quinta-feira, 30 de setembro de 2021
Brasil: desventuras do gigante ensimesmado
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Embora aberto ao mundo como uma feitoria agroexportadora de produtos tropicais demandados pela Europa (de início o pau de tinta que lhe deu o nome, índios apresados, papagaios e peles e, depois e por largo tempo, açúcar, algodão, ouro, prata etc.), e assim tendo crescido e se consolidado no Império (como na colônia, ainda exportador de produtos primários), o Brasil carregaria consigo o complexo do ensimesmamento. Indicadores dessa alienação foram registrados já nos primeiros anos do século 19 por Thomas Lindsey, o primeiro aventureiro inglês a deixar depoimento sobre nosso país. Por aqui zanzou uns dois anos, entre a Bahia e, suspeita-se, uma ou outra viagem ao Rio, sempre às voltas com as autoridades reinóis que o acusavam de contrabandista. Viu nossa gente dominada pelo sentimento da autossuficiência, e inteiramente desinteressada do mundo. Registrou: “[...] E quanto a informações de brasileiros, estavam inteiramente fora de cogitações, porquanto nunca encontrei um povo tão estupidamente destituído de curiosidade. Só conhece os fatos mais notórios, como, talvez, os relativos à paz e à guerra." [Narrativa de uma viagem ao Brasil. Londres, 1805 (São Paulo, 1969). Companhia Editora Nacional, p. 76].
Embora aberto ao mundo como uma feitoria agroexportadora de produtos tropicais demandados pela Europa (de início o pau de tinta que lhe deu o nome, índios apresados, papagaios e peles e, depois e por largo tempo, açúcar, algodão, ouro, prata etc.), e assim tendo crescido e se consolidado no Império (como na colônia, ainda exportador de produtos primários), o Brasil carregaria consigo o complexo do ensimesmamento. Indicadores dessa alienação foram registrados já nos primeiros anos do século 19 por Thomas Lindsey, o primeiro aventureiro inglês a deixar depoimento sobre nosso país. Por aqui zanzou uns dois anos, entre a Bahia e, suspeita-se, uma ou outra viagem ao Rio, sempre às voltas com as autoridades reinóis que o acusavam de contrabandista. Viu nossa gente dominada pelo sentimento da autossuficiência, e inteiramente desinteressada do mundo. Registrou: “[...] E quanto a informações de brasileiros, estavam inteiramente fora de cogitações, porquanto nunca encontrei um povo tão estupidamente destituído de curiosidade. Só conhece os fatos mais notórios, como, talvez, os relativos à paz e à guerra." [Narrativa de uma viagem ao Brasil. Londres, 1805 (São Paulo, 1969). Companhia Editora Nacional, p. 76].
Moro não cabe mais na eleição presidencial
Por Fernando Brito, em seu blog:
A imprensa especula sobre uma “decisão” que o ex-juiz Sérgio Moro teria de tomar sobre uma candidatura presidencial.
Nunca se sabe o que se passa em mentes megalômanas como a dele – talvez os reveses tenham minorado isso, sabe-se lá – mas objetivamente não parece haver espaço para ele numa eleição nacional, embora, talvez, possa ter sucesso disputando o Senado pelo Paraná.
Primeiro, porque na extrema-direita, apesar de tudo, Jair Bolsonaro deixa-lhe pouca herança dos tempos “gloriosos” de três ou quatro anos atrás. Para esta faixa do eleitorado, Moro é um “traidor” do capitão, alguém que é visto com desprezo, quando não com ódio, o que sobra neste segmento da classe média.
Segundo, porque há mais de um ano entrou num eclipse midiático que é o oposto da nauseante superexposição que teve no passado, além de não ter estruturas políticas a ampará-lo, exceto o Podemos.
A imprensa especula sobre uma “decisão” que o ex-juiz Sérgio Moro teria de tomar sobre uma candidatura presidencial.
Nunca se sabe o que se passa em mentes megalômanas como a dele – talvez os reveses tenham minorado isso, sabe-se lá – mas objetivamente não parece haver espaço para ele numa eleição nacional, embora, talvez, possa ter sucesso disputando o Senado pelo Paraná.
Primeiro, porque na extrema-direita, apesar de tudo, Jair Bolsonaro deixa-lhe pouca herança dos tempos “gloriosos” de três ou quatro anos atrás. Para esta faixa do eleitorado, Moro é um “traidor” do capitão, alguém que é visto com desprezo, quando não com ódio, o que sobra neste segmento da classe média.
Segundo, porque há mais de um ano entrou num eclipse midiático que é o oposto da nauseante superexposição que teve no passado, além de não ter estruturas políticas a ampará-lo, exceto o Podemos.
Luciano Bolsonaro: mil dias malditos
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:
Nada mais representativo desses mil e poucos dias do mais abjeto governo desde a proclamação da República que a figura grotesca de Luciano Hang na CPI do Genocídio.
A mescla insólita de prepotência, mentiras reiteradas e estupidez criminosa reflete exatamente a figura irremediavelmente desequilibrada que ocupa o palácio presidencial.
Nenhuma surpresa, nenhuma novidade.
O que me pergunto é a razão desse sujeito patético ter sido levado à CPI.
Será que seus condutores não sabiam o que poderia acontecer – e aconteceu?
Não perceberam que estavam abrindo amplo espaço para o extravagante empresário reunir material que, evidentemente, será deturpado e já está sendo divulgado nas redes sociais bolsonaristas?
Nada mais representativo desses mil e poucos dias do mais abjeto governo desde a proclamação da República que a figura grotesca de Luciano Hang na CPI do Genocídio.
A mescla insólita de prepotência, mentiras reiteradas e estupidez criminosa reflete exatamente a figura irremediavelmente desequilibrada que ocupa o palácio presidencial.
Nenhuma surpresa, nenhuma novidade.
O que me pergunto é a razão desse sujeito patético ter sido levado à CPI.
Será que seus condutores não sabiam o que poderia acontecer – e aconteceu?
Não perceberam que estavam abrindo amplo espaço para o extravagante empresário reunir material que, evidentemente, será deturpado e já está sendo divulgado nas redes sociais bolsonaristas?
Uma nova conferência da classe trabalhadora
Por João Guilherme Vargas Netto
Durante muitas décadas, desde 1930, foi sendo estabelecido no Brasil um pacto entre a sociedade (e os governantes e as instituições) e o movimento sindical dos trabalhadores. Este pacto, de reconhecimento e aceitação, resultado da luta dos trabalhadores, não foi rompido nem mesmo durante a ditadura militar que reprimiu selvagemente os ativistas e dificultou a ação do sindicato, mas, por exemplo, fez crescer aceleradamente a sindicalização rural.
Na luta pelo fim da ditadura reforçou-se o elo entre o anseio democrático da sociedade e a pauta dos trabalhadores com a realização da Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora), na Praia Grande, em 1981. Os resultados foram inscritos em todo o segundo capítulo da Constituição e garantiram, na sequência, a ascensão e vitória de Lula.
Durante muitas décadas, desde 1930, foi sendo estabelecido no Brasil um pacto entre a sociedade (e os governantes e as instituições) e o movimento sindical dos trabalhadores. Este pacto, de reconhecimento e aceitação, resultado da luta dos trabalhadores, não foi rompido nem mesmo durante a ditadura militar que reprimiu selvagemente os ativistas e dificultou a ação do sindicato, mas, por exemplo, fez crescer aceleradamente a sindicalização rural.
Na luta pelo fim da ditadura reforçou-se o elo entre o anseio democrático da sociedade e a pauta dos trabalhadores com a realização da Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora), na Praia Grande, em 1981. Os resultados foram inscritos em todo o segundo capítulo da Constituição e garantiram, na sequência, a ascensão e vitória de Lula.
quarta-feira, 29 de setembro de 2021
Os mil dias do governo Bolsonaro
Do site da Contag:
O Brasil enfrentou no segundo ano do governo Bolsonaro uma Pandemia. O governo demorou a reagir e a buscar soluções para a crise, deixando para o Congresso e para os(as) governadores(as) e prefeitos(as) a tarefa de liderar o combate ao vírus. Foi assim com o auxílio emergencial, foi assim com a vacinação, foi assim com o incentivo ao uso de máscaras e isolamento nos momentos mais cruciais da crise. O Brasil ficou para trás no combate à Covid-19, e também na recuperação pós Pandemia. Enquanto os países desenvolvidos fazem planos de investimentos milionários para recuperar o tempo perdido, no Brasil, o Estado continua jogando parado.
