domingo, 27 de fevereiro de 2022

Aécio Neves pode perder seu mandato

Charge: Izânio
Por Altamiro Borges

Na semana passada, o Ministério Público Federal reforçou o pedido para que o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), um dos principais responsáveis pelo golpe do impeachment contra Dilma Rousseff, seja condenado e perca seu mandato como punição pelo recebimento de R$ 2 milhões do então presidente da J&F, Joesley Batista, em 2017.

Como lembra o site UOL, “na época, Aécio era senador. A propina teria sido recebida em quatro parcelas de dinheiro vivo e levadas em malas de São Paulo até Minas Gerais. Alguns pagamentos suspeitos foram filmados pela Polícia Federal. O caso foi enquadrado pelo MPF como corrupção passiva”.

Bolsonaro torra grana pública no Carnaval

Charge: Fraga
Por Altamiro Borges

Enquanto a média de mortes diárias por Covid-19 atinge 722 pessoas e cerca de 500 brasileiros, segundo o Itamaraty, ainda tentam deixar a Ucrânia, o “capetão” curte festivamente o Carnaval no litoral paulista. O site G1 informa neste domingo (27) que “Bolsonaro passeia de moto aquática e gera aglomeração de banhistas em praias do Guarujá e Praia Grande”.

Segundo a notinha, o presidente “saiu de Brasília, na manhã de sábado, e foi de avião até o Aeroporto de Congonhas (SP). Depois, ele seguiu em helicóptero para o Guarujá, onde chegou por volta das 10h20. Ele e sua comitiva estão hospedados no Forte dos Andradas. A previsão é que o presidente retorne à Brasília na próxima sexta (4)”.

Brasil vira a “Disneylândia do neonazismo”

Por Fernando Brito, em seu blog:

Aos que acham que esta história de neonazismo é “folclore” em torno de alguns alucinados sem importância, recomenda-se a leitura da reportagem de Janaína Figueiredo, na edição de hoje de O Globo. onde registra-se que o Brasil é, no mundo, o país “onde mais cresce o número de grupos de extrema direita”. São 530, segundo um grupo de professores dedicado à pesquisa do tema:

- Desde 2018, o Brasil se transformou no país com maior crescimento de grupos de extrema direita. Este fenômeno tem a ver com a eleição de Jair Bolsonaro que, num nível subterrâneo, está vinculado a estas ideologias. Hoje, estima-se que 15% dos brasileiros são de extrema direita - afirma Michel Gherman, membro do Observatório da Extrema Direita, professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Instituto Brasil-Israel.

Bolsonaro tem leve recuperação nas pesquisas

Arte: Dinho Lascoski
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:

Existe entre setores de esquerda no Brasil uma desconfiança em relação às pesquisas eleitorais que pode levar a um autoengano.

É preciso separar o joio do trigo. Há pesquisas claramente enviesadas, encomendadas para sustentar a ideia de que Bolsonaro avança como um foguete. Sim, há. Mas há também diferenças numéricas provocadas por metodologias diferentes. Importante estar atento a isso.

Não é produtivo, nem inteligente, vociferar contra todas as pesquisas que apontam alguma recuperação de Bolsonaro: “estão compradas, não confio, tudo feito por telefone, Lula já ganhou”.

Bolsonaro traz a fome de volta ao Brasil

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

O Brasil é um país cheio de contradições. Mas uma delas mostra bem o estágio em que nos encontramos: a produção do campo brasileiro é imensa, mas boa parte da população vive sem acesso suficiente aos alimentos, a chamada insegurança alimentar, que abrange desde a má qualidade da alimentação, passando pela instabilidade no acesso aos alimentos e o estágio pior, a fome.

Nos últimos anos, essa palavra, fome, voltou a fazer parte dia a dia dos brasileiros. Além dos números, nos chocam as cenas nas ruas, nos centros das grandes cidades, nas periferias, com pessoas à procura de restos, sobras, carcaças, farelos, lixo; nas filas dos açougues para comprar osso a quilo quando até algum tempo, era descartado ou doado.

Os efeitos da Rússia fora do Swift

Foto: Sputinik
Por Elias Jabbour, no site Vermelho:


Tirar um país com a importância da Rússia do sistema de pagamentos de internacional, o Swift, tem um impacto imenso. Por exemplo, somente a Rússia poderia resolver os problemas de demanda energética imediata da Europa. Não se coloca um país como a Rússia fora do sistema internacional impunemente. Uma coisa é Cuba e Coreia Popular.

A Rússia terá de operar com o euro, fortalecendo a posição desta moeda. Por outro lado, poderá especular no mercado de ouro – e, o mais importante, do ponto de vista estratégico, consolidar a União Eurásica tendo o yuan como moeda oficial do bloco.

