quinta-feira, 27 de junho de 2013

FHC é o novo "imortal" da direita

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Por Altamiro Borges

A Academia Brasileira de Letras (ABL), a cada dia mais midiatizada e reduto dos conservadores, confirmou nesta quinta-feira (27) a escolha do ex-presidente FHC para ocupar a cadeira de número 36 da decrépita instituição, sucedendo o escritor João de Scantimburgo, falecido em março passado. Sem concorrentes na disputa, o grão-tucano recebeu 34 dos 39 votos. Após o anúncio do resultado, FHC recebeu convidados para uma festança na Fundação Eva Klabin, no luxuoso bairro da Lagoa, na zona sul do Rio de Janeiro.

Dilma perdeu a guerra da comunicação

Por Maria Inês Nassif, no Jornal GGN:

A contraofensiva da presidente Dilma Rousseff às manifestações de rua, traduzida em propostas, algumas delas já referendadas por votações ocorridas no Congresso desde ontem (25), e em uma maratona de reuniões com movimentos sociais, tem um potencial bastante limitado de quebrar o isolamento político do governo.

A hora e a vez do projeto popular

Editorial do jornal Brasil de Fato:

As mobilizações que percorrem todo o país abrem a possibilidade de avançar nas mudanças estruturais que interessam ao povo brasileiro.

Milhões de pessoas vão às ruas protestar pela primeira vez, conquistando vitórias na redução das tarifas, proporcionando elevação da autoestima e uma experiência inigualável de protagonismo popular.

Bomba! O mensalão da Globo!

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Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O Cafezinho acaba de ter acesso a uma investigação da Receita Federal sobre uma sonegação milionária da Rede Globo. Trata-se de um processo concluído em 2006, que resultou num auto de infração assinado pela Delegacia da Receita Federal referente à sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores não atualizados. Somando juros e multa, já definidos pelo fisco, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões. Alguém calcule o quanto isso dá hoje.

É a política, estúpido

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

Certamente, o melhor caminho para esse artigo será começar com uma comemoração: viva o fim da pasmaceira, viva a redescoberta da política, amaldiçoada pela grande imprensa, condenada pela direita e ignorada por uma esquerda que renunciou à luta ideológica. Os jovens romperam com a esquizofrenia dos dois mundos contemporâneos, o falso mundo da alienação diante dos problemas sociais, e o mundo real da crise social – o mundinho do político fazendo politicazinha, aprovando emendinhas, verbinhas para pontezinhas, e o mundo real da tragédia urbana. Enquanto o País fervia nas ruas, a Câmara Federal discutia a matança de cachorros no interior do Pará, e o seu presidente, em doce vilegiatura em Moscou, se divertia enviando fotos do Kremlin. Foi o melhor uso que encontrou para o Twitter.

E se Verônica fosse filha de Lula?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um título do site Viomundo, trazido ao Diário pelo atilado leitor e comentarista Morus, merece reflexão.

E se o filho de Lula fosse sócio do homem mais rico do Brasil?

Antes do mais: certas perguntas têm mais força que mil repostas, e este é um caso.

A esquerda não pode piscar

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

O Brasil ingressa num ciclo de turbulência do qual a democracia participativa poderá emergir como parteira de uma sociedade mais equilibrada e justa.

Mas a esquerda não pode piscar.

A disputa fratricida, hoje, é o coveiro das esperanças nacionais.

As manifestações de junho em SP

Por Marilena Chaui, na revista Teoria e Debate:

O que segue não são reflexões sobre todas as manifestações ocorridas no país, mas focalizam principalmente as ocorridas na cidade de São Paulo, embora algumas palavras de ordem e algumas atitudes tenham sido comuns às manifestações de outras cidades (a forma da convocação, a questão da tarifa do transporte coletivo como ponto de partida, a desconfiança com relação à institucionalidade política como ponto de chegada), bem como o tratamento dado a elas pelos meios de comunicação (condenação inicial e celebração final, com criminalização dos “vândalos”), permitam algumas considerações mais gerais a título de conclusão.

A importância da voz rouca das ruas

Por Mário Augusto Jakobskind, no sítio Direto da Redação:

Muito importante o Brasil ter uma presidenta atenta à voz rouca das ruas e dialogar com representantes dos movimentos sociais. Faz parte do jogo democrático, mas só que Dilma Rousseff já poderia ter feito isso desde o início do governo. Não foi o que aconteceu, segundo admitem as lideranças.

A plebe e a nobreza

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Era uma vez um reino governado por um rei despótico. Sua majestade oprimia os súditos e mandava prender, torturar, assassinar quem lhe fizesse oposição. O reino de terror prolongou-se por 21 anos.