O Brasil enfrentou no segundo ano do governo Bolsonaro uma Pandemia. O governo demorou a reagir e a buscar soluções para a crise, deixando para o Congresso e para os(as) governadores(as) e prefeitos(as) a tarefa de liderar o combate ao vírus. Foi assim com o auxílio emergencial, foi assim com a vacinação, foi assim com o incentivo ao uso de máscaras e isolamento nos momentos mais cruciais da crise. O Brasil ficou para trás no combate à Covid-19, e também na recuperação pós Pandemia. Enquanto os países desenvolvidos fazem planos de investimentos milionários para recuperar o tempo perdido, no Brasil, o Estado continua jogando parado.
Vamos derrotar projeto entreguista de Guedes
Por Adilson Araújo, no site da CTB:
Ao participar na segunda-feira (27) de um evento promovido em Brasília pela International Chamber of Commerce (ICC Brasil), o ministro Paulo Guedes disse que tem um plano para impor ao Brasil nos próximos anos. Este pode ser resumido em duas iniciativas: a privatização da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal aliado à sonhada capitalização da Previdência, que seria o fim da Previdência Social Pública.
Ao participar na segunda-feira (27) de um evento promovido em Brasília pela International Chamber of Commerce (ICC Brasil), o ministro Paulo Guedes disse que tem um plano para impor ao Brasil nos próximos anos. Este pode ser resumido em duas iniciativas: a privatização da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal aliado à sonhada capitalização da Previdência, que seria o fim da Previdência Social Pública.
Federação partidária, conquista da democracia
Editorial do site Vermelho:
É difícil apontar, no período recente, um avanço para a democracia tão significativo quanto a adoção das federações partidárias, concretizada nesta segunda-feira (27), no Congresso Nacional. Graças a uma articulação pelo PCdoB – mas que contou com a adesão de partidos de distintos espectros político-ideológicos –, o Senado e a Câmara dos Deputados rejeitaram, em sessão conjunta do Congresso, o veto do presidente Jair Bolsonaro às federações partidárias.
Veto, por sinal, absolutamente estapafúrdio, uma vez que o conjunto das legendas partidárias já havia se manifestado a favor da medida. Os senadores aprovaram, em 2017, o Projeto de Lei do Senado (PLS) Nº 477/2015, que altera duas leis (a dos Partidos Políticos e a das Eleições), “para instituir as federações de partidos políticos”. Na Câmara, onde tramitou como Projeto de Lei (PL) Nº 2.522/2015, a proposta foi igualmente aprovada, em 12 de agosto passado, por 304 votos a 119.
É difícil apontar, no período recente, um avanço para a democracia tão significativo quanto a adoção das federações partidárias, concretizada nesta segunda-feira (27), no Congresso Nacional. Graças a uma articulação pelo PCdoB – mas que contou com a adesão de partidos de distintos espectros político-ideológicos –, o Senado e a Câmara dos Deputados rejeitaram, em sessão conjunta do Congresso, o veto do presidente Jair Bolsonaro às federações partidárias.
Veto, por sinal, absolutamente estapafúrdio, uma vez que o conjunto das legendas partidárias já havia se manifestado a favor da medida. Os senadores aprovaram, em 2017, o Projeto de Lei do Senado (PLS) Nº 477/2015, que altera duas leis (a dos Partidos Políticos e a das Eleições), “para instituir as federações de partidos políticos”. Na Câmara, onde tramitou como Projeto de Lei (PL) Nº 2.522/2015, a proposta foi igualmente aprovada, em 12 de agosto passado, por 304 votos a 119.
terça-feira, 28 de setembro de 2021
No Brasil, a pandemia saiu mais cara
Segunda Classe, 1933/Tarsila do Amaral |
No ano de 2020, a pandemia da Covid-19 impactou profunda e negativamente a economia brasileira. A partir de pesquisa realizada com o objetivo de estimar o custo econômico nacional da pandemia do coronavírus no Brasil, chegou-se ao resultado de R$ 4,4 trilhões, o que equivaleu a quase 60% do Produto Interno Bruto do ano passado.
Ao se considerar o conjunto dos domicílios do país (72,4 milhões), constata-se o valor monetário de 61,1 mil reais de custo econômico para cada moradia no ano de 2020. Se repartir o mesmo custo econômico nacional pelo número de habitantes (211,8 milhões), o valor per capita atinge a quantia individual de R$ 20,9 mil.
O "novo normal" do trabalho na imprensa
Por Daniel Giovanaz, no jornal Brasil de Fato:
“Nunca me senti tão cansada quanto agora. A vida acabou virando o trabalho, e vice-versa. Acho que, presencialmente, isso não acontecia tanto: existia a hora de ir para o trabalho e a hora de voltar. O Whatsapp não piscava o tempo inteiro. A redação não ficava no meu quarto. Não existia essa sensação de que todos os dias são iguais. Mentalmente, eu sinto que nunca desligo.”
O relato é de uma repórter que trabalha em São Paulo (SP) há quase dois anos com a carteira assinada em um dos maiores jornais do Brasil.
Os profissionais que aparecem nesta reportagem foram ouvidos sob condição de anonimato. Os nomes dos veículos em que atuam também foram ocultados a pedido, para evitar identificação.
“Nunca me senti tão cansada quanto agora. A vida acabou virando o trabalho, e vice-versa. Acho que, presencialmente, isso não acontecia tanto: existia a hora de ir para o trabalho e a hora de voltar. O Whatsapp não piscava o tempo inteiro. A redação não ficava no meu quarto. Não existia essa sensação de que todos os dias são iguais. Mentalmente, eu sinto que nunca desligo.”
O relato é de uma repórter que trabalha em São Paulo (SP) há quase dois anos com a carteira assinada em um dos maiores jornais do Brasil.
Os profissionais que aparecem nesta reportagem foram ouvidos sob condição de anonimato. Os nomes dos veículos em que atuam também foram ocultados a pedido, para evitar identificação.
Dono da Havan na CPI. Palco para o palhaço?
Por Fernando Brito, em seu blog:
Será hoje à noite a reunião do comando da CPI da Pandemia na qual se “baterá o martelo” sobre a anunciada convocação do patético Luciano Hang para depor no Senado, em princípio na quarta-feira.
Tomara que não o chamem, porque será um espetáculo degradante, no qual só a decadência dos costumes políticos irá ganhar.
Trata-se de um destes endinheirados recalcados, que procura, com micagens, suprir a falta de qualquer atributo intelectual ou de empatia pessoal.
Do seu caráter, nada mais se precisa falar que as horrendas réplicas de fibra da Estátua da Liberdade, 3.600 quilos de mau gosto e, pior, do seu falso lamento pela mãe “ter morrido sem o tratamento precoce” contra Covid, mesmo tendo aquela pobre senhora tendo sido entupida do tal kit e de ozônio na tal Prevent Senior.
Será hoje à noite a reunião do comando da CPI da Pandemia na qual se “baterá o martelo” sobre a anunciada convocação do patético Luciano Hang para depor no Senado, em princípio na quarta-feira.
Tomara que não o chamem, porque será um espetáculo degradante, no qual só a decadência dos costumes políticos irá ganhar.
Trata-se de um destes endinheirados recalcados, que procura, com micagens, suprir a falta de qualquer atributo intelectual ou de empatia pessoal.
Do seu caráter, nada mais se precisa falar que as horrendas réplicas de fibra da Estátua da Liberdade, 3.600 quilos de mau gosto e, pior, do seu falso lamento pela mãe “ter morrido sem o tratamento precoce” contra Covid, mesmo tendo aquela pobre senhora tendo sido entupida do tal kit e de ozônio na tal Prevent Senior.
A derrota de Bolsonaro
Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:
O capitão Bolsonaro vai perder a eleição do ano que vem. A data está marcada: dia 2 de outubro, no primeiro turno, ou (mais provavelmente) dali a três domingos, no dia 23, no segundo.
Com isso, acaba essa coisa bizarra, o bolsonarismo, uma parcela da opinião pública que segue, acredita e ama o capitão Jair Bolsonaro.