Cabeça fria para enfrentar o ano eleitoral

Charge: Erasmo
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Quando passar mais um estranho carnaval que não é carnaval, desembocaremos em março. Aí faltarão sete meses para a eleição de outubro. Dia desses por curiosidade dei uma pesquisada para saber como estava a situação de Lula no Datafolha em fevereiro de 2002 e fevereiro de 2006, anos em que Lula saiu vitorioso das eleições.

Em 2002, Lula aparecia numericamente acima de Roseana Sarney, mas em situação de empate técnico: 28% a 26%. Quatro anos depois, os tucanos ainda mantinham acesa a disputa entre Alckmin e Serra pela vaga de candidato do PSDB à presidência. No cenário com Serra, empate: 34% Serra, 33% Lula. Na simulação contra Alckmin, que acabaria vencendo a queda de braço interna e se lançando candidato, Lula liderava com certa folga por 36% a 20%.

A guerra da Ucrânia e a mídia

Foto: BBC
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Um dos grandes desafios jornalísticos é a cobertura sistemática de temas não usuais. Explode determinado tema, foge do padrão normal de cobertura e de conhecimento do jornalista. O que fazer?

Esse fenômeno ocorreu na CPI dos Precatórios, no final dos anos 90 (abordo em meu livro “O jornalismo dos anos 90”). E acontece agora, na cobertura da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

As coberturas convencionais têm o roteiro pronto, muitas vezes aceito passivamente pelo jornalista. Vai falar sobre economia? Entreviste os economistas A, B ou C, pergunte da lei do teto, peça uma crítica ao gasto público, e se dê por satisfeito.

Em cima dessa receita simples, comentaristas como Boris Casoy, na CNN, ou alguns comentaristas político-econômicos da Globonews fazem sua lição de casa diária, de um jornalismo pouco exigente.

Conflito não é só de Bolsonaro e Mourão

Por Moisés Mendes, em seu blog:


A grande imprensa brasileira se acovardou diante do mais importante fato político e militar acionado no país pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

O título das reportagens do dia seguinte sobre o embate de posições entre Bolsonaro e Mourão seria o mais óbvio:

Guerra divide Bolsonaro e Mourão e provoca racha no governo e no pensamento militar.

Mas os jornais se encolheram e trataram mal inclusive o constrangimento na área diplomática, como se fosse uma questão pontual. É uma questão de fundo, grave, que envolve a diplomacia e o que os generais pensam de uma guerra.

A russofobia da mídia hegemônica na Ucrânia

Foto: Sputnik
Por Jeferson Miola, em seu blog:


“Na guerra, a primeira vítima é a verdade” - autoria desconhecida

A cobertura que a mídia hegemônica faz da crise na Ucrânia é alarmantemente viciada, além de claramente racista e preconceituosa.

Os meios de comunicação em todo mundo são meros repetidores dos mantras russofóbicos fabricados em Washington para instrumentalizar a guerrilha geopolítica e ideológica das “forças do bem”, a civilização ocidental, contra a “força do mal” – os russos, caucasianos e eurasiáticos.

Em geral, a mídia não só é subserviente ao “release único” escrito em Washington, como também é indigente e desonesta. Além de omitir aspectos étnicos, históricos e culturais dos povos eslavos, também mente, estigmatiza Putin e falsifica a história.

Mídia pró-EUA protege nazistas da Ucrânia

Manifestação neonazista na Ucrânia
Por Leonardo Wexell Severo

“O que está havendo na Ucrânia é uma campanha feroz de desinformação, uma guerra suja da mídia pró-Estados Unidos contra a Rússia em favor das forças nazifascistas, com vídeos falsos e fake news”, afirmou em entrevista exclusiva a jornalista argentina Stella Calloni. Correspondente de guerra, especialista em Política Internacional, ganhadora de inúmeros prêmios, como o Latino-americano de Jornalismo de 1987, Stella denunciou as “perseguições e crimes de lesa-humanidade praticados durante anos pelo governo ucraniano” e alertou que “parcela expressiva da população de todos os nossos países está sendo intoxicada pelas mentiras que vêm consumindo, o que vai contra os seus próprios interesses”. “O fato é que a informação está sendo usada como arma de guerra do Pentágono”, sublinhou.

Mourão, o valentão, quer enfrentar os russos

Charge: Duke
Por Fernando Brito, em seu blog:

É difícil superar a estupidez diplomática de Jair Bolsonaro , amplamente demonstrada em chamar para si o que seria “a pacificação” da crise entre russos e ucranianos e disparar aquele inconveniente “somos solidários à Rússia”, um compromisso absolutamente inadequado àquela altura.

Mas o vice, Hamilton Mourão, conseguiu a proeza.

No momento em que todos deveriam estar exigindo um cessar-fogo imediato, com o fim do confronto armado como ponto de partida para o reinício dos entendimentos (ou início, porque nunca foram sérios e sinceros) o nossa cavalariano vice-presidente dispara:

Ucrânia: a guerra e a necessidade de paz!

