Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Temer e suas chances de sobrevivência literalmente derreteram durante sua patética participação na reunião do G-20, enquanto a perspectiva de poder escorria como água em declive na direção de Rodrigo Maia. Embora a maioria oportunista ainda se esconda sob o muro dos 'indecisos', nos bastidores da Câmara já se discute a própria sucessão de Rodrigo Maia na presidência da Casa, caso ele se suceda a Temer, numa operação que tende a ser 'casada'. O PSDB pode exigir o cargo em troca do apoio ao afastamento de Temer e ao eventual governo Maia.
Tal como no impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff, quando garantiu os votos para sua derrubada e apoio ao governo de Michel Temer, a partir de seu compromisso com as reformas pleiteadas pelo mercado, novamente o PSDB é o fiel da balança num “acordo pelo alto” que deixa o povo de fora. Com sua mensagem numa rede social, nesta sexta-feira, em defesa do avanço das reformas - “Não podemos estar satisfeitos apenas com a reforma trabalhista. Temos a Previdenciária, a Tributária e mudanças na legislação de segurança pública” - Maia falou para o mercado financeiro e para o setor produtivo, com os quais intensificou seus contatos recentemente, mas acenou principalmente para os tucanos, dos quais dependerá muito para governar caso Temer seja afastado. Com o PMDB de Temer desarticulado e varejado por denúncias, e a conhecida fugacidade do Centrão fisiológico, o governo de Maia teria como pilar mais firme de sustentação uma coalizão entre seu partido, o DEM, e o PSDB. A mesma que sustentou o governo FHC.
Tal como no impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff, quando garantiu os votos para sua derrubada e apoio ao governo de Michel Temer, a partir de seu compromisso com as reformas pleiteadas pelo mercado, novamente o PSDB é o fiel da balança num “acordo pelo alto” que deixa o povo de fora. Com sua mensagem numa rede social, nesta sexta-feira, em defesa do avanço das reformas - “Não podemos estar satisfeitos apenas com a reforma trabalhista. Temos a Previdenciária, a Tributária e mudanças na legislação de segurança pública” - Maia falou para o mercado financeiro e para o setor produtivo, com os quais intensificou seus contatos recentemente, mas acenou principalmente para os tucanos, dos quais dependerá muito para governar caso Temer seja afastado. Com o PMDB de Temer desarticulado e varejado por denúncias, e a conhecida fugacidade do Centrão fisiológico, o governo de Maia teria como pilar mais firme de sustentação uma coalizão entre seu partido, o DEM, e o PSDB. A mesma que sustentou o governo FHC.