Os plebeus, inconformados, reagiram ao déspota. Provaram que ele estava nu, denunciaram suas atrocidades, ocuparam os caminhos e as praças do reino, até que o rei perdesse a coroa.

Desmilitarização, a pauta urgente

Por Sylvia Debossan Moretzsohn, no Observatório da Imprensa:

A truculência na repressão indiscriminada e gratuita a manifestantes que participaram de várias das passeatas nos últimos dias, desde a quinta-feira sangrenta (13/6) na Avenida Paulista, impôs a urgência de uma velha demanda: a desmilitarização das polícias e a discussão sobre o papel dessa instituição num Estado democrático.

A crise e as planilhas dos ônibus

Fernando Borges/Terra
Por Luis Nassif, em seu blog:

A decisão do prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, de cancelar a licitação de ônibus, montar um conselho e abrir as planilhas de custos do sistema, permitirá, pela primeira vez, escancarar a maior caixa preta do sistema público: as companhias municipais de transporte.

Rebeliões de Junho: um mês sem fim

Wilson Dias/ABr
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A velocidade é assustadora e ao mesmo tempo fascinante. As “Rebeliões de Junho” – um dia talvez elas sejam chamadas assim – mudam de significado dia após dia. O que apenas reforça a tese de que o ganhador não está definido – de saída. A história se escreve agora nas ruas, mais do que nas redes ou nos gabinetes. E isso me faz lembrar o que dizia um velho professor marxista, com quem eu tinha até várias discordâncias: “os líderes políticos fazem muitos discursos, os intelectuais escrevem demais, mas a História se escreve mesmo é na ponta das baionetas” (Edgard Carone).

Protestos continuam. Até quando?

Wilson Dias/ABr
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Chegando ao final da semana em que o governo, o legislativo e o judiciário fizeram até horas extras para atender de uma vez só a todas as reivindicações do povo nas ruas - e até outras que nem estavam nos cartazes - os protestos continuam em todo o país e já estão marcadas as próximas manifestações.

Os protestos e a publicidade oficial

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Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Estávamos todos tão ocupados em digerir as iniciativas da presidência da República para combater a corrupção, reformar a política, melhorar a mobilidade urbana, a educação e a saúde, que deixamos uma notícia importante fora de nossas pautas na última segunda-feira.

O novo balanço de gastos em propaganda oficial: R$ 1,2 bilhão no ano passado. A notícia foi veiculada pelo Instituto Brasil Verdade, que tentou saber da Secom por que houve aumento nos gastos com publicidade sem no entanto obter resposta.

Movimentos marcam ato na TV Globo

Por Gisele Brito, na Rede Brasil Atual:

Movimentos que defendem a democratização dos meios de comunicação realizaram na noite de ontem (26) uma plenária no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, para traçar uma estratégia de atuação. A ideia é aproveitar o ambiente de efervescência política para pautar o assunto. Concretamente cerca de 100 participantes decidiram realizar uma manifestação diante da sede da Rede Globo na cidade, na próxima quarta-feira (3).

O joio, o trigo e a razão

Wilson Dias/ABr
Por Mauro Santayana, em seu blog:

A situação criada com as numerosas manifestações, no Brasil, nas últimas semanas, não se resolverá com a reunião realizada ontem em Brasília, da Presidente Dilma Roussef, com governadores e prefeitos de todo o país - embora o encontro seja um importante passo para atender às reivindicações dos que foram às ruas.
Seria fácil enfrentar a questão, se as pessoas que vêm bloqueando avenidas e rodovias - levantando cartazes com todo o tipo de queixas - fossem apenas multidão bem intencionada de brasileiros, lutando por um país melhor.

Os protestos e a cobertura midiática

Por Bruno Marinoni, no Observatório do Direito à Comunicação:

As manifestações que surgiram no país em torno do aumento da passagem e que ganharam ao longo do mês de junho proporções gigantescas apresentaram a mídia como um ator importante nesse cenário. A cobertura feita dos atos públicos e a participação de jornalistas nesses lugares virou tema de debate dentro e fora das grandes aglomerações. Destaca-se o tom de crítica.

"Vamos ocupar a mídia"

Por Felipe Bianchi, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O vão livre do Museu de Artes de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, abrigou nesta terça-feira (25) uma Assembleia Popular sobre mídia e democracia. A atividade reuniu representantes de entidades do movimento social, jornalistas, estudantes e cidadãos interessados no tema para debater, de forma horizontal, o papel desempenhado pela grande imprensa frente à onda de manifestações massivas no país e alternativas para combater o monopólio midiático.