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terça-feira, 3 de outubro de 2017

As trilhas da revolução latino-americana

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

“Outra vez sob meus calcanhares o lombo de Rocinante, retomo o caminho com meu escudo no braço (...). Muitos dirão que sou aventureiro, eu sou de fato, só que de um tipo diferente, daqueles que entregam a pele para demonstrar suas verdades”. (Che Guevara).

No dia 9 de outubro se completam 50 anos da morte do comandante Ernesto Che Guevara. Tombou no seu posto de combate pela libertação econômica, política e social da América Latina. Mas quem foi Che Guevara? Qual sua contribuição à causa socialista? Tentaremos, sem grandes pretensões, encontrar algumas dessas respostas neste artigo.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

As angústias de Marco Aurélio Garcia

Por Altamiro Borges

No final de maio, o sociólogo Marco Aurélio Garcia participou de uma conversa com blogueiros na sede do Centro de Estudos Barão de Itararé. Ele abordou o cenário político mundial – principalmente latino-americano – e brasileiro, enfatizando que a marca deste período é a “imprevisibilidade”. Em vários momentos, o ex-assessor especial dos presidentes Lula e Dilma se mostrou angustiado com a atual onda de retrocesso no mundo – destacando a vitória do belicista Donald Trump nos EUA, o crescimento de seitas fascistas na Europa, os recentes reveses sofridos pelas forças progressistas na América Latina e o golpe orquestrado pela oligarquia rentista no Brasil. Mas, sempre irônico e risonho, nunca deixou transparecer qualquer desânimo. Pessimista no diagnóstico, ele se mostrou um otimista na vontade de lutar – como Antonio Gramsci. Nesta quinta-feira (20), infelizmente, Marco Aurélio Garcia faleceu em decorrência de um infarto fulminante.

Meu amigo querido, Marco Aurélio Garcia

Por Dilma Rousseff, em seu site:

A morte do professor Marco Aurélio Garcia, meu amigo querido, é extremamente dolorosa. Desfrutei pela última vez de sua companhia há três semana. Conversamos sobre a vida e os momentos terríveis que o país atravessa.

Hoje é um dia de dor para todos nós, que compartilhamos com ele seus muitos sonhos, histórias e lutas. Era um amigo querido, de humor fino e contagiante, sempre generoso e cheio de ideias, dono de uma mente arguta e brilhante.

terça-feira, 4 de julho de 2017

João Saldanha: o futebol e o jogo da vida

Por Osvaldo Bertolino, no site Vermelho:

A explosão de popularidade do futebol no Brasil nas primeiras décadas do século XX despertou análises como as de Gilberto Freyre que já em 1936, no livro Sobrados e Mucambos, mencionou “a ascensão do mulato não só mais claro como mais escuro entre os atletas, os nadadores, os jogadores de futebol, que são hoje, no Brasil, quase todos mestiços”. No artigo A propósito de Pelé, publicado na Folha de S. Paulo em 3 de setembro de 1977, Freyre comparou o rei a Machado de Assis, Euclides da Cunha, Heitor Villa-Lobos e Oscar Niemeyer. O que os une? A genialidade.

Um personagem que sintetiza o potencial do universo futebolístico é João Saldanha. Como jornalista, técnico e dirigente ele traduziu, mais do que ninguém, o que a crônica esportiva chama de “magia do futebol” - história brilhantemente reconstituída pelo jornalista André Iki Siqueira no livro João Saldanha, uma vida em jogo, publicado pela Companhia Editora Nacional. Em 550 páginas, Siqueira conta os 73 anos de vida do jornalista - dos quais a maioria vivida também como militante do Partido Comunista.


sábado, 1 de julho de 2017

A blogosfera e o genial Paulo Nogueira

Por Renato Rovai, em seu blog:

A primeira notícia desta manhã chegou carregada de tristeza. Paulo Nogueira, do DCM, morreu. Não o tive como um amigo próximo (infelizmente) e o encontrei pessoalmente apenas uma vez com ele, quando visitou minha casa numa reunião de blogueiros. Mas o tinha como amigo. Como companheiro de batalha. E o admirava como um irmão mais velho que tinha tido a coragem de enfrentar os conglomerados midiáticos para os quais trabalhou por muito tempo quando a porta da internet abriu novas possibilidades aos jornalistas.

Anteontem, sem saber que ele estava doente, lhe enviei um inbox solicitando uma entrevista para o meu doutorado. A minha tese vai tratar da história do jornalismo digital. Queria conversar com o Paulo sobre os meandros da criação do DCM e lhe ouvir sobre as mudanças que identificava na profissão desde a criação dos primeiros portais no Brasil até os dias atuais. Infelizmente ficamos sem isso.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Paulo Nogueira (1956 – 2017)

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Paulo Nogueira morreu na noite de 29 de junho. Tinha 61 anos.

Estava com câncer. Depois de uma batalha de dez meses, finalmente descansou.

Paulo está vivo.

Paulo está em seus filhos: meus sobrinhos Emir, Pedro, Camila e Fernando. Paulo está em minhas cunhadas Erika e Luísa.

Está nos seus irmãos Mari, Zé, Kika. Nos seus sobrinhos e sobrinhas. Na minha tia Maria Ely. Nos amigos, como Sergio Berezovsky, Caco de Paula, Bia Parreiras e aqueles que peço desculpas por não citar nesse momento.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Antonio Candido, o professor dos professores

Por Sheila Jacob, no jornal Brasil de Fato:

Na semana passada, ficamos tristes com a notícia do falecimento do professor Antonio Candido. Sociólogo e crítico literário, suas ricas análises teóricas eram feitas de forma simples e objetiva, já que falar para todos era uma de suas principais preocupações. É o que percebemos em algumas de suas obras fundamentais, como Formação da literatura brasileira e as coletâneas de ensaios Literatura e sociedade e Educação pela noite.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Antonio Candido, um socialista convicto

Por Altamiro Borges

Faleceu na manhã desta sexta-feira (12), aos 98 anos, o critico literário, sociólogo e militante político Antonio Candido. Tive o prazer de assistir algumas de suas palestras e sempre me impressionou a sua energia, seu amor pelo povo brasileiro, suas convicções socialistas e humanistas. Professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), ele cativou milhares de jovens e esbanjou conhecimento e cultura. Em tempos de retrocesso político no país e de uma perigosa onda conservadora e fascistizante no mundo, Antonio Candido fará muita falta. Os seus ensinamentos, porém, estão cravados na alma brasileira. 

Reproduzo abaixo uma bela entrevista do mestre ao jornal Brasil de Fato, concedida em agosto de 2011:

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Os 80 anos da morte de Antonio Gramsci

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Sem dúvida nenhuma, o preconceito e o sectarismo estão por trás desse injustificável desconhecimento. Na década de 1990 a estes dois aspectos se juntou outro: a crise da perspectiva revolucionária e a capitulação de vários intelectuais e organizações do campo da luta pelo socialismo. Hoje, mais do que nunca, é necessário resgatar a história e as contribuições teóricas de homens como Lênin e Gramsci. Somente assim poderemos construir alternativas viáveis para a crise do socialismo e para a teoria que lhe serviu de suporte durante todo o século XX: o marxismo.

A infância e a adolescência na Sardenha

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Marisa Letícia e a resposta ao ódio

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Dona Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Lula, morreu num contexto politico conturbado. Nas palavras do próprio Lula, “ela morreu triste” e também traumatizada.

Diz-se que todas as instituições funcionam. Mas não se qualifica o seu funcionamento. Funcionam mal. Em outras palavras não funcionam. Se tomamos como referência a mais alta corte da nação, o STF ai fica claro que as instituições estão corrompidas, incluindo a PF e o MP. Especialmente o STF é atravessado por interesses políticos e um dos seus ministros, de forma escancarada, rompe diretamente a ética de todo magistrado, falando criticando, atacando fora dos autos e tomando claramente posição por um partido; nada acontece, no nosso vale tudo jurídico, quando deveria sentir o rigor da lei e sofrer um impeachment.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

A fala de Lula no velório de Marisa

Marisa Letícia: uma história de luta

Marisa Letícia: Obituário de uma brasileira

Por Célio Turino, no site Outras Palavras:

De família de imigrantes italianos e trabalhadores na roça, enfrentou a pobreza junto a nove irmãos. Eram muitas bocas a alimentar e a família teve que se transferir para a cidade dos empregos operários, São Bernardo do Campo. Tinha 5 anos de idade, primeiro os estudos primários, mas logo aos 9 já assume responsabilidade como pajem de crianças menores, depois empregada doméstica, e aos 13, operária na Dulcora, embalando bombons. Uma vida de trabalho em meio a muito afeto. O primeiro casamento, a viuvez precoce e o filho que não conhece o pai, assassinado antes dele nascer, em um assalto. O segundo casamento, o operário metalúrgico atuando em Sindicato, mais três filhos e uma enteada. O trabalho, a família, a casa, o amor, os sonhos. Uma vida comum à de tantas brasileiras.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Companheira Marisa, sentiremos sua falta!

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Neste momento de dor extrema, CartaCapital está ao lado de Lula, e desta vez não é por razões políticas. Tanto mais fortes as minhas, amigo leal e sincero do casal há 39 anos. Nos últimos tempos, Marisa me vem à mente amiúde, e a vejo moça que acena da porta de um bar enquanto o marido toma um derradeiro gole de pinga com cambuci. E eu me vou a bordo de um carro da reportagem de IstoÉ. É imagem nítida, bem gravada na memória, e alegre com um leve travo de melancolia.

Metalúrgicos do ABC: Obrigado, Marisa!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Marisa Letícia, a bordadora de estrelas

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Marisa Letícia Lula da Silva bordou a primeira bandeira do Partido dos Trabalhadores. A estrela que foi ganhando forma com seu trabalho haveria de iluminar a história brasileira. A luz que se apaga agora deixa ainda presente o calor de sua memória. Há a política que se exerce com ações públicas, mas há a política, tão ou mais necessária, que se tece no dia a dia, em relações marcadas pela coragem e ancoradas no amor e na solidariedade com os próximos.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Dilma: “Estamos juntos, presidente Lula"

Por Dilma Rousseff, em seu site:

Hoje é um dia triste para todos nós, que conhecemos e admiramos Dona Marisa Letícia. Sabemos do amor e da força que sempre emprestou ao presidente Lula. Uma mulher de fibra, batalhadora que conquistou espaço e teve importante papel político.

Dona Marisa foi o esteio de sua família, a base para que Lula pudesse se dedicar de corpo e alma à luta pela construção de um outro Brasil, mais justo, mais solidário e menos desigual, desde as primeiras reuniões sindicais na Vila Euclides, passando pela fundação do PT e da CUT, até a chegada à Presidência da República.

Elegia para Marisa Letícia Lula da Silva

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A ele te dedicaste por décadas tantas
Como séculos, silente e loquaz,
Olhar sorridente, voz ausente
Regaço do exaurido, elixir do guerreiro

Torturada, nem um lamento te escapou
Da boca ou do olho, da voz ou do alhar
Desafiaste o carrasco, silêncio impávido,
Sereno, negando súplica, capitulação