Hoje, já é um segmento pequeno, cujo tamanho está entre 5% e 10% da população adulta (o que não significa que possa ser ignorado).
O fim do bolsonarismo não tem data certa para ocorrer, mas não deve demorar.
A partir do dia em que terminar o governo, começa a murchar, em um processo inexorável.
Fora do poder, o capitão irá paulatinamente perdendo capacidade de manter seus seguidores e atrair novos, pois pouco lhe restará para oferecer no plano emocional e simbólico.
O capitão Bolsonaro vai perder a eleição do ano que vem. A data está marcada: dia 2 de outubro, no primeiro turno, ou (mais provavelmente) dali a três domingos, no dia 23, no segundo.
Com isso, acaba essa coisa bizarra, o bolsonarismo, uma parcela da opinião pública que segue, acredita e ama o capitão Jair Bolsonaro.
Hoje, já é um segmento pequeno, cujo tamanho está entre 5% e 10% da população adulta (o que não significa que possa ser ignorado).
O fim do bolsonarismo não tem data certa para ocorrer, mas não deve demorar.
A partir do dia em que terminar o governo, começa a murchar, em um processo inexorável.
Fora do poder, o capitão irá paulatinamente perdendo capacidade de manter seus seguidores e atrair novos, pois pouco lhe restará para oferecer no plano emocional e simbólico.
segunda-feira, 27 de setembro de 2021
Ratinho e Manhattan sofrem abalos na TV
Por Altamiro Borges
Além da demissão do bolsonarista Alexandre Garcia da CNN-Brasil, outros dois fatos agitaram a mídia nos últimos dias. A TV Cultura anunciou na sexta-feira (24) que encerrou precocemente o contrato com o “Manhattan Connection” – um programa da ultradireita que tinha 28 anos de existência na televisão nativa (boa parte dele na GloboNews).
A atração durou só nove meses na tevê pública paulista. Em maio, ela sofreu um baque com a “saída” da anta do Diogo Mainardi, após seus ataques grosseiros a um entrevistado. Na sequência, Pedro Andrade tirou o time. Ficaram apenas Lucas Mendes e Caio Blinder, únicos remanescentes da bancada original. Agora, o programa chega a um fim melancólico.
Além da demissão do bolsonarista Alexandre Garcia da CNN-Brasil, outros dois fatos agitaram a mídia nos últimos dias. A TV Cultura anunciou na sexta-feira (24) que encerrou precocemente o contrato com o “Manhattan Connection” – um programa da ultradireita que tinha 28 anos de existência na televisão nativa (boa parte dele na GloboNews).
A atração durou só nove meses na tevê pública paulista. Em maio, ela sofreu um baque com a “saída” da anta do Diogo Mainardi, após seus ataques grosseiros a um entrevistado. Na sequência, Pedro Andrade tirou o time. Ficaram apenas Lucas Mendes e Caio Blinder, únicos remanescentes da bancada original. Agora, o programa chega a um fim melancólico.
Charlatão Alexandre Garcia é demitido da CNN
Por Altamiro Borges
Alexandre Garcia, ex-assessor de imprensa do general João Batista Figueiredo na ditadura militar e atual puxa-saco do fascista Jair Bolsonaro, foi finalmente demitido da CNN-Brasil. O motivo do chute no traseiro foi sua persistente difusão de fake news sobre o tal tratamento precoce contra a Covid-19.
Na sexta-feira (24), o charlatão voltou a defender ao vivo a medida rejeitada pela ciência e pelos organismos de saúde. No início da noite, a emissora divulgou uma nota explicando que a rescisão foi tomada especificamente após ele pregar, por inúmeras vezes, o tratamento precoce contra o novo coronavírus. Vale conferir a íntegra do comunicado:
Alexandre Garcia, ex-assessor de imprensa do general João Batista Figueiredo na ditadura militar e atual puxa-saco do fascista Jair Bolsonaro, foi finalmente demitido da CNN-Brasil. O motivo do chute no traseiro foi sua persistente difusão de fake news sobre o tal tratamento precoce contra a Covid-19.
Na sexta-feira (24), o charlatão voltou a defender ao vivo a medida rejeitada pela ciência e pelos organismos de saúde. No início da noite, a emissora divulgou uma nota explicando que a rescisão foi tomada especificamente após ele pregar, por inúmeras vezes, o tratamento precoce contra o novo coronavírus. Vale conferir a íntegra do comunicado:
domingo, 26 de setembro de 2021
Uma injustiça com Jair Messias
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:
O discurso de Jair Messias na ONU deu o que falar.
Choveram críticas duríssimas de tudo que é lado, e não só no Brasil. Foi mundo afora.
O direito à crítica é salutar. Faz parte essencial da democracia. Neste caso específico, porém, sinto que faltou sensibilidade nas críticas.
Uma espécie de injustiça com o presidente.
Afinal, o que ele demonstrou, mais até do que a boçalidade costumeira, foi uma série de falhas na memória.
Por exemplo: não há explicação para o vendaval de deboche só porque o mandatário, com a mesma roupa da viagem, foi flagrado comendo pizza na calçada.
O discurso de Jair Messias na ONU deu o que falar.
Choveram críticas duríssimas de tudo que é lado, e não só no Brasil. Foi mundo afora.
O direito à crítica é salutar. Faz parte essencial da democracia. Neste caso específico, porém, sinto que faltou sensibilidade nas críticas.
Uma espécie de injustiça com o presidente.
Afinal, o que ele demonstrou, mais até do que a boçalidade costumeira, foi uma série de falhas na memória.
Por exemplo: não há explicação para o vendaval de deboche só porque o mandatário, com a mesma roupa da viagem, foi flagrado comendo pizza na calçada.
"Vamos recuperar o Estado" no Chile
“Acredito que, sem dúvida, a nova Constituição política tem que nos permitir recuperar o Estado chileno, que hoje não nos pertence. A ditadura o entregou aos grupos econômicos para que fizessem uma festança com nossas riquezas. Eles saquearam o Estado, nossas empresas públicas foram entregues a grupos privados a preço vil, foi praticamente um presente da ditadura”.
A afirmação é de Hugo Gutiérrez, eleito em maio um dos 155 redatores da nova Constituição chilena – a primeira depois da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Ex-deputado federal, destacada liderança do Partido Comunista do Chile, advogado de presos políticos, Gutierrez defende a necessidade de “recuperar o cobre, o lítio, a biomassa marinha, o espectro radioelétrico, r tantas riquezas que atualmente estão nas mãos de grupos privados. Esta devolução tem que estar garantida na nova Constituição”.
A afirmação é de Hugo Gutiérrez, eleito em maio um dos 155 redatores da nova Constituição chilena – a primeira depois da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Ex-deputado federal, destacada liderança do Partido Comunista do Chile, advogado de presos políticos, Gutierrez defende a necessidade de “recuperar o cobre, o lítio, a biomassa marinha, o espectro radioelétrico, r tantas riquezas que atualmente estão nas mãos de grupos privados. Esta devolução tem que estar garantida na nova Constituição”.
Bolsonaro e o golpe
Por Frei Betto, em seu site:
Muitos esperavam que Bolsonaro desse um golpe de Estado em 7 de setembro: mobilizaria multidões, fecharia o Congresso e o STF e realizaria seu sonho, governar como ditador. Para tanto, os caminhoneiros exerceriam papel preponderante, como ocorreu no Chile em 1973 para emplacar a ditadura de Pinochet. Eles bloqueariam as estradas, paralisariam a economia brasileira, e invadiriam sedes de instituições republicanas.
O tiro saiu pela culatra. Com exceção de São Paulo, as manifestações tiveram pouca adesão (a maioria familiares de policiais civis e militares), o bloqueio das rodovias durou poucas horas e o Congresso e o STF não foram invadidos.
Muitos esperavam que Bolsonaro desse um golpe de Estado em 7 de setembro: mobilizaria multidões, fecharia o Congresso e o STF e realizaria seu sonho, governar como ditador. Para tanto, os caminhoneiros exerceriam papel preponderante, como ocorreu no Chile em 1973 para emplacar a ditadura de Pinochet. Eles bloqueariam as estradas, paralisariam a economia brasileira, e invadiriam sedes de instituições republicanas.
