domingo, 13 de junho de 2021
Surge uma nova geração anticapitalista?
Ilustração: AnnaPa |
Eles passaram por provas, testes, julgamentos e avaliações desde crianças; disseram-lhes que precisavam se destacar, competir e ter sucesso. Mas, por causa da covid-19, toda uma geração de estudantes que deixou a escola e a faculdade enfrenta um presente sombrio e um futuro incerto na Europa.
Quando o The Guardian perguntou aos jovens europeus - entre a adolescência e os pouco mais de vinte anos - como a pandemia fazia-os se sentirem, era de se esperar um excesso de frustração: empregos perdidos, amizades distanciadas à força, encontros amorosos cancelados. Mas o que surgiu foi uma crítica ao capitalismo.
Assim como seus predecessores nos levantes que se seguiram à crise de 2008, esta geração de jovens está pronta para tirar conclusões sistêmicas da maneira como as elites políticas administraram a pandemia. Eles sabem que pagarão impostos mais altos e que vão carregar dívidas pessoais maiores, além de enfrentar mais incertezas do que qualquer outra geração desde a Segunda Guerra Mundial.
Os militares e o Plano Bolsonaro
Por Vinicius do Valle, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
O anúncio de que o Exército brasileiro absolveu o general Eduardo Pazuello acendeu o sinal amarelo de muitos analistas políticos. Ao dizer que acataria os argumentos do general, o Exército assumiu a constrangedora posição de considerar o ato político de 24 de maio no Rio de Janeiro como apenas um “passeio de motocicleta”, e não um evento partidário, porque Bolsonaro, apesar de todo o discurso fortemente eleitoral, não é filiado a nenhum partido. A absolvição, ainda mais com base em justificativas tão esdrúxulas, tem como consequência abrir as portas para a quebra da hierarquia militar, dando aos militares da ativa – das mais distintas patentes – a possibilidade de se posicionar e, mais do que isso, se articular politicamente, de forma explícita.
O anúncio de que o Exército brasileiro absolveu o general Eduardo Pazuello acendeu o sinal amarelo de muitos analistas políticos. Ao dizer que acataria os argumentos do general, o Exército assumiu a constrangedora posição de considerar o ato político de 24 de maio no Rio de Janeiro como apenas um “passeio de motocicleta”, e não um evento partidário, porque Bolsonaro, apesar de todo o discurso fortemente eleitoral, não é filiado a nenhum partido. A absolvição, ainda mais com base em justificativas tão esdrúxulas, tem como consequência abrir as portas para a quebra da hierarquia militar, dando aos militares da ativa – das mais distintas patentes – a possibilidade de se posicionar e, mais do que isso, se articular politicamente, de forma explícita.
Não tem conversa com bolsonarista
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
Não quero papo com bolsonarista. Pode ser até parente próximo, pai, filho ou mesmo o espírito santo. Sem chance. A expressão “troca de ideias” padece de uma crença na capacidade do outro em trazer algo novo para o horizonte, que mereça até mesmo ponderação ou mudança de ponto de vista. Não é o caso dos minions: não tem como ser um deles sem deixar de ser gente. Pelo menos o que entendo por gente. Tem conversa que não vale a pena.
Não quero papo com bolsonarista. Pode ser até parente próximo, pai, filho ou mesmo o espírito santo. Sem chance. A expressão “troca de ideias” padece de uma crença na capacidade do outro em trazer algo novo para o horizonte, que mereça até mesmo ponderação ou mudança de ponto de vista. Não é o caso dos minions: não tem como ser um deles sem deixar de ser gente. Pelo menos o que entendo por gente. Tem conversa que não vale a pena.
Crescimento do PIB e desigualdade de renda
Editorial do site Vermelho:
As projeções e os dados do crescimento da economia brasileira têm servido de maquiagem para as ilusões que o governo Bolsonaro tenta vender. O país segue com baixo investimento – público e privado –, o que afeta, além da infraestrutura, o emprego e a renda, componentes básicos do desenvolvimento nacional associado ao progresso social. O persistente crescimento do desemprego em níveis elevados, por exemplo, decorre, basicamente, do baixo investimento, a causa fundamental da inconsistência da retomada do crescimento.
As projeções e os dados do crescimento da economia brasileira têm servido de maquiagem para as ilusões que o governo Bolsonaro tenta vender. O país segue com baixo investimento – público e privado –, o que afeta, além da infraestrutura, o emprego e a renda, componentes básicos do desenvolvimento nacional associado ao progresso social. O persistente crescimento do desemprego em níveis elevados, por exemplo, decorre, basicamente, do baixo investimento, a causa fundamental da inconsistência da retomada do crescimento.
Com que finalidade induziram à morte?
Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:
Com que finalidade o deputado e médico Osmar Terra propagou com insistência no ano passado, com a cumplicidade de parte da imprensa, a informação de que a epidemia da Covid-19 não mataria nem mil pessoas no Brasil?
Com que finalidade?
Esta é a pergunta que abre as portas para muitas respostas.
Com que finalidade Terra, no começo da epidemia (que ainda não era pandemia), saiu a alardear que as pessoas não precisariam se proteger, que nem de vacina o Brasil precisaria, porque morreria pouca gente e em pouco tempo todos estariam imunizados pelo contágio de rebanho?
Com que finalidade o deputado e médico Osmar Terra propagou com insistência no ano passado, com a cumplicidade de parte da imprensa, a informação de que a epidemia da Covid-19 não mataria nem mil pessoas no Brasil?
Com que finalidade?
Esta é a pergunta que abre as portas para muitas respostas.
Com que finalidade Terra, no começo da epidemia (que ainda não era pandemia), saiu a alardear que as pessoas não precisariam se proteger, que nem de vacina o Brasil precisaria, porque morreria pouca gente e em pouco tempo todos estariam imunizados pelo contágio de rebanho?
O avião, as motos e o jegue
Por Fernando Brito, em seu blog:
Jair Bolsonaro, “nem aí” para governar, está como se estivesse em reta final de campanha eleitoral.
Jair Bolsonaro, “nem aí” para governar, está como se estivesse em reta final de campanha eleitoral.
Aproveita enquanto pode usar, e usa, a máquina pública para promover seu turismo eleitoral, provocativo e agressivo.
Confia em que haverá, além das falanges fascistóides e orgulhosas de de sua ignorância, uma maioria que adira, outra vez, por manipulação e preconceito, ao “candidato do jegue”, como se referiu ontem a Lula, ao invadir um avião em Vitória para produzir alvoroço e, pelo que se viu nos vídeos, até uma briga dentro da aeronave (artigo 261 do Código Penal: “expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea”).
Confia em que haverá, além das falanges fascistóides e orgulhosas de de sua ignorância, uma maioria que adira, outra vez, por manipulação e preconceito, ao “candidato do jegue”, como se referiu ontem a Lula, ao invadir um avião em Vitória para produzir alvoroço e, pelo que se viu nos vídeos, até uma briga dentro da aeronave (artigo 261 do Código Penal: “expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea”).
sábado, 12 de junho de 2021
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