Charge: Latuff
Editorial do site Vermelho:


A Rússia deflagrou nesta quinta-feira (24) uma “operação militar especial” em Donbass, no leste da Ucrânia. Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, o objetivo da missão é “desmilitarizar” a nação vizinha, que há oito anos – desde o golpe de 2014 que levou ao poder forças de extrema-direita e hostis à Rússia – tem imposto “abusos e genocídio” à população ucraniana. Em cadeia nacional de TV, Putin também deixou claro que não vai tolerar qualquer ingerência externa no conflito. “Ninguém deveria ter nenhuma dúvida de que um ataque direto ao nosso país levará à derrota e a consequências terríveis para qualquer agressor potencial.”

O sindicalismo no rumo certo

Ilustração: Maringoni/SEESP

Por João Guilherme Vargas Netto

Parece que as coisas estão tomando o rumo certo. Enquanto na base e no dia a dia os dirigentes estão cuidando dos problemas dos trabalhadores, organizando campanhas e negociando reajustes salariais, fiscalizando os locais de trabalho ou pressionando deputados e senadores, nas cúpulas das direções sindicais preocupa-se também com a realização da Conclat-2022.

E esta dupla tarefa é mesmo necessária.

Em meu último texto endossei inteiramente o que vem sendo determinado pela comissão organizadora da reunião do dia 7 de abril, aceitando como definitiva a forma de sua composição e sugerindo medidas capazes de aumentar sua representatividade e legitimidade.

Sergio Moro já não tem salvação

Charge: Bruno Aziz
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Sergio Moro não volta mais na segunda temporada. Já morreu fazendo vários personagens, como juiz, ministro de Bolsonaro, futuro ministro do Supremo e como consultor.

E agora vai morrendo aos poucos também como pré-candidato a presidente. Moro foi um quase isso e quase aquilo várias vezes nos últimos seis anos.

Quase foi o maior juiz brasileiro de todos os tempos, quase foi o homem de confiança de Bolsonaro, quase protegeu os filhos do sujeito, quase ganhou uma cadeira no STF, quase foi diretor de fato da Alvarez e Marsal e quase foi levado a sério como candidato a presidente.

Moro não entregou nada do que prometeu do jeito que foi prometido. Pode ter entregue a quebradeira das empreiteiras e o encarceramento de Lula, mas fez um serviço sujo e mal feito e acabou fracassando. Lula nunca esteve tão forte.

Férias e motociatas torram R$ 8,3 milhões

Charge: Nando Motta
Por Ivan Longo, na revista Fórum:

Enquanto impõe sigilo aos detalhes de gastos milionários com cartões corporativos, Jair Bolsonaro (PL) segue torrando dinheiro público para se divertir e fazer campanha antecipada. Nesta quarta-feira (23), o meio político recebeu indignado a notícia de que o presidente gastou R$ 900 mil em apenas 7 dias de férias entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano.

Trata-se, no entanto, apenas uma gota em um oceano que pode chegar a R$ 8,3 milhões gastos pelo chefe do Executivo com lazer.

A estratégia de Putin na Ucrânia

Serguéi Lavrov (Relações Exteriores) e Vladimir Putin/RT

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Está amplamente documentado que a Ucrânia atua como um enclave dos interesses ocidentais e imperialistas na Eurásia para corroer o poder mundial da Rússia.

O governo ucraniano, de ultradireita neonazista, se originou do golpe de Estado de 2014 que derrubou o governo pró-russo de Viktor Yanukovich. Desde então, o país serve de plataforma para a ação da OTAN e dos EUA no entorno estratégico da Rússia.

Se Pedro I, o Grande, fosse o presidente atual da Rússia, e considerando as circunstâncias atuais, de ameaça à defesa e à soberania do império russo [que não se confunde com imperialismo], ele provavelmente agiria como Putin agiu na Ucrânia.

Se Vladimir Ilyich Ulianiov, o Lênin, fosse hoje o presidente da Rússia e enfrentasse as ameaças militares que a OTAN representa se instalando na porta de entrada da Rússia, provavelmente ele também reagiria nos mesmos moldes que Putin reagiu.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

O que fazer com o Telegram?

Por Marcos Dantas, no Jornal GGN:


No último dia 14, o Tribunal Superior Eleitoral anunciou ter concluído importantes acordos de cooperação com as plataformas YouTube, Facebook, WhatsApp, Instagram, Twitter, TikTok e Kwai: pelos acordos, as plataformas se comprometem a adotar medidas internas que possam filtrar ou bloquear a disseminação de notícias falsas, mentiras, desinformação durante o próximo período eleitoral. Se essas medidas serão mesmo efetivas, ou não, é uma outra história. Dos acordos, porém, esteve ausente um importante ator, o Telegram, plataforma de mensageria que hoje já se encontra instalada em mais de 50% dos aparelhos celulares brasileiros.