O tiro saiu pela culatra. Com exceção de São Paulo, as manifestações tiveram pouca adesão (a maioria familiares de policiais civis e militares), o bloqueio das rodovias durou poucas horas e o Congresso e o STF não foram invadidos.
Bolsonaro aplicou um golpe no bolsonarismo
Por Moisés Mendes, em seu blog:
Vamos imaginar, com outros temas e em outras situações, as frases de Bolsonaro, na entrevista à Veja, com a garantia de que não dará um golpe e não vai melar a eleição do ano que vem.
Imaginemos que ele dissesse também que a família não irá mais se envolver com milicianos. E que a partir de agora desistirá de vender cloroquina, porque está na cara que o remédio é um mau milagre e um mau negócio.
Bolsonaro causaria espanto se anunciasse que a família viverá de acordo com as leis e que ele desistiu de ser o que é. Mas a notícia de que ele não aplicará um golpe é recebida com certa naturalidade.
Parece normal que Bolsonaro possa decidir se haverá golpe ou não. Não só que não se envolverá com um golpe, como já está conformado com a urna eletrônica. Para Bolsonaro, como os militares participarão de estudos do TSE que reforcem o processo eleitoral, isso lhe dá segurança.
Vamos imaginar, com outros temas e em outras situações, as frases de Bolsonaro, na entrevista à Veja, com a garantia de que não dará um golpe e não vai melar a eleição do ano que vem.
Imaginemos que ele dissesse também que a família não irá mais se envolver com milicianos. E que a partir de agora desistirá de vender cloroquina, porque está na cara que o remédio é um mau milagre e um mau negócio.
Bolsonaro causaria espanto se anunciasse que a família viverá de acordo com as leis e que ele desistiu de ser o que é. Mas a notícia de que ele não aplicará um golpe é recebida com certa naturalidade.
Parece normal que Bolsonaro possa decidir se haverá golpe ou não. Não só que não se envolverá com um golpe, como já está conformado com a urna eletrônica. Para Bolsonaro, como os militares participarão de estudos do TSE que reforcem o processo eleitoral, isso lhe dá segurança.
1.000 dias de um governo sem rumo
Por Fernando Brito, em seu blog:
Dão os jornais que Bolsonaro planeja “viagens triunfais” para comemorar a passagem dos mil dias de seu governo.
Uma ou outra cerimônias formais, de autorização de obras que ninguém sabe se irão sair e, de concreto, a abertura de dois trechos da duplicação da BR-116 e da BR-101. de 5 km cada, são um nada em estradas que contam o Brasil em extensões de mais de 4.500 km cada uma.
Talvez seja bom para passeio de motos com seus simpatizantes, mas está quilômetros abaixo das necessidades do Brasil em matéria de infraestrutura.
Concluem-se, aqui e ali, porções de obras iniciadas dez anos antes, assinam-se contratos de privatização, concessão um tanto quanto obscuros, lançam-se “parcerias” para a implantação de uma ou outra ferrovia.
Dão os jornais que Bolsonaro planeja “viagens triunfais” para comemorar a passagem dos mil dias de seu governo.
Uma ou outra cerimônias formais, de autorização de obras que ninguém sabe se irão sair e, de concreto, a abertura de dois trechos da duplicação da BR-116 e da BR-101. de 5 km cada, são um nada em estradas que contam o Brasil em extensões de mais de 4.500 km cada uma.
Talvez seja bom para passeio de motos com seus simpatizantes, mas está quilômetros abaixo das necessidades do Brasil em matéria de infraestrutura.
Concluem-se, aqui e ali, porções de obras iniciadas dez anos antes, assinam-se contratos de privatização, concessão um tanto quanto obscuros, lançam-se “parcerias” para a implantação de uma ou outra ferrovia.
sábado, 25 de setembro de 2021
Dudu Bananinha é punido por ataque misógino
Por Altamiro Borges
Nesta quarta-feira (22), a Justiça negou recurso do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e manteve a decisão que determina que pague indenização de R$ 35 mil por danos morais à jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha. A decisão, tomada na 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi unânime contra os ataques de "conteúdo misógino" do filhote 03 do presidente da República.
Nesta quarta-feira (22), a Justiça negou recurso do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e manteve a decisão que determina que pague indenização de R$ 35 mil por danos morais à jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha. A decisão, tomada na 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi unânime contra os ataques de "conteúdo misógino" do filhote 03 do presidente da República.
Centrão já discute como descartar Bolsonaro
Por Altamiro Borges
Com os novos vexames internacionais (ONU) e nacionais e as pesquisas frescas comprovando a persistente perda de popularidade, o desânimo toma conta do laranjal. Em matéria publicada na Folha, a jornalista Mônica Bergamo revelou que "líderes do Centrão já discutem possibilidade de Bolsonaro não disputar as eleições em 2022". Seu objetivo seria evitar a cadeia!
Segundo a matéria, a possibilidade do fascista não concorrer já é discutida nos bastidores de Brasília. "Por esse raciocínio, em vez de insistir em contestar a eleição em caso de dificuldades de vitória, presidente escolheria outro candidato para apoiar, escapando da derrota fragorosa nas urnas".
Com os novos vexames internacionais (ONU) e nacionais e as pesquisas frescas comprovando a persistente perda de popularidade, o desânimo toma conta do laranjal. Em matéria publicada na Folha, a jornalista Mônica Bergamo revelou que "líderes do Centrão já discutem possibilidade de Bolsonaro não disputar as eleições em 2022". Seu objetivo seria evitar a cadeia!
Segundo a matéria, a possibilidade do fascista não concorrer já é discutida nos bastidores de Brasília. "Por esse raciocínio, em vez de insistir em contestar a eleição em caso de dificuldades de vitória, presidente escolheria outro candidato para apoiar, escapando da derrota fragorosa nas urnas".
Comandante da Aeronáutica endossa racismo
Por Altamiro Borges
Só dá milico reacionário no laranjal de Jair Bolsonaro. O site Metrópoles revela agora que o comandante da aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, adora endossar no Twitter as postagens racistas e provocadoras do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo.
Em um dos posts endossados pelo oficial, em 19 de setembro, o fascistoide chamou os militantes do movimento negro de “afromimizentos” e ainda agradeceu ao presidente da República por permitir fazer com que a Fundação Palmares deixe de ser uma “senzala vitimista”. Haja canalhice!
Só dá milico reacionário no laranjal de Jair Bolsonaro. O site Metrópoles revela agora que o comandante da aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, adora endossar no Twitter as postagens racistas e provocadoras do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo.
Em um dos posts endossados pelo oficial, em 19 de setembro, o fascistoide chamou os militantes do movimento negro de “afromimizentos” e ainda agradeceu ao presidente da República por permitir fazer com que a Fundação Palmares deixe de ser uma “senzala vitimista”. Haja canalhice!
Presidente da Funai virá réu por improbidade
Munduruku/Santarém-PA |
No reinado fascista e insano de Jair Bolsonaro, a Funai virou um órgão visceralmente contra as comunidades indígenas. O jornal Estadão informou nesta quarta-feira (22) que "a Justiça Federal em Santarém (PA) tornou réu o presidente da Fundação Nacional do Índio, Marcelo Xavier". Ele é acusado de descumprir seis ordens judiciais.
Segundo a matéria, “a decisão está atrelada a um processo em que o Ministério Público Federal (MPF) acusa o chefe da autarquia de improbidade administrativa, por desobedecer várias decisões de um acordo judicial em que a Funai se comprometeu a avançar na demarcação do território indígena Munduruku, em Santarém".
sexta-feira, 24 de setembro de 2021
O FMI e o bloqueio econômico à Venezuela
Por Jesús Faría
Nosso povo foi submetido a um criminoso estrangulamento econômico pelo imperialismo estadunidense com terríveis consequências no desempenho da economia nacional e nas condições de vida da população. A todos os ultrajes cometidos, soma-se agora a decisão do FMI de excluir a Venezuela, de forma absolutamente ilegal e arbitrária, da atribuição dos Direitos Especiais de Saque (DES) recentemente emitidos para reanimar a economia mundial.
A pandemia produziu uma das maiores crises econômicas das últimas décadas e, diante disso, os mecanismos de regulação da economia global têm sido acionados para conter os transtornos que obstruem as condições favoráveis à acumulação de capital.
