domingo, 4 de outubro de 2020

Esse mundo é uma sopa

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A morte do argentino Joaquin Salvador Lavado Tejón, mais conhecido como Quino, encerra o ciclo de uma das personagens mais ricas da cultura contemporânea, a garota Mafalda. O que muita gente não sabe é que Mafalda já não dava as caras de forma original há quase 50 anos, desde que, em 1973, Quino deu por encerrada sua trajetória. Só voltou a publicar tiras inéditas quando convocado por causas humanitárias, como o feminismo e a defesa da democracia.

A proposta do seguro-desemprego ampliado

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Outras Palavras:


Os conselheiros das Centrais Sindicais no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) tiveram a inciativa de apresentar uma proposta para a extensão do seguro-desemprego em duas parcelas, em caráter excepcional, para trabalhadores segurados demitidos no período de março deste ano até 31/12/2020, ou seja, durante o Estado de Calamidade Pública. Caberá agora ao Conselho deliberar sobre essa proposta.

As estimativas feitas pelo Dieese, que assessora a bancada dos trabalhadores no Conselho, indicam que essa medida atenderia cerca de 6 milhões de trabalhadores e teria custo de R$ 16 bilhões, considerando uma média de 1,27 salário mínimo por parcela.

Bolsonaro quer a reeleição acima de tudo

Editorial do site Vermelho:


A semana que se encerra é mais uma marcada pelas manobras do presidente Jair Bolsonaro para tentar se reeleger em 2022, mesmo que a porrete. Embora que, de dois meses para cá, o presidente deixou o porrete atrás da porta da sala e dele voltará a fazer uso toda vez que vez que lhe for necessário e adequado. Nesta semana, duas manobras se destacam como parte do projeto de reeleição: a indicação do desembargador Kássio Nunes ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a imagem publicitária do que seria uma cruzada presidencial para implantar um programa de renda aos mais pobres.

Candidaturas negras importam

Foto: Silvia Izquierdo/AP
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Desde a perspectiva das maiorias sociais, nunca existiu democracia política no Brasil.

O poder político, cultural, econômico e social sempre foi exercido pelas minorias sociais – as oligarquias brancas, patriarcais e econômicas dominantes.

No Brasil, há séculos vivemos uma democracia desdemocratizada.

Uma democracia, em síntese, sem substância e sem povo. Um simulacro de democracia que não expressa a vontade e, tampouco, as necessidades das maiorias sociais, e que despreza a diversidade e a pluralidade que conformam nossa rica identidade como povo e nação.

Golpista brasileiro em palanque alemão

Por Manuel Domingos Neto

Apologia à truculência política é proibida na Alemanha, mas a embaixada alemã em Brasília promoveu debate virtual entre um militar defensor da tortura e dois professores, um alemão e um brasileiro. O evento está disponível na página eletrônica da Embaixada.

O oficial começou exibindo legitimidade hereditária, atributo incompatível com o Estado democrático: teria “nascido” no Exército. O recrutamento endógeno é anti-republicano e fere a “meritocracia” castrense. A Corporação proclamou a República sem admitir seus pressupostos. O general revelou ainda a separação nebulosa entre militares da ativa e da reserva. Em traje civil, disse continuar “vivendo no Exército”.

sábado, 3 de outubro de 2020

Guedes usa pandemia para destruir o Brasil

Censura, Micheque e Mujica

Guedes não cabe na estratégia de Bolsonaro

Armadilha neoliberal e o futuro do trabalho

Nobel da Paz para os médicos cubanos

Bia Kicis: racista e péssima humorista

Guedes vs. Maia, Felipe Neto, Mandetta...

Cidades, meio ambiente e pandemia

O combate à carestia e à fome no Brasil

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Carla Zambelli, a bolsonarista rebaixada

Por Altamiro Borges


Temendo o impeachment, Bolsonaro está cada dia mais pragmático e fisiológico. Só os bolsominions mais tapados ainda acreditam nas bravatas da "nova política". Nesta semana, ele nomeou dez novos deputados para a vice-liderança do governo na Câmara Federal, escancarando o noivado com as raposas do Centrão.

O troca-troca incomodou a bancada do bolsonarismo-raiz, mas ela jura que continua seguidora fiel do “capetão”. Após ser enxotada da vice-liderança, a pegajosa deputada Carla Zambelli (PSL-SP) foi às redes sociais para dizer que não se sentia desprezada e que segue como "soldado de Bolsonaro".

Elson e a unidade da esquerda em Floripa

Ho Chi Minh: o libertador vietnamita

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

Ho Chi Minh ocupou os sonhos de nossa juventude. A saga da luta de libertação do Vietnã, envolvendo a vitória por sobre forças consideradas imbatíveis, embalava nossas esperanças nas batalhas da América Latina, lado a lado com Sierra Maestra, Che e Fidel. Se as forças revolucionárias lideradas por Ho Chi Minh eram capazes de derrotar os japoneses, os franceses e seguir na luta contra os imperialistas norte-americanos, por que nós não poderíamos também fazer nossas revoluções e mudar tudo aqui pelo Sul do mundo? Morreu antes de assistir a vitória final contra os EUA, em 1975, quando Saigon caiu. Mas, foram suas ideias, sua notável liderança, seu inegável carisma, sua disposição revolucionária, sua inesgotável determinação os elementos fundamentais da vitória sobre as potências determinadas a dominar o Vietnã.

Alvo de Bolsonaro não é a Lava-Jato; é Moro

Por Fernando Brito, em seu blog:


Alguns jornais especulam com a hipótese de que a indicação do desembargador Kássio Nunes para a vaga que se abre no Supremo Tribunal Federal com a aposentadoria do decano Celso de Mello seria uma ação de Jair Bolsonaro “contra a Lava Jato”.

Acho isso impreciso: depois de todos estes anos acompanhando o comportamento do ex-capitão, quem analisa seus atos deve colocar, ao lado (ou até acima) do compadrio e do eleitoralismo o seu desejo de vingança contra qualquer um a quem considere um desafeto e um traidor.

Uma escolha no balcão para o STF

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Como repórter ou colunista política, acompanhei as indicações e sabatinas de todos os atuais ministros do STF, a partir da escolha de Celso de Mello pelo ex-presidente José Sarney, em 1989.

Por isso posso dizer: nunca, desde então, a escolha de um ministro da suprema corte foi tão vulgarizada, rebaixada à condição de mercadoria no varejo da política fisiológica.

Se Jair Bolsonaro indicar mesmo o desembargador Kassio Nunes, do TRF-1, não terá sido por seu notório saber jurídico, mas para agradar ao Centrão, marcar ponto com o Nordeste e paparicar a própria corte, que receava a escolha de um nome da ala mais ideológica do governo, como os ministros André Mendonça ou Jorge Oliveira.

Aumenta a violência contra povos indígenas