domingo, 8 de maio de 2016

Líder do MBL ludibriou os ‘midiotas’

Por Altamiro Borges

Na sua cavalgada golpista, a Folha tucana garantiu um emprego bem remunerado ao fascista mirim Kim Kataguiri – já apelidado de “Kimta Katiguria” –, líder do Movimento Brasil Livre (MBL). Aos poucos, porém, os próprios jornalistas da famiglia Frias têm revelado os podres do sinistro grupelho e de seus suspeitos integrantes. Neste domingo (8), o portal UOL – que pertence ao mesmo grupo midiático – postou longa reportagem que deve ter ruborizado os “midiotas” que confiaram nestes “jovens rebeldes e idealistas” – como a Folha e outros veículos apresentaram estes bravateiros ultraliberais e fascistoides. “Líder do MBL responde a mais de 60 processos e sofre cobrança de R$ 4,9 milhões”, estampa o título da matéria demolidora.

Assinada pelos repórteres Pedro Lopes e Vinícius Segalla, a reportagem revela que “Renan Antônio Ferreira dos Santos, um dos três coordenadores nacionais do MBL, entidade civil criada em 2014 para combater a corrupção e lutar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), está envolvido em problemas na Justiça. Ele é réu em, pelo menos, 16 ações cíveis e mais 45 processos trabalhistas, incluindo os que estão em seu nome e o das empresas de que é sócio. Ele nega irregularidades. As acusações incluem fechamento fraudulento de empresas, dívidas fiscais, fraude contra credores, calote em pagamento de dívidas trabalhistas e ações de danos morais, num total de R$ 4,9 milhões”.

Ainda segundo a matéria, não é apenas o larápio que está enrolado na Justiça. “O MBL está sofrendo ação de despejo de sua sede nacional, localizada em um prédio na região central de São Paulo, por se recusar a deixar o imóvel mais de um ano após o pedido de devolução por parte de seu proprietário. O imóvel e o aluguel estão em nome de Stephanie Santos, irmã de Renan Santos. No mesmo local, funciona a produtora de vídeos NCE Filmes, comandada por Stephanie e seu outro irmão, Alexandre Santos, que é responsável pela produção de todo material gráfico e de vídeo do MBL. Também está no nome da irmã a conta bancária em que o movimento recebe dinheiro de doadores interessados em auxiliar a entidade”. Pobres midiotas! Doaram grana para trapaceiros!

Vale conferir outras graves denúncias, que só agora – com a proximidade do desfecho do golpe e do impeachment de Dilma – são reveladas pela seletiva Folha tucana. “Composto em sua maioria por jovens de formação liberal, o MBL tem em Renan seu coordenador mais velho: 32 anos. Desde 1998, ele enfrenta problemas na Justiça. Renan e seus irmãos são réus em, pelo menos, 16 processos na área cível. São processos de cobrança de dívidas já consideradas líquidas e certas pelo Poder Judiciário. Juntas, somam mais de R$ 3,4 milhões. São fornecedores que deixaram de ser pagos, bancos que não receberam de volta empréstimos concedidos, empresas que foram fechadas de forma, segundo a Justiça, fraudulenta, e buscas frustradas de oficiais de Justiça por bens devidos”.

“Além dessas ações cíveis, a Martin Artefatos de Metal, empresa de que Renan dos Santos é sócio, possui 45 processos trabalhistas nos tribunais de São Paulo e Campinas. Eles acumulam condenações que ultrapassam R$ 1,5 milhão. Em mais da metade, as condenações se deram em processos que correram à revelia. Ou seja, nem Renan nem nenhum outro sócio se manifestaram no processo. Depois de condenados, com o início do processo de execução, a Justiça chegou a decretar o bloqueio das contas bancárias da empresa, mas nelas não encontrou dinheiro. Foi decretada, então, a penhora de bens, que irão a leilão para levantar os valores devidos”. Este sujeito, com esta longa ficha criminal, liderou várias “marchas contra a corrupção”, ludibriando milhares de midiotas!

A matéria ainda conclui registrando o que muitos já sabiam, mas que a mídia sempre ofuscou. Os golpistas do MBL nunca foram apartidários ou neutros. O discurso só foi usado para enganar os otários. Afirma o texto: “A atuação como líder do MBL não é a primeira atividade política de Renan Santos. De 2010 ao ano passado ele foi filiado ao PSDB. Sua entrada no partido, conforme explica, teria se dado apenas para combater o governo do PT no executivo federal... Renan dos Santos também trabalhou na campanha do então candidato a deputado estadual Paulo Batista (PRP/SP), em 2014. O político se tornou conhecido pela campanha com vídeos em que lançava, com seus olhos, um ‘raio privatizador’ em empresas estatais, como se fosse um ‘super-herói do capitalismo’”.

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