Nosso povo foi submetido a um criminoso estrangulamento econômico pelo imperialismo estadunidense com terríveis consequências no desempenho da economia nacional e nas condições de vida da população. A todos os ultrajes cometidos, soma-se agora a decisão do FMI de excluir a Venezuela, de forma absolutamente ilegal e arbitrária, da atribuição dos Direitos Especiais de Saque (DES) recentemente emitidos para reanimar a economia mundial.
A pandemia produziu uma das maiores crises econômicas das últimas décadas e, diante disso, os mecanismos de regulação da economia global têm sido acionados para conter os transtornos que obstruem as condições favoráveis à acumulação de capital.
Todos contra a reforma administrativa
Por Marcos Verlaine, no site do Diap:
Está em discussão em comissão da Câmara dos Deputados, proposta (PEC 32/20) que reduz o tamanho e o papel do Estado brasileiro. É mais uma contrarreforma de caráter neoliberal, esta chamada de “Administrativa”. Tal como foi a trabalhista e a previdenciária. Prejudica os servidores públicos federais, estaduais e municipais. E também os trabalhadores “celetistas”, já que esses são os que mais usam e dependem dos serviços públicos. Todavia, essa luta não é apenas do funcionalismo. A luta é de todos contra a “reforma”. Entenda.
Está em discussão em comissão da Câmara dos Deputados, proposta (PEC 32/20) que reduz o tamanho e o papel do Estado brasileiro. É mais uma contrarreforma de caráter neoliberal, esta chamada de “Administrativa”. Tal como foi a trabalhista e a previdenciária. Prejudica os servidores públicos federais, estaduais e municipais. E também os trabalhadores “celetistas”, já que esses são os que mais usam e dependem dos serviços públicos. Todavia, essa luta não é apenas do funcionalismo. A luta é de todos contra a “reforma”. Entenda.
Lei antiterrorismo ameaça a democracia
7S Fora Bolsonaro e Grito dos Excluídos e Excluídas, RJ Foto: Pablo Vergara |
Atualmente o Brasil enfrenta uma crise sanitária que se aproxima de 600 mil vidas perdidas para a pandemia do Coronavírus, uma crise econômica com o aumento do desemprego, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) atinge 14,7% da população ativa, além de uma pandemia de fome, que já afeta 9% da população, somando 19 milhões de brasileiros que passam fome ou convivem com a insegurança alimentar, sem acesso permanente aos alimentos, conforme dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN). Por outro, lado o governo Bolsonaro vetou pela segunda vez o Projeto de Lei Assis Carvalho II (PL 823/2021), aprovado pelo Congresso Nacional para socorrer a agricultura familiar camponesa com auxílio emergencial.
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
Prevent Senior e a subnotificação seletiva
Por Fernando Brito, em seu blog:
A reportagem de Ana Clara Costa, na revista Piauí, e o atestado de óbito mostrado pelos senadores Otto Alencar e Randolfe Rodrigues, revelando que as mortes do médico cloroquinista Antonio Wong e Regina Hang, mãe do dono das lojas Havan, embora diagnosticados com Covid, tiveram esta informação omitida no registros mortuários, mostra uma inacreditável manipulação para esconder a doença em pacientes “selecionados”, que poderiam ser um forte questionamento ao charlatanismo do “tratamento precoce”.
A reportagem de Ana Clara Costa, na revista Piauí, e o atestado de óbito mostrado pelos senadores Otto Alencar e Randolfe Rodrigues, revelando que as mortes do médico cloroquinista Antonio Wong e Regina Hang, mãe do dono das lojas Havan, embora diagnosticados com Covid, tiveram esta informação omitida no registros mortuários, mostra uma inacreditável manipulação para esconder a doença em pacientes “selecionados”, que poderiam ser um forte questionamento ao charlatanismo do “tratamento precoce”.
A mentira como principal política de Estado
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Ah, que preguiça!
Comentar sobre o discurso de Bolsonaro na tribuna da ONU é chover no molhado.
Alguém tinha dúvida de que o inominável cobriria mais uma vez o Brasil de vergonha?
Esperar o que de um sujeito que não tem estatura nem para falar em reunião de boteco ou assembleia de condomínio?
Mas o buraco é mais embaixo. Há que se questionar a intocabilidade da tradição que confere ao Brasil o privilégio de abrir as assembleias gerais. Por representar a negação de todos os valores da ONU, Bolsonaro deveria ser impedido de discursar, ou pelo menos de fazer a fala inaugural.
Ah, que preguiça!
Comentar sobre o discurso de Bolsonaro na tribuna da ONU é chover no molhado.
Alguém tinha dúvida de que o inominável cobriria mais uma vez o Brasil de vergonha?
Esperar o que de um sujeito que não tem estatura nem para falar em reunião de boteco ou assembleia de condomínio?
Mas o buraco é mais embaixo. Há que se questionar a intocabilidade da tradição que confere ao Brasil o privilégio de abrir as assembleias gerais. Por representar a negação de todos os valores da ONU, Bolsonaro deveria ser impedido de discursar, ou pelo menos de fazer a fala inaugural.
Prevent Senior deixa CPI da Covid estarrecida
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
As denúncias reveladas no depoimento do diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, nesta quarta-feira (22), foram consideradas por senadores da CPI da Covid como “estarrecedoras”, como classificou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). O representante da operadora admitiu que, depois de 14 dias de internação ou 21 de terapia intensiva, as orientações no hospital eram para mudar o dignóstico de Covid para outra doença. Depois da quarentena, os pacientes eram transferidos para enfermarias ou quartos, para “tratamento paliativo”, e teriam a CID (classificação internacional de doença) alterada.
Governador do Amazonas vira réu no STJ
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:
O Brasil e o mundo inteiro assistiram ao desespero que viveu o Amazonas desde o início da pandemia, em março de 2020. O estado passou por duas fortes ondas, perdendo milhares de vidas, muitas delas por colapso na saúde e por puro descaso do poder público.
Na primeira onda, entre abril e maio de 2020, o estado foi o primeiro do País a entrar em colapso no sistema de saúde, por conta do alto número de infectados, do aumento de internações e pela falta de leitos e equipamentos nos hospitais, ou seja porque o governo não se preparou para enfrentar o problema, para salvar vidas.
O Brasil e o mundo inteiro assistiram ao desespero que viveu o Amazonas desde o início da pandemia, em março de 2020. O estado passou por duas fortes ondas, perdendo milhares de vidas, muitas delas por colapso na saúde e por puro descaso do poder público.
Na primeira onda, entre abril e maio de 2020, o estado foi o primeiro do País a entrar em colapso no sistema de saúde, por conta do alto número de infectados, do aumento de internações e pela falta de leitos e equipamentos nos hospitais, ou seja porque o governo não se preparou para enfrentar o problema, para salvar vidas.
Ao mentir na ONU, Bolsonaro fica ainda menor
Editorial do site Vermelho:
Não convinha nutrir expectativas elevadas com o discurso de Jair Bolsonaro, na sessão de abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (21), em Nova York (EUA). Mas era razoável supor que o presidente brasileiro dificilmente conseguiria sair das Nações Unidas menor do que entrou, haja vista a rejeição já recorde a seu governo, a crise generalizada no Brasil e a imagem tão deteriorada do País na comunidade internacional.
Não convinha nutrir expectativas elevadas com o discurso de Jair Bolsonaro, na sessão de abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (21), em Nova York (EUA). Mas era razoável supor que o presidente brasileiro dificilmente conseguiria sair das Nações Unidas menor do que entrou, haja vista a rejeição já recorde a seu governo, a crise generalizada no Brasil e a imagem tão deteriorada do País na comunidade internacional.
Na ONU, Bolsonaro discursou para sua escória
Por Jeferson Miola, em seu blog:
No discurso na ONU Bolsonaro foi Bolsonaro. Aliás, foi transparentemente Bolsonaro.
Como sempre, recitou mentiras, disparates, delírios e reafirmou sua cosmovisão fascista e reacionária. Bolsonaro se postou como se estivesse conversando com apoiadores no chiqueirinho do Alvorada.
No conteúdo do discurso, ele simplesmente ignorou a enorme audiência planetária que costuma acompanhar o principal evento anual das Nações Unidas – que, decerto, ficou assombrada com as barbaridades que ouviu.
