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quinta-feira, 16 de maio de 2024
quarta-feira, 15 de maio de 2024
RS entra no mapa de refugiados climáticos
Foto: Diego Vara/Reuters |
Mais cedo que imaginávamos chegamos no futuro de um mundo ambientalmente e climaticamente catastrófico.
E não por falta de aviso, mas porque foram em vão as vozes da ciência que alertavam governantes surdos e indiferentes ao esgotamento do modelo econômico capitalista que é incompatível não só com a democracia, mas também com a sobrevivência humana e da natureza.
A Era do colapso climático chegou para ficar. É uma realidade que assola a totalidade do planeta Terra.
O Brasil não está imune a isso, como bem prova o Rio Grande do Sul, com 447 das suas 497 cidades atingidas em níveis variados de gravidade – sendo que, de modo especialmente penoso, a capital Porto Alegre e municípios vizinhos.
E não por falta de aviso, mas porque foram em vão as vozes da ciência que alertavam governantes surdos e indiferentes ao esgotamento do modelo econômico capitalista que é incompatível não só com a democracia, mas também com a sobrevivência humana e da natureza.
A Era do colapso climático chegou para ficar. É uma realidade que assola a totalidade do planeta Terra.
O Brasil não está imune a isso, como bem prova o Rio Grande do Sul, com 447 das suas 497 cidades atingidas em níveis variados de gravidade – sendo que, de modo especialmente penoso, a capital Porto Alegre e municípios vizinhos.
Na paz e na guerra, a força dita o domínio
Guerra, Cândido Portinari/Unesp |
“No Brasil não se organiza exército contra o estrangeiro; desenvolvem-se as instituições militares contra a ordem civil” - Rui Barbosa. Discursos parlamentares
Advertindo-nos sobre o desfecho previsível, embora indesejável, da crise político-estratégica que divide o mundo - de forma mais aguda do que aquela dos anos da Guerra-fria -, o historiador e cientista político Manuel Domingos Neto (O que fazer com o militar) lembrava, recentemente, em palestra no Instituto Brasileiro de Estudos Políticos-IBEP, a inexistência de registro histórico de desfecho de conflito hegemônico, como o que vivemos presentemente, fora do duelo militar. É suficiente percorrer o currículo do Ocidente, nosso espaço cultural, desde quando se fez conhecer como civilização em busca do mando. A última lição vem das duas disputas do século passado, determinando duas guerras que se prorrogaram, chegando aos dias presentes mediante formas as mais variadas, mantida, porém, a essência: o embate pela hegemonia. Porque, desde sempre, é a força que dita o domínio. Na paz e na guerra.
A arte de fazer aquilo que se diz combater
Charge: Thiago |
Se há algo em que os bolsonaristas se especializaram é a arte de usar os argumentos de quem combate alguma coisa para, na verdade, dedicar-se com tudo a praticá-la.
Esta habilidade bolsonarista não é nada tão recente e nem foi inventada pelo medíocre ex-capitão que dá nome a esta corrente política. Em realidade, esta técnica vem sendo desenvolvida e aperfeiçoada há umas quantas décadas pelos fundadores teóricos do bolsonarismo, os quais já a estavam desenvolvendo muito antes de que o tosco ex-militar fosse sequer conhecido por eles mesmos. Portanto, neste caso, o nome dessa corrente política não se deriva de quem a fundou ou foi seu principal formulador teórico, e sim de um sujeito que simboliza a podridão mais completa dos efeitos combinados da aplicação prática dessa “filosofia”.
terça-feira, 14 de maio de 2024
segunda-feira, 13 de maio de 2024
Militares reclamam de fake news bolsonaristas
Ilustração: Getty Images |
As mentiras espalhadas pelo esgoto digital bolsonarista sobre a tragédia no Rio Grande do Sul têm incomodado até as Forças Armadas. Nesta sexta-feira (10), o conciliador José Múcio, ministro da Defesa, e os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha desembarcaram no Estado com a missão, entre outras, de combater as fakes news que prejudicam o atendimento à população gaúcha. Em coletiva à imprensa, eles detalharam o trabalho dos militares no resgate das vítimas das chuvas e denunciaram as mentiras que podem causar mortes.
domingo, 12 de maio de 2024
Médicos-monstros espalham fake news no RS
Ilustração do site Istock |
Na semana passada, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom), enviou à Polícia Federal uma relação de suspeitos para serem investigados por difundirem fake news sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. Segundo Mônica Bergamo, “dois médicos estão na lista. Eles postaram vídeos em suas redes sociais afirmando que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estaria impedindo aviões particulares de decolarem com medicamentos doados às vítimas da catástrofe – o que a agência nega de forma enfática”.
Votar na direita é colocar a vida em risco
Charge: Nando Motta |
Não se trata de procurar culpados para a maior tragédia ambiental do Rio Grande do Sul. Neste momento, a luta é para resgatar as pessoas em áreas de risco, alojar e alimentar as dezenas de milhares de desabrigados, localizar e sepultar os mortos, consolar os que perderam entes queridos, reparar e reabrir estradas, cuidar dos feridos, restaurar o abastecimento de água e energia elétrica.
Contudo, até em nome do desafio de salvar a humanidade de uma catástrofe irreversível, é preciso situar no contexto político o drama vivido pelo povo gaúcho.
Dia desses, um comentarista da GloboNews apontou corretamente que o maior centro formulador de políticas nocivas ao meio ambiente é o Congresso Nacional. Faltou, no entanto, uma informação essencial para o distinto público: os negacionistas do clima concentram-se nas bancadas da direita e da extrema-direita.
Melo e Leite são culpados pela catástrofe
Charge: CrisVector/Clima Info |
Os efeitos horripilantes do temporal extremo em Porto Alegre e em vários municípios do Rio Grande do Sul poderiam ter sido evitados se o governo do Estado e a Prefeitura de Porto Alegre tivessem agido preventivamente no tempo certo e com medidas corretas.
Mas o governador Eduardo Leite e o prefeito Sebastião Melo não agiram para prevenir catástrofes e proteger a população.
Na realidade, eles agiram no sentindo oposto: sucatearam as estruturas de proteção e de defesa civil, dizimaram a inteligência técnico-ambiental pública, destruíram e privatizaram serviços públicos e desfiguraram a legislação ambiental do Rio Grande do Sul e da capital gaúcha para liberar geral a devastação da natureza por grupos privados.
Liberdade dos neoliberais e papel do Estado
Discurso de ódio, charge de Matías Tejeda/Cartoon Movement |
A primeira exclamação feita por Javier Milei após ser eleito presidente da Argentina foi: “Ganó la libertad, carajo!”. E, algumas semanas atrás, o dono de uma das maiores fortunas do planeta, o multibilionário Elon Musk, deslanchou uma forte campanha internacional contra o governo brasileiro encabeçado pelo Presidente Lula sob a alegação de defender a liberdade de expressão, que estaria sendo cerceada em nosso país.
Mais recentemente, em relação com a tragédia climática que se abateu contra o estado do Rio Grande do Sul, o deputado bolsonarista Gustavo Gayer divulgou pelas redes sociais uma nota em que cobrava do governo federal que se mantivesse afastado dos trabalhos de socorro aos atingidos para não atrapalhar aquilo que os cidadãos e empresas privadas estariam fazendo. Novamente, seria uma questão de liberdade.
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