De olho nas urnas (eletrônicas)

Charge: Pelicano
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Como acontece em todo ano eleitoral, daqui a pouco – passado o carnaval e com março avançando – o cenário começará a se mover com mais intensidade.

Alguns aspectos, porém, já se insinuam, e a menos que aconteçam mudanças drásticas, deverão ganhar forças conforme o tempo vá passando e a tensão aumentando.

De momento, duas candidaturas estão consolidadas, a de Lula e a de Jair Messias.

A tal “terceira via” tão ansiada pelos donos do dinheiro e pelo conglomerado oligopólico dos meios de comunicação não dá sinais sequer remotos de que irá decolar.

E, das consolidadas, é preciso desde já olhar com atenção o que se insinua na neblina: Bolsonaro, apesar de todas as aberrações que comete a cada minuto de cada hora, apesar da falta de rumo, apesar dos crimes de responsabilidade, mantém firme uma fatia considerável do eleitorado.

Uma coalizão eleitoral ou um pacto político?

Charge: Gilmar
Por Maria Inês Nassif, no jornal Brasil de Fato:

Se a federação de partidos for tomada apenas como uma solução para salvar as pequenas legendas das cláusulas de barreira – que tiram a representação parlamentar daquelas que não obtiverem o mínimo exigido de votos nas próximas eleições para a Câmara dos Deputados – então é preciso pesar as suas inconveniências.

As obrigações decorrentes deste acordo fogem aos padrões das coalizões políticas tradicionais, onde os partidos que integram uma aliança eleitoral têm toda liberdade para trilhar o caminho que for, passada a eleição.

Segundo a nova lei, as forças políticas que formarem uma federação para disputar as eleições proporcionais devem permanecer unidas pelos quatro anos seguintes.

Estarão submetidas a um programa definido antes da disputa eleitoral, e poderão, por meio de regras pactuadas previamente, definir posições políticas que, votadas internamente, obrigam a obediência de todos seus integrantes.

Quem vai subir no muro no segundo turno?

Charge: Jota Camelo
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Há uma dúvida razoável, que a maioria ainda escamoteia, porque é um dilema histórico que envolve omissões, surpresas, covardias e traições.

Esta é a dúvida: quem, entre os que já se habilitaram a concorrer à presidência da República, apoiará Lula num segundo turno contra a extrema direita, considerando-se que Bolsonaro dificilmente sai do páreo?

Tirando Sergio Moro, quem mais saltará fora ou ficará em cima do muro ou pode até declarar apoio a Bolsonaro? O que Ciro Gomes fará desta vez?

Para que lado irá João Doria, mantendo ou não a candidatura até o fim? Doria dará apoio protocolar e frouxo a Lula, ou será categórico?

Doria já é carta fora do baralho na eleição

Charge: Carol Cospe Fogo
Por José Cássio, no Diário do Centro do Mundo:


Matadoras para as pretensões de João Doria as declarações de Alexandre Leite à Folha nesta semana. Menos pela capacidade de análise do deputado federal pelo União Brasil e mais pelo que ele representa: Alexandre é filho de Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo.

Ninguém menos que o líder popular da zona Sul da capital que levou Doria para andar na periferia.

Primeiro na campanha pela prefeitura e depois ao governo do estado.

O filho de Leite diz que Doria tem problemas de personalidade – o que não é novidade.

Defende que o vice-governador Rodrigo Garcia – ex-DEM, ex-parceiro do pai – se afaste do gestor para manter suas pretensões de governar o estado.

Folha divulga fake news dos Bolsonaro

Charge: Latuff
Do site Lula:


O diário paulistano Folha de S. Paulo decidiu fazer parte, ter uma rachadinha própria, na divulgação de fake news pela família Bolsonaro, ao publicar artigo nas suas versões online e imprensa, no qual o senador Flávio Bolsonaro não expressa opinião mas sim divulga mentiras e fala de coisas que nunca aconteceram, com acusações sem base nenhuma contra o ex-presidente Lula. Divulgar um artigo desses levanta sérias preocupações com a seriedade e a ética com que o jornal irá cobrir as eleições deste ano.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Estadão e seus templários anti-Lula

Charge: Duke
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Que o Estadão tem ideia fixa em relação a Lula, não se discute. É uma convicção tão arraigada quanto seu respeito pela Revolução Constitucionalista.

Prova dessa fixação é a chamada da pesquisa eleitoral da Confederação Nacional dos Transportes.

A pesquisa permitiria inúmeras chamadas, tipo:

1. Lula mantém a liderança no 1º e 2º turno.

2. Bolsonaro se recupera levemente.

3. Ciro Gomes passa Sérgio Moro.

4. 65% dos eleitores não votariam em Doria em nenhuma hipótese.

