segunda-feira, 13 de julho de 2020

Cloroquina enrica empresários bolsonaristas

Por Altamiro Borges

Com o sugestivo título “Quem ganha com a cloroquina no Brasil”, o jornal Estadão publicou neste sábado (11) uma longa matéria que ajuda a explicar porque o agora “infectado” Jair Bolsonaro virou garoto propaganda de um remédio questionado por entidades médicas do mundo todo e pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a reportagem, “a campanha do presidente ajudou a empurrar os negócios de cinco empresas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a produzir o medicamento no país. Elas não informam quanto o faturamento aumentou, mas dados do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) mostram que o consumo de cloroquina pelos brasileiros cresceu 358% durante a pandemia”.

‘Jairzinho paz e amor’ libera seus capangas

Por Altamiro Borges

Enquanto Bolsonaro se finge de "Jairzinho paz e amor" para escapar do impeachment, seus capangas seguem destilando ódio. Na semana passada, o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), vice-líder do governo, postou um vídeo na internet referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes como "lixo", "canalha" e "esgoto do STF".

Diante da repercussão negativa do vídeo, o raivoso deputado bolsonarista enviou uma carta ao "mito" pedindo afastamento "temporário" da vice-liderança do governo. Segundo ele, o objetivo do pedido foi evitar maior desgaste na já desgastada relação do presidente com o Supremo Tribunal Federal.

Ricardo Eletro irá ao “Caldeirão do Huck”?

Por Altamiro Borges

Os internautas não esquecem e nem perdoam. Na semana passada, o empresário Ricardo Nunes, fundador da rede Ricardo Eletro, foi preso sob a acusação de sonegar R$ 600 milhões em impostos. De imediato, as redes sociais indagaram se o sonegador seria convidado a participar do programa “Caldeirão do Huck”, da TV Globo.

A revista Veja colecionou várias mensagens sarcásticas postadas no Twitter. Conforme registrou já no título da matéria, “após prisão de fundador da Ricardo Eletro, internautas cobram Luciano Huck”. A revista lembra que o apresentador global “chegou a receber Ricardo Nunes em seu programa e exaltou a trajetória dele”.

Quem precisa pedir perdão é a Globo

Por Ângela Carrato, no blog Viomundo

Roberto Marinho, que nunca quis ser político, mas entrou para a história como quem mandou e desmandou na política brasileira, possuía um jeito especial para lidar com situações delicadas.

Jamais se atirava de peito aberto e preferia sondar o terreno em busca de adesões e apoios.

Mesmo sem a astúcia do patriarca, seus filhos acabam de repetir a mesma estratégia.

O artigo assinado pelo colunista Ascânio Seleme, publicado na edição de hoje (11/7) pelo jornal O Globo, sob o título de “É hora de perdoar o PT” (na íntegra, ao final), é um exemplo desse tipo de comportamento.

Seleme não é um colunista qualquer.

Durante anos chefiou a redação de O Globo, que Roberto Marinho considerava o veículo de comunicação mais importante dentre os tantos que possuía.

O papelão militar brasileiro nos EUA

Por Fernando Brito, em seu blog:

Dizem os jornais que o Ministro da Defesa pressiona os comandantes das três Forças para que saia uma reação dura contra o ministro Gilmar Mendes, do STF, por este ter dito que as Forças Armadas estão tendo um desgaste em sua imagem e sendo conduzidas a se tornarem-se cúmplices de um genocídio com as dezenas de mortes com a pandemia do Covid-19.

Mendes disse apenas o óbvio e, de fato, não é culpa dos militares, mas do governo que deles se serve como base de sustentação e de um grupo de generais que, ébrios de poder, não hesitaram em apoiar a entrada de um deles no Ministério da Saúde para que ministros de formação médica obstaculizassem a aventura de Bolsonaro com a cloroquina.

"Mas, e os tribunais superiores?"

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Esse tem sido o mantra adotado pela direita, extrema-direita e pelos meios de comunicação oligopolizados sempre que se veem acuados pelas evidências cada vez mais abundantes de que Lula foi vítima de uma caçada infame com a utilização escancarada dos meios jurídicos com objetivos políticos, o lawfare.

Quanto mais a Lava Jato se vê enredada por uma espiral crescente de desmoralização – a mais nova revelação é que a operação agiu a soldo da inteligência estadunidense para destruir as empresas de ponta da engenharia nacional-, mais os conservadores e seus porta-vozes na mídia se agarraram ao único argumento que lhes resta: “mas, e a condenação de Lula pelos tribunais superiores?”

O funcionalismo de MG e o umbigo de Zema

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, declarou quinta-feira, dia 9 de julho, que considera “ofensivo” que os servidores públicos defendam seus direitos num momento particularmente difícil para os trabalhadores de outras categorias. Em razão da pandemia, quando muitos perderam empregos, os funcionários estaduais deveriam, segundo ele, parar de olhar “para o próprio umbigo”. Para o governante do Novo, precisamos de “um mundo mais solidário”.

A luta para universalizar o acesso à internet

Por Guilherme Weimann, no site do Sindicato dos Petroleiros de São Paulo:

Nas últimas décadas, setores progressistas têm realizado um profundo debate sobre a necessidade de democratizar os meios de comunicação, monopolizados por grupos econômicos com origens familiares. O tema ganhou novos ingredientes com a consolidação da internet, principalmente pela carência de políticas públicas garantidoras de uma conexão universal.

No Brasil, 42 milhões de pessoas nunca acessaram a internet. Além disso, levantamento do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) – departamento do Comitê Gestor da Internet (CGI) – aponta que 70 milhões têm acesso precário ou não têm nenhum acesso à internet. Entre as pessoas que utilizam regularmente a internet, 56% acessam apenas pelo celular.

Colapso das finanças públicas?

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Com a crise provocada pela pandemia, esperava-se deterioração marcada das contas públicas no Brasil. Mesmo assim, os números impressionam. Estima-se um déficit primário em 2020 de cerca de 12% do PIB para o setor público como um todo. Somando-se a isso a despesa líquida de juros das dívidas internas e externas, o déficit público total subirá para quase 17% do PIB. Em consequência, projeta-se uma dívida bruta do governo geral de 98% do PIB no final de 2020. São projeções do Ministério da Economia, recentemente divulgadas.