quarta-feira, 23 de agosto de 2017

DEM X PSDB: demos comem os tucanos!

Por Altamiro Borges

O PSDB chutou a cruz. O partido de Aécio Neves, FHC, Geraldo Alckmin, José Serra e de outros falsos moralistas pensava que o golpe dos corruptos, que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, seria uma “pinguela” para sua volta ao governo – já que nas eleições a sigla sofreu quatro surras seguidas. Mas se deu mal. Os tucanos estão na rabeira em todas as pesquisas e ainda sofrem com as sangrentas bicadas no ninho. Até o programa de tevê da legenda, que de forma marota reconheceu os “erros” do passado, gerou uma baita crise interna. Para piorar, o DEM de Rodrigo Maia e de outros trastes fisiológicos, que sempre foi um apêndice do PSDB, agora tenta ressuscitar com base nos escombros tucanos. A vida é cruel!

A apropriação política das rádios e TVs

Por Carlos Gustavo Yoda, na revista CartaCapital:

“Coronel” é patente militar em quase todos os exércitos do mundo. O mais alto posto antes de “general” dentro das Forças Armadas do Brasil, figura responsável pelo regimento de uma ou mais tropas ou companhias. No Nordeste brasileiro, “coronel” também é sinônimo de grandes proprietários de terra, “os coroné”, quem manda, aquele que dita as regras. Daí o termo “coronelismo”, cunhado, em 1948, no clássico da ciência política moderna Coronelismo, Enxada e Voto, do jurista Victor Nunes Leal, para dar nome ao sistema político que sustentou a República Velha (1889-1930). Entre as interpretações de documentos, legislações e dados estatísticos, o livro explica como o mandonismo local se misturava aos altos escalões das estruturas de poder.

Eletrobrás: O crime da privatização

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Foi golpe ou não foi golpe? Até os dias de hoje ainda há gente que resiste a aceitar a evidência dos fatos. A estratégia para aprovar o impedimento da presidenta Dilma carregava consigo o atalho político-jurídico para colocar em prática o sonho dourado da turma do financismo. Depois de sucessivas derrotas nas eleições presidenciais de 2002, 2006, 2010 e 2014, finalmente as elites enxergaram uma janela de oportunidade para voltar ao poder sem a necessidade de voto popular.

Carf perdoa R$ 27 bi do Itaú e Santander

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Está no Poder360, em reportagem de Renan Melo Xavier, lista os perdões concedidos pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – o famigerado Carf – ao Itaú e ao Santander, isentando-os de pagar impostos sobre ganhos de capital obtidos em fusões e aquisições de outros bancos e ainda sobre supostas ilegalidades no cálculo de juros sobre capital próprio, uma remuneração a acionistas que Fernando Henrique Cardoso tornou imune ao Imposto de Renda.

'Mercado' eufórico com venda da Eletrobrás

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

O mercado financeiro está eufórico com a notícia anunciada pelo governo de Michel Temer de privatização da Eletrobras. Nesta terça-feira (22), o principal índice da B3 (antiga Bovespa) operou em forte alta, chegando a bater o patamar de 70 mil pontos, tendo a estatal como destaque de alta, chegando a quase 50% nos papéis ordinários.

O anúncio de que vai entregar a Eletrobras de bandeja elevou o preço de mercado da estatal em quase R$ 9 bilhões em poucas horas, segundo institutos especulativos.

Globo quer vender nossa soberania elétrica

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Os jornalões anunciam que o governo Temer quer privatizar a Eletrobrás, estatal que controla o sistema nacional de energia elétrica, para arrecadar R$ 20 bilhões, que seriam usados para cobrir parte do rombo fiscal (leia-se, dar aos banqueiros).

Segundo o último relatório anual da estatal, a sua receita bruta em 2016 foi de R$ 71 bilhões.





Brasileiros rejeitam venda da Eletrobrás

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Apesar de o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso participar ativamente da política brasileira emitindo opinião sobre quase tudo, desde que deixou a Presidência da República ele nunca mais foi incluído em uma pesquisa de intenção de voto para o cargo que ocupou entre 1995 e 2002.

Não, não se trata de discriminação por parte da mídia. Muito pelo contrário…

FHC foi recentemente lembrado pelos meios de comunicação até para se tornar presidente de novo via eleição indireta, caso Michel Temer perdesse o cargo por conta das provas de corrupção que surgiram contra si. Mas o tucano jamais foi incluído em pesquisa de intenção de voto simplesmente porque a opinião dos brasileiros sobre ele seria desmoralizante.

O sonho americano acabou?

Por Marcia Cruz-Redding

Os Estados Unidos da América, a terra dos sonhos de liberdade, igualdade, dignidade, respeito, liberdade religiosa e educação, mudou radicalmente com a eleição do milionário Donald Trump à Presidência da República. O discurso agressivo do novo presidente, durante a campanha e após as eleições, despertou uma parcela minoritária da população que quer ressuscitar o racismo, a homofobia, a xenofobia e a intolerância.

Eletrobrás: aumento de tarifas e apagões

Por Dilma Rousseff

A privatização da Eletrobras, um dos mais novos retrocessos anunciados pela agenda golpista, será um crime contra a soberania nacional, contra a segurança energética do país e contra o povo brasileiro, que terá uma conta de luz mais alta. Um delito dos mais graves, que deveria ser tratado como uma traição aos interesses da Nação.

Maior empresa de produção e distribuição de energia elétrica da América Latina, a Eletrobras garante o acesso à energia a um país de dimensões continentais, com uma população de mais de 200 milhões de habitantes e com uma economia diversificada, que está entre as mais complexas do mundo.

A agiotagem paralisou o Brasil

Por Glauco Faria, na Rede Brasil Atual:

"Não há nenhuma razão objetiva para os dramas sociais que vive o mundo. Se arredondarmos o PIB mundial para US$ 80 trilhões, chegamos a um produto per capita médio de US$ 11 mil. Isto representa US$ 3.600 por mês por família de quatro pessoas, cerca de R$ 11 mil reais por mês. É o caso também no Brasil, que está exatamente na média mundial em termos de renda. Não há razão objetiva para a gigantesca miséria em que vivem bilhões de pessoas, a não ser justamente o fato de que 'nenhum quadro de referência emergiu para guiar as políticas e as práticas': o sistema está desgovernado, ou melhor, mal governado e não há perspectivas no horizonte."

A aberração da venda da Eletrobrás

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O anúncio de venda da Eletrobrás para fazer caixa é uma das iniciativas mais aberrantes do governo Temer. A ideia da “democratização do capital” e a comparação com a Vale e a Embraer é esdrúxula. Ambas estão na economia competitiva enquanto a Eletrobrás é uma concessionária de serviços públicos, estratégica para o país.

A avaliação de R$ 20 bilhões equivale a menos da metade de uma usina como Belo Monte. A Eletrobrás tem 47 usinas hidroelétricas, 114 térmicas e 69 eólicas, com capacidade de 47.000 MW, o que a faz provavelmente a maior geradora de energia elétrica do planeta. É uma empresa tão estratégica quanto a Petrobras.

Golpistas querem entregar a Eletrobrás

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

O que o governo Fernando Henrique Cardoso não conseguiu fazer em dois mandatos, o do golpista entreguista Michel Temer acabou de anunciar. Ou seja, o Ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho anunciou que a Eletrobrás será privatizada, possivelmente será abocanhada por alguma multinacional, como sempre quis o ex-presidente Cardoso. Os golpistas estão cumprindo um programa com o apoio externo. Está clara a estratégia e o motivo pelo qual decidiram se apossar indevidamente do governo brasileiro.

Charlottesville: O silêncio como cúmplice

Ilustração: Daniel Murphy
Cartoon Movement
Por Maria Carolina Trevisan, no site Geledés:

Há pouco mais de uma semana, os noticiários se viram diante da missão de informar e provocar reflexão sobre os eventos racistas em Charlottesville, na Virgínia, Estados Unidos. A imprensa estadunidense escolheu cunhar os protagonistas da marcha de “supremacistas brancos”, de acordo com uma história em que um dos atores principais é a Klu Klux Klan. Os jornais brasileiros seguiram a mesma tendência.

A novidade no noticiário do Brasil foi a utilização da palavra “racismo”, como pontuou a ombudsman da Folha, Paula Cesarino Costa. Ela destaca o excelente artigo de Janio de Freitas, que afirma que a palavra “supremacista” é um jeito de atenuar o que na realidade é “racismo”.