Qual a chamada escolhida?:

“Bolsonaro tem 40% contra 30% de Lula entre os evangélicos”

Moro já tem mais rejeição que Bolsonaro

Charge: Vasqs
Por Fernando Brito, em seu blog:

A nova rodada de pesquisa da CNT – realizada pelo MDA de forma presencial com 2 mil pessoas e menos sujeita a distorções que as telefônicas – não traz muitas novidades, como a demais, exceto por colocar uma questão: pode ser que a estabilidade e até uma pequena “alta” de Jair Bolsonaro possa ter acontecido em razão do “chabu” cada vez mais evidente da candidatura de Sérgio Moro, que aparece em quarto lugar, com 6,4% das intenções de voto, atrás de Ciro Gomes e com a maior variação (-2,5%) em reação ao levantamento anterior, realizado em dezembro.

Bolsonaro está de fato se recuperando?

Charge: Sinfrônio
Por Henrique Rodrigues, na revista Fórum:


As duas últimas pesquisas eleitorais que retratam a corrida ao Palácio do Planalto deste ano acenderam o sinal de alerta da campanha do ex-presidente Lula (PT).

Na sexta-feira (18), um levantamento do PoderData mostrou que a diferença entre o líder de esquerda e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), caiu de 14% para 9%. O petista teria recuado alguns pontos, pouco fora da margem de erro, ficando com 40% das intenções de voto, enquanto o líder de extrema-direita teria subido 3%, chegando a 31% da preferência dos entrevistados.

Já numa sondagem da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) divulgada nesta segunda-feira (21), um cenário de diminuição um pouco menos acentuado apareceu no radar, mas ainda assim preocupante para o candidato de esquerda. Lula teria ficado praticamente estável, passando de 42,8% para 42,2%, enquanto Bolsonaro teria crescido de 25,6% para 28%.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

O fracasso de Doria em São Paulo

Charge: Duke
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:

Dois fatos chamam atenção na pesquisa IPESPE divulgada nesta sexta (18/02), ouvindo apenas eleitores do estado de São Paulo:

- Fernando Haddad (PT) amplia o favoritismo, nos cenários hoje muito prováveis em que Alckmin não entra na disputa estadual;

- João Dória (PSDB) enfrenta obstáculos quase irreversíveis para recuperar sua imagem, e isso pode colocar em xeque também as pretensões do neotucano Rodrigo Garcia na disputa pelo governo paulista.

A situação de Haddad está mais clara: tem bom currículo (prefeito, ministro, candidato a presidente), formação sólida e apoio de um cabo eleitoral decisivo - Lula.

Lula está errado

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Que economia herdará o futuro presidente? Vamos dizer que seja o Lula. Ele tem dito que pegará, se eleito, um país muito pior do que em 2003, quando chegou à Presidência da República pela primeira vez.

Será verdadeira essa afirmativa para o campo econômico? Para algumas áreas sim, mas não para todas, e em especial não para uma que é de importância estratégica: a situação das contas externas – crucial para definir a vulnerabilidade do País a pressões estrangeiras. Sem levar esse aspecto na devida conta, não se forma uma avaliação realista das opções que se oferecem a um novo governo.

A surpresa desnatada da terceira via

Charge: Zé Dassilva
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Uma eleição subverte todas as matemáticas. Por isso é divertido ler que Eduardo Leite vai entrar na corrida presidencial, como possível surpresa da terceira via pelo PSD, para subtrair eleitores de João Doria, Ciro Gomes e Sergio Moro e assim chegar ao segundo turno.

Não há tantos eleitores para essa subtração. Tirar votos desses três, para afastar Bolsonaro do páreo e enfrentar Lula, seria brigar por pedaços de uma fatia de no máximo 20%. Que é a soma mais otimista das preferências pelos três nas pesquisas.

Se conseguisse tomar tudo o que Doria, Ciro e Moro têm até agora, mas tudo mesmo, Leite não chegaria perto de Bolsonaro, que oscila entre os 25% e os 30%.

Aras é um colaboracionista fascista

Charge: Brum
Por Jeferson Miola, em seu blog:


Em artigo de 5 de agosto de 2021, escrevi que “a recondução do Procurador-geral Augusto Aras à PGR significará o aval do Senado ao avanço fascista”. E, como a história imediata demonstrou, de fato significou isso.

Bolsonaro praticamente passou o código penal em revista praticando crimes comuns, crimes de responsabilidade e crimes contra a humanidade. Por isso, ele já deveria ter sido julgado, condenado e, inclusive, já deveria estar preso, se a República tivesse um procurador-geral que não fosse um mero arrivista e colaboracionista do governo fascista-militar.

Atenção nas pesquisas que inundam o mercado

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Uma gama enorme de institutos de pesquisas eleitorais vem inundando o mercado da política. Acostumados que estávamos com Datafolha, Ibope, Vox Populi e mais uns dois ou três menos conhecidos, agora são dez os institutos fazendo pesquisa de forma regular desde o ano passado.

Encomendadas por diferentes empresas, especialmente do mercado financeiro, não há uma semana em que não sejam divulgados números sobre a corrida eleitoral para a presidência da República e a popularidade do governo Bolsonaro.

Uma boa parte desses institutos faz pesquisa não presencial, por telefone. Mas, e o grau de confiabilidade dessa metodologia? Com a palavra, dois especialistas ouvidos pelo Jornal Valor ainda em 2018 quando começaram a pipocar as primeiras pesquisas realizadas por telefone:

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Barão lança livro 'Democratizar a Comunicação'

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Em ano decisivo para o futuro da democracia no país, com as eleições de outubro funcionando, na prática, como um plebiscito entre civilização e barbárie, a discussão sobre a necessidade de democratizar a comunicação ganha ainda mais importância - tendo em vista, especialmente, o papel jogado pelo oligopólio privado da mídia nativa, que chocou o ovo da serpente bolsonarista e preparou o terreno para a ascensão da ultradireita.

A campanha da mídia financista contra o Peru

Por Leonardo Wexell Severo


“A realidade desmente a campanha da mídia financista e da oligarquia contra o Peru. Todas as instituições nacionais e internacionais apontam para a continuidade do crescimento, com maior geração de emprego e renda, apesar da pandemia”, afirmou Yuri Castro, do comando nacional do partido Peru Livre (PL) e seu secretário de organização em Lima.

Dirigente do partido do presidente Pedro Castillo, Yuri denunciou que os meios de comunicação no Peru “encontram-se concertados e concentrados por um grupo que conforma uma opinião monocórdica na tentativa de desestabilizar o processo democrático”. “Assim, uma minoria se põe de acordo e todos repetem o mesmo em seus programas dominicais e de ‘análise política’, entre aspas, contra o governo”, condenou o dirigente, alertando para o desserviço que prestam ao país.

A insólita ‘campanha’ Bolsonaro x TSE

Charge: Zé Dassilva
Por Fernando Brito, em seu blog:

Luiz Edson Fachin ainda não assumiu a cadeira de presidente do Tribunal Superior Eleitoral e já vai dando mostras de que, como o antecessor Luís Roberto Barroso, não entende que a força de um juiz não sai de entrevistas e pronunciamento, mas de decisões.

Dá entrevista à Folha dizendo que a ele “a atividade que a mim me cabe neste momento é de diálogo institucional e republicano com todos os chefes de Poder”.

Errado, doutor: a atividade que lhe cabe é fazer com que as eleições se deem num clima de liberdade, tranquilidade, direito de livre expressão dos candidatos e controle desta praga moderna das “fake news”, disparos em massa nas redes sociais e tudo o mais que “robotiza” a livre formação da opinião do eleitor.

Silas Malafaia e o voto dos evangélicos

Por Paulo Motoryn, no jornal Brasil de Fato:

O pastor Silas Malafaia foi alvo de uma série de respostas de evangélicos nas redes sociais negando que os fiéis da religião não votam no ex-presidente Lula (PT) ou em outros candidatos, como Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos).

Em entrevista ao Metrópoles publicada nesta quinta-feira (17), Malafaia disse que os adversários do presidente Jair Bolsonaro (PL) no pleito "vão quebrar a cara com os evangélicos".

Segundo ele, quem não apoia o atual chefe do Executivo "representa 1% dos evangélicos, são famosos zé-ninguém”.

“O que é esse jogo de Ciro, Lula e Moro? Eles perceberam que Bolsonaro foi eleito graças ao voto dos evangélicos. Nós representamos 32% do eleitorado. Só que os sistemas e os meios que estão usando não são meios para conquistar. Estão enganados e vão quebrar a cara com os evangélicos”, afirmou Malafaia.

É o fim do tucanistão em São Paulo?

Charge: Cazo
Por Renato Rovai, na revista Fórum:


São Paulo foi apelidado de tucanistão não à toa.

Desde 1994, quando Mário Covas venceu a eleição que o PSDB governa o estado. E antes disso, de 1982 até 1994, foi o PMDB quem mandou nele.

O PSDB, como se sabe, saiu da costela do antigo PMDB.

É uma hegemonia sem qualquer nível de comparação no país.

E que se fosse exercida por um partido de esquerda como o PT daria espaço para muitos tratados "sociológicos" ou artigos de colunistas que se consideram exemplos de democratas para explicar o quão deletério e a não alternância de poder.

Seriado da Globo serve aos senhores de sempre

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Embora o sequestro e assassinato do prefeito de Santo André, em 2002, tenha provocado especulações e suspeitas de toda natureza sobre possíveis mandantes do crime nos meses que se seguiram ao crime, duas décadas depois o caso parece bem resolvido pelas autoridades responsáveis.

