento em congregar pessoas diferentes em torno de si e de com elas construir consensos. Membro da Young People’s Socialist League (seção juvenil do Partido Socialista da América), presidiu o capítulo do CORE (Congress for Racial Equality) na Universidade e integrou o SNCC (Students Non Violent Coordinating Committee), organização que esteve à frente de grandes mobilizações e foi liderada por jovens cujos nomes se tornaram famosos, nacional e internacionalmente. Objetor de consciência, mas tendo escapado do alistamento compulsório por idade, Bernie Sanders incluiu em seu currículo nessa época uma detenção, com multa, por resistência à prisão durante um protesto contra o racismo.

Brasil caminha para o colapso

Por Fernando Silva, no site Correio da Cidadania:

As re­centes pro­vo­ca­ções mi­só­ginas de Bol­so­naro e seu clã-fa­mi­liar mi­li­ciano contra a re­pórter Patrícia Campos Melo, da Folha de S. Paulo; os in­dí­cios cada vez mais evi­dentes do en­vol­vi­mento dos bol­so­naros com as mi­lí­cias formam os mais novos traços de uma inequí­voca con­tra­dição po­lí­tica e ins­ti­tu­ci­onal: a exis­tência de um pre­si­dente da Re­pú­blica fas­cista, chefe de uma facção, que faz questão de ocupar seu tempo em busca de so­lu­ções au­to­ri­tá­rias para o país. Di­ante disso, por que é to­le­rado um go­verno tão de­vas­tador de di­reitos e com um peso de fa­ná­ticos e pro­vo­ca­dores extremistas no seu in­te­rior sem pa­ra­lelo na his­tória re­cente do país, pelo menos desde o final da ditadura mi­litar? 

Homens da CIA no golpe da Bolívia

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Um artigo do site Behind Back Doors, conhecido por suas revelações sobre a ingerência norte-americana na América Latina, apresenta uma lista dos mais importantes agentes da CIA que participaram do golpe contra o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales.

Anuncia também que a operação na Bolívia continua e que há outros governos “não amigos” nos planos de desestabilização política do continente. O próximo alvo pode ser Manágua.

Em sinal de que a ofensiva contra a esquerda na Bolívia de fato continua, na quinta-feira a Justiça Eleitoral do país barrou a candidatura de Evo ao Senado nas eleições marcadas para maio, alegando que ele não provou residir no distrito eleitoral pelo qual se candidataria.

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Petardo: Impeachment de Bolsonaro é viável?

Por Altamiro Borges

Pela lei n° 1.079, que regula o impeachment, o "capetão" já poderia ser enxotado da Presidência da República. Artigo 9°, por exemplo, tipifica como crime de responsabilidade "proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo". Bolsonaro se enquadra nesse crime!

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Mas não basta citar um dos 65 tipos de crimes listados na lei 1.079 sobre o impeachment. É preciso mobilização de rua para convencer 2/3 dos deputados federais a autorizar a cassação e 2/3 dos senadores para decretá-la. Quem topa ir para rua para derrubar o laranjal de Bolsonaro?

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Até a revista IstoÉ  a mercenária "QuantoÉ", que apostou na desestabilização política no país e ajudou a chocar o ovo da serpente fascista  agora teme o fascismo do "capetão". Na edição desta semana, ela deu um "Basta!" garrafal na sua manchete.

A vitória da greve dos petroleiros

Weintraub e o escândalo na Unifesp

A estratégia bolsonariana

O que risco que corre a democracia

Não é greve da PM! É motim!

Motim no Ceará e o comportamento miliciano

A origem das escolas de samba

Cid Gomes peita os milicianos

Desdobramentos da rebelião da PM no Ceará

A militarização avança no Brasil

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Mídia detona machismo de Bolsonaro

Os maus modos do neofascismo brasileiro

Charge: Grossomodo, por Muna/Causa Operária
Por Tales Ab'Sáber, na revista CartaCapital:

O neofascismo no Brasil, para quem não entendeu, não emula o fascismo italiano dos anos 1920. Nunca foi isso, evidentemente. Muita energia importante foi gasta com esse debate estéril, de especialistas querendo fixar pontos históricos e palavras, enquanto a vida política do país se degradava de fato. A evocação do termo fascismo vem de uma tradição do pensamento político do século XX, que se refere a uma escala imaginária, ou efetiva, dependendo do que somos capazes de ver, do mal na política. É isso o que importa. Nosso neofascismo diz respeito aos modos de nossa conversão própria da política em violência, o que ninguém pode negar. Ele se ordena e se unifica, por fim, ao redor do bolsonarismo. Uma conversão sistemática, organizada por circuitos oficiais e randômicos sociais, nos seguintes termos: