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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

100 anos da morte de Rosa Luxemburgo

Por Augusto C. Buonicore, no site Vermelho:

No dia 15 de janeiro se completam 100 anos do brutal assassinato da comunista polonesa Rosa Luxemburgo. Ela foi uma combatente de primeira hora contra o revisionismo teórico de Bernstein no interior da social-democracia. Condenou duramente o oportunismo de direita presente na direção do sindicalismo alemão, e defendeu a experiência da Revolução Russa de 1905, especialmente o uso da greve geral como instrumento importante na luta revolucionária. Quando se iniciou a Primeira Grande Guerra Mundial, ocorrendo a traição da maioria dos dirigentes da II Internacional, Rosa se colocou ao lado de Lênin em oposição à guerra imperialista e na defesa da revolução socialista europeia. Foi fundadora do grupo spartakista de onde surgiria o Partido Comunista da Alemanha. Após sua trágica morte, em 1919, no discurso de abertura do congresso de fundação da III Internacional, Lênin fez uma pungente homenagem à águia polonesa, heroína do proletariado mundial.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

O pensamento radical de Clóvis Moura

Por Augusto Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

“Ser radical é ir às raízes dos problemas e a raiz do homem é o próprio homem” (K. Marx).

Estávamos no ano de 1949 e um jovem estudioso, vivendo no interior da Bahia, resolveu enviar uma longa carta ao historiador Caio Prado Jr. Nela, falava dos seus planos de realizar uma pesquisa sobre a história das rebeliões negras no Brasil. Para isso, pedia ajuda ao eminente intelectual marxista. A resposta, contudo, não foi nada animadora. Ela sugeria que o rapaz abandonasse o plano original, pois morava numa região onde a escravatura não tinha tido um grande papel. E, mais grave, ali não teria condições de ter acesso às fontes históricas necessárias para desenvolver tão ousado projeto. Então, propunha que o missivista pegasse a “pena” e contasse “com toda simplicidade” o que “observava à sua volta”. Ou seja, descrevesse a situação do sertão baiano, onde vivia. Uma sugestão bastante prudente. Nove entre dez orientadores acadêmicos proporiam a mesma coisa.

domingo, 25 de novembro de 2018

O legado de um comandante invicto

Foto: Liborio Noval
Por Judite Santos, no site do MST:

Neste 25 de novembro completam-se dois anos da partida física do comandante Fidel Castro. Prestarmos nossa homenagem a este que foi sem dúvida, o maior dirigente revolucionário nessa quadra histórica em que vivemos.

Fidel Castro Ruz nasceu em 13 de agosto de 1926, no pequeno povoado de Birán, região oriental de Cuba. Seu pai havia sido recruta do exército espanhol na luta contra a independência de Cuba e depois retornou para instalar seu negócio e fazer sua vida na ilha, sua mãe era filha de camponeses pobres de Pinar del Río, região ocidental de Cuba. Don Angel Castro e Dona Lina Ruz se casaram em 1922 e tiveram 7 sete filhos, entre eles

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Um ano da morte de Marco Aurélio Garcia

Por Luiz Inácio Lula da Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:

Marco Aurélio Garcia faleceu no dia 20 de julho de 2017, vítima de um infarto fulminante aos 76 anos de idade. Ele foi presidente nacional e secretário de Relações Internacionais do PT, sendo uma figura especial na construção do partido no decorrer de sua história. Também foi secretário municipal de Cultura de Campinas (1989-1990) e São Paulo (2001-2002).

sábado, 21 de julho de 2018

Cem anos de Antonio Candido

Por Emir Sader, no site da Fundação Perseu Abramo:

Antonio Candido costumava ser chamado assim, segundo ele mesmo, por quem o conhecia pela sua vida acadêmica. Para os mais íntimos, entre os familiares e os amigos mais próximos, era simplesmente Candido. Foi assim que o conhecemos, desde pequenos, como sobrinhos de um dos seus amigos mais próximos, Azis Simão.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Uma homenagem a Waldir Pires

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Símbolo da luta pela democracia e contra as desigualdades no Brasil, Waldir Pires e sua trajetória serão tema de debate na terça-feira, 31 de julho, a partir das 19 horas, em São Paulo. Por ocasião do lançamento do livro Waldir Pires: Biografia Vol. 1, de Emiliano José, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove debate com as presenças do autor da obra, do jornalista Bob Fernandes, do deputado federal Paulo Teixeira, além de Isabel dos Anjos Leandro (Fundação Perseu Abramo) e Renata Mielli (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação).

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Audálio: indignação, coragem e esperança

Ilustração: Eduardo Baptistão
Por Juliana Dantas, no site Ponte:

Do meu pai herdei as ranhuras das unhas, o brilho no olhar por uma cachoeira gelada, o apreço pela autenticidade das coisas e os Direitos Humanos como religião. O Jornalismo é de pai e mãe. Ninguém me forçou – e nem impediu, apesar de tudo. Foi estranhamente natural.

