domingo, 27 de março de 2022

Sanções imperialistas e a maldição do dólar

Por Jair de Souza


Desde o final da II Guerra Mundial, o mundo está submetido ao dólar estadunidense como moeda da transação internacional.

A partir de 1971, com o fim do lastreamento do dólar com o ouro, o mundo passou a operar com base numa moeda inteiramente vinculada aos caprichos das autoridades monetárias dos Estados Unidos. Foi este mecanismo que possibilitou que a economia estadunidense entrasse numa fase de parasitismo como nunca antes havia sido visto na história da humanidade.

Sendo o dólar a moeda fiduciária internacional e sem necessidade de estar amparada em reservas em ouro para sua validade, os Estados Unidos passaram a se despreocupar com a questão de seu déficit orçamentário. Afinal, qualquer desequilíbrio que viesse a surgir seria compartilhado (na verdade, transferido) ao restante do mundo. Bastava emitir mais dólares e as contas seriam acertadas. E isso os Estados Unidos poderiam fazer sem dificuldades.

Os pastores que os jornalistas não viam

Charge: Brum
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Se o próprio Milton Ribeiro não tivesse aberto a boca grande para fazer média com os pastores traficantes de verbas do MEC, tudo estaria numa boa até hoje.

Nessas circunstâncias em que o criminoso é o delator, é de se perguntar como a imprensa não sabia que o tráfico de verbas dos homens de fé existia há muito tempo?

Por que só agora a Folha conta que os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura tinham até um QG em um hotel de Brasília para negociar com prefeitos a liberação de verbas em troca de ouro e propinas?

Os pastores eram há muito tempo atravessadores que intermediavam a liberação de dinheiro, a mando de Bolsonaro, mas só foram descobertos agora, no último ano do mandato de Bolsonaro?

O fósforo queimado da propaganda da direita

Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:


Desligue, por uns minutos, da historinha que a grande mídia conta, sobretudo na Folha, de que “Jair Bolsonaro está se recuperando” e “Lula tem tendência de queda”.

Nem mesmo nas pesquisas, das quais jornais e bancos – insuspeitos de “lulismos” – conseguem “engatar” esta versão, embora haja muita gente boa que deixa se levar por isso.

Eleição não se ganha de véspera, e é claro que entre ser favorito e eleger-se há um oceano que Lula tenta transpor com alianças políticas mais amplas que o PT jamais ousou.

Observe, porém, que por detrás dos comentários sobre os números das pesquisas, volta, sem se mostrar abertamente, a história de que a rejeição ao ex-presidente, obra da Lava Jato, não lhe permitiria formar a maioria necessária para vencer Jair Bolsonaro.

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sábado, 26 de março de 2022

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sexta-feira, 25 de março de 2022

Desafios da comunicação em tempos de ódio

Refletindo sobre a nova pesquisa Datafolha

25/3/22, São Paulo. Pabllo Vittar no encerramento
do Festival Lollapalooza desta sexta-feira
Por Bepe Damasco, em seu blog:


1) O resultado da pesquisa presencial do Datafolha confirma a fragilidade metodológica de algumas sondagens feitas por telefone, que apresentam distância entre Lula e Bolsonaro bem menor do que a mostrada pelo Datafolha.

2) Em termos estritamente numéricos, tudo continua como dantes. Lula tem expressivos 17 pontos de vantagem sobre Bolsonaro, enquanto a terceira via parece ter empacado de vez, cada vez mais próxima da inviabilização política definitiva.

3) A pequena subida de Bolsonaro e a ligeira queda de Lula precisam ser contextualizadas no tempo. Os 43% a 26%, no primeiro turno, e os 55% a 34% em favor de Lula no segundo turno, além de uma bela dianteira, revelam que Bolsonaro precisou de longos 4 meses, já que a última pesquisa do instituto foi divulgada em dezembro do ano passado, para encurtar um pouquinho a distância para Lula. Se, por hipótese, esse ritmo de crescimento for mantido, ele ficará longe de alcançar Lula. Seria mais preocupante se a melhora de Bolsonaro tivesse como base de comparação, por exemplo, uma pesquisa feita no mês passado.