domingo, 4 de fevereiro de 2024

Record volta a demitir; clima é de terror

Charge: J.Bosco
Por Altamiro Borges

Segue o clima de terror entre os profissionais da Record, a emissora do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Nos últimos dias, cerca de dez funcionários foram demitidos da sua filial em Goiânia (GO), segundo denúncia do site de entretenimento F5. “O principal nome foi o da jornalista Fernanda Arcanjo. Ela tinha dez anos de empresa e era repórter de programas como Domingo Espetacular, além de ser âncora do Goiás Record, maior audiência da emissora na capital goiana”, descreve a matéria.

Líder da bancada evangélica é cassado no AM

Charge do site Amazonas1
Por Altamiro Borges


Na semana passada, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas cassou o mandato do deputado federal Silas Câmara (Republicanos) por captação de recursos ilícitos e abuso de poder econômico na campanha de 2022. Ainda cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas a decisão do TRE caiu como uma bomba entre as forças de extrema direita. O bolsonarista preside a poderosa e influente Frente Parlamentar Evangélica (FPE) no Congresso Nacional.

Bolsonaro está decepcionado com Zé Trovão

Por Altamiro Borges


Eleito na carona do bolsonarismo em 2022, o deputado Marcos Antônio Pereira Gomes, vulgo Zé Trovão (PL-SC), está sofrendo para explicar um áudio vazado que o tornou alvo da fúria da extrema direita. Na mensagem gravada, ele enfatiza que o ex-presidente foi “o maior mau exemplo para a política” do país. Bombardeado, ele até tentou se justificar, afirmando que sua fala estaria “fora do contexto” – sempre a mesma desculpa. Mas não adiantou. Até o “capetão”, que é bem rancoroso, parece decepcionado com sua criatura grotesca.

Zambelli tenta ressuscitar Padre Kelmon

Charge: Izanio
Por Altamiro Borges


O site UOL confirmou na semana passada que o patético Padre Kelmon, ex-candidato do extinto PTB à presidência da República em 2022 que serviu de palanque para o fascista Jair Bolsonaro, anunciou a sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo nas eleições de outubro próximo. Ele até já escolheu seu companheiro de chapa. “O vice será o pastor evangélico Manoel Ferreira Junior, que também é do PRD”, descreve a matéria.

Mourão defende Carluxo: o incapaz e o bosta

Charge: Jorge Cosme
Por Altamiro Borges


A operação de busca e apreensão da Polícia Federal no gabinete e na residência do vereador Carlos Bolsonaro no Rio de Janeiro e na casa de veraneio da famiglia em Angra dos Reis deixou os bolsonaristas desesperados. Até quem não gosta do filhote 02 do ex-presidente fujão – e muita gente dessa milícia odeia o desequilibrado Carluxo – saiu em seu socorro. No fundo, eles temem por seu futuro político e daí o espírito de corpo.

A defesa mais insólita e hilária foi feita pelo general Hamilton Mourão, atual senador pelo Rio Grande do Sul e ex-vice do “capetão”. Em entrevista ao site Metrópoles, ele disse na maior caradura desconhecer a existência da Abin Paralela e fustigou: “Não tenho conhecimento, por outro lado julgo que o Carlos não tem competência e capacidade para isso”. Em outras palavras, o general confirmou que o Carluxo é incompetente e incapaz.

A Intransparência Internacional

Foto do site Agência Pública
Por Flávio Aguiar

O incompreensível rebaixamento do Brasil no Índex Anti-Corrupção da ONG Transparência Internacional despertou uma série de críticas sobre sua Seção Brasil, com suas antepassadas ligações suspeitas com as atividades indecorosas da Operação Lava Jato e seus projetados lucros financeiros para formar uma Fundação a partir de iniciativas do ex-procurador Deltan Dallagnol.

Esta matéria da revista Carta Capital, de Ana Flávia Gussen, publicada em 13/03/2021, sintetiza a série de acusações levantadas contra a ONG e o procurador-líder da Lava Jato, reproduzindo, inclusive, uma carta em que a TI Brasil as nega, dizendo-se “perseguida”. Estas acusações contra a Seção Brasil tiveram ampla repercussão internacional.