Com meu pai aprendi a pegar a antiga Revista da Folha (hoje Revista sãopaulo) e começar a ler pela última página, a da Barbara Gancia. Não foram poucas as vezes em que ele havia acordado mais cedo do que eu aos fins de semana e eu o encontrava na cozinha tomando café da manhã com o jornal ao lado. Já tinha separado as páginas que queria que eu visse, especialmente a do José Simão. E compartilhávamos uma espécie de amor incondicional pelas tirinhas do Fernando Gonsales e do André Dahmer. Muito por isso é que lamento que ele não tenha ficado para ver daqui a mobilização de chargistas encabeçada pelo JAL, cada um com uma interpretação de quem era Audálio Dantas. Destaco uma, em especial, a do Eduardo Baptistão.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Audálio Dantas será tema de livro

Por Antonio Barbosa Filho

Nem superamos ainda o luto pessoal que sentimos pelo falecimento de Audálio Dantas, e já temos que nos voltar a preservação de sua memória, a difusão do seu exemplo, a didática do que pode ser um jornalista ético mesmo em tempos difíceis. Nisso não podemos nos omitir: lembrar os ícones de nossa profissão, de Barbosa Lima Sobrinho, a Alberto Dines, de Vladimir Herzog a Tim Lopes, entre tantos.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Brasil perde o jornalista Audálio Dantas

Franzin e Audálio no evento de 25 anos da Agência Sindical
Da Agência Sindical:

Audálio Dantas, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e da Federação Nacional - Fenaj, morreu na tarde desta quarta (30), na capital paulista, aos 88 anos, vítima de câncer.

O velório ocorre até as 10 horas de quinta (31) no Hospital Premier (Avenida Jurubatuba, 481, Vila Cordeiro), Zona Sul paulistana, e a partir das 12 horas no Sindicato dos Jornalistas (Rego Freitas, 530, sobreloja, Vila Buarque, região central). A cremação será no Cemitério Vila Alpina, em horário a ser divulgado pela família.


sábado, 12 de maio de 2018

"Líderes do mundo inteiro, leiam Marx"

Por Pedro Oliveira, no site da Fundação Maurício Grabois:

Atenção! Este título não foi elaborado por nenhum órgão de imprensa socialista ou comunista. Foi editado para a publicação desta semana da revista mais importante do sistema econômico e financeiro do capitalismo: a The Economist, em um artigo que comemora os 200 anos do nascimento de Karl Marx, ocorrido em 1818.

Dois meses depois da fundação da revista The Economist, em setembro de 1843, que se auto-proclama “journal”, Karl Marx chegava a Paris, em novembro, com a tarefa de construir os Deutsch Franzosische Jahrbucher (O Diário Franco-Alemão), que deveria dar voz a escritores de oposição franceses e alemães.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

75 anos da vitória soviética em Stalingrado

Por Augusto Buonicore, no site da Fundação Mauricio Grabois:

Há 75 anos, no dia 3 de fevereiro de 1943, era formalizada a rendição alemã em Stalingrado. Esta foi a maior derrota militar que as tropas nazistas haviam sofrido até então. Naquela batalha homérica, os soviéticos destruíram um exército invasor composto por cerca de trezentos e trinta mil homens e fizeram mais de noventa mil prisioneiros, entre eles vinte e quatro generais e um marechal de campo. O mundo inteiro tomava consciência, pela primeira vez, de que a Alemanha de Hitler não era invencível. No final de tudo, afirmou o poeta comunista Aragon, "não foi Stalingrado que caiu, como pretendiam os reacionários, mas a própria dominação hitlerista."


terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Karl Marx e o jornalismo

Por Pedro Oliveira, no site da Fundação Maurício Grabois:

No início deste ano - em que se comemora os 200 anos do nascimento deste cérebro prodigioso que foi Karl Marx - poderemos aproveitar os eventos que certamente ocorrerão ao longo de 2018 para revisitar sua obra, aprofundar o conhecimento de sua valiosa contribuição teórica e prática ao movimento revolucionário dos trabalhadores e trabalhadoras do mundo inteiro. E, ao mesmo tempo, poderemos analisar como a repercussão de suas descobertas científicas - em colaboração com Friedrich Engels - se estendem até nossos dias.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Chico Alencar e a esquerda desinventada

Por Breno Altman, em seu blog:

Acerca do centésimo aniversário da Revolução Russa, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) escreveu interessante artigo intitulado “A reinvenção da esquerda, publicado por esta Folha (12/11). O texto propõe, como paradigma dessa recriação anunciada, a releitura do socialismo, a partir de “um balanço de tudo o que foi sonhado e realizado”.

O parlamentar, que é também professor de história, chega a se referir ao “rico legado de 1917″, mas disso não passa.

Sua narrativa se limita a dissertações balizadas pelo axioma de que “avançamos quando reconhecemos negatividades no ‘socialismo real’ do século 20″, enumerando delitos e pecados da experiência soviética.

