sexta-feira, 19 de julho de 2024

Estadão nega direito de resposta a petroleiros

Reprodução do site da FUP
Por Altamiro Borges


Na semana passada, o oligárquico jornal Estadão obrou mais um dos seus hidrófobos editoriais contra o sindicalismo brasileiro. Desta vez, o ataque visou a Federação Única dos Petroleiros (FUP). O decadente jornal acusou a respeitada entidade sindical de exercer uma “gestão paralela” dentro da Petrobras. Diante da agressão leviana e sem provas, a federação pediu direito de resposta. Nesta semana, porém, o jornalão justificou por e-mail que “a carta foi analisada pela Diretoria de Opinião, mas não será publicada”.

A FUP reagiu à censura em nota em que afirma que “ao negar o direito legítimo de resposta, o Estadão violou uma garantia constitucional, regulamentada pela Lei 13.188/2015, que determina que ‘ao ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social é assegurado o direito de resposta ou retificação, gratuito e proporcional ao agravo”. Vale conferir a carta enviada inicialmente ao Estadão, que foi autoritariamente censurada pelo jornalão da famiglia Mesquita:

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Causou-nos surpresa e indignação o editorial “O poder paralelo da FUP na Petrobras” publicado nesta segunda-feira (8/7). O texto insinua, sem provas, que existe uma “gestão paralela” da Federação Única dos Petroleiros na Petrobrás. Tenta criar ilegalidade onde não há.

Desde a vitória do presidente Lula nas eleições de 2022, a FUP voltou a participar de fóruns de debates sobre a Petrobrás que são transparentes, públicos e conhecidos. Isso ocorreu após a federação ser alijada das discussões sobre os rumos da empresa no governo anterior. Que, como é sabido, visava apenas resultados de curto prazo que estavam comprometendo a perenidade da maior empresa brasileira e atendiam a interesses de “acionistas de plantão”, preocupados apenas em ganhar dinheiro com a volatilidade dos papéis da empresa nas bolsas de valores.

As posições da FUP no atual governo são as mesmas que historicamente sempre defendeu. Queremos uma Petrobrás forte, produtora de lucros e distribuidora de dividendos para seus acionistas – que incluem seus trabalhadores. Mas que também cumpra seu estatuto, que estabelece um papel social para a empresa que vai além do rentismo de curto prazo.

Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP)

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