É claro que por outro lado, a queda do Brasil no Índex foi anotada e saudada por inimigos tradicionais do governo liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como O Globo e o ex-juiz Sérgio Moro.

Nova Política Industrial não é jabuticaba

Foto: Divulgação/MDIC
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


Parte considerável da nossa mídia e dos nossos comentaristas de economia parece viver numa bolha ideológica. Uma bolha neoliberal que estacionou no espaço-tempo do Brasil dos idos das décadas 80 e 90 do século passado.

Como Milei, aferrado em sua admiração a Thatcher e Menem, os elementos dessa bolha ainda não chegaram ao mundo do século XXI.

Essa parece ser a única explicação plausível para as infundadas críticas ao plano da Nova Indústria Brasil (NIB), lançado recentemente pelo governo brasileiro.

Mal foi anunciado, o plano foi recebido com críticas negativas e vaticínios sombrios sobre seu inevitável fracasso. Sequer foram feitas análises minimamente criteriosas. Simplesmente afirmaram, com base em pressupostos ideológicos arcaicos, que a Nova Indústria Brasil repete as mesmas fórmulas “que não funcionaram em governos passados”.

Faria Lima e mídia detestam Guido Mantega

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Economista de linha desenvolvimentista e avesso à ortodoxia neoliberal, Guido Mantega tem sólida formação acadêmica. Nascido em Gênova, Itália, mas naturalizado brasileiro, Mantega é graduado e pós-graduado em Economia pela USP, onde também concluiu doutorado em Sociologia. Lecionou economia na PUC-SP. Atualmente é professor da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.

Mantega foi o ministro da Economia que ficou mais tempo no cargo, nos governos Lula e Dilma, com oito anos e nove meses à frente do ministério. Antes, presidiu o BNDES e comandou a pasta do Planejamento.

Mas, por que será que, desde que deixou o governo, no começo do segundo mandato de Dilma, Mantega se transformou em vilão das contas públicas, na visão dos rentistas e de seus porta-vozes na imprensa corporativa?

Nova Indústria Brasil e o sindicalismo

Foto: Kayo Sousa/MCom
Por João Guilherme Vargas Netto


A história econômica das nações demonstra o papel estratégico da industrialização no crescimento.

Aqui no Brasil esta constatação também é válida, até mesmo ao se vincular o baixo crescimento à desindustrialização acelerada sob a égide do rentismo, do fiscalismo e da ideologia neoliberal.

Para enfrentar e resolver esta deformação o governo apresentou o plano Nova Indústria Brasil, com princípios e missões capazes de fazer avançar a indústria.

Sobre o plano, que foi escandalosamente atacado na mídia grande, recomendo a leitura do artigo de Antonio Corrêa de Lacerda, no Estadinho do dia 30, terça-feira, em que ele afirma enfaticamente que “o Brasil agora tem um plano”.

A aliança de governabilidade Lula-STF

Foto: Ricardo Stuckert
Por Jeferson Miola, em seu blog:

A equação do presidente Lula com Flávio Dino e Ricardo Lewandowski significa uma aposta na formação de uma aliança de governabilidade do Executivo com o STF.

É uma tentativa de substituir a inconfiável e fracassada governabilidade congressual tentada com Arthur Lira, o líder do sistema parlamentar de achaque e extorsão.

As dificuldades e impasses criados pela Câmara dos Deputados no primeiro ano de governo evidenciaram a necessidade de Lula buscar uma saída para contornar a correlação de forças hostil no Congresso. A saída escolhida foi a formação deste bloco de poder com o STF. Se dará certo ou não, o tempo dirá.

No jogo contínuo de chantagens e ameaças, Lira sempre aumenta o preço do apoio prometido. Ele sinaliza que continuará cobrando do governo um preço cada vez mais impagável para, ao fim e ao cabo, acabar não garantindo a aprovação dos projetos que integram o programa eleito em 30 de outubro de 2022.