Moniz Bandeira: patriota e anti-imperialista

Por Samuel Pinheiro Guimarães

Luiz Alberto Moniz Bandeira dedicou sua vida ao Brasil e à luta contra o imperialismo.

Sua vida e sua obra são testemunhos desta dedicação.

Foi jornalista desde jovem, trabalhando no Correio da Manhã, no Diário de Noticias e na Última Hora.

Como jornalista, teve a oportunidade de conviver e de entrevistar as mais diferentes personalidades brasileiras, como Jânio Quadros, e estrangeiras, como Che Guevara.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Gramsci e a Revolução Russa

Por Alvaro Bianchi e Daniela Mussi, no Blog da Boitempo:

Oitenta anos atrás, em 27 de abril de 1937, Antonio Gramsci morreu depois de passar sua última década numa prisão fascista. Reconhecido postumamente por seu trabalho teórico em seus cadernos do cárcere, as contribuições políticas de Gramsci começaram durante a Guerra Mundial, quando ele era um jovem estudante de linguística na Universidade de Turim. Mas mesmo naquela época, seus artigos na imprensa socialista desafiavam não apenas a guerra, mas a cultura italiana liberal, nacionalista e católica.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

A ousadia revolucionária de 1917 está viva

Editorial do site Vermelho:

Os operários de Paris tomaram o céu de assalto, escreveu Karl Marx, saudando a Comuna de Paris de 1871. Parafraseando Marx, o povo russo tomou a Terra de assalto em 1917. Sob o slogan bolchevique de paz, terra e pão, assumiram revolucionariamente o governo e deram os primeiros passos para construir uma sociedade e uma civilização mais humana e avançada. E também no sentido literal de dar a terra para quem a trabalha.

A revolução russa de 1917 iniciou uma etapa nova na história da humanidade: aquela que aponta para a ultrapassagem da divisão da sociedade em classes antagônicas, na qual o trabalho e o esforço de todos são voltados para o atendimento do bem comum e não apenas, como no capitalismo, para atender à ganância pelo lucro do capital.

sábado, 4 de novembro de 2017

Carlos Marighella: O operário da revolução

Do site Vermelho:

A transformação de personagens históricos em mitos costuma simplificar figuras complexas e superestimar a importância de momentos particulares, deixando em segundo plano as realizações de longo prazo. Foi o que aconteceu com Carlos Marighella.

O período da luta armada contra a ditadura militar, que construiu no imaginário popular a figura de um homem com um fuzil na mão participando de atos violentos, não passou de três anos.

Marighella, que faria 100 anos em 5 de dezembro de 2011, teve uma militância política de mais de 30 anos nas fileiras do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e só atuou na clandestinidade em períodos de intensificação da repressão e perseguição aos comunistas, tanto sob ditaduras como durante regimes mais democráticos.

domingo, 22 de outubro de 2017

25 anos da morte de Rogério Lustosa

Por Renato Rabelo, em seu blog:

Tive a oportunidade de conviver com Rogério Lustosa em largo período de atividade política, durante e após o fim da ditadura militar, implantada em 1964. Rogério Lustosa participou integralmente com a maioria da Ação Popular, da qual fez parte, quando se integrou ao PCdoB em 1962. E passou a compor o núcleo dirigente nacional desse Partido.

Em 21 de outubro de 1992, faleceu o saudoso camarada Rogério Lustosa. Um infarto do coração provocou uma morte prematura, inesperada, abrupta, deixando uma lacuna imensa na direção nacional do PCdoB de então, em uma fase de consolidação do centro dirigente do Partido, premente de quadros da estirpe de Rogério.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Lamarca: homenagem ao capitão da guerrilha

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

No marco dos 80 anos de seu nascimento, o legado do militar e guerrilheiro Carlos Lamarca será tema de homenagem e debate no dia 23 de outubro, em São Paulo. A atividade, agendada para a data de aniversário de um dos principais ícones da luta contra a ditadura no Brasil, acontece na Fundação Lauro Campos (Alameda Barão de Limeira, 1.400, Campos Eliseos), a partir das 19h. A entrada é livre.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Che, (apenas) um rapaz latino-americano

Por Mariana Serafini, no site da UJS:

Diferente dos versos da canção de Belchior, sobre o “rapaz latino-americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior”, Che pertencia à uma família de posses e circulou nos ambientes aristocráticos da Argentina. No entanto, escolheu “descer degraus” de sua classe social para conhecer a realidade da América Latina e mais que isso, transformá-la.

Como muitos rapazes e moças latino-americanos, Che sonhou em transformar o mundo e não poupou esforços para fazê-lo. Mas além das ganas revolucionárias, o jovem argentino teve a estrutura necessária não só para estudar e se desenvolver intelectualmente, como para custear suas aventuras – mesmo que de forma precária – continente adentro.