Bolsonaro não se referiu aos temas centrais da agenda internacional da atualidade, apenas desfilou questões doutrinárias e ideológicas que conformam o ideário da extrema-direita: “família tradicional”, anticomunismo, fundamentalismo religioso, negacionismo e ataques à democracia.
No discurso na ONU Bolsonaro foi Bolsonaro. Aliás, foi transparentemente Bolsonaro.
Como sempre, recitou mentiras, disparates, delírios e reafirmou sua cosmovisão fascista e reacionária. Bolsonaro se postou como se estivesse conversando com apoiadores no chiqueirinho do Alvorada.
No conteúdo do discurso, ele simplesmente ignorou a enorme audiência planetária que costuma acompanhar o principal evento anual das Nações Unidas – que, decerto, ficou assombrada com as barbaridades que ouviu.
Bolsonaro não se referiu aos temas centrais da agenda internacional da atualidade, apenas desfilou questões doutrinárias e ideológicas que conformam o ideário da extrema-direita: “família tradicional”, anticomunismo, fundamentalismo religioso, negacionismo e ataques à democracia.
No discurso da vergonha, o medo de Lula
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
O discurso que o Itamaraty preparou para Bolsonaro ler na ONU buscava melhorar a imagem do país e de seu governante.
Já em Nova York, Bolsonaro e seu filho Eduardo enxertaram os "cacos" ideológicos e negacionistas que produziram críticas caudalosos mundo afora, para vergonha dos brasileiros, em meio a delírios mitômanos sobre um êxito inexistente. Bolsonaro mentiu diante do mundo da primeira à última linha.
Os "cacos" ideológicos, como a pregação do uso de drogas ineficazes, o famigerado tratamento precoce, e a negação do passaporte vacinal, foram afagos na extrema direita interna e externa, que está festejando o discurso da mentira e da vergonha.
Já foram muito comentadas as mentiras sobre êxitos do governo em áreas onde ele é fracasso, como meio ambiente, combate à pandemia, gestão econômica, combate ao racismo, proteção aos índios e tudo o mais.
O discurso que o Itamaraty preparou para Bolsonaro ler na ONU buscava melhorar a imagem do país e de seu governante.
Já em Nova York, Bolsonaro e seu filho Eduardo enxertaram os "cacos" ideológicos e negacionistas que produziram críticas caudalosos mundo afora, para vergonha dos brasileiros, em meio a delírios mitômanos sobre um êxito inexistente. Bolsonaro mentiu diante do mundo da primeira à última linha.
Os "cacos" ideológicos, como a pregação do uso de drogas ineficazes, o famigerado tratamento precoce, e a negação do passaporte vacinal, foram afagos na extrema direita interna e externa, que está festejando o discurso da mentira e da vergonha.
Já foram muito comentadas as mentiras sobre êxitos do governo em áreas onde ele é fracasso, como meio ambiente, combate à pandemia, gestão econômica, combate ao racismo, proteção aos índios e tudo o mais.
Juntar forças para formar uma maioria
Por Roberto Amaral, em seu blog:
O “Fora Bolsonaro!”, a palavra de ordem que unifica a ação das massas, cobra da esquerda socialista a tarefa pedagógica de denúncia da sociedade de classes. A campanha pelo impeachment, portanto, é, a um tempo, tática e estratégica, pelo seu claro objeto, em si, e por constituir espaço privilegiado para a retomada do papel de sujeito pelo movimento popular. Para além da remoção do entulho presidencial nosso objetivo mira a construção de um novo pacto que aponte para uma nova ordem econômico-social. Não há hierarquia de metas, mas simultaneidade na ação.
O “Fora Bolsonaro!”, a palavra de ordem que unifica a ação das massas, cobra da esquerda socialista a tarefa pedagógica de denúncia da sociedade de classes. A campanha pelo impeachment, portanto, é, a um tempo, tática e estratégica, pelo seu claro objeto, em si, e por constituir espaço privilegiado para a retomada do papel de sujeito pelo movimento popular. Para além da remoção do entulho presidencial nosso objetivo mira a construção de um novo pacto que aponte para uma nova ordem econômico-social. Não há hierarquia de metas, mas simultaneidade na ação.
Primavera?
La puerta, 1966/Juan Genovés |
Quais surpresas nos trará a primavera? Do jeito que as coisas estão será uma mistura de um gélido inverno, um tórrido verão e um desolado outono.
Para os trabalhadores a situação é desesperadora e, em certos aspectos, desmoralizante. O desemprego desorganiza e amedronta, o salário despenca e os direitos são pisoteados; sopra um vento mau contra a classe.
Para o movimento sindical, que representa o núcleo duro do mundo do trabalho, as dificuldades são terríveis.
Há uma contradição entre o conjunto das tarefas a serem enfrentadas – tarefas que dizem respeito à toda mala vita dos trabalhadores – e a capacidade de ação dos sindicatos, limitada ainda aos representados formais e ainda mais pelo garroteamento sucessivo dela.
quarta-feira, 22 de setembro de 2021
terça-feira, 21 de setembro de 2021
A Folha e a regulação da mídia
Por Dilma Rousseff, em seu site:
Há uma semana, um repórter da Folha de S.Paulo encaminhou a seguinte pergunta à minha assessoria de imprensa:
“Por que o projeto de lei elaborado no governo Lula não avançou no governo dela, e por que nem mesmo foi submetido a consulta pública?”
Na segunda-feira, publicou a matéria Lula pressiona PT a retomar debate sobre regulação da mídia, mas sem a minha resposta.
Eis a íntegra do que foi minha resposta ao jornal:
ONU mostra que Bolsonaro é incontrolável
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:
A chamada “carta da rendição”, após a fracassada tentativa de golpe do 7 de setembro, criou a expectativa, entre os discípulos do Doutor Pangloss, de que Bolsonaro poderia, de alguma forma, ser controlado pelas instituições e domesticado pelos grandes interesses econômicos, que desejam um chefe de Estado que não atrapalhe os importantes negócios internacionais.
A tênue ilusão durou pouco.
Na abertura da Assembleia Geral da ONU, Bolsonaro voltou a usar o maior palco mundial como palanque eleitoreiro e como plataforma privilegiada para divulgação de fake news destinadas a açular os fanáticos que ainda o seguem.
A chamada “carta da rendição”, após a fracassada tentativa de golpe do 7 de setembro, criou a expectativa, entre os discípulos do Doutor Pangloss, de que Bolsonaro poderia, de alguma forma, ser controlado pelas instituições e domesticado pelos grandes interesses econômicos, que desejam um chefe de Estado que não atrapalhe os importantes negócios internacionais.
A tênue ilusão durou pouco.
Na abertura da Assembleia Geral da ONU, Bolsonaro voltou a usar o maior palco mundial como palanque eleitoreiro e como plataforma privilegiada para divulgação de fake news destinadas a açular os fanáticos que ainda o seguem.
O "limpador de para-brisas" na ONU
Por Fernando Brito, em seu blog:
A única novidade no discurso de Jair Bolsonaro foi que, por colocarem dois teleprompters, a cabeça do presidente brasileiro parecia um limpador de para-brisas, virando seguidamente, a cada frase, para uma leitura mecânica de um texto que só não é uma comédia porque representa uma desgraça para milhões de pessoas.
O Brasil, disse ele, estava “à beira do socialismo” e por ele foi salvo deste terror. Hein? Se alguém souber de algum patrimônio confiscado, alguma fábrica estatizada, alguma fazenda transformada em cooperativa, por favor, cartas para a redação.
O resto do discurso foi tão veraz como esta parte.
Com Bolsonaro, reduziu-se o desmatamento, só que aumentou.
A única novidade no discurso de Jair Bolsonaro foi que, por colocarem dois teleprompters, a cabeça do presidente brasileiro parecia um limpador de para-brisas, virando seguidamente, a cada frase, para uma leitura mecânica de um texto que só não é uma comédia porque representa uma desgraça para milhões de pessoas.
O Brasil, disse ele, estava “à beira do socialismo” e por ele foi salvo deste terror. Hein? Se alguém souber de algum patrimônio confiscado, alguma fábrica estatizada, alguma fazenda transformada em cooperativa, por favor, cartas para a redação.
O resto do discurso foi tão veraz como esta parte.
Com Bolsonaro, reduziu-se o desmatamento, só que aumentou.