Num esforço inédito de investigação, a polícia civil de São Paulo realizou quatro inquéritos, conduzidos por equipes diferentes, que seguiram linhas de apuração distintas, para chegar à mesma conclusão.

Celso Daniel, uma das mais promissoras lideranças da geração de jovens políticos que fundou o Partido dos Trabalhadores, foi vítima de um crime comum, cometido por uma quadrilha da periferia de São Paulo, num ano em que o número de sequestros com ou sem vítimas fatais crescera 168% em relação a 2001 e 633% em comparação com 2000.

Lucro de quatro bancos atinge R$ 81,6 bi

Por Altamiro Borges

Enquanto a desgraceira se espalha pelo Brasil, com fome, desemprego e tragédias, os banqueiros seguem no paraíso. O noticiário econômico informa que o lucro líquido dos quatro maiores bancos do país (Itaú/Unibanco, Bradesco, Santander e BB) alcançou R$ 81,632 bilhões no ano passado. Uma cifra obscena para uma nação recordista em desigualdades sociais.

O valor nominal (sem descontar a inflação) representa crescimento de 32,5% na comparação com 2020, segundo cálculos da agência Economatica. Como festeja a Folha rentista, é "um recorde, tendo ficado ligeiramente acima do pico anterior de R$ 81,508 bilhões registrado em 2019".

A terceira greve na TV do apóstolo Valdemiro

Por Altamiro Borges


O "apóstolo" Valdemiro Santiago, dono da Igreja Mundial do Poder de Deus e compadre do "capetão" Jair Bolsonaro, queima no inferno. Ricardo Feltrin relata no UOL desta quinta-feira (17) que "os trabalhadores da TV e das rádios pertencentes à igreja e o Sindicato dos Radialistas de São Paulo vão convocar assembleia nos próximos dias para decidir se entram ou não em greve novamente"

Se aprovada, será a terceira paralisação nos últimos quatro meses. "Eles cruzaram os braços em novembro e dezembro por atrasos nos salários e 13º. A nova greve pode ser deflagrada pelo mesmo motivo: atraso nos pagamentos. E também pelo não-depósito do FGTS dos trabalhadores, algo que havia sido acordado em janeiro”.

Avança a ofensiva militar contra as eleições

Charge: Geuvar
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Insisto na tese de que o Ministro da Defesa, general Braga Netto, está à frente da ofensiva bolsonarista, para colocar em dúvida as próximas eleições.

O avanço militar no país começou no governo Michel Temer.

Assumindo a presidência, por conta o impeachment, o governo Temer era frágil o suficiente para tentar se alicerçar em algum poder. Optou-se pelo poder militar.

Coube ao comandante do Exército, general Villas Boas, indicar o general Sérgio Etchgoyen para o Gabinete de Segurança Institucional GSI).

Etchgoyen era camarada, amigo e homem de confiança de Villas Boas.

E politicamente muito mais atrevido.

Começa ali a saga militar.

De galo de briga a galinha choca

Charge: Nando Motta
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Ainda não se sabe ao certo – eu, pelo menos, ainda não cheguei a nenhuma conclusão – quais os resultados concretos da visita de Jair Messias à Rússia.

Bem, ele conseguiu a tal foto ao lado de Putin, para dizer aos seus seguidores mais fanáticos que tem trânsito livre e é respeitado no cenário internacional. Os do chiqueirinho da Alvorada vão adorar, aplaudir e agradecer aos céus.

Um dado, porém, me impactou e confirmou que, como todo falastrão metido a macho muito macho, quando é enfrentado Jair Messias fica mansinho, mansinho. Num instante o galo de briga vira galinha choca.

Aqui, ele odeia o comunismo, causador de todos os males da espécie humana.

Representatividade e legitimidade da Conclat

Por João Guilherme Vargas Netto


Quero ser lido hoje pelos dirigentes e ativistas sindicais preocupados com o sucesso da Conclat-2022.

A representatividade e a legitimidade são dois critérios que se entrelaçam para garantir a relevância desta Conclat e devem ser atendidos.

Como as direções das centrais sindicais convocaram a reunião para o dia 7 de abril, não a precedendo de instâncias decisórias de baixo para cima para a escolha de delegados e aprovação de propostas, a própria comissão organizadora deverá garantir aqueles dois atributos à reunião, exigência para o sucesso da elaboração da pauta nacional da classe trabalhadora.

A armadilha dos generais da urna

Charge: Milton César
Por Fernando Brito, em seu blog:

A notícia mais importante do dia para o processo eleitoral foi a desistência do general Fernando Azevedo e Silva em ocupar o cargo de diretor geral do Tribunal Superior Eleitoral.

Com todo o respeito às suas justificativas de ordem pessoal (seriam alegados problemas de saúde, corre nos bastidores), o seu exercício naquele cargo seria, numa palavra, uma amoralidade, no mínimo.

