sexta-feira, 2 de abril de 2021

Defesa e exaltação do movimento sindical

Por João Guilherme Vargas Netto


As maiores agressões sofridas pelo movimento sindical brasileiro, as mais destrutivas, se deram nos anos 2017,2018 e 2019 durante os governos de Temer e de Bolsonaro. Antes mesmo deste período o desemprego havia aumentado muito e desorganizando ainda mais as relações de trabalho, já precarizadas.

A pandemia ao se manifestar entre nós encontrou, portanto, o movimento sindical “capado e sangrado” (na expressão de Capistrano de Abreu) e os trabalhadores sem emprego e condenados à informalidade, ao desalento e à maior precarização.

A doença e as mortes tomaram conta do país desgovernado por um presidente avesso à vida dos brasileiros.

O Primeiro de Abril e os “patriotas” de ofício

Por Roberto Amaral, em seu blog:


O general Braga Netto, recém nomeado ministro da Defesa, disse a que veio. Com a Ordem do Dia sobre o 1º de abril de 1964, por si só uma insubordinação em face do Pacto de 1988, cumpriu a primeira tarefa que lhe terá sido imposta pelo capitão, em busca de narrativa que favoreça seus planos antidemocráticos. Essas maquinações palacianas – as quais, reconheçamos, jamais foram escondidas – podem ter sido postas em repouso tático, mas é certo que até o ultimo dia desse interminável mandato estarão nas cogitações do Bonaparte de hospício que nos governa. Na crise desta semana, preocupa a ligeireza com que militares graduados se apressaram em garantir que “não há risco de golpe”. Em situação normal chefes militares são dispensados dessas garantias. No futebol, que tanto nos ensina, quando o dirigente de clube garante que o técnico “está prestigiado”, é certo que ele estará desempregado em uma semana.

Sergio Moro interpreta "Edith Piá". Hilário!

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Bolsonaro ainda tenta dar um golpe?

Redes sociais e a direita radical

Encurralado, Bolsonaro aposta nas crises

Filipe Martins e os gestos nazistas

O que esperar do Brasil pós-Araújo

Crises na democracia e internet

Ditadura militar não se comemora!

A corporação militar derrotou Bolsonaro

Brasil implora por ajuda internacional

Economia do Brasil: Qual a saída?

Ditadura nunca mais!

Crise militar, Bolsonaro e pandemia

O genocida Bolsonaro estimula o caos social

Por Altamiro Borges

Ao mesmo tempo em que sabota o auxílio emergencial, Jair Bolsonaro volta a falar em "caos social". O genocida é um provocador neofascista, que atiça a instabilidade para fugir de suas responsabilidades. A volta do benefício, que começa a ser pago somente em 6 de abril, demorou três meses, jogando na fome, na miséria e no desespero milhões de brasileiros.

Além da demora, seu valor é bem menor, uma merreca de R$ 150 para a maior parte dos beneficiados, e alcança cerca de 20 milhões de pessoas a menos. No momento mais dramático da pandemia no país, o montante a ser gasto pelo governo corresponde a apenas 15% do valor destinado ao benefício em 2020. Uma crueldade a serviço do “austericídio fiscal”!

quarta-feira, 31 de março de 2021

Bolsonaristas entram em crise com os milicos

Por Altamiro Borges

A aparente refrega entre o capitão e os generais – com as quedas do ministro da Defesa e dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica – está deixando os bolsominions ainda mais paranoicos, malucos. Segundo a revista Veja, "perfis bolsonaristas ‘entram em parafuso’ e temem ‘golpe’ contra governo".

Os grupelhos fascistas, que rosnavam por "intervenção militar" em deprimentes atos na frente dos quartéis, agora acham que isto pode se voltar contra o "mito". Para ele, os generais foram corrompidos pela oposição e podem até derrubar o “capetão”. Haja maluquice! Camisa-de-força urgente!

Os números do genocídio: 3950 mortes no dia!

Por Altamiro Borges

O consórcio de veículos de imprensa divulgou o número de mortos desta fatídica quarta-feira (31). É algo assustador, entristecedor, revoltante. O Brasil desgovernado pelo genocida Jair Bolsonaro voltou a bater recorde nessa conta macabra: foram registrados 3.950 óbitos nas últimas 24 horas.

Pela primeira vez desde o início da pandemia, o país anota mais de 20 mil mortes numa única semana. Março fecha como o pior mês da crise, com 66.868 óbitos. No total, o Brasil já contabiliza 12.753.258 casos e 321.886 óbitos por Covid-19 desde o início desta tragédia.

Nas cordas, Bolsonaro tenta fuga pra frente

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Isolado em seu labirinto, soterrado por 300 mil mortos e um estrondoso fracasso econômico e gerencial, Bolsonaro empreendeu uma “fuga para a frente” com o sacolejão ministerial desta segunda-feira.

Rendeu-se mais uma vez ao Centrão sem contentá-lo e semeou uma crise militar com a demissão do general Fernando Azevedo do Ministério da Defesa, que levará à trocas dos comandantes das três armas.

Agora há uma trincadura em sua relação com os militares, e isso só fará aumentar as tensões.

O safanão que ele deu no tabuleiro para mostrar-se dono da agenda e da iniciativa não trará qualquer alívio para a grande agrura da população, que anseia por vacina, emprego e renda.

Serviu, porém, para nos mostrar que ele não dispõe do conjunto das Forças Armadas para o autogolpe que continua desejando, embora elas também não tenham coesão para liderar ou somar-se a um movimento para encerrar o trágico experimento que é seu governo.

Bolsonaro esticou demais a corda

Por Luis Felipe Miguel

O único nome de algum peso nas nomeações de ontem é o novo ministro da Justiça, reforço à ala mais truculenta do governo.

Bolsonaro esticou demais a corda e gerou a crise que culminou na dança das cadeiras de ontem - e que prossegue hoje, com os comandantes das três armas colocando os cargos à disposição.

Foi incapaz de manter a fachada de civilidade e racionalidade, que é tudo que "as instituições" esperam dele e de seu governo.

Seria talvez difícil para Ernesto Araújo se "reinventar" como um sujeito equilibrado, mas Bolsonaro poderia tê-lo substituído antes, sem esperar que a situação se tornasse explosiva.

Mas para isso Bolsonaro também teria que se reinventar - e ele parece incapaz disso. Está preso à persona política que sempre cultivou.

Entre o mito e seus seguidores destacados há uma notável continuidade.