Bolsonaro espalha fake news na ONU
Do site Vermelho:
Jair Bolsonaro protagonizou nesta terça-feira (21) um dos capítulos mais vergonhosos para o Brasil na história das ONU (Organização das Nações Unidas). Ao discursar nesta terça-feira (21) na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA), o presidente espalhou fake news diante de quase duas centenas de chefes de Estado. Foram 12 minutos de mentiras, contradições e retrocessos.
Entre outros pontos, Bolsonaro defendeu o tratamento precoce contra a Covid-19 (cuja ineficácia é comprovada), criticou o passaporte sanitário e disse que o Brasil estava “à beira do socialismo” antes de assumir o governo. “O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo”, tergiversou.
Jair Bolsonaro protagonizou nesta terça-feira (21) um dos capítulos mais vergonhosos para o Brasil na história das ONU (Organização das Nações Unidas). Ao discursar nesta terça-feira (21) na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA), o presidente espalhou fake news diante de quase duas centenas de chefes de Estado. Foram 12 minutos de mentiras, contradições e retrocessos.
Entre outros pontos, Bolsonaro defendeu o tratamento precoce contra a Covid-19 (cuja ineficácia é comprovada), criticou o passaporte sanitário e disse que o Brasil estava “à beira do socialismo” antes de assumir o governo. “O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo”, tergiversou.
Recuo tático ou debandada geral?
Por Paulo Nogueira Batista Jr.
Depois de todos os tumultos, arruaças e ameaças produzidos por Bolsonaro e seus seguidores nas últimas semanas, onde ficamos afinal? Que balanço se pode fazer? Pergunta fácil de fazer, mas praticamente impossível de responder com segurança. Tento, mesmo assim, pois ela tem importância inegável.
Bolsonaro vinha se enfraquecendo desde o início do ano, como sabemos, e corria riscos jurídicos e políticos crescentes – seus filhos e ele mesmo. Resolveu dar uma demonstração de força no dia 7 de setembro. Conseguiu? Sim e não. Colocou multidões vociferantes na rua, em Brasília e, sobretudo, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Apesar disso, e para decepção da sua base mais radical, resolveu recuar logo em seguida. Deu uma demonstração de força, mas logo depois uma de fraqueza?
Depois de todos os tumultos, arruaças e ameaças produzidos por Bolsonaro e seus seguidores nas últimas semanas, onde ficamos afinal? Que balanço se pode fazer? Pergunta fácil de fazer, mas praticamente impossível de responder com segurança. Tento, mesmo assim, pois ela tem importância inegável.
Bolsonaro vinha se enfraquecendo desde o início do ano, como sabemos, e corria riscos jurídicos e políticos crescentes – seus filhos e ele mesmo. Resolveu dar uma demonstração de força no dia 7 de setembro. Conseguiu? Sim e não. Colocou multidões vociferantes na rua, em Brasília e, sobretudo, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Apesar disso, e para decepção da sua base mais radical, resolveu recuar logo em seguida. Deu uma demonstração de força, mas logo depois uma de fraqueza?
Fantástico expõe bolsonaristas armados
Por Lucas Rocha, na revista Fórum:
O Fantástico, da TV Globo, exibiu neste domingo (19) uma reportagem que mostra que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estão se aproveitando de licença ambiental para caçar javalis para ampliar o armamento no Brasil.
Conforme destacou a reportagem, a única modalidade de caça permitida no Brasil é a de javalis, que são considerados praga ambiental.
Pessoas que querem se armar e fazer a caça como esporte se aproveitam de brechas legais a partir do animal.
A revista eletrônica destacou, inclusive, que o número de javalis triplicou desde que a autorização surgiu, em 2013.
O Fantástico, da TV Globo, exibiu neste domingo (19) uma reportagem que mostra que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estão se aproveitando de licença ambiental para caçar javalis para ampliar o armamento no Brasil.
Conforme destacou a reportagem, a única modalidade de caça permitida no Brasil é a de javalis, que são considerados praga ambiental.
Pessoas que querem se armar e fazer a caça como esporte se aproveitam de brechas legais a partir do animal.
A revista eletrônica destacou, inclusive, que o número de javalis triplicou desde que a autorização surgiu, em 2013.
Chorei por causa do MST
Cooperativas do MST são as maiores produtoras de arroz orgânico da América Latina. Foto: Tiago Giannichini |
Depois de vários meses, nessa semana acabou meu período de silêncio... Calma, não é uma promessa ou um silêncio absoluto (até porque fico quase o dia todo falando), mas quando estamos fazendo operações financeiras, o órgão regulador (no caso a CVM) não nos permite falar sobre o assunto.
Provavelmente você leu ou ouviu alguém falar sobre uma operação revolucionária do mercado financeiro com cooperativas ligadas ao MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Muitas pessoas questionaram: por que a Gaia resolveu trabalhar com o “polêmico” Movimento??? Findo o período de silêncio... agora eu posso falar... vem comigo!!!
ONU aceita Bolsonaro como aberração
Por Moisés Mendes, em seu blog:
Bolsonaro é uma invenção do brasileiro macho de extrema direita associado ao brasileiro médio em crise de identidade e de caráter, e não o contrário. Os eleitores de Bolsonaro não existem necessariamente porque Bolsonaro passou a existir.
Eles já existiam antes, extraviados ou misturados, na realidade mais recente, a tucanos e pefelistas.
Bolsonaro recrutou e agrupou o pessoal extremado e mais os embarcados circunstanciais, que talvez não fossem cúmplices da extrema direita se Bolsonaro não fosse o que é.
Bolsonaro nos põe diante do dilema do ovo e da galinha do fascismo brasileiro movido por ideologia, desalento, ódio da política, perseguição às esquerdas, ignorância e busca por algo que se apresente como o novo, mesmo que todos saibam que é o velho.
Estadão e a “suposta inocência” de Lula
Foto: Ricardo Stuckert |
Em editorial publicado nesta segunda-feira (20), o jornal Estado de S. Paulo mostra que não tem o menor pudor em reescrever as leis quando o objetivo é atacar a imagem de Lula.
Em mais uma inovação retórica que subestima a inteligência dos leitores, o diário usa a expressão “suposta inocência” para se referir ao ex-presidente.
O texto, recheado de ataques, é divulgado na esteira da pesquisa Datafolha que confirma o favoritismo de Lula na disputa presidencial de 2022.
Entusiasta da terceira via, Estadão ainda não digeriu a derrota imposta à Lava Jato pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, que declarou Sergio Moro parcial no caso triplex e, em outra frente, confirmou a decisão do ministro Edson Fachin, que retirou todos os processos fabricados contra Lula das mãos da força-tarefa de Curitiba, determinando sua redistribuição para as varas competentes.
Inflação de Bolsonaro penaliza os mais pobres
Por Altamiro Borges
A inflação no desgoverno de Jair Bolsonaro segue atormentando os brasileiros, principalmente os mais pobres. O Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea), órgão do próprio governo federal, aponta que a alta dos preços para as famílias de renda baixa e muito baixa registrou aumento de 0,91%, em agosto, chegando a 10,63% no acumulado nos últimos 12 meses.
“A pressão inflacionária continua maior nas classes de rendas mais baixas comparativamente à observada nos grupos de renda mais alta. Em agosto, enquanto a inflação nestas camadas foi de 0,91%, nas famílias do estrato superior de renda ela apresentou variação mais amena (0,78%)”, afirma Maria Andréia Lameiras, economista do Ipea e responsável pela pesquisa.
A inflação no desgoverno de Jair Bolsonaro segue atormentando os brasileiros, principalmente os mais pobres. O Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea), órgão do próprio governo federal, aponta que a alta dos preços para as famílias de renda baixa e muito baixa registrou aumento de 0,91%, em agosto, chegando a 10,63% no acumulado nos últimos 12 meses.
“A pressão inflacionária continua maior nas classes de rendas mais baixas comparativamente à observada nos grupos de renda mais alta. Em agosto, enquanto a inflação nestas camadas foi de 0,91%, nas famílias do estrato superior de renda ela apresentou variação mais amena (0,78%)”, afirma Maria Andréia Lameiras, economista do Ipea e responsável pela pesquisa.