O general foi, durante 26 meses, ministro do governo Jair Bolsonaro, condição que deveria fazer qualquer pessoa dar-se ou ser tida como impedida de gerir um processo eleitoral onde o mesmo presidente a quem serviu como ministro está disputando o pleito e, ainda pior, disputando no exercício do cargo que lhe dá o comando supremo das Forças Armadas, às quais, ainda que na reserva, Azevedo e Silva ainda pertence.

Só conspirar não deu certo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Maria Inês Nassif, no jornal Brasil de Fato:


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se movido com enorme facilidade no território do centro ideológico, e essa é uma grande virada no cenário colocado desde os primórdios da redemocratização brasileira, iniciado em 1985.

Lula já andou por essa seara em seu governo, quando atraiu representantes das classes economicamente dominantes ao diálogo direto com seu governo, em conselhos e comissões.

O braço partidário dessas classes, o PSDB, sempre colocou o líder de esquerda e seu partido, o PT, em campo oposto ao seu.

Quem polarizou foi o tucanato.

Cuba e o cinismo de Biden sobre a Ucrânia


Por Jeferson Miola, em seu blog:


Em pronunciamento nesta 3ª feira [15], o presidente dos EUA Joe Biden disse que “não vamos sacrificar os princípios básicos de que as nações têm direito à soberania e à integridade territorial. Os países têm a liberdade de estabelecer seu próprio caminho e é correto que saibam com quem se associar”. Assino embaixo.

Biden se referia à Ucrânia. E por isso ele defendia, no entanto, apenas retoricamente e cinicamente, os princípios do direito internacional que os EUA negam a Cuba há 61 anos – os direitos à autodeterminação dos povos, à soberania, à independência e à autonomia imanente a toda nação soberana.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Nazismo e limites da liberdade de expressão


A liberdade de expressão tem limites? Quando ela deixa de ser liberdade de expressão e passa a ser liberdade de opressão? Como travar este debate no marco de dois casos graves de abuso deste direito, como o do YouTuber Monark e do comentarista Adrilles Jorge?

Para responder a essas questões e contribuir com esta discussão urgente e necessária, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa promove, na quinta-feira (17), às 19h, debate com os seguinte convidados:

As federações partidárias avançam no Brasil

Editorial do site Vermelho:


Foi de goleada. Na última quarta-feira (9/2), por 10 votos a 1, o STF (Supremo Tribunal Federal) referendou de vez as federações partidárias e selou, em definitivo, o destino desse novo trunfo da democracia brasileira. Setores que, no ano passado, já haviam sido derrotados na Câmara dos Deputados e no Senado perderam, agora, no Judiciário.

Estava em julgamento uma ação apresentada na Corte pelo PTB. Inusitadamente, o partido que qualificava as federações como “inconstitucionais” e antidemocráticas” era o mesmo que tem como presidente de honra o bolsonarista Roberto Jefferson, hoje em prisão preventiva, com uso de tornozeleira eletrônica. O motivo de sua prisão: suspeita de promover atos “inconstitucionais” contra a democracia.

Eduardo Leite e o reajuste do magistério

Charge: Latuff
Por Helenir Aguiar Schürer

Quem educa tem por ofício combater a desinformação. Qualquer gaúcho que tenha compromisso com a verdade deve conhecer a grande farsa por trás do reajuste do magistério.

Alardeada como uma generosa reposição, Eduardo Leite vende à sociedade que conferiu um reajuste de 32% para a nossa categoria. É mentira!

Os dados apresentados pelo próprio governo do Estado à Assembleia Legislativa contradizem a propaganda: somente 14% dos educadores receberam mais de 30% de reajuste. A grande maioria – 86% – ficou de fora.

Pior: cerca de 45 mil aposentados amargaram somente 5,53%. Leite tirou 26,47% dos adicionais por tempo de serviço que esses professores já tinham no seu contracheque, o que fez com que o reajuste fosse pago com o dinheiro do próprio educador.

Estadão mente sobre a reforma trabalhista

Charge: J.Bosco
Por João Carlos Juruna e Nivaldo Santana

O Estadão, que, embora liberal, costumava ser um uma referência de jornalismo sério no Brasil, nos últimos anos, talvez para emplacar nos algoritmos da polêmica, tem se rendido ao sensacionalismo e à desinformação. Em seu antissindicalismo fanático, viés que está caindo no ridículo de tão caricato e previsível, o jornal divulga em seu editorial “Entre o ruim e o pior”, de 14/02, completas inverdades.

Não é verdade que as articulações de esquerda para as eleições de 2022 estão defendendo a revogação total da reforma trabalhista. As graves distorções da reforma deverão ser debatidas no processo eleitoral sim, mas a revogação total não é uma pauta definida como o jornal coloca.