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
domingo, 19 de setembro de 2021
Bolsonaro anuncia o fim das motociatas
Por Altamiro Borges
O bolsonarista-raiz está deprimido. Após elogiar a China, trair o locaute dos caminhoneiros e assinar a "carta de arrego", Jair Bolsonaro anuncia agora o fim das "motociatas". Diante dos seus seguidores, no chiqueirinho no Palácio da Alvorada, ele justificou a decisão com o estranho argumento de que "o risco é muito grande". Antes não havia perigo?
Sondado por um apoiador sobre o passeio de motos agendado para 25 de setembro em Ponta Grossa (PR), o presidente choramingou: “É, deve ser, talvez, a última. Já tinha sido marcada e por isso a gente vai honrar o compromisso aí. O risco é muito grande, tá?”. A cena patética foi registrada por um youtuber bolsonarista. A frustração foi visível entre os seguidores!
O bolsonarista-raiz está deprimido. Após elogiar a China, trair o locaute dos caminhoneiros e assinar a "carta de arrego", Jair Bolsonaro anuncia agora o fim das "motociatas". Diante dos seus seguidores, no chiqueirinho no Palácio da Alvorada, ele justificou a decisão com o estranho argumento de que "o risco é muito grande". Antes não havia perigo?
Sondado por um apoiador sobre o passeio de motos agendado para 25 de setembro em Ponta Grossa (PR), o presidente choramingou: “É, deve ser, talvez, a última. Já tinha sido marcada e por isso a gente vai honrar o compromisso aí. O risco é muito grande, tá?”. A cena patética foi registrada por um youtuber bolsonarista. A frustração foi visível entre os seguidores!
Brasil, o país inacreditável
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:
Acreditem: nada mais é inacreditável. Sim, é um paradoxo mas de paradoxos a vida do brasileiro se alimenta ainda mais que ficaram proibitivas a carne, o arroz, o pão, o leite etc. O Brasil sempre teve essa fama de lugar que o Inacreditável escolheu para fixar residência. Mas os acontecimentos dos últimos anos levaram o conceito às raias da loucura.
Antes, aqui e ali, tomávamos um susto do Inacreditável. Hoje, o espanto acabou. O Inacreditável passou a ser o nosso entorno. Comemos, bebemos e respiramos o Inacreditável. Surpresa acontece é quando o Inacreditável não comparece. Mas todo santo dia ele bate ponto e, não raro, nos esbofeteia.
Acreditem: nada mais é inacreditável. Sim, é um paradoxo mas de paradoxos a vida do brasileiro se alimenta ainda mais que ficaram proibitivas a carne, o arroz, o pão, o leite etc. O Brasil sempre teve essa fama de lugar que o Inacreditável escolheu para fixar residência. Mas os acontecimentos dos últimos anos levaram o conceito às raias da loucura.
Antes, aqui e ali, tomávamos um susto do Inacreditável. Hoje, o espanto acabou. O Inacreditável passou a ser o nosso entorno. Comemos, bebemos e respiramos o Inacreditável. Surpresa acontece é quando o Inacreditável não comparece. Mas todo santo dia ele bate ponto e, não raro, nos esbofeteia.
A fakeada e outros mistérios bolsonaristas
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Uma das virtudes do documentário Bolsonaro e Adélio – uma fakeada no coração do Brasil, realizado pelo repórter investigativo Joaquim de Carvalho e TV247, é jogar luzes sobre pontos obscuros de um episódio controverso da campanha eleitoral de 2018, que foi a suposta facada em Bolsonaro.
A relevância deste trabalho pode ser medida tanto pela audiência já alcançada, de 1 milhão de visualizações em menos de uma semana; como, também, pelo interesse despertado na crítica, inclusive da imprensa hegemônica, como o jornal Folha de São Paulo e a Rede Globo.
A relevância deste trabalho pode ser medida tanto pela audiência já alcançada, de 1 milhão de visualizações em menos de uma semana; como, também, pelo interesse despertado na crítica, inclusive da imprensa hegemônica, como o jornal Folha de São Paulo e a Rede Globo.
Em quanto tempo esqueceremos da pandemia?
Por César Locatelli
Ao mesmo tempo em que nos enlutamos com os quase seiscentos mil mortos, temos dúvidas profundas se o Brasil, a sociedade brasileira, aprenderá alguma coisa com a tragédia, se a usará para reduzir os danos dos próximos cataclismos.
Será que daqui a vinte anos negaremos que houve uma matança, da mesma forma que alguns negam hoje que houve uma ditadura? Será que as vítimas sobreviventes, órfãos, parentes e sequelados, continuarão a receber um sonoro ‘virem-se’ do Estado brasileiro? Será que aqueles que contribuíram para que as infecções e mortes atingissem números muito superiores ao que seria possível com ações sérias e coordenadas continuarão circulando livremente, ocupando cargos públicos e desencaminhando muitos?
Ao mesmo tempo em que nos enlutamos com os quase seiscentos mil mortos, temos dúvidas profundas se o Brasil, a sociedade brasileira, aprenderá alguma coisa com a tragédia, se a usará para reduzir os danos dos próximos cataclismos.
Será que daqui a vinte anos negaremos que houve uma matança, da mesma forma que alguns negam hoje que houve uma ditadura? Será que as vítimas sobreviventes, órfãos, parentes e sequelados, continuarão a receber um sonoro ‘virem-se’ do Estado brasileiro? Será que aqueles que contribuíram para que as infecções e mortes atingissem números muito superiores ao que seria possível com ações sérias e coordenadas continuarão circulando livremente, ocupando cargos públicos e desencaminhando muitos?
Datafolha: cenário eleitoral se cristaliza
Por Fernando Brito, em seu blog:
Com o favoritismo destacado de Lula e a minoria ainda sólida de Jair Bolsonaro, a grande curiosidade das pesquisas de intenção de voto presidencial é se algum dos candidatos que se autodenominaram 3ª Via ameaça decolar e reunir alguma chance se ir ao segundo turno.
Mês após mês, porém, eles permanecem estagnados e, em alguns casos, até mesmo em declínio.
Esta é a mais importante evidência da pesquisa eleitoral do Datafolha, publicada esta madrugada no site do jornal paulista. Como na pesquisa de aprovação, o cenário se mantém o mesmo, com oscilações bem modestas e abaixo da margem de erro: Lula tem 42% no primeiro turno (o que é pouco mais de 47% dos votos em candidatos, critério para os 50% necessários a vencer na primeira rodada) contra 26% de Bolsonaro, ou 28% dos válidos.
Mês após mês, porém, eles permanecem estagnados e, em alguns casos, até mesmo em declínio.
Esta é a mais importante evidência da pesquisa eleitoral do Datafolha, publicada esta madrugada no site do jornal paulista. Como na pesquisa de aprovação, o cenário se mantém o mesmo, com oscilações bem modestas e abaixo da margem de erro: Lula tem 42% no primeiro turno (o que é pouco mais de 47% dos votos em candidatos, critério para os 50% necessários a vencer na primeira rodada) contra 26% de Bolsonaro, ou 28% dos válidos.
A tarefa de Michel é destruir Bolsonaro
Por Moisés Mendes, em seu blog:
Michel Temer continua espalhando informações que desmoralizam Bolsonaro e constrangem a militância de extrema direita. Temer fez esta semana, em participação virtual do Fórum Liberdade e Democracia, mais uma declaração que denuncia o acovardamento de Bolsonaro.
Fica claro, na conversa com Alexandre de Moraes, depois dos atos golpistas de 7 de setembro, que Bolsonaro pediu mais do que trégua ao ministro que ele havia chamado de canalha. Temer mostra que Bolsonaro pediu clemência.
O escrevinhador de cartas contou no evento que, no telefonema, Moraes foi cordial, “mas sem que recuasse um milímetro daquilo que juridicamente ele faz”.
Michel Temer continua espalhando informações que desmoralizam Bolsonaro e constrangem a militância de extrema direita. Temer fez esta semana, em participação virtual do Fórum Liberdade e Democracia, mais uma declaração que denuncia o acovardamento de Bolsonaro.
Fica claro, na conversa com Alexandre de Moraes, depois dos atos golpistas de 7 de setembro, que Bolsonaro pediu mais do que trégua ao ministro que ele havia chamado de canalha. Temer mostra que Bolsonaro pediu clemência.
O escrevinhador de cartas contou no evento que, no telefonema, Moraes foi cordial, “mas sem que recuasse um milímetro daquilo que